Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

72 - Duras Verdades

"Vamos sair na rua gritando que o fim está quase chegando e só nos resta morrer abraçados. Mesmo que faltem cem anos para uma última guerra varrer do planeta Terra todos os pobres humanos que não conhecem o amor."
Darvin

Os colibris visitavam a janela do quarto de Petrus, porém, ele se negava a se levantar. Apartado por vários sentimentos doentios, o rapaz se via debruçado em seu leito, observando o chão, enquanto resolvera dormir de ponta-cabeça; do lado oposto de sua cabeceira.

Contudo, não fora nem avisado da presença de Afrodite, que apenas invadiu o seu aposento com o seu ar imperioso.

Petrus pulara da cama, recebendo a garota com um bordão:

— Não esperava por você.

— Eu vim, pois preciso da sua amizade — anunciou, encarando os olhos verdejantes do rapaz. — E não se preocupe, pois aquilo não voltará a acontecer.

— Não mesmo! — respondeu ele. — Eu não permitiria.

— Você pode ser o meu amigo?

— Nada impede — anunciou ele, percebendo que Afrodite havia abandonado o seu casulo.

Ela não era mais uma larva peçonhenta, mas sim, uma borboleta que estava disposta a voar longe e encontrar algo que a mostrasse a que horizonte pertencia.

Parecia ter amadurecido anos em poucas horas.

Porém, enquanto conversava com a garota, esganando o seu próprio travesseiro e morrendo de nervoso da sua presença, Petrus notou que o que o incomodava era ele mesmo e não a princesa.

Mesmo que tivesse que encarar a fúria de Caleb por ferir Zahra, não achava justo lhe esconder o que havia acontecido.

Sua sina era essa: dizer a verdade sempre.

Custasse o que custasse.

E para Petrus no amor nunca deveriam existir segredos. Por mais amargas que as palavras fossem, deveriam ser divididas entre o casal; ou então não poderiam se considerar um.

Respirando pesado como se o ar estivesse rarefeito, Petrus esperou que Afrodite partisse e assim que a moça sumiu por sua rua, vestiu um casaco e saiu de casa, rumo ao Templo Solaris, que era onde esperava achar Zahra.

Alguns pássaros gorgolejavam ao longe, quando Zahra e Hector deixaram Mariah em seu esconderijo, pois a morena ainda estava dormindo.

A dupla precisava prosseguir com a missão, e não poderiam adiar a ida até a Cidade do Céu, de onde anunciariam a Minkabh que Zahra estava bem melhor.

A febre da moça havia passado e o seu machucado estava menos dolorido do que no dia anterior.

Encarou o amigo, enquanto subiam ladeira à cima, deixando um suave pensamento lhe escapar pela mente:

"Hector tem mesmo o dom de sarar, de estancar a dor".

Ele lhe sorriu, sem imaginar o que se passava nos pensamentos de Zahra.

Seguiram apreciando a manhã, que carregava em si um aroma de novidade.

Tudo andava diferente por aquelas bandas, mas eles, de alguma forma, sabiam que naquele dia algo mais mudaria.

Naquele exato instante, como pluralismo de segundos, Minkabh partia rumando o Templo Eros, de onde anunciaria a Hércules o que havia acontecido com Adio.

Não confiava no rei, e sabia que a ajuda dos outros mentores era a única coisa com que poderia contar para tentar solucionar a morte do profeta.

Porém, antes de partir, o mago deixou a guardiã de sua propriedade — sua antiga serviçal — preparada para receber Zahra e não deixá-la sair sem a companhia de Hector, ou de algum dos seus dois outros apadrinhados.

As ruas prosseguiam movimentadas, mas ninguém parecia se esquecer da morte de Seth.

Os passos eram mórbidos demais, tanto que as pessoas já nem pareciam vivas, mas sim, almas a vagar solitárias, em busca de luz e consolo.

Segurando a saia do vestido e arrumando o cabelo apressadamente, Arabela cruzava a multidão, a fim de voltar para o seu paciente o quanto antes. Não confiava que ele estaria bem sem ela.

Distraída com os seus pensamentos e esquecida de qualquer coisa que não salvar aquele homem, a moça se encontrou de supetão com Íris e Bree, que estavam mesmo a sua procura.

— Aonde vai com tanta pressa, Arabela? — questionou Bree, erguendo as suas sobrancelhas alouradas em curiosidade.

— Para casa — respondeu a moça.

Íris a observou da cabeça aos pés, como se buscasse por uma resposta oculta em suas vestes.

— Sua aparência está péssima! — concluiu a morena, retirando os cabelos muito lisos da face.

— Eu não dormi direito — respondeu, um pouco confusa. — Eu posso me encontrar com vocês mais tarde? Tenho que resolver algumas coisas na minha casa!

A dupla de amigas assentiu, encarando uma a outra e dividindo o pensamento silencioso da desconfiança.

Sabiam que algo acontecia com Arabela, ainda mais quando ela era a mais transparente de todo o grupo.

— Sabe que temos pressa — anunciou Bree. — Mas nos falamos às dezenove horas em minha casa então.

— Está certo!

As três amigas se despediram com gestos de face. Arabela logo se desprendeu daquela rua, partindo rumo a sua casa.

Íris e Bree se entreolharam, preocupadas e curiosas.

— Ela está escondendo algo da gente — anunciou Bree, que era a mais sagaz das três. — Ou ela acredita que está escondendo.

— Eu tenho medo do que isso possa ser — disse Íris, com uma expressão séria em sua face.

— Eu também — respondeu a amiga. — Ainda mais por saber que a Arabela não é tão safa assim.

— Ficaremos de olho — aconselhou Íris —, para o caso de ela precisar da nossa ajuda.

Bree consentiu, chamando a amiga para prosseguir pela multidão com um gesto de mão. Ambas sumiram no meio da população, mergulhando principalmente em seus próprios pensamentos e medos.

Quando chegaram ao Templo Solaris, Petrus já estava esperando por Zahra, sentado sozinho no sofá do grande salão.

Os dois missionários de Minkabh encararam o rapaz, e por causa de sua expressão espantada, esperaram por más notícias.

— Cadê o mestre Minkabh? — perguntou Hector, se aproximando do amigo.

— Saiu — respondeu Petrus, replicando o que a serviçal havia lhe dito.

— Aconteceu alguma coisa? — Zahra se sentou ao seu lado, acariciando a sua face e o seu cabelo loiro.

Petrus encarou Hector, que logo intuiu que estava sobrando naquela sala. O rapaz sorriu, compreendendo que aquele era um assunto de casal, então logo se aproximou da porta.

— Vou dar uma volta — anunciou, antes de sair. — Volto em meia hora, Zahra.

Enquanto Hector sumia porta à fora, Zahra continuou a acariciar o seu namorado, sem saber do que se tratava.

A garota nem ao menos desconfiou que algo estivesse acontecendo. Acreditou que o silêncio de Petrus havia significado um grande "não".

— Precisamos conversar... — anunciou Petrus, com as mãos meio trêmulas e a voz embargada.

— O que está acontecendo? — Ela franziu o cenho, afastando a mão do rapaz.

— Eu toquei nos seios da princesa Afrodite — falou, quase cuspindo a verdade na face de Zahra.

— O quê? — O queixo de Zahra veio a baixo, sem que ela entendesse realmente como aquilo era possível.

Petrus em um instante despejou toda a história em cima da amada, contando cada detalhe da tarde que havia estado no castelo.

Ao ver que a garota estava decepcionada, o loiro lhe disse que aquela fora a sua única saída.

Em seguida lhe jurou que não tinha o menor interesse na princesa; nem o mais remoto deles.

— Eu preciso que me perdoe, Zahra! — ele implorou, beijando as suas mãos frouxas. — Eu estou lhe contando isso, pois não consigo conviver com um segredo como esse entre nós.

— Eu odeio aquela vadia! — ela silvou. — Aquela família é toda uma corja de imundos. São todos da mesma laia! — acusou.

— Se acalme, meu amor! — ele disse. — Ela não voltará a fazer nada disso. E nem que ela voltasse, eu não cairia.

