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31 - Contra o Tempo

"Pelo futuro perfeito que mora na mente de qualquer criança, não quero olhar para trás!"
Scarcéus

Novamente alguns passos ecoavam na mata, deixando pegadas sobre a terra macia.

Bree se aventurava entre as folhas e a escuridão. As dúvidas não a permitiam dormir. Seus impulsos insanos de decifrar tudo que a atormentava, causava grande assimetria com seus entes.

A família Hendrix era conhecida pelos arredores como uma família de acomodo, de onde decidiam mudar poucas coisas em seu curso. Apenas seguiam. Mas aquilo incomodava a jovem, de uma maneira que ela desconhecia.

Ser perseguida a fazia se sentir um pouco oprimida e abandonada, em meio àquele vasto bosque.

Porém não queria incomodar as amigas àquela hora da noite. Faria sua ronda solitária, para poder antecipar os fatos, com o raiar do próximo dia.

Todavia, a única coisa que pudera registrar foi novamente um rastro bem distante, que nada podia dizer da pessoa que se escondia atrás de uma parca velha e suja, para assombrar ocultamente toda a Epimoni.

Enquanto se aproxima furtivamente, do homem alto e de seu capanga, ela tentou se manter calma e não fazer nenhum alarde de sua presença.

Sabia que uma pessoa maquiavélica como aquele sujeito, não iria supor que qualquer ruído fosse um animal em sua caça. Trataria logo de se certificar de que ninguém o cercava.

Apenas afastou com a mão um galho um pouco distante, abrindo uma pequena fresta.

Encarou o homem como um obelisco à distância.

Alto e rígido, como um monumento, o sujeito parecia mais frio que todo um iceberg.

— Você não pode deixar os dois me escaparem. Está ouvindo, asno? — O sujeito encapuzado ergueu uma mão e deu um safanão na cabeça de seu capanga. — Eles me serão muito úteis. E qualquer coisa que me for útil, deve ser reverenciada por você!

Bree se estreitou, tentando espreitar a face daquele ser, mas as sombras pareciam encobrir toda a sua identidade.

A voz parecia um pouco animalesca e também grave o bastante, para não reconhecê-la.

— Sim, meu senhor. — O capanga, que era conhecido como Jocka, abaixou a face.

— Ótimo! — Ele deu uma meia-volta enlouquecedora em torno de Jocka, como se o enredasse em sua teia venenosa. — Faça qualquer coisa, caso os dois não colaborarem com o que preciso!

— Sim, senhor!

O coração de Bree se gelou ao perceber que duas pessoas estavam para serem vítimas de uma emboscada.

Mas quem?

E quando?

E o que aquele sujeito imundo desejava com tanto furor?

Ela não imaginava. Mas sabia que o tempo estava correndo e ele provavelmente significava vida; mais que nunca.

A garota se virou cuidadosamente, abandonando o local sem ficar para espreitar qualquer coisa que pudesse acontecer a mais.

Não sabia como reagir àquelas notícias, mas teria que acordar Arabela e Íris com uma pedrada na janela, para que pudessem dar uma volta na cidade em busca de pistas, antes mesmo do amanhecer.

A madrugada se firmava no percurso das horas e Mariah acordou, atormentada por um ruído.

Aquelas coisas não costumavam ser comuns por aquele arredor ordinário e abandonado da cidade.

O local estava amaldiçoado por boatos e ela sabia que ninguém com sanidade normal, se arriscaria a ir ali àquela hora da noite.

Porém, ela não sabia o que era mais perigoso: sair ou ficar.

Estava sendo claramente espreitada e não sabia se se esconder ajudaria em alguma coisa. Contudo, ao observar que os barulhos passavam para os fundos do casarão, ela se encobriu com um manto de linho negro e deixou que tudo se acalmasse.

Quando tudo que estava a sua volta era o cantar de algumas cigarras e gafanhotos, ela apanhou a adaga de Hector e seu terço de contas e se levantou, caminhando pé ante pé.

Abriu a porta e sentiu uma lufada da brisa noturna lhe inundar a face. Naquele instante nada podia acalmar a implosão que se instalava dentro de si. Porém, ela sabia que não poderia ficar ali, nem por mais um minuto.

Com a adaga empunhada em mãos, ela se lançou na escuridão, pronta pra atacar.

O ar parecia se arrefecer com o passo que ia se jogando de encontro com as ruas vazias, pintadas pela penumbra causada pela luz enfraquecida das espécies de postes com lampiões que haviam ali.

Seus passos eram grandes e ela acreditava que tropeçaria. Sem ter para onde ir, ela não sabia como faria para reencontrar Hector.

Contudo, sentia como se estivesse pronta para ser assassinada naquele lugar, de onde se tornara o seu exílio.

Sumiu entre a mata, com medo de ser delatada por qualquer morador, que surgisse em seu caminho.

Serena colocou a cabeça sonolenta pela janela, ao escutar algo se estilhaçar contra a sucupira bem entalhada de sua janela.

Não havia nada ao arredor que pudesse se chocar com o batente. E o barulho parecia provir de uma pedrada, então resolveu checar. Ao colocar a cabeça para fora, viu a face estarrecida de Bree.

— O que há? — cochichou Serena.

— Acorde sua irmã! — Bree estava desesperada e não fazia questão em se esconder. — Agora!

— Não vai entrar? — A pequena garota parecia um pouco encabulada, com tudo aquilo.

— Não. Mas mande que ela desça e, por favor, não venha atrás Serena! — Encarou seriamente a menina. — Não estamos em encontros amorosos.

— Está bem. — A garota aparentou desapontada, mas fez exatamente como pedia Bree.

Serena caminhou cambaleante pelo quarto escuro. Alcançou a cama da irmã e tateou seu braