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4 - Prelúdio de Maldição

"O que se parece não quer dizer igual, nem de todo bem, nem de todo mal. São lados da mesma moeda."
Scarcéus

Hector caminhava pelos ladrilhos de uma pequena viela, não muito distante da casa de Zahra.

Ele andava entre os pequenos casebres velhos e feitos em madeiras tão pobres, que os cupins não demorariam muito a destruir. Aquele ponto não era a área apogeu daquele reino, porém, ali não viviam muitas famílias mais, apenas algumas em que os recursos eram tão escassos, quanto a própria imagem do local onde habitavam.

Estava um pouco distraído, consumido por seus pensamentos, quando trombou acidentalmente em Mayumi, que surgira como maldição nas suas vistas.

— Aonde vai tão apressado, Hector? — Ela o inspecionava com o seu olhar miraculoso.

— Estou indo para casa.

— Mas a sua casa é para o lado oeste da cidade, e não leste... — Arqueara a sobrancelha, mostrando toda a sua sagacidade.

— Virou a minha mãe agora, é? — Silvou ao dizer, e quase lhe insultara com um palavrão.

— Claro que não! — Mayumi revirou os olhos, mostrando desdém. — Mas não preciso ser nada mais que eu mesma, para saber que está indo despir a burca daquela bastarda idiota! — Basicamente cuspia as palavras na direção de Hector.

— O que quer, hein, Mayumi? — Hector não fazia ideia do que ela queria, mas sabia que a moça estava disposta a fazer parasitismo em sua vida. — Dinheiro é que não é… ou é?

— Claro que não! — Quase uivou ao dizer. — Meus pais me dão tudo de que eu preciso!

— E esqueceram-se de te educar para ser uma donzela, não é mesmo?

— E o que é aquela garota infernal que você anda visitando? — Mayumi provocava-o com olhares e gestos chulos. — É uma bastarda! A filha de um nobre sodomita com uma prostituta!

— Cale a sua boca, Mayumi! — Sibilou ao dizer, enquanto arfava entre tanta ira. — O que quer, sua peste?

— Está apaixonado por aquela aberração? — Mayumi gostava de ver o modo com que os olhos dele ardiam, assim como o carvão esturricando.

— Não. — Hector se odiava naquele minuto, pelo malfeito de um dia ter estado com aquela mulher. — E mesmo que eu estivesse, isso não seria da sua conta!

— Desonraria a sua família estando com uma desfrutável? — Confrontava-o com olhadelas fugazes.

— Mais do que já desonrei andando com você? — Hector especificava o desgosto da companhia, através de um ataque embebido de ironia.

— Não me compare àquela besta endiabrada! — O ódio de Mayumi pela outra garota, alcançara o ápice.

— Não se atreva a se dirigir a ela assim outra vez! — Hector ameaçava-a claramente.

— Está mesmo apaixonado! Vai se dobrar aos caprichos de uma rapariga agora é, Hector? — Mayumi não removia nem por um segundo, o tom de insulto em sua voz. — Logo você, que sempre se mostrou superior a qualquer coisa que o tentasse controlar ou estipular limites?


— Eu não sou imbecil ao ponto de achar que sou o dono da razão, não, garota! Eu apenas sou fiel às minhas convicções! — Bufou, tentando se acalmar. — Mas você é apenas uma tola e corrupta, que de nada sabe!

— E você o que é, Hector? — A loira abaixava a cabeça, como se fosse afetada por algum sentimento, mas o moreno era esperto e sabia de todas as suas armadilhas. — Acha mesmo que é digno da confiança que Minkabh exerce em você? Creio que não!

Hector mirou-a com os olhos ardendo em ódio.

— Já te disse que não sabe de nada! — Ele não esperava a consecução de convencê-la, mas esperava que ela se calasse. — Nada!

— Então o que tanto faz naquela casa? — Mayumi achava que poderia o prejudicar, sabendo de seu segredo. — Era o trunfo que precisava para se livrar da enrascada em que se metera.

— Não quer me dizer o que deseja? — Hector não acreditava que ela teria uma boa concordância com o seu pedido, mas tentaria mesmo assim. — É melhor do que tentar me chantagear!

— Preciso que me ajude em uma coisa… — Mayumi se refugiava do medo, atrás de sua aparência confiante. — Eu preciso me livrar de uma coisa…

— Matou alguém e está tentando ocultar o cadáver?

Na verdade, Hector começava a não duvidar de que ela fosse capaz, mas duvidava que Mayumi fosse inteligente para tramar um assassinato.

— Não está na posição de fazer brincadeiras!

— Do que quer que eu te ajude a se livrar? — Hector estava claramente impaciente, pois não tinha muito tempo, ou melhor, tempo algum. — Ande logo!

— Eu preciso que tire essa coisa de dentro de mim... — Ela apontou para a barriga, de maneira enojada.

Em um segundo, o olhar de Hector se desviou da face inebriante de Mayumi e passou a analisar o seu ventre. Ela não parecia habitar um ser em seu corpo imundo, mas pelo que ela dizia, era aquilo que parecia ser.

Não que fosse duvidável ela estar gestante — ainda mais pelo tanto que ela se aventurava em várias camas, com vários corpos —, mas ela parecia manter as mesmas curvas sinuosas de sempre.

— Está me dizendo que está grávida? — Apesar de estar espantado com o despautério da mulher em lhe contar aquilo, daquela forma, ele se mantinha em sua trilha de seriedade. — E por acaso, está pedindo a minha ajuda em um aborto?

— Sim! — Ela parecia desconjurar o descendente que morava em seu ventre.

— Nojenta! — Hector vociferou, sem medo de alarmar alguém que estivesse nas redondezas. — Fale o que quiser para que os ventos soprem para a cidade, mas não ouse me dirigir estas suas palavras imundas mais! Não sei pelo que será mais amaldiçoada, se é por pensar em tirar uma vida, ou se é pelo sofrimento que vai causar a esta criança, caso ela nasça!

— Não teve nojo de mim, quando se deitou comigo, usufruiu do meu corpo e estremeceu de prazer com o meu toque! — Mayumi se exultava de maneira vulgar e perniciosa. — A minha pele lhe caiu como veludo, e a minha voz arfada fez-lhe enrijecer de desejo! — Provocava-o com um sorriso malicioso em seus lábios feitos de carmim.

— Eu me odeio por não ter sido forte o bastante para não me deixar levar. —  Lamentava mais para si, do que para ela. — Eu não poderia ter me deixado levar por essa sua lascívia imunda!

— Quem é você para me acusar? — Mayumi estava prestes a gritar. — O enamorado de uma bastarda? O arcanjo protetor de uma ilegítima que se esconde entre as impurezas de Epimoni?


— És uma tola que não sabe de nada! — Hector apertava as têmporas, ao sentir uma dor imprensando o seu cérebro aos poucos. — Aposto que nem sabe quem é o pai deste pobre bebê!

— Aí é que se engana! — Mayumi não parecia vacilar naquela afirmativa. — E é exatamente por isso, que você vai se arrepender muito de não ter me ajudado... Vai fazer alguém sofrer muito com isso... Só espere para saber quem!

Ela parecia tão transtornada ao tomar a barra do vestido nas mãos e apressar-se para sair, que o atordoou.

Hector a segurou pelo braço, apenas por um segundo, para que ficasse onde estava.

— O que quer dizer com isso? —  Franzira o cenho em protesto àquela meia verdade oculta.

— Espere e verá!

Ao vê-la se afastar, Hector cogitou a ideia de ir atrás da garota, no entanto, sabia que ela não falaria mais nada. Conhecia o jeito tinhoso de Mayumi. Contudo, além do segredo que escondia, sabia que não teria paz, por conta da ameaça estrondosa daquela mulher.

