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Trovão.

Eu parei na casa da garota e o menor agradeceu, ele desceu e ela me olhou antes de descer, eu continuei tranquilo na minha e ela ficou me olhando.

Malu: Não vai descer? - Dei os ombros.

Trovão: Tu não vai sair com o garoto? - Apontei.

Malu: Só mais tarde.- Falou seca, descendo do carro.

Olhei a hora, nem quatro horas da tarde era ainda. Saí do quarto fechando os bagulhos e entrei fechando o portão, o Caio foi tomar banho e eu entrei no quarto, me deitando na cama. Fiquei suave ali, ela tava na cozinha mexendo em algum bagulho e eu fiquei mexendo no celular, escutei o Caio falando alguma coisa, eles trocaram uma ideia e ela entrou sorrindo no quarto, passou direto por mim e foi trocar de roupa.

Trovão: Vai descer pro baile comigo ou não? - Falei bolado, e ela me olhou.

Malu: Eu tenho filho, não posso tá por aí de madrugada.- Eu soltei uma risada irônica.

Trovão: Só quando tu quer né pô? - Falei baixo, pro menorzinho não se ligar.

Malu: Não entendi.- Me encarou.

Trovão: Quando tu quer ir, tu arruma lugar pra deixar ele sempre cara. Agora tá batendo neurose no bagulho, não quer ir e quer fazer caô porque eu vou?! Fode não pô.- Maria Luiza negou.

Malu: Trovão, no máximo eu deixo ele na casa do Perigo, a tia dele fica com ele. Sei que você não entende, mas eu tenho que ter responsabilidade em dobro.

Trovão: Eu não entendo?

Malu: Quantas vezes você já deixou de sair pra cuidar do seu filho? - Colocou a mão na cintura.

Encarei a Maria Luiza me sentando na cama e balancei a cabeça, respirei fundo me levantando e peguei meus bagulhos. Não tava afim disso, o filho dela tava na sala e qualquer momento eu ia ficar bolado pra caralho, ia gritar e não tava afim do menor escutar nada disso.

Trovão: Tá cara, você tá certinha.- Falei vendo ela me olhar e fui andando pra fora.

Caio: Já vai? - Falou quando eu passei por ele, pela cara de vidrado no desenho ele nem tinha se ligado em nada.- Achei que você ia com a gente.

Trovão: Tu já viu bandido indo pra cinema cara?! - Gastei ele, que riu negando.- Se liga pô.- Tirei a carteira do bolso e tirei cinquenta reais e estendi pra ele.- Compra algum bagulho maneiro lá.

Caio: Não precisa, trovão. Valeu.- Negou.

Pisquei pra ele colocando o dinheiro na mão dele e passei a mão pelo cabelo dele vendo ele sorrir. Saí indo pro carro e quando eu tava entrando, chegou uma mensagem. "Preciso de um remédio, minha cartela acabou. Você pode vim buscar a receita pra comprar?"

Não respondi a garota, desci pra casa dela e buzinei, ela saiu com um papel em mão me mandando comprar algum bagulho e desci indo buscar, aproveitei pra tirar a neurose da mente. Perguntei pro cara lá que vendia se essa parada ajudava mermo, se fazia bem e se era da hora, e ele falou que sim, que fortalecia altos bagulhos na gravidez...

Trovão: Só tem esse bagulho pra comprar? - Falei entrando na casa, o Luiz tava deitado no sofá cochilando e eu neguei com a cabeça.

Alicia: Sim, esse é o mais caro, por isso não pedi pro vapor aí.- Falou e eu olhei pra cozinha.

Na porta da geladeira tinha altos horários de remédio, nome de médico, altos bagulhos da hora. Encarei ela que tava fazendo suco e me sentei na cadeira.

Trovão: Qual foi dessa tua mudança do dia pro outro em, cara? Fala a real mermo.- Falei e ela não me olhou.

Alicia: Quando o Luiz chegou pra me dizer que você tava namorando, quando eu vi você beijando a garota.- Falou ainda com voz de nojo.- Tomei um choque. Tu nunca quis nem me assumir, mal andava comigo por aí, percebi que já tinha dado meu papel.

Trovão: Virou de igreja agora pô? - Ela me olhou com cara de deboche.

Alicia: O Luiz ama muito o irmão que nem conhece ainda, ele me implorou pra eu ter esse bebê, acho que posso fazer esse esforço por ele.- Falou baixo.

Trovão: Tu jogou a minha culpa em cima dele, né cara? - Falei olhando pra ela.- Por causa do bagulho da Bruna.

Alicia: Nem tanto. Senti muito a perda dela, sempre que eu olho pra ele, eu vejo a Bruna, até o modo de falar deles é igual. Eu não conseguia conviver com ele por causa da falta que eu sinto dela.

Trovão: Esse bagulho que tu fala que eu te namorei, é mó pilantragem. Se liga pô, a gent só tava enrolando e pá.- Apontei.

Alicia: Você praticamente vivia comigo, em casa me tratava como uma princesa e na rua passava direto. Sendo namorada ou não, o que você fez foi o que fudeu minha mente, e você sabe bem disso.

Balancei a cabeça ignorando os bagulhos que ela falou, parecia que geral tava se juntando pra me estressar maneiro hoje. Me levantei depois dessa parada e passei pelo Luiz beijando a cabeça dele, fui pra casa e aproveitei o lazer pra dormir. Acordei no susto com o Vg me ligando e perguntando se ia descer pro baile, confirmei com ele, coroa nem tinha chegado ainda e eu fui falar com ela, mas ela tinha mandado foto bebendo mais cedo.

Nove da noite, agora eu deveria tá fazendo um sexo bolado com a safada pra aliviar o estresse, mas ela que tava causando o estresse. Pensei em até aliviar com outra, no sapatinho, mas bagulho não durou dois segundos na minha mente, então eu peguei meus bagulhos e desci pra casa dela de novo, tava sem nada pra fazer e só queria um sexo antes do baile.

Estranhei a moto parada na porta da casa dela e desci da minha moto batendo no portão, como só tava encostado eu empurrei e entrei, dando de cara com ela vindo, ela me olhou sem entender e eu passei por ela, vendo o Menor sentado no sofá rindo com o Caio.

Trovão: Tô perdido em algum bagulho? - Falei olhando pra ele, que me encarou.

Malu: Perigo mandou ele de segurança.- Falou do meu lado.

Trovão: Deveria ter metido o pé já pô, eles já tão em casa.- Caio me olhou.

Menor: Relaxa, meu mano. Logo menos tô indo.- Balançou a cabeça pra mim e voltou a falar com o Caio.

Maria passou por mim sentando na cadeira e eu passei por ela puxando cabelo dela me sentei na frente dela e ela colocou o celular em cima da mesa, me olhando.

Malu: Veio fazer o que aqui? Tá perdido? - Falou me encarando, parecia que ia me matar a qualquer minuto.

Trovão: Bateu maior saudade.- Cocei a
cabeça.

Malu: É a segunda vez que você sai de perto e me deixa falando sozinha.- Falou me encarando.

Me aproximei dela dando um beijo na bochecha dela e a safada me arranhou, me fazendo afastar dela.

Trovão: Ou cara, para de graça. Não ia tá discutindo contigo e o menor na sala, bagulho chatão pra ele.- Balancei a cabeça.- Tu não quer ir mermo?

Malu: Não é questão de querer. Só não acho muito legal deixar o Caio trancado pra ir pra farra. Yasmim vai ficar com o Vg hoje, o Perigo provavelmente vai meter o pé, não tem com quem deixar ele.- Falou batendo na minha mão.

Trovão: Porra, é só perguntar pra ele.- Neguei com a cabeça e o Menor falou com ela.

Menor: Vou meter o pé, Maluzinha.- Ela levantou e eu encarei ele.

A garota agradeceu e se afastou, ele fez maior questão de abraçar ela, vi que o Caio tava me encarando e eu passei a mão na cabeça, pegando o celular da Maria que tava destravado em cima da mesa pra ignorar esse bagulho. Vi que ela tava conversando com a Yasmim e dei maior força pra garota sair com o Vg.

Malu: Tira as patas do meu celular.- Falou entrando em casa.

Trovão: Faz uma limpeza nessa casa pô, tá precisando.- Falei rodando o dedo e ela sentou, pegando meu celular.- Compra outro sofá, toma um banho também.

Caio: Você é muito ciumento.- Falou rindo e eu olhei pra ele.

Trovão: E aí menorzinho, tu deixa eu levar tua coroa no baile? - Ele deu os ombros.

Caio: Pode ser, tanto faz.- Falou olhando pra televisão e eu olhei pra garota.

Ela falou altos bagulhos pra ele e ele tava nem aí, no fim ela decidiu ir. Tava cedo pra gente ir,  mas eu mandei ela tomar banho pra gente meter o pé mais cedo, e ela foi porque o pai tá com a maior moral.

