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78 - Onde Está a Rainha

"Não tenha medo quando escurecer, saiba que de uma forma ou de outra, estou com você!"
Scarcéus

Íris precisava encontrar Arabela. Depois de perceber que não conseguiria ajudar Hector e que Bree precisava mais do que nunca de apoio, decidiu que necessitava investigar por quê a amiga estava tão sumida.

No entanto, ao dar os primeiros passos pela mata, antes mesmo de cruzar a fronteira que a levaria perto da Cidade do Céu, foi parada por Caleb, que parecia naquele instante uma estátua pertencente à entrada da cidade.

Ela tentou o ignorar e seguir adiante, mas ao ver que ele a seguia com o olhar, soube que o rapaz nunca permitiria.

— Eu sempre soube que você gosta dele — Caleb disse. — Não sente vergonha, não? Age como se nada nunca estivesse acontecendo, mas está!

Íris se voltou para ele revoltada e Caleb começou a gostar do que via, pois ela estava reagindo às suas palavras.

— Eu estou vivendo! — ela respondeu. — O que quer que eu faça?

— Comece a ser sincera com as pessoas! — ele disse. — Elas sabem muito mais de você do que imagina. Você tenta enganar a si mesma, mas não consegue enganar nem mesmo aos outros!

Caleb lhe lançou um olhar de soslaio e saiu. Seguia em direção à cidade e Íris resolveu não esperar que ele voltasse, pois de certo ponto começava a perceber que o rapaz tinha razão: sempre esteve enganando a todos sobre os seus sentimentos.

Inclusive as pessoas que mais lhe importavam.

O céu já estava completamente escuro quando Jocka voltou a se encontrar com o seu mestre.

Os dois andaram juntos até estarem próximos de uma estrada que os levariam à outras províncias do Ákila.

O homem em sua capa não estava mais preocupado com a missão de Jocka com as drogas. Ele estivera pensando e precisava dizer algo ao seu capanga.

Ele iria mudar tudo em Epimoni e não demoraria muito.

— Aquelas garotas andam nos espionando — ele disse. — E você sabe exatamente o que vai acontecer, não é?

— Sim — o homem disse e largou um sorrisinho imundo nos lábios.

— Bree e Íris são as que mais me interessam — ele disse. — São tinhosas. Vão longe pelo que querem. Íris, por exemplo, esteve no casarão. Ela sabe sobre Mariah e a assustou para longe, fazendo barulho. E talvez, até mesmo já saiba que desejamos a exilada e que ela é um bom prêmio. — O homem remexeu na capa e então se fixou no seu capanga, assim como uma cobra naja. — É hora da cabeça das três mosqueteiras rolarem e lavarem o chão de Epimoni com o seu sangue.

— Mas e aquele tal de Hector, senhor?

— Hector não será capaz de salvar tantas garotas em um minuto só — o homem disse, com raiva. — Você vai atrás de Mariah, Zahra e Afrodite. Eu mesmo cuido das três mosqueteiras!

Arabela se sentia mesmo entorpecida por Seth. Não gostava nada da ideia de deixá-lo amarrado em uma cama e sair atrás de pistas sobre o sujeito que havia sido enterrado no lugar dele.

Porém, o príncipe estava obstinado em saber se o sujeito era o homem que morava em Galáx e se este era mesmo o seu irmão.

Porém, a moça tinha medo — muito grande por sinal — de que Nilo descobrisse que ele estava vivo e o matasse, agora que o príncipe passava várias horas amarrado em uma cama.

Ela não gostava nada da ideia.

Parecia-lhe até mesmo tortura, mas sabia que Seth estava falando sério ao dizer que estava mesmo viciado em drogas.

Vestiu um casaco azul que tinha levado para o abrigo e se pôs a caminhar até Galáx, mesmo no escuro.

O nome do sujeito era Ermes e esse detalhe e a sua experiência como detetive, iriam ajudar muito.

No entanto, com a rebelião acontecendo, não foi muito fácil fazer com que acreditassem que ela era confiável.

E, por fim, no meio da multidão, Arabela ficou com medo de ser queimada, assim como todas aquelas bonecas de pano.

— Por que está atrás de Ermes? — perguntou uma moça de mais ou menos um metro e cinquenta. Ela era magra e toda maltrapilha. — Não o vimos há dias, aliás.

Os olhos da garota eram como chumbo; pesavam e davam medo.

— Tem uma pessoa que acredita ter Ermes como irmão… — ela disse, mas logo percebeu a grande burrada que tinha feito.

As pessoas começaram a empurrá-la de um lado para o outro e Arabela acreditou que não voltaria para desamarrar Seth da cama.

— Fale para aquele seu povo de lá — a moça disse e apontou para o caminho de Epimoni —, que se fizerem algum mal ao Ermes, nós mesmo saquearemos tudo e botaremos fogo naquele reinozinho de merda! Ermes não precisa da ajuda de ninguém depois desses anos todos!

Arabela ficou quieta e assentiu com a cabeça, mas logo percebeu que ali havia um fio de esperança.

— Agora que aquele principezinho idiota morreu, o rei quer a atenção de Ermes? — falou uma velha senhora, que até então estava apenas observando, feito uma coruja. — Ermes continua cego. Aqui nós não temos nenhum profeta que nos cure!

Naquele instante Arabela se sentiu raivosa. Haviam ofendido Seth e Adio em uma só frase e aquilo ela não era capaz de aguentar.

— Não estou aqui por conta do rei! — ela disse. — Estou aqui porque preciso mesmo saber se aquele crápula que é o Tudor abandonou mesmo um filho dele por aqui!

— A desova do rei é muito maior, garota — disse a senhora, ainda sibilando de raiva. — Apenas se afaste de Ermes! É o melhor que faz!

Arabela começou a andar. Ela não precisou da certeza em forma de palavras daquelas mulheres para saber que o rei tinha mesmo largado um filho ao relento.

Porém, ela não poderia deixar de avisar àquelas pessoas, que talvez Ermes nunca mais voltasse.

— Quando o Ermes sumiu? — ela perguntou, já se encaminhando para ir embora.

— Já tem alguns dias — a moça maltrapilha disse e uma sombra de medo, cintilou em seu olhar.

— Não posso afirmar com certeza — ela disse —, mas talvez Ermes nunca volte. Porém, se for mesmo verdade, não demorará muito a ficarem sabendo.

Antes mesmo que aquelas pessoas pudessem lhe atacar ou lhe responder, Arabela saiu correndo com o coração na mão e um pressentimento horrível nos pensamentos.

Ao chegar ao abrigo, Arabela estava suada e desesperada.

Era como se fantasmas a tivessem seguido de Galáx até ali. Ela não sabia exatamente por quê, mas acreditava que algo terrível estava para acontecer.

Seth se alarmou ao ver ela daquela forma, mas estava amarrado e não conseguiu abraçá-la.

Ao ver o desespero nos olhos do príncipe, Arabela o desamarrou, sendo logo enlaçada pela cintura para o porto seguro que era o peitoral moreno de Seth.

— O que foi que aconteceu?

— Eles estão revoltados — ela disse. — E eu acredito que o Ermes seja mesmo o seu irmão. Porém, quando a verdade sobre a morte e a existência dele vierem à tona, eu temo que isso aqui  vire uma grande guerra!

— E o que é isso senão uma guerra invisível? — ele perguntou, apertando ela contra o peito. — Não se assuste, Arabela! Eu estou com você!

— Eu sei — ela disse —, mas sinto que algo muito ruim vai acontecer. E nada consegue retirar essa dor do meu peito!

— Fique calma! — pediu Seth, que logo em seguida beijou o topo da cabeça da moça.

A garota olhou bem nos olhos do rapaz e ao ver que mesmo ferido e debilitado, ele estava disposto a cuidar dela, deixou que um pouco do desconforto dos seus sentimentos fossem embora.

— Seth — ela o chamou. — Todos diziam que a rainha era uma boa mulher, mas por que ela deixaria o seu pai jogar Ermes fora dessa maneira?

— A minha mãe era uma excelente mulher — ele disse, com raiva. — E é exatamente para curar a dor que ficou ao ela ser levada, foi que comecei a me drogar. Eu fui fraco, eu sei. Mas eu não suportei a ideia de que ela nunca mais iria voltar.

— Mas ela não foi embora? — perguntou Arabela. — Todos nunca entenderam por que ela foi embora, Seth!

— Minha mãe não foi embora! — ele disse com raiva. — Meu pai a matou, pois ela descobriu as suas tramoias. Tudor a matou e a enterrou na masmorra do castelo. É lá que se encontra a minha mãe!

As lágrimas brotavam em seu rosto feito torrente e Arabela tentava de tudo para impedir que ele desabasse.

— Uns dias antes de ela sumir, a minha mãe já havia pressentido que iria morrer. De alguma forma, ela pensou nisso e deixou tudo documentado em seu diário — ele disse. — Como não queria chamar a atenção para mim e nem para a Afrodite, pediu que eu documentasse em seu livro o restante da vida de sua dioneia. Eu não percebi a charada no começo, pois a minha mãe amava aquela planta. Porém, tudo o que ela sempre quis, foi que eu lesse o seu diário!

Arabela apertou a mão de Seth e ele a acariciou. As lágrimas ainda surgiam cintilantes em sua pele morena.

— Ela pensou em tudo. Escreveu todo o seu fim premeditado em forma de poema. Colocou a chave do alçapão no entalhe que mais amava — ele engasgou ao falar. — Deixou para mim a missão de entregar as suas palavras para a minha irmã, porém, ela se acovardou. Afrodite preferiu desacreditar. Com aquele diário, eu percebi que Tudor é tão peçonhento, que os seus malfeitos nunca vão parar somente na entrega de Ermes. — Ele abaixou a cabeça. — Minha mãe nunca soube que estava grávida de gêmeos. Não é tão fácil saber desses detalhes quando se mora em um lugar tão arcaico como Epimoni.

Arabela assentiu, sentindo que tudo que havia sido feito, nunca chegara aos ouvidos da rainha.

— Ela passou muito mal no parto e provavelmente o meu pai retirou a criança e a jogou fora antes mesmo que ela voltasse a si — ele cuspiu as palavras. — Minha mãe nunca ficou sabendo de Ermes, ou então teria ido atrás dele!

— Meu Deus! — exclamou Arabela, sentindo o seu corpo todo tremer. — Por que o seu pai apoia a missão de salvar o amor então?

— Falsidade, com certeza! — ele afirmou. — E pode apostar que Tudor espera colher algum fruto para ele dali, ou então, nunca aceitaria nada disso. Porém, Arabela, podemos esperar que os podres do rei envolvam muito mais pessoas do que imaginamos. Ele com certeza já matou ou puniu muitas mais pessoas do que conseguimos sequer cogitar.

Arabela abriu a boca para falar, mas estava fraca. Não sabia como nadar, mas precisava sair daquele lago de maldade em que vinha afundando.


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