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Capítulo Treze

"Cadê o Benjamin, Lucas?"

Ao ouvir aquilo, o garoto também ficou paralisado. Além da aparência, os gêmeos também possuíam uma voz similar, mas Liza nunca havia confundido os dois timbres antes. Apesar de não falar muito, Benjamin tinha um tom mais suave se comparado a Lucas, o qual tinha a voz um pouco mais grave.

"Cadê ele??" Elizabeth insistiu, os olhos lacrimosos. Seu irmão se recuperou do choque e voltou a segurá-la pelo braço.

"Temos que ir." Foi tudo o que ele disse.

Liza se soltou com força, agora chorando descontroladamente. Aquilo não fazia sentido; estava com Benjamin no túnel, daquilo tinha plena certeza. Sua mente estava embaçada de modo que ela não conseguia pensar direito. Como Lucas e Ben haviam trocado de lugar sem que ela percebesse?

Então ela ligou os pontos: quando o homem mau correu atrás deles, Benjamin fez Liza ficar em silêncio e correu na direção oposta, mas no segundo seguinte apareceu atrás dela novamente. Como ela não havia percebido que aquele era Lucas?

"Elizabeth, não temos tempo pra isso, temos que ir agora." Lucas disse severamente tentando pegar a mão da irmã novamente, mas esta se esquivou. Em meio a soluços, Liza perguntava repetidamente onde Benjamin estava, com dificuldade em respirar. Lucas tentava se manter calmo, mas também estava visivelmente abalado. "Eu juro que vou te deixar aqui. Para de ser mimada, temos que ir embora antes que aqueles caras voltem."

Liza, por outro lado, não dava a mínima para quem quer que viesse. Ela se virou e voltou a andar para o túnel, chamando pelo outro irmão. Ao ver aquilo, Lucas se irritou por completo e pegou a irmã no colo. Liza chorou mais ainda, se debatendo e querendo voltar. Nunca havia se sentido tão mal antes, queria acordar logo daquele pesadelo horrível.

Os dois caíram no chão e Lucas grunhiu com dor. Liza ficou paralisada por um momento sem poder evitar um sentimento de culpa, tinha se esquecido de que o irmão estava ferido. Mas foi daquele vacilo que Lucas tirou proveito, pegando um objeto do bolso da calça. Elizabeth ficou confusa observando o irmão abrir uma pequena caixa e pegar um pequeno recipiente com um líquido transparente.

Quando a menina percebeu que o que seu irmão havia pego era uma seringa e que a mesma agora estava cheia do líquido anterior, era tarde demais. "Desculpa." Lucas murmurou antes de aplicar a injeção, e Liza só teve tempo de sentir uma pequena dor no braço direito antes de tudo ficar escuro.

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Elizabeth abriu os olhos com esforço, seu corpo estava dolorido. Ouviu barulhos agudos e repetitivos, e ao olhar para o lado percebeu que o som vinha de um aparelho que monitorava seus batimentos cardíacos. Notou também que seu braço estava preso a um tubo transparente que se ligava a um saco pendurado com algo que parecia ser soro. Quando ela havia ido parar no hospital?

A garotinha se desesperou por um momento, mas no meio de todo aquele branco conseguiu distinguir uma figura adormecida e sentada em um sofá próximo. Aquele ser tinha o cabelo totalmente desgrenhado e suas roupas estavam inteiramente sujas. Liza tentou chamar seu nome, mas nada saiu.

Apesar de estar em um lugar totalmente desconhecido, saber que Lucas estava ali com ela a acalmou, então ela voltou a fechar os olhos.

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Quando Liza retomou a consciência, viu duas figuras no canto do quarto. Lucas ainda vestia as mesmas roupas sujas enquanto tentava dialogar com a mulher à sua frente. Pelo que Liza pôde observar, os dois estavam no meio de um argumento, e o lado feminino parecia estar ganhando.

Após diversas palavras que Elizabeth mal conseguia processar, a mulher deu seu veredito. Lucas parecia estar em choque, e ficou alguns segundos em silêncio antes de agarrar a mulher e suplicar por algo. Liza achou aquilo estranho; seu irmão era tão orgulhoso quanto ela, implorar não era bem a praia dele.

A mulher negou diversas vezes com a cabeça, mas acariciou o cabelo de Lucas e o confortou. Quando Liza começou a pensar que aquela figura adulta era um tanto familiar, apagou de novo.

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Ao acordar, Elizabeth percebeu que estava sozinha. O quarto branco estava levemente iluminado pelos primeiros raios de sol da manhã, e a garotinha involuntariamente sentiu uma pequena alegria; adorava manhãs ensolaradas. Ela se sentou e empurrou o lençol, tinha que se apressar para passear com Rudolph antes que o café ficasse pronto. Ian não tinha aparecido ali para a acordar ainda, então ela ainda tinha tempo.

Porém, quando ela se levantou, sentiu uma dor no braço esquerdo. Liza franziu o cenho ao ver a agulha injetada em si, e olhou os arredores do quarto. O cômodo parecia um pequeno quarto de hospital, simples e minúsculo. A menina piscou diversas vezes, quando tinha ido parar ali? As memórias começaram a voltar, mas Elizabeth as afastou. Aquilo fora um pesadelo, ela estava apenas confusa. Tudo ficaria bem assim que achasse seus pais e seus irmãos.

Ao pensar nos irmãos, Liza olhou para o sofá no canto onde se lembrava de ter visto Lucas previamente, mas não encontrou nada além de um envelope branco. A menina franziu o cenho e se esticou para pegar o papel, com cuidado para não esticar o braço furado pela agulha. Era uma carta, e aquela letra curvada com certeza pertencia ao gêmeo mais novo.

Quando Elizabeth terminou de ler, o sol já não parecia tão alegre. Pela primeira vez na vida a garotinha sentiu de verdade o que era realmente estar sozinha.

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Após o choque, tudo o que Liza sentiu foi raiva. Lucas, envolvido com o homem que havia destroçado sua família. O homem que havia tirado tudo o que ela mais amava. O sentimento a consumiu de tal maneira que ela não conseguiu controlar o impulso de se levantar.

"Como você ousa??"

Lucas, quem estava conversando com Pablo, arregalou os olhos ao ver a irmã. O capanga ao lado também ficou surpreso, pegando sua arma no mesmo segundo e apontando para ela. "Mas que porra?!"

"Como você teve coragem, Lucas?!" Liza insistiu, a voz aguda e falha. Embora aquilo aparentasse ser puro ódio, ela sabia que a emoção que tomava seu peito era algo muito pior: dor. Não importava mais o plano, o dinheiro, ou até mesmo a fuga. Elizabeth estava cansada de Jasi tirando a família dela.

"Você conhece a feminista?!" Pablo perguntou olhando de relance para Lucas.

"Jasi disse para não machucar ela, abaixa a arma," Lucas disse em um tom autoritário, e quando Pablo finalmente cedeu, ele lançou um olhar significativo para a irmã, "eu nunca vi ela."

Aquilo infelizmente só serviu para irritar mais ainda Elizabeth. "Ele é meu irmão, seu idiota!" Ela gritou, na mesma hora se rendendo à queimação irritante em seus olhos e deixando as lágrimas caírem.

Pablo voltou a pegar sua arma, dessa vez apontando a mesma para Lucas. "A feminista é sua irmã?!"

Lucas pareceu resmungar alguma coisa. "...Droga, Elizabeth. Seu drama não podia esperar?"

Liza balançou a cabeça, estava tremendo de raiva. "É tudo um jogo pra você, não é mesmo? Às vezes me esqueço que egoísmo é seu segundo nome, só sabe pensar em você."

O homem esguio apenas a encarou de volta. "Isso não é verdade."

"Como não?" Elizabeth andou até ele, ignorando as ameaças de Pablo. "Quando as coisas se complicaram depois do massacre, qual foi a primeira coisa que você fez?"

Lucas tensionou os lábios, os olhos fixos na irmã mais nova. "Eu tive que ir."

"Claro que teve, é sua natureza. Sabe por quantos orfanatos eu passei? Posso listar todos, mas nenhum foi bonitinho igual os programas de TV mostram." Liza respirou fundo tentando inutilmente controlar as lágrimas. "E sabe o mais interessante? Toda vez que uma família se interessava em me adotar, eles desistiam por alguma razão. Sempre a mesma coisa, como se algo estivesse errado comigo, e realmente deve estar, porque nem mesmo meu irmão quis ficar."