— Não volte a falar com ela, Petrus! — ordenou Zahra com a raiva saltando dos lábios. — Ou então quem não falará contigo, sou eu!

— Não falarei então! — Assentiu, se sentindo capaz de fazer qualquer coisa por ela.

A garota se levantou e chateada pelo fato, abriu a porta da sala, indicando que Petrus fosse embora.

Estava realmente triste e queria muito ficar sozinha naquele momento, mesmo sabendo que Hector voltaria logo.

— Eu preciso ficar um pouco sozinha! — anunciou, segurando o choro. — Nos falamos mais tarde, quando eu resolver umas coisas da missão com o Hector.

— Tudo bem — ele respondeu cabisbaixo. — Me perdoa, por favor!

Zahra assentiu, recebendo um beijo suave nos lábios, enquanto Petrus partia, sem olhar para trás, ou tampouco para o alto.

Caminhou arrastando o seu semblante pelas pedras e areia que circundavam o templo.

A garota partiu para um quarto que ficava no fundo do solar, chorando copiosamente e se sentindo a pior criatura do mundo.

E naquele mesmo momento, sentado no sofá com Martha e Hércules o encarando, Minkabh anunciou a morte de Adio.

Todos ficaram em silêncio, sabendo que Ferdinand, quando chegasse, provavelmente se rebelaria com aquela notícia.

Sem saber o que fazer, todos decidiram esperar pelo quarto mestre, sabendo que não poderiam adiar muito a decisão.

O corpo logo deveria chegar ao Templo Solaris e precisaria ser enterrado o quanto antes.

Enquanto esperavam e pensavam, completamente acabados e atordoados por aquela notícia, embocaram em outros assuntos.

— É incrível como um continente do tamanho do país asiático de Formosa pode estar causando tudo isso! — anunciou Martha, sentindo o dissabor de suas palavras.

— Não sabemos o que acontece lá fora — disse Hércules. — Talvez aconteçam coisas piores. Mas nós resolvemos nos isolar e eles nos ignoraram, como se nem fizéssemos parte do mapa da Terra.

— Acho que o que querem ignorar é que fenômenos antigos como o da extinta Pangeia vêm acontecendo — concluiu Minkabh. — As pessoas são egoístas e mesquinhas. Elas não suportam a ideia de perder as suas terras e de que elas se desprendam, então preferem ignorar. Eles preferem fingir que nada somos, pois surgimos do nada — falou, suspirando ao pensar que não eram tão diferentes de nenhum outro humano; fosse qual fosse a sua cultura. — E nós querendo provar que somos diferentes e que somos superiores, vamos nos transformando em nem sei o quê.

Martha bufou, pensando que aquele pequeno pedaço de terra desprendido de algum lugar em um tempo nem tão distante assim, ainda poderia ser o alvo de alguma guerra.

Hércules assentiu, pensando que quando a ganância do universo falasse mais alto, brigariam por aquele continente esquecido e desconhecido.

— Se tudo continuar como vai — respondeu Hércules —, terão sorte de encontrar o território desocupado. Não somos muitos e nos dizimando um aos outros como pestes, não restará ninguém para contar a história de luta que vencemos até aqui!

Naquele instante, Ferdinand invadia a sala, completamente nervoso e com os seus olhos glaciais abaixo de cem graus negativos.

— Nossa luta não pode ser vã! — gritou ele. — Não pode!

— Sente-se! — pediu Minkabh, engolindo em seco a loucura que os rondava.

O homem se sentou entre Martha e Hércules.

— Profeta Adio foi assassinado, Ferdinand! — contou-lhe Martha. — E tudo indica que foi uma empreitada maliciosa do rei.

— Maldito! — brandiu Ferdinand.

Todos se juntaram ao redor do homem atordoado, tentando acalmá-lo, antes de contar todos os detalhes do acontecido.

Porém, ainda tinha um fator que pairava no ar, flutuando sem lugar para se encaixar.

O soldado oficial morto nas mesmas circunstâncias... aquilo sim não havia sentido algum!

Calaram-se, sabendo que nenhuma resposta dos céus viria sem o profeta.

Agora restavam só eles e os seus conhecimentos mundanos.


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro