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Capítulo 10 - parte 2

      O sorriso maroto que aparece no rosto de Odin é como um enigma. Como ele consegue se transmutar assim, tão de repente?

      Me puxando pela cintura, consegue roubar de mim um beijo e os pêlos dos meus braços se arrepiam com este contato inesperado.

      — Não devia editar uma história tão bonita — observo à modo de reprovação. Minha boca semiabre em espera de outro toque de seus lábios em minha boca.

      Ele ri. Uma risada gostosa, cheia de afronta e malícia.

      — Acha que só estou resumindo?

      — E não está? — minha sobrancelha esquerda se arqueia em desafio.

      Fazendo com a cabeça um breve movimento para os lados e dando outra risada, ele põe fim à questão, respondendo:

      — Tudo o que eu vivi antes de te conhecer naquele curso não tem muita importância. O que importa é que eu te amo, e que sou um cara realizado ao seu lado. E o que ficou faltando lá atrás pra mim, quero buscar com você.

      Um sentimento de culpa se instala em mim, junto com insegurança e sensação de que não mereço tanto carinho e admiração.

      Vendo aqueles olhos azuis, fixos em mim como se eu fôsse a última mulher do mundo, me pergunto quando vou me deixar ser cativada de verdade por ele.

      — Obrigada por me deixar entrar na sua vida — retribuo com um toque delicado em seu rosto.

      — E você, quando vai me deixar entrar na sua?

      Dou um suspiro.

      Não sei o que responder, apesar de eu entender muito bem o significado dessa pergunta. Eu consigo entender que Odin sofre por muitas vezes eu ainda ser inacessível, inalcançável.

      Mas eu ainda não me sinto pronta para me entregar por inteira. Por mais que eu queira, é muito difícil.

      — Eu… — a frase fica em suspenso, já que Odin põe o indicador entre meus lábios.

      — Não precisa responder. Eu espero o tempo que fôr preciso.

      Indecisa entre ficar aliviada e apreensiva quanto ao nosso futuro, faço um esforço para ele não perceber que meu coração sente uma agitação incômoda e está batendo forte. Dou outro suspiro. Sorrio. Aperto a mão que segura a minha.

      — Obrigada por fazer parte da minha vida e por ter paciência comigo.

      Ficamos olhando um para o outro, sem dizer nada. Nossos lábios não sorriem, mas a química que existe entre nós explode na forma de um beijo.

      Só então me dou conta que aqui não é um lugar apropriado para esse tipo de contato. Me ponho em pé de repente. Estendo a mão para que meu namorado venha comigo.

      — Vamos nadar um pouco? — proponho.

      — Vamos, mas antes tenho que fazer uma coisa. Vou deixar meu celular e minha carteira no quiosque.

      — É seguro? — digo com desconfiança.

      — Os donos do quiosque são meus amigos. Além disso, é bem mais seguro do que deixar com desconhecidos.

      Parece razoável.

      — Tudo bem — me dou por convencida de que é melhor mesmo deixar meu iPhone com pessoas de confiança.

      Odin corre até o quiosque. Enquanto ele não volta, me volto para o mar imenso diante de mim, sentindo uma agradável brisa soprar meu rosto, e não sei explicar… sinto só coisas boas.

      Me lembro das muitas vezes que meus pais me levavam para a praia. Desde pequena, o mar e eu temos uma relação distante, embora todos os anos, nos meses de janeiro, eu estivesse como três crianças estão neste momento diante de mim: correndo na areia, gritando felizes, sem se preocupar com o futuro.

      Essa pureza delas é muito bonita. Deve ser porque no fundo, eu sinta falta disso: de não ter responsabilidade com nada e de acreditar em finais felizes. 

      Elas correm para os braços de uma mulher com maiô vermelho com chapéu de palha e óculos de sol, que as leva para debaixo de um grande guarda-sol onde um homem lê um livro. Meu coração fica aquecido por ver que eles são uma família. E por saber que, se não existe felicidade em sua forma plena nesta vida, ter uma família é o que mais se parece com isso.