Não sabia o que fazer, pois não fazia ideia de quem ela atingiria. Porém, só tinha uma certeza: Mayumi faria qualquer coisa que fosse para cumprir com o que estava prometendo.

O rapaz se vira tão perdido diante daquelas circunstâncias, da missão que teria que enfrentar e de tudo que pretendia fazer quando retornasse — e o reino estivesse mais calmo, pronto para se estremecer novamente —, que não conseguira terminar o trajeto que tinha iniciado.

Ele só esperava que a pessoa que lhe aguardava assiduamente todos os dias, entendesse a sua ausência, pois Hector sabia que ninguém mais poderia entender o que eles tinham; o sentimento que compartilhavam.

Mas o moreno também sabia que o céu não poderia mandar nenhum prenúncio de maldição, sendo que compartilhavam do mais puro sentimento. Sentimento este, que muitos, ele sabia, nuncs poderiam sentir ou conhecer, jamais.

Abandonou então o local, seguindo cabisbaixo para a sua casa. Afinal, a última coisa que desejava fazer era punir alguém por seus fracassos, mas parecia que aquele seria um destino, talvez, nem tão distante assim.

Ao chegar no seu lar, percebeu que na porta de sua casa de cor ocre, todos os seus familiares lhe esperavam e decoravam a porta como o pórtico do céu; o seu paraíso.

Ali estavam as suas duas amadas irmãs, e também os seus pais e a sua avó. Mas apesar de saber que todos estavam prontos para comemorar a vitória que esperavam que ele trouxesse para Epimoni, Hector se via destruído e desestruturado naquele instante. A sua sorte era que o destino havia lhe dado o dom de fingir que estava tão bem, enquanto todo o seu âmago ruía, transformando-se em apenas um miserável frangalho.
— Os pais de Zahra nos enviaram uma mensagem, chamando-nos para compartilhar do jantar de despedida dela!

Ao observar o olhar nada concordante de seu filho, Tessália tratou logo de se certificar se aquele não seria um sacrifício para o seu herdeiro maior.

— Tudo bem — Fôra tudo o que Hector conseguira dizer.

— Aconteceu algo, irmão? — Íris tentava se certificar de que Hector parecia realmente se imergir em um estado mórbido.

— Estou apenas um pouco cansado!

— Mas podemos ir até a casa dos Kaligaris? — Serena perguntava da outra ponta da escada de madeira, que se estendia na entrada da casa.

— Podemos! — falou Hector.

— Ótimo! — respondeu seu pai.

Demétrius acreditava que o estado fechado e quase tempestivo de seu filho, era apenas a preparação para a batalha que enfrentaria.


— Você é um ótimo guerreiro, meu querido. — Sua avó Nailah reconfortava o neto com um leve tapinha nas costas. — Vai salvar todo o Monte Ákila de uma maldição comprada pelos desembestados terrenos!

— Agradeço a confiança, minha avó!

De modo cortês ele beijou a parte fronteiriça da mão de sua ascendente, mostrando todo o respeito que tinha pelos mais velhos.

Todos então deram passagem para que a velha Nailah pudesse passar, cruzar as pilastras e adentrar na residência.

Era de primordial costume que os mais velhos entrassem primeiro, deixando os mais novos esperando por sua vez; assim como era nos ramos da árvore genealógica de uma família.

Porém, Hector se sentiu cercado, ao perceber que as suas irmãs andavam tão próximas, como se o estivessem escoltando.

Ele não as culparia, nem diria nada, pois em breve não estariam mais tão próximos. E, sendo assim, era natural que surgisse aquele sentimento de proteção. Contudo, o rapaz se sentia sufocado demais pelas novas incidências, tanto que precisava de um momento na solitária; um momento de reflexão, para o que ele sabia ser o maior problema em suas mãos.

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