Elizabeth não gostava de relembrar o passado, muito menos de falar sobre o mesmo. Quando era mais nova, tinha um forte mantra: isso aqui vai acabar quando eu fizer 18 anos, só tenho que esperar mais um pouco, e aquilo realmente ajudou. Então o grande dia finalmente chegou, ela agora era uma maior de idade, poderia sair do orfanato, estava livre para explorar o mundo. Mas Liza não se sentiu livre quando pisou o pé para fora de sua antiga prisão. Ela se sentiu perdida.

"Eu..." Lucas começou baixo, parecia realmente sem fala, e aquilo era bem raro de se ver.

"E quando procurei por você, não encontrei nada. Passei meses pesquisando, até tive algumas pistas, mas aparentemente existem milhares de Lucas Hales por aí." Liza disse irritada, mas aquilo acabou irritando seu irmão também; Lucas odiava o fato de ter o nome mais comum do universo, como ele dizia.

"Milhares também com o sobrenome Hale? Isso não..." Lucas de repente hesitou "...Espera, você procurou por mim?"

"Claro que eu procurei," Liza respondeu em um tom bruto. "Mas você realmente dominou a arte do desaparecimento."

Era verdade. Elizabeth parava de hotel em hotel, sempre procurando por algum sinal do paradeiro de seu irmão. Até mesmo quando foi morar com Amanda e Dan, seis meses antes, a busca continuou. A insistência era tanta que as meninas tinham que parar Liza às vezes.

"Espera... Elizabeth... você leu a carta?" Lucas perguntou franzindo o cenho.

Liza ficou em silêncio por alguns segundos antes de se dar conta do que o irmão estava falando. "Eu li."

Lucas parecia perdido. "Então... por que me procurou depois daquilo?"

"Porque você é meu irmão, estúpido!" Liza disse visivelmente alterada. "Você não me conhece nada se achou mesmo que um pedaço de papel iria mudar isso."

O homem ficou apenas encarando a irmã mais nova. "...Você não me odeia?"

"Claro que não!" Liza disse de imediato, o que surpreendeu mais ainda Lucas. "Quer dizer, eu tentei. Eu tive uma fase rebelde, não vou negar. Tentei muito descontar minha raiva em você, mas não deu certo. Nem mesmo agora que sei que você está envolvido com Jasi eu consigo te odiar, droga! Imagina antes."

Lucas parecia estar totalmente imerso nas palavras da irmã, mas exibiu uma inconfundível expressão de nojo ao ouvir a última frase. "O que te faz pensar que estou envolvido com ele?"

"Você acabou de falar." Liza disse.

"Hã? Ah, aquilo? Eu estava claramente fingindo pra livrar a pele de vocês." Lucas respondeu enquanto retomava sua usual expressão tediosa. "Você realmente achou que eu desceria esse nível, Elizabeth? Estou ofendido."

"..." Liza ficou em silêncio digerindo a informação enquanto Lucas a olhava com uma expressão de deboche. De repente, o som de carregamento de uma arma pôde ser ouvido ao lado.

"O que você quis dizer com descer o nível?!" Pablo perguntou mirando a arma em Lucas.

"Por que não usa seu pequeno cérebro mal formado para descobrir?"

Elizabeth quis rir do tom sarcástico do irmão, mas se deu conta de que o homem estava armado. "Lucas, arma."

"O que quis dizer com isso?!" O capanga voltou a perguntar.

"Ele quis dizer que você possui uma quantidade insignificante de massa encefálica e que a mesma não foi adequadamente desenvolvida."

Os adultos voltaram o olhar para a voz infantil, avistando um Lorenzo apoiado sobre o balcão. Lucca e Ava estavam ali também, todos parecendo entretidos e assistindo a confusão.

"Espera aí, cadê o Morgan?!" O capanga perguntou, subitamente se dando conta do colega desaparecido.

"Desacordado no momento." Lucca respondeu com um pingo de culpa na voz.

Pablo encarou o menino como se não acreditasse em sua cara de pau. De repente uma onda de irritação pareceu tomar conta do capanga. "Já chega, vou dar um jeito em vocês depois, pestes. Agora, você é um problema mais sério." Ele indicou Lucas com a arma. "Pelo que sei os irmãos dessa aí morreram faz tempo, então vocês só podem estar mentindo."

Elizabeth franziu o cenho olhando de seu irmão para Pablo. "É sério isso?"

"Certo, gênio. Sou um impostor então, o que isso importa pra você?" Lucas perguntou com tédio, não parecendo surpreso pelo engano do capanga.

"Significa que você é descartável." O capanga disse em um tom convicto enquanto levantava a arma.

Ao ouvir aquilo, Elizabeth sentiu aquele familiar peso no coração, o maldito pressentimento de que iria perder algo importante. Sem nem pensar ela se jogou sobre o irmão mais velho, o qual foi pego de surpresa e caiu no chão. Após se recuperar do susto, Lucas empurrou a irmã para ficar por cima; não era mais um garoto de 14 anos, estava mais forte. Elizabeth, porém, também não havia deixado de crescer naquele tempo, e usou toda sua força para cobrir o irmão.

Pablo ficou estático ao ver que os dois estavam lutando pela chance de levar um tiro. Ele tentou miseravelmente mirar em Lucas, mas acertar o alvo parecia impossível naquela situação.

"Mas que caralho, fiquem parados!" Pablo xingou irritado, mas no segundo seguinte ouviu-se um baque e o homem caiu desacordado no chão. Ao perceberem o corpo caído, Lucas e Liza finalmente pararam com a briga para olhar.

Kyle estava olhando eles em silêncio, e Liza notou que ele estava irritado só pelo jeito que respirava. "Eu não falei pra você pegar a porra do trailer e vazar daqui?"

"Ei, eu salvei vocês, não foi?" Lucas murmurou em um tom tedioso enquanto se desvencilhava da irmã. Elizabeth ainda estava atordoada com toda aquela situação.

O olhar de Kyle exalava puro ódio. "Usando as crianças para drogar um cara armado."

"Em minha defesa, eu encontrei a droga no seu trailer com a ajuda do cabeludinho, e a sua miniatura deu a ideia." Lucas disse indicando os meninos no balcão, e ambos desviaram o olhar.

"Ah, então está dizendo que eles entregaram a droga na sua mão?" Kyle perguntou cruzando os braços.

"Não," Lucas respondeu ao se levantar, alisando a blusa larga. "Quem fez isso foi a loirinha."

Ava apenas encarou eles de onde estava, Thomas em seu colo. Kyle apontou para o bebê adormecido. "Você deu sonífero pra ele."

"Eu não tenho culpa se esse menino coloca tudo na boca, eu só deixei ele segurar." Lucas resmungou.

Kyle pareceu superar a vontade incontrolável de assassinar o homem esguio e focou o olhar em Elizabeth, quem estava ao lado do irmão e apenas observava a discussão. "E você, o que pensou que estava fazendo?!"

Liza não esperava por aquilo. "Hã? Ah, então agora você tá falando comigo?"

"Que merda foi essa, tava querendo levar um tiro??" O homem insistiu.

"Caso não tenha percebido, eu estava impedindo que ele tomasse um tiro!" Elizabeth disse apontando para Lucas.

"Ninguém liga pro seu irmão idiota, deixava ele se ferrar." Kyle respondeu irritado.

"Cara, eu tô bem aqui." Lucas disse com tédio. "Aliás, eu só voltei porque ouvi que os capangas tinham pego vocês. O que aconteceu?"

Liza comprimiu os lábios. "Kyle espirrou."

"...É sério?" Lucas perguntou. As crianças pareceram achar graça da situação.

"Vamos embora antes que os outros ratos voltem." Kyle resmungou emburrado pegando a arma de Pablo.

No caminho de volta para o trailer, Lorenzo e Lucca contaram sua versão da história: Lucas havia aparecido de repente no veículo alegando que Kyle e Liza estavam em apuros, então eles montaram um pequeno plano de resgate. Como o homem já havia ganhado certa afinidade com os capangas, lidaria com eles enquanto as crianças davam um jeito de apagar Morgan.

Liza ficou confusa. "Espera, vocês sabiam que ele estava fingindo? Por que pareceram tão surpresos naquela hora?"

"Ele disse que era pra gente guardar segredo porque ele ia resolver uma coisa com os capangas, não que ia fingir ser um!" Lucca se defendeu.

"É verdade, eu fiquei surpreso," Lorenzo interveio, "mas foi uma ótima estratégia, espião é um cargo muito requisitado e respeitado entre os homens de Jasi, e como geralmente as identidades deles são informações ocultas, não seria um problema Lucas fingir ser um."

As outras crianças pareceram entender a lógica e olharam para Lucas com certa admiração. O homem andava com o olhar fixo no celular, sem dar muita importância para eles.

"Mas ainda precisávamos dar um jeito em Morgan, foi quando cogitamos a ideia do sonífero." Lorenzo continuou.

"Vocês são bons em dopar pessoas." Liza murmurou lançando um olhar significativo para Enzo, quem retribuiu com um sorrisinho angelical.

"É verdade, vocês fizeram um bom trabalho." Lucas murmurou de repente, e as crianças automaticamente se animaram.

"Um bom trabalho é o que eu vou fazer nessa sua cara se esse bebê não acordar nas próximas horas." Kyle resmungou um pouco mais à frente, Thomas dormindo em seu colo.

"Ele vai sim, relaxa." Lucas respondeu, mas dava para notar um certo medo em sua fala.

Apesar do esclarecimento, Elizabeth ainda estava intrigada; os capangas não haviam reconhecido Lucas, e segundo Pablo todos os irmãos de Liza estavam mortos. Como aquilo era possível? 

"Ei," Elizabeth desacelerou o passo para ficar ao lado do irmão mais velho, "mais cedo, você ouviu o que Pablo disse?"

O homem desviou o olhar do celular para ela, "sobre eu ser um impostor?"

"Sim. Eu não entendi, pensei que Jasi estava atrás de você também."

Lucas suspirou longamente antes de voltar a falar. "Você se lembra de como Ben nunca saía de casa?"

Liza assentiu prontamente. Seus pais sabiam que Benjamin não gostava de multidões e que preferia o conforto do lar, e respeitavam aquilo. "E você sabe," Lucas continuou, "naquela época, Jasi já estava tomando conta do governo, então não fomos registrados."

De repente tudo fez sentido na cabeça de Elizabeth: como Ben não deixava a casa ao mesmo tempo que o irmão e não havia nada que comprovasse a existência do mesmo, ele não existia para o mafioso. "Então... Jasi não sabe que vocês eram gêmeos."

"Tudo indica que ele acreditava que existia só um," Lucas disse, "mamãe e papai usaram essa vantagem no plano."

Os dois nunca haviam conversado abertamente sobre aquela noite, e Elizabeth sentiu-se subitamente leve. "Então foi por isso que você foi embora." Ela disse um tempo depois, e Lucas virou o rosto para olhar a irmã. Tudo naquilo era coerente; Lucas não estava mais no radar de Jasi já que o homem pensava que já havia o eliminado na noite do massacre, só que quem ele havia pego era Benjamin. Mas Elizabeth, por outro lado, tinha um grande alvo nas costas. Se Lucas ficasse junto dela, com certeza seria descoberto. E o inferno recomeçaria. Ela não tinha o direito de chamar o irmão de egoísta, ele só estava querendo sobreviver. "Agora eu entendo."

Lucas encarou Liza com um olhar pesaroso e parecia querer dizer alguma coisa, mas nesse exato minuto Kyle abriu a porta do trailer. "Vamos."

Liza não tinha notado que haviam chegado no veículo, e segurou a porta para as crianças entrarem. Kyle entregou Thomas para Lorenzo e foi para o banco do motorista ligar o motor. Após colocar as crianças para dormir, Elizabeth se juntou aos adultos na frente do trailer. Lucas estava no pequeno sofá em um silêncio nada característico, e Kyle deu a partida.

"Para onde vamos agora?" Ela perguntou se sentando no banco do passageiro, Amon-Rá pulou em seu colo um segundo depois, ronronando alto. O homem alto fungou olhando de canto para o felino, e Elizabeth sentiu os pelos da nuca se arrepiarem antes mesmo de ouvir a resposta.

"Para a mansão Hale" Kyle respondeu.

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