      Parece que uma lágrima quer cair dos meus olhos quando me lembro do rosto da minha mãe. Deve ser porque um dia fui uma garotinha feliz, e também corri pela praia, só voltando para debaixo do guarda-sol quando mamãe me chamava a fim de reaplicar protetor no meu corpo.

     Foram momentos bons, que valeram a pena.

      A falta dela não me deixa mais tão triste. Pessoas boas não dizem adeus, apenas até logo.

                              …

      O mar é tão lindo…

      Minha mente se esvazia de um jeito que tudo pelo que passei nesta semana não tem mais importância.

      Paz é a palavra que me define enquanto olho, hipnotizada com este quadro tão bonito à minha frente.

      Bonito e perigoso.

      Odin põe uma mecha do meu cabelo louro atrás da minha orelha, a do lado que tem tatuagens de cisnes, e me dá um selinho ao segurar meu queixo. Dou um sorriso em gratidão. Um dos muitos que dei desde que ele foi hoje de manhã me buscar na república.

      Desta vez eu é quem tomo a iniciativa e dou um beijo em sua boca, e quando distancio um pouco meu rosto do dele, vejo um sorriso cheio de malícia e sensualidade se formando em seu rosto que é a síntese de tudo o que existe de perfeito.

      Não só seu rosto. Ele é todo perfeito para mim.

      Minha pele sente arrepio ao ser tocada pelo dorso do indicador dele, como se cada célula minha, cada um dos meus sentidos, vibrasse a esse contato cheio de carinho. 

      Olhamos ao mesmo tempo para as águas revoltas batendo contra a areia. Para homens, mulheres e crianças em trajes de banho atirando água uns nos outros ou simplesmente nadando.

      — Quer dar um mergulho? — Odin propõe ao voltar a me olhar.

      Respondo que sim com a cabeça.

      Me segurando pela mão, ele me puxa para corrermos em direção ao mar. Meu corpo experimenta a inevitável sensação de choque térmico ao se banhar na água fria e rimos como duas crianças travessas.

      Jogo água no meu namorado, que mergulha diante de mim e me puxa pela perna para o fundo num ato de vingança. Minha raiva passa no momento em que sou segurada pela cintura, e passando meus braços em volta do seu pescoço, trocamos um beijo longo e apaixonado. Só voltamos à superfície para respirar, e colamos nossos lábios e corpos com urgência.

      Só descolo de sua boca para olhá-lo, mordendo meu lábio inferior. O empurro com as mãos.

      — Eu podia ter me afogado — murmuro entredentes.

      — Mas você não se afogou — meu namorado zomba, se defendendo dos meus tapas.

      — Você é um sem noção, Odin. Nem perguntou se eu sabia nadar.

       — Oh! Eu sei que você sabe nadar — minhas mãos são seguradas e sem que eu espere, ele rouba um beijo meu.

      — Nunca te contei. 

      — Eu vi nos seus stories de Instagram. Naquelas fotos incríveis que você tirou nadando na represa do condomínio em Ibiúna.

      Passo de novo meus braços em volta do pescoço do Odin. Minha cintura é puxada, meu corpo é puxado para junto do dele e chegamos ao nível máximo possível de contato sem que eu seja penetrada, com sua ereção tocando minha intimidade. Lógico, estou usando fio-dental e ele, uma sunga.

       — Você tem fotos lindas, Danielle Raluca.

      — Para — rio.

      — Tenho vontade de deletar todos aqueles seus seguidores homens — consigo ver através dos olhos dele que não está blefando.

      — Tudo isso é ciúme?

      — Não gosto que comentem nas fotos em que minha namorada está de biquíni ou collant de balé que ela é maravilhosa, que ela é gata e tal.

      Não quero imaginar o que Odin faria se eu contasse que no curto espaço de tempo em que fiquei esperando ele voltar fui chamada de gostosa por um grupo de rapazes enquanto eu estava de costas olhando para o mar.

      — Eu não falo nada quando mulheres dizem a mesma coisa de você nas suas fotos na passarela — rebato.

      Odin desliza o dorso de sua mão pela pele do meu rosto. Seu sorriso se retrai, dando um aspecto grave ao seu rosto.

      — É diferente — diz.

      — Por quê? — o questiono.

