Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

VI - N a t e

Sei que eu deveria escolher os livros mais próximos, mas gosto do simbolismo, por isso escolho livros dos quais gosto. 

O primeiro que pego é Frankestein, da Mary Shelley. Além de ela ter sido a inventora da ficção científica, é a autora favorita da minha mãe. Eu cresci ouvindo-a falar sobre esse livro, da genialidade de uma garota de 17 anos. 

A mãe de Mary, que também se chama Mary, é outra favorita da minha mãe, pois ela escreveu um livro chamado "A Reivindicação dos Direitos da Mulher". Crescer com uma feminista é assim, fui obrigado a ler certas coisas para não agir como um completo babaca. 

Será que Hanna já leu Frankestein? Pior, será que ela sabe que Frankestein é o cientista e não a criatura? Será que ela sabe que o monstro, a criatura, não se chama Frankestein? Será que ela entende que o verdadeiro monstro sempre foi o Victor?

As perguntas são tantas que me deixam ansioso. Quase tropeço nos meus próprios pés caminhando no corredor da ficção científica. Os livros estão distribuídos por ordem alfabética e demoro até achar o M.

Me pergunto quais livros ela escolherá e espio entre as prateleiras. Romances, claro. Ela está fazendo o mesmo que eu, escolhendo seus livros favoritos?

No final da prateleira encontro Frankestein, uma edição surrada, com páginas amarelas e lombada gasta. Do jeito que eu gosto. 

Então começo a pegar outros livros que já li, conheço e gosto. 

Volto assobiando até a poltrona e vejo-a puxar uma edição bonita da estante. Não consigo ler o título.

As luzinhas iluminam seus cabelos cor de chocolate. A pele escura dela brilha em diferentes cores e o sorrisinho que Hanna dá para mim, como se fosse mais esperta e eu apenas um garoto idiota, me mostra exatamente que é isso que eu sou: apenas um garoto idiota. 

Sou idiota por pensar que tenho uma chance com essa garota linda e inteligente que nunca trocou uma palavra comigo. 

Mas estamos presos nessa biblioteca por mais duas horas e, minutos atrás, eu estava tão otimista... Só porque ela é a menina mais bonita que eu já conheci e por quem eu sou apaixonado desde sempre, não significa que eu não tenha chances. 

Me comparo, inevitavelmente, com Justin. Ele é irritantemente alto e bonito, além de atlético. 

O desânimo toma conta de mim, mas agora preciso terminar o que comecei. Não vou desistir e planejo ganhar esse desafio. 

Volto para a poltrona antes dela e largo os livros ali. 

Caminho até a mesa da sra. Weiss e abro a primeira gaveta dela. Ali ela guarda chocolate em pó e copinhos descartáveis. Pego dois e os encho de água quente da garrafa térmica, então misturo o chocolate na água, criando uma mistura cremosa. 

Caminho até onde Hanna está e o celular toca, encerrando o cronômetro. Hanna carrega uma pilha de livros, são tantos que ela quase tropeça nos próprios pés. 

Está prestes a cair quando deixo os copos em cima do piano e corro para ajudá-la. Um livro cai em meu pé e grunho alto de dor. Para piorar, tropeço no tapete e derrubo-a no chão. 

O baque é alto e afasto-me com pavor, com medo de tê-la machucado. 

Hanna parece zonza. Toco-a no couro cabeludo, buscando algum machucado e não encontro nada. Suspiro com alívio. Ela faz uma expressão confusa e dá um tapa na minha mão. Só então dou-me conta da proximidade do corpo dela.

Estou praticamente em cima de Hanna. A pele dela é macia, quente e tem cheiro de chocolate. 

Afasto-me e me levanto rapidamente, sentindo o rosto esquentar como um idiota. Estendo-lhe a mão e, quando ela segura meus dedos, tenho a certeza de que nossos dedos são perfeitos uns para os outros.

O vento zumbe em meus ouvidos e lá fora tudo continua branco. 

Entrego um copo de chocolate para Hanna e ela parece surpresa com a bebida. Leva-a até o nariz com ceticismo e eu faço uma careta.

━Acha que coloquei veneno aí?

━Pode ter cuspido.

Balanço a cabeça, incrédulo com a acusação. Dou uma risada surpresa e digo:

━Por qual motivo eu faria isso?

━Não sei. Geralmente os nerds odeiam as líderes de torcida e os jogadores de futebol.

Ela estreita os olhos como se estivesse me desafiando. Deus, ela tem um nariz arrebitado e um olhar tão intenso que me desestabilizam. 

━Acho idiota essa divisão. 

Olho para o relógio, que marca 5 horas. 

━Vamos começar? 

Hanna assente e ajeita o cronômetro. Espio os livros dela. No topo está Orgulho e Preconceito. Um clássico que, obviamente, eu li. 

Se eu tivesse que compararmos aos personagens, diria que ela é o Sr. Darcy e eu a Elizabeth. 

Mostro Frankestein. Ela dá um sorriso e olha para o chão. Misteriosa. 

Quero tanto conhecê-la que um nervosismo desconcertante sobe por minha barriga. 

Deixo o pessimismo de momentos atrás de lado. Essa é a minha chance. 

━Um, dois, três.

Ela dá play no cronômetro e começo a me mexer, tentando não reparar no quão bonita ela fica quando está concentrada. Se eu continuar assim ela ganhará. 


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro