Ana Júlia Almeida
A doce morte a encontrar.
Há muito tempo atrás tão distante, existe uma história de que foi vivida e sobrevivido aos tempos do auge das inquisições, durante os séculos 16 e 17 aonde ocorreu milhares de mortes pelo movimento politico-religioso.
Durante esse tempo ocorria constantes mortes de pessoas que se atreviam em pensar fora dos parâmetros da igreja, aonde se questionar e ter visões diferentes impostos pelo regime autoritário da igreja, era julgado como um herege, seguidores de deuses falsos e praticantes de magia negra.
Os homens eram julgados em praças públicas e mortos na forca, já as mulheres eram vistas como bruxas, seres adoradoras do diabo que praticava maus a todos os filhos de Deus, e elas eram queimadas em fogo ardente remetendo ao seu futuro no inferno, que logo seria sentenciada com o julgamento de santidades enviadas da igreja.
E nesse tempo tempestuoso existia uma pequena jovem beirando aos 18 a 20 anos de idade, que vivia sonhando com um mundo melhor e com visões amplas de sociedade menos autoritária.
E é claro que era uma visão extremamente perigosa para o tempo de caça às bruxas, então era de se esperar que ela tentava dispersar e apagar quaisquer pensamentos hediondo diante da sociedade altamente religiosa.
Ao longe em uma espécie de campo aonde existia um riacho aonde vários aldeões dessa pequena vila se reunião para lavar roupas sujas, podia se avistar muitas senhoras e jovens trabalhando arduamente nas limpezas das roupas de seus familiares.
Depois de um tempo havia daquela constante lavação pouquíssimas senhoras restaram até finalmente restar somente uma jovem, totalmente aflita enquanto repetia a si mesmo.
— Droga aonde Catarina se meteu, já disse que é perigoso jovens puras andar sozinhas para ao longe do riacho, vai acabar sobrando para mim se eu ficar aqui depois que o sol se pôr por completo, que seja a vontade de Deus não vou passar a mão em sua cabeça– Diz arduamente se virando e deixando o riacho para trás.
Não muito longe dali havia uma linda moça brincando com as lindas margaridas recém abertas e desabrochadas, enquanto ria e cantava uma canção antiga possivelmente criadas de sua própria cabeça.
— Olha só que margaridas lindas, tem jasmim também que lindas, gostaria de poder mostrá-las para mamãe se ela ainda tivesse aqui–diz atonamente fungando e tentando se manter firme diante da triste situação.
Até que com um ato de mudar os pensamentos ela olha para os céus e tem uma surpresa avassaladora, já estava no finalzinho da tarde no ponto que o sol se apronta para ir embora, totalmente aflita diz a si mesma.
— Minha nossa senhora o sol já está se pondo, tenho que correr antes que eu entre em maus Lençóis–diz repetindo a si mesma e estremecendo com cada palavra.
Ela tentou desesperadamente correr contra o tempo e conseguir chegar antes que o sol se ponha-se por completo, mas infelizmente ela falhou durante a corrida contra o tempo, logo a escuridão tomou conta de todo o campo ao redor restando somente a claridade da lua brilhante que acabara de surgir.
Totalmente perdida em meio à escuridão, ela desaba totalmente se pondo a chorar feito uma criança em prantos, enquanto dizia várias vezes a si mesma.
— Idiota... Idiota... Oque papai falará de mim agora, sou uma indigna...– dizia ela totalmente em prantos entre lágrimas e soluços.
Ela ficou um bom tempo nesse interminável o processo de auto culpa, até avistar uma pequena fagulha de luz iluminando ao longe, logo a pequena luz se transformou em um enorme enxame de pequenos vaga-lumes iluminando totalmente aonde ela se encontrava.
— Minha nossa senhora como é isso é possível, vocês é uma benção de Deus tentando me salvar, ei amiguinhos poderiam me ajudar a voltar de segurança para casa...– fala tristemente consigo mesma enquanto admirava os pequenos vaga-lumes.
Depois de alguns instantes o enxame começou a se mover, e por sua vez Catarina tomou a seguir os pequenos seres em busca de uma saída, durante um longo tempo caminhando sem parar ela consegue avistar ao longe a chamas dos castiçais das casas dos aldeões.
Ela se pôs a correr e sorrir enquanto gargalhava olhando aos pequenos vaga-lumes, isso durou um breve momento até que sua alegria se transformou em constante medo pânico, ela avista um grupo de vagantes da fé, nome denominado para aqueles que trabalhavam em conjunto com a santidades pastorais das igrejas.
— Em nome de Deus eu te repreendo sou escrava de Satanás — diz esbravejando orações enquanto segurava um colar de Cruz.
Seus companheiros se amontoaram ao seu redor acurralando-a entre insultos, sem escapatória Catarina começa tentar se explicar.
— Me perdoe senhores eu me perdi ao riacho, eu sou simplesmente uma moça de bem, eu juro completamente por nossa senhora da Guadalupe– diz tentando assimilar tudo que está acontecendo ao seu redor.
— Não acreditamos em você sua bruxa seguidora do diabo, está tentando nos manipulares em ordem do indigno, uma impura em busca de atentar os filhos de Deus – diz um dos homens e todos concordaram.
Sem saber o que fazer Catarina simplesmente se calou, não sabendo como convencê-los de que não é uma criatura má, ela falhou tristemente mas em querer seguir a curiosidade, mas não havia feito nada de errado que todos diziam.
Sem mais nem menos os mensageiros da fé a capturou e amordaçando-a e guiando-a até as santidades da igreja local, e assim recebendo o julgamento da paróquia.