      Os olhos azuis dele piscam à medida que os meus se mantém fixos em seu rosto. Ele não responde, e entendo que está sem argumentos para justificar seus motivos para sentir ciúmes de mim.

      Dou a ele um olhar terno, pondo minhas mãos em seus ombros. Não me importo que os banhistas estejamos sendo vistos.

      — Posso te pedir uma coisa? — volto a sorrir.

      Odin faz um movimento afirmativo com a cabeça.

      — Não me deixe ir pra longe de você.

      Como quero guardar para sempre a expressão de felicidade que o garoto que escolhi para ser meu namorado faz. Ele se transforma quando sorri. Em momentos assim, quando seus olhos parecem dois espelhos através dos quais posso ver quem ele é de verdade, é que sei que ele nunca vai me fazer sofrer, que temos uma conexão forte.

      Mas também é em momentos como esse que me sinto frágil, insegura, porque não sou capaz de ir além e dizer eu te amo.

      Deve ser porque não sei o que é o amor.

      — Nunca — Odin responde ao meu pedido.

      Nos mantemos atentos à cada movimento um do outro, como que magnetizados.

      Não sei se quero ouvir eu te amo ou se ele vai dizer isso. Só dele me tocar, me olhar com carinho, já é tudo para mim, as pessoas é que fazem questão de palavras, e definitivamente, não sou nem um pouco romântica.

      Mantemos nossos lábios presos num beijo um pouco mais prolongado, sem nos importarmos com nada. Parece que nossas línguas não querem deixar de sentir o gosto que esse contato proporciona.

      Mas o melhor sempre fica para a noite, por isso não vamos além. Além disso, é uma praia pública. Tem famílias aqui.

      Ponho minhas mãos no peito do Odin, semiabro minha boca para deixar que um suspiro saia por ela e o empurro com força, derrubando-o na água.

      Saio correndo, rindo alto, mas minhas pernas compridas não são suficientes para me dar vantagem na fuga. Não demora dez segundos para eu estar de costas no chão de areia quente prensada pelo corpo robusto do meu namorado gostoso e forte.

      — Isso foi sujeira — ele protesta, segurando meus pulsos.

      — Só dei o troco por você ter me puxado para o fundo — me defendo, rindo.

      — Você é uma pestinha, Danielle.

      — Atura ou surta.

      — Vou ter que castigá-la.

      — Por favor, não.

      — Não adianta implorar.

      — Será que meu namorado gato não está aberto a um suborno?

      Dou meu olhar e meu sorriso mais maliciosos, o que faz com que Odin sorria cheio de confiança. Saio debaixo de seu corpo sem perder contato visual com ele, esperando sua resposta.

      — Sempre — diz seguro ao me beijar.

      Ele se levanta, me estendendo a mão. Mas ao invés de me ajudar a ficar em pé como um cavalheiro, me empurra assim que lhe dou a mão e caio de bunda na areia fofa.

      Emputecida, com um palavrão preso na minha boca, apanho um punhado de areia e atiro em seu cabelo antes que se distancie de mim.

      Empate.

      Tomo banho de água fria na duchinha, e provo a água de côco mais cara do mundo no quiosque onde o celular dele ficou. Bem que as meninas falaram que na zona sul as coisas custam muito caro.

      Uma garota morena de seios generosos e com piercing no nariz, e um rapaz igual à ela (e que segundo Odin, são irmãos), atendem os clientes.

      As mesas estão cheias de pessoas. Esta em que estamos foi fruto de muita sorte. Não param de aparecer grupos pedindo cervejas, e noto que alguns homens olham do jeito mais fugaz possível para mim. O problema é que Odin também percebe. Ao contrário de mim, que faço cara neutra, ele os fuzila com seus olhos azuis escuros intimidadores, tornando claro que a gostosa aqui tem dono.

      — Muda essa cara, vai — me divirto com a expressão dura dele. 

      Um grunhido escapa atrevidamente da boca dele e seguro sua mão por sobre a mesa de madeira. Ela está quente.

      — Não gosto que olhem pra você assim — ele retruca.

      Minhas experiências passadas com um garoto que entrava em estado de fúria quando Angel segurava meu corpo e me erguia do chão são a prova de que homens inseguros podem ser irritantes.

