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Lena Lima

Além das máscaras

Alice andava pelas ruas da pequena cidade em que morava, sentindo olhares a cada passo que dava. Olhando para uma poça de água, ela consegue ver o rosto que todos tanto olhavam, Alice era alguém com longos cabelos pretos e olhos como duas jabuticabas, o que mais a destacava era sua pele alva e as roupas pelas quais se vestia, Alice sempre estava trajada de vestidos vermelhos o que caiam super bem em sua pele, eles a viam como perfeição em pessoa. Contudo, por trás de toda sua beleza, ela se sentia uma pessoa vazia.

O constante elogio sobre sua aparência a incomodava, ninguém parecia se importar com o que ela pensava ou sentia. Ela poderia ser um manequim nas vitrines que passava, e ninguém notaria a diferença. Em casa, sozinha, tirava a maquiagem e encarava o espelho, tentando achar algo de errado em si mesma, para ela era como se tivesse uma camada invisível sobre o que os outros viam e o que ela realmente era.

Enquanto estava em uma festa, onde o tedio predominava, cansada de escutar todos falando o quão linda ela era, Alice sai do local o qual a deixava sufocada, sufocada por toda essa insatisfação, ela decide se aventurar pela floresta próxima do local. Havia uma lenda na qual dizia que a floresta era um lugar sombrio e cheio de segredos e que a nevoa era densa para esconder todos os rastros dos monstros que espreitam nas sombras esperando alguém para atacar, esse era um dos motivos pelo qual ninguém se atrevia adentrar na floresta mindsmar. Mas Alice estava cansada de todas essas bobagens, esperando ter um tempo sozinha sem ninguém Alice foi entrando mais e mais dentro da floresta.

A nevoa a envolveu rapidamente, tornando difícil distinguir o caminho de volta. As árvores pareciam todas iguais, e a luz do sol mal penetrava o véu de fumaça branca, dando conta de que estava perdia, Alice se sentiu desesperada.

Horas e horas vagando, ela finalmente havia avistado algo, uma silhueta, um homem com roupas marrons, ela estava longe demais para ver seu rosto, então, lentamente Alice foi se aproximando e ao chegar mais perto ela percebeu que o homem usava uma mascara de coelho branca, escondendo seu rosto, seus cabelos eram em tons loiros, seus cabelos eram meio cumpridos, ela nunca havia visto aquele homem em sua cidade, era a primeira vez que ela havia se encantado com alguém, Alice estava com uma curiosidade absurda, o homem parecia estar procurando algo, ela queria chegar mais perto e conversar com ele, mas o medo a possuiu, ela não havia coragem o suficiente, geralmente as pessoas que chegavam nela para falar sobre a sua aparência, mas nunca de sua personalidade, Alice havia planejado só observar de trás do arbusto, mas ela escorregou para trás vendo assim o homem olhar para ela.

- Uma garota?

Alice estava envergonhada, então a única coisa que fez foi assentir.

- Você parece ter se perdido.

Ela estava hipnotizada, ele possuía a voz de uma pessoa jovem, ele também não a tratou com reverência, como os outros faziam. Não elogiou sua beleza, nem a olhou com desejo ou inveja. Apenas a viu como alguém que precisava de ajuda.

- Sinto muito por ter te atrapalhado, parecia estar procurando algo.

Ela desviava o seu olhar devido a vergonha.

- Estou procurando onde uma lebre escondeu seus filhotes

- Por que procura filhotes de lebres?

Ele não a responde somente estende a mão para ela que não entende nada

- A levarei de volta.

Ele disse fazendo ela confiar e lhe entregar a mão, ele então a guiou pela floresta enquanto fazia barulho com a boca, Alice só olhava, o homem então parou e quando ela olhou, estava de volta para o local da festa, ela foi caminhando e então se virou para ele.

- Qual seu nome?

Ele a olhou e sorriu, mesmo não sabendo como é seu rosto, ela pensou que ele era um bom homem

- Me chame de Zec

Zec, ela pensou, aquilo deveria ser uma brincadeira, pensou, Zec significa lebre, quando ela levantou a cabeça para perguntar novamente ele já havia sumido entre a densa neblina que cobria a floresta.

Nos dias que haviam se passado Alice não conseguia pensar em outra coisa que não fosse em Zec, ela ficava dia e noite imaginando como seria sua aparência, ela estava intrigada, será que ele morava naquela floresta? Pensou enquanto fazia dois rabos de cavalo em seu cabelo, foi quando ela se decidiu " irei voltar para aquela floresta, mas dessa vez não como uma dama perdida" pensou enquanto colocava um vestido preto, todos estavam concentrados demais no segundo dia da festa que nem se importariam se ela sumisse por algumas horas.

Alice então entrou na densa floresta de novo, ela foi se aprofundando mais e mais dentro daquela floresta, chegou no ponto que ela só parou quando viu uma cabana com luzes acesas, determinada Alice caminha até lá e então bate na porta. A porta é aberta pelo mesmo garoto de máscara, olhando mais de perto Alice consegue ver seus olhos que possuíam uma coloração acinzentada, ele não parecia surpreso com a visita de Alice, ele a recebeu agradavelmente.

- E então o que você procura?

Ele perguntou enquanto a olhava, sua mão estava no queixo

- Por que está procurando os filhotes de lebres?

Mesmo com a pergunta estranha Zec sorriu, aquilo deixou Alice sem palavras

- Quero saber onde a lebre enterrou seus filhos, somente.

Ela o olhou mais curiosa

- E por que usa uma máscara de coelho?

Ele a fitava sem palavras

- Digamos que tenho uma aparência horrenda.

Alice não acreditava

- Aparência não importa... quem vê cara, não vê coração!

Ela falou em um tom irritada

- Esse ditado é por que não devemos julgar ninguém pela aparência externa

Ele sorriu novamente

- O que estou querendo dizer é que não devemos julgar ninguém pela capa, você usa uma máscara então qualquer um te julgaria como um feio ou maluco, mas eu não acho isso!

Ela disse se levantando da cadeira que estava sentada e andando até o homem mascarado.

- Pelo visto muitos te julgam pela capa também

- Não posso dizer que não.

- Harpia enterrava todos os seus filhos em lugares onde ninguém nunca acharia, ele me deu o nome Zec que significa lebre, as aparências enganam, Harpia parecia ser dócil, mas era um lobo em pele de cordeiro, por culpa dela tenho várias cicatrizes.

Alice o olhou e ele a olhou de volta

- Você parece ter uma mente afiada, é gentil, mas claramente sua aparência não combina com você

- Você diz por conta da máscara?

- Sabe todos me olham como se eu fosse a pessoa mais frágil do mundo, eles me tratam como se eu fosse uma boneca, sinto que uso uma máscara de porcelana para esconder toda a minha dor, eu me modelei por inteiro somente para satisfazer meus pais, não posso falar nada em nenhum momento, sinto vontade de gritar toda vez que elogiam meus pais quando falam o quão bonita eu sou, e agora querem escolher um noivo para mim! Sem a minha permissão, é uma droga ser uma dama!

Alice grita fazendo Zec ficar parado.

- Eu deixei o cabelo crescer para agradá-los e o que eu ganho em troca? Mais comentários achando que vivo em uma família perfeita.

Anos se passaram desde o encontro de Zec e Alice, eles haviam se tornado melhores amigos, Zec era um musicista, que escrevia musicas e as tocavas na cidade, muitos o taxavam de estranho, mas Alice sabia que ele era muito mais do que estranho, ele era alguém que sabia valorizar o que as pessoas se esforçavam fazendo, ele era alguém de bom coração, Alice agora possuía cabelos curtos, mas estava ao lado de alguém que a ajudou a encontrar sua paixão como a música e a arte, ela cantava as musicas compostas por seu amigo, muitos os olhavam com desdém até por que ambos usavam mascaras de animais, porém através dessa amizade Alice descobriu que a beleza nunca esteve no reflexo do espelho, mas sim no reflexo de um coração sincero, que via além das aparências e enxergava a essência do ser humano.

User: strawberry63942

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