Um tempo depois eles chegam no auto da mesquita aonde se encontravam as santidades pastorais daquela pequena vila, logo depois dos criados das santidades pedirem uma convocação emergencial, começou o novo pesadelo de Catarina
— Nos desculpe vossas santidades, mas encontramos esse grande mal vagando aos redores de nossa vila– diz confiante enquanto me mostra amordaçada logo atrás.
— Minha nossa senhora... o senhor é convosco o pai da misericórdia, repreendo esse mal em nome do pai do filho do espírito santo– diz totalmente preocupado enquanto milhares de orações.
A pequena Catarina apenas ficou em silêncio, pois sabia se voltasse a falar novamente ela seria castigada com chicotadas e punições, assim como foi anteriormente enquanto tentava convencê-los um tempo atrás de quem não era uma bruxa.
— Minha nossa tenho que correr e avisar o grande conselho do Vaticano para mandar um mensageiro para um julgamento de expurgação do mal– diz o padre deixando o local enquanto falava.
E tudo o que Catarina podia fazer era chorar, pois sua voz não podia ser ouvida, não de uma pecadora nos olhos de todos, ela fora mandada para um calabouço nos aposentos da igreja, em todo momento a única coisa que ela fazia era rezar a Deus para que intervisse e desfazer-se de tudo aquele mal-entendido totalmente sem escrúpulos.
Dias se passaram e tudo que a jovem Catarina via era pessoas a arreprendendo-a e castigando-a negando comida e água, a coitada de Catarina estava totalmente magra e desnutrida e havia perdido totalmente as esperanças de um dia sair de lá.
— Porque cometi esse erro de lavar as roupas naquele dia... por perdi a percepção da hora... Porque ninguém me escuta...– diz já cansada de tudo aquilo e se questionando o porquê de tudo.
Não demorou muito até que um dos guardas se aproximem, ela rapidamente para de falar sozinha e se encolheu no canto abaixando a cabeça, até que ouve uma voz semelhante a do seu pai e vira o seu rosto encontrando com o mesmo.
— Papai eu não sou o que eles dizem que eu sou, juro por nossa senhora apenas perdi a hora e me perdi no meio da escuridão... eu juro papai me perdoa... me perdoa– diz Catarina se jogando contra a grade em busca de conforto.
— Eu sei minha filha... Mas não posso fazer nada a igreja tem o poder eu não sou ninguém o que poderia fazer para te tirar daí... Eu juro que se pudesse eu faria de tudo para te proteger, mas eu sou um simples agricultor eu não tenho voz nesse mundo somente aqueles no poder...– dizia enquanto se colocava a chorar tentar abraçá-la através da grade.
— Eu sei papai, não se preocupe eu já aceitei meu cruel destino, mas Me prometa uma coisa não se culpe com oque vai acontecer, foi um descuido meu tudo isso e que eu sempre vou te amar aonde eu estiver, te amo eternamente papai– diz Catarina totalmente os prantos enquanto tentava ser forte a consolar o seu pai.
Não demorou muito e logo apareceu um dos guardas os afastando e levando seu pai embora, Catarina ficou arrasada com tudo aquilo, mas, por outro lado ela se sentia em paz, pois tinha tirado um peso de seu coração em falar a última vez com seu amado pai.
E assim se passou mais alguns dias enquanto Catarina continuava trancafiada dentro daquele calabouço, até que um dia os guardas voltaram a colocaram para fora de sua cela, ela já sabia estar sendo encaminhada para sua morte.
E até o fim ela continua firme tentando não chorar enquanto caminhava para a morte, mas sua essa força foi embora quando ouvia os milhares de insultos que os aldeões propagava com sua presença, ela sentiu o amargo gosto da morte simplesmente abraçou-a em busca de uma morte rápida.
Ela foi colocada no meio de uma fogueira que logo seria incendiada e trazida seu alívio profundo, já cansada tudo que almejava era finalmente a paz.
Um sacerdote de alto escalão da igreja se aproximou e começou a proferir todos os meus pecados e a fazer orações, a única coisa que Catarina sabia fazer era chorar em alívio e finalmente encontrar a paz depois do tormento.
— Estamos aqui em ordem da santidade do Gram Papa II em executar o julgamento de uma seguidora e adoradora do diabo, e provir o castigo de Deus queimando todo mal com o enxofre de seus castigos...– falava arduamente o padre responsável por sua execução.
Um tempo depois padre ordena a incendiar a grande fogueira, queimando e executando a pequena jovem Catarina.
Enquanto a chama ardia e queimava cada parte de Catarina, ela ansiava que a morte tivesse pena dela e desse uma morte rápida, depois de um tempo agonizando de dor e sofrimento ela começou a ver um belo rapaz que começou a proferir várias respostas.
— Olá criança lhe trarei a paz, mas saiba que eu sou mal que todos falam e temem– diz o Belo rapaz de preto.
— Quaisquer coisas que proferir a mim não será nada do que passei na mão dos homens, e aqueles adoradores do senhor Deus– diz calmamente aceitando cada palavra como um apoio.
— Uma coisa eu prometo criança, na sua próxima vida eu lhe darei os poderes de dançar ao fogo e não temer ninguém com sua força– continua a falar o belo homem enquanto toma sua mão e a guia para longe.
E assim termina a história os dois desaparecendo e estando somente a história contadas de e suas últimas linhagens antepassadas, de como a doce Catarina encontrou a morte Mas também se tornou livre que o mundo totalmente cruel.
E aqui me pergunto será que Catarina finalmente pode renascer, e retornar a esse mundo tão cruel que a machucou e o que ela fará com todos os descendentes ou pessoas semelhantes que julgaram como o mal, será ela finalmente ter um final feliz ou trazer a destruição...
Fim.
Conto feito por Almeida, Ana Júlia. A doce morte a encontrar.em agosto de 2024.ITU.SP
Com carinho da autora Cherryzinha 🍒
user: cherryzinha0
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