      A Stefany tem uma teoria com a qual concordo: garoto que sente ciúme da namorada não se garante.

      — Meu corpo é só seu.

      Odin ri com ironia enquanto sua cabeça balança em concordância.

      Uma roda de pagode anima o quiosque, e (não sei se é por causa da música ou de algumas garotas de biquíni sambando), muitas pessoas se aproximam segurando garrafas de cervejas.

      As letras desse tipo de música não me apetecem nem um pouco, mas o impulso de deixar meu corpo se mexer é tão forte que, sem que eu perceba, meus pés começam a batucar o chão.

      Deve ser porque aqueles jovens parecem felizes. Quem sabe é essa atmosfera de alegria que as praias têm?

      — Vamos lá dançar? — peço animada.

      Odin me encara com estranheza.

      — Desde quando você gosta de pagode, Danny?

      — Desde nunca — dou de ombros. — Só quero dançar, parecer uma carioca. Vem? — puxo meu namorado pela mão.

      — Você vai dançar assim?

      — É uma praia, não é? — respondo já começando a ficar irritada.

      — Danny…

      — Quer saber? Eu vou sozinha.

      Para que Odin não tenha dúvida de que eu, Danielle Raluca, faço tudo o que quero, vou rebolando até a roda de pagode. As mulheres abrem caminho gentilmente para que eu entre, e esquecendo minha natureza de bailarina roqueira, começo a mostrar que também tenho samba no pé.

      Faz tempo que não rio tanto. A alegria das garotas me contagia, me deixando cada vez mais à vontade e me fazendo pensar que nossas vidas são feitas de momentos.

      Noto que alguns garotos estão me olhando. Isso não é errado, é? 

      Sinto de repente minha cintura é abraçada por trás, e como conheço esse contato, minha boca esboça um sorriso sardônico enquanto olho para Odin por sobre meu ombro.

      Os garotos que há menos de um minuto me comiam com os olhos agora tem expressões de embaraço e decepção enquanto trocamos um selinho, pondo fim a qualquer pretensão de um deles de quem sabe vir e puxar assunto comigo.

      — Só você pra fazer eu entrar numa roda de pagode — o murmúrio no meu ouvido produz um arrepio no meu corpo carregado de outras sensações gostosas.

      Rio das palavras dele. Seguro suas mãos.

      — Podia ter ficado na mesa — respondo maliciosamente.

      — E te deixar se exibir assim, toda gostosa, pra qualquer um?

      Me viro toda para ele, o incentivo a arriscar alguns passos. As tentativas dele são patéticas, logo vejo que não nasceu para isso.

      Pelo menos ele se divertiu. 

      Não. Nós nos divertimos.

      Voltamos para a república quando o céu começou a se tingir de púrpura e as primeiras estrelas apareceram.

      Nossos corpos ficam separados a poucos centímetros um do outro enquanto nos olhamos com cumplicidade. Quero que ele fique o máximo de tempo possível. Mas sei que precisa ir.

      Ele dá um último beijo em minha boca. Sinto, então, que preciso falar algo antes que vá.

      — Odin.

      — Sim?

      — Aquilo que você me perguntou lá na praia… sobre eu te deixar entrar na minha vida…

      Hesito antes de continuar.

      — Você é parte dela.

      O louro assente em silêncio. Toca com seus lábios minha testa, acaricia meu rosto, esboça um sorriso.

      — Te amo, Danielle.

      Minha boca não consegue pronunciar nem um eu sei desta vez.

      — Obrigado por esse dia tão especial — Odin agradece.

      — De nada — falo.

      — Tchau.

      — Tchau.

      Muitos questionamentos surgem em minha cabeça enquanto Odin se distancia de mim e logo some em meio aos pedestres, e quando entro, a primeira coisa que faço é me despir a fim de que a água morna tire todos os resquícios de sal do meu corpo.

      Tiro meu diário da gaveta, anoto tudo o que pensei e fiz hoje, deixando para escrever sobre meu namorado na parte final. Sorrio com uma pequena sombra de tristeza enquanto me jogo de costas na cama, com o caderno sobre meu peito.

Capítulo de 2,7k de palavras

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