Me sentei com o Caio e fiquei assistindo o filme com ele, maior cota pra ela se arrumar e quando terminou tava maior gatinha. Ela falou outros mil bagulhos pro Caio e a gente foi saindo, não precisei mandar ninguém ficar de olho, porque o Perigo deixava os moleques dele na rua o tempo todo.

Ela subiu na moto e eu fui pra minha casa, abri os bagulhos e ela veio me seguindo.

Malu: Achei que você já tava pronto.- Falou e eu puxei ela pra subir as escadas.

Trovão: Tô quase pô.- Falei entrando no meu quarto e ela entrou junto, fechei a porta tirando a camisa.- Antes a gente vai fuder maneiro.

Malu: Só em sonho.- Falou sentando na cama.- Eu já tô toda arrumada.

Trovão: Tu ficar linda até desarrumada cara, se liga.- Parei na frente dela.

Segurei o queixo dela e beijei ela, Maria segurou minha mão e se afastou. Xinguei ela na minha mente, mas só me joguei na cama encarando ela.

Trovão: Feia.- Puxei o cabelo dela, vendo ela deitar na minha barriga.

Malu: Se você tivesse falado, eu teria colocado as coisas na bolsa e me arrumava aqui.- Falou esticando a mão e passando no meu peito.

Xinguei ela de novo tirando a blusa e ela subiu pro meu lado, colocando o corpo por cima do meu. Liguei o ventilador e fechei os olhos, ela ficou fazendo passando as unhas pelo meu cabelo e eu tava quase cochilando ali.

Malu: Yasmim e Vg tão descendo já.- Falou e eu abri olhos.

Pulei da cama pra trocar de roupa e ela ficou deitada mexendo no celular dela, me arrumei no pique de jogador e fui pegar os bagulhos pra poder descer.

Malu: Sua mãe ainda não chegou? - Falou levantando.

Trovão: Aquela ali só bate o pé em casa amanhã de manhã.- Falei negando com a cabeça e passei por ela, puxando ela pela cintura e a gente saiu do meu quarto.

Desci pra esperar os dois com ela e quando eles chegaram a gente desceu pro baile, tava lotado como de costume e de cara eu fui trocar a ideia com o moleque que tava no comando das vendas, depois disso fui subir com eles pra área vip dos bandidos e relaxei ali.

A noite tava maior bagulho tranquilo, ainda tava com uma vontade do caralho de transar com a Maria e ela tava nem aí pra mim, tava do meu lado conversando com o Vg e a irmã dela. Passei o olho por geral, tinha umas meninas me olhando por ali e eu desviei o olhar, beijando o ombro da Maria, que me olhou e segurou minha mão.

Vg: Já já a gente desce pro pagode pô.- Falou olhando pra mim e eu encarei ele.

Balancei a cabeça e puxei a Luiza pra perto de mim, ela veio ficando na minha frente e eu encostei a cabeça perto do ombro dela.

Trovão: Tu fica aí me rejeitando pô, altas garotas me olhando ali.- Falei gastando ela que virou na merma hora pra me olhar.

Malu: Trovão...- Falou revirando os olhos.- Se manca cara, já passou da idade de agir como feio já.

Eu soltei uma risada e segurei o rosto dela dando um beijo, minha vontade mermo era só de meter o pé dali e transar com ela o resto da noite, mas ela tava que nem uma safada me negando.

A noite tava tranquila, não tinha muito bagulho pra preocupação porque tava tudo conforme deveria ser. Três horas da manhã a gente desceu pro bar da laje, ficou lá de boa, viu o sol amanhã e tava tranquilo conversando ainda.

Malu: Vai dormir lá em casa? - Falou enquanto brincava com a minha mão, olhando pra Yasmim.

Trovão: Vai não, te manca pô. Se for vai dormir no sofá ou com o Caio.- Apontei pra ela.

Yasmim: Se liga garoto, mais fácil tu dormir no chão do terraço do que eu não dormir com a Maria.- Falou revirando os olhos e eu encarei o Vg, balançando a cabeça pra ele fazer algum bagulho. 

Vagner: Vai dormir comigo pô, relaxa.- Falou em tom de gestação e eu soltei uma risada.

Meu celular tocou e era um número desconhecido. Não tava afim de atender, coloquei em cima da mesa de tela virada pra baixo e fiquei suave, não deu cinco minutos e o celular do Vg tocou, eu encarei ele que atendeu e em poucos segundos, a cara dele que tava de felicidade pra caralho, foi pra de desespero.

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