Quanto mais seguia a frente mais bambus eu via e nada de terra firme, ou saída daquele lugar. Eu precisava chegar ao outro lado, só assim descobriria com certeza se há alguma passagem ou não, não há meio termo, porem eu já estava exausto e com as minhas mãos me matando de dor. Aqueles nódulos malditos as vezes arranhavam muito, fazendo vários pequenos cortes pelo meu corpo, principalmente nas mãos e pernas, a dor já estava insuportável. Onde eu posso descansar?! Se eu voltar terei de refazer todo o caminho depois, sem falar que naquela pequena porção de terra não dá para dormir, aquela criatura ia me comer na hora em que ela quisesse, ainda mais no escuro. Minhas costas começaram a doer, não era uma posição confortável, ficar ali amarrado daquele jeito. A noite estava chegando e com ela o desespero aumentava, foi justamente quando tive uma ideia de chegar até um amontoado de bambus, eram pelo ao menos uns oito deles bem colados uns aos outros. Ao que parece, essa é a minha melhor chance de ter um descanso, e com certeza não haveria outro por ali. Lá vou eu, com muito cuidado, consegui chegar até o meu canto. Nunca fiquei tão grato pelo homem poder andar vestido com uma calça feita de um material tão resistente, amarrei um dos pedaços dela entre dois dos bambus, bem acima do seu nódulo, assim não teria risco de escorregar, ficou perfeito, deixei um pouco frouxo apenas. Eu repeti o processo em outros dois mais distantes a pouco mais de um metro e assim, consegui deitar de costas, com os braços passando por cima da calça e a outra parte pegou certinho bem embaixo das dobras do joelho. Não era seguro, ainda mais com aqueles malditos mosquitos me picando o corpo inteiro, eu não conseguia parar quieto nem por um segundo, depois de horas brigando com eles e gemendo de dor, eles foram embora e eu dei graças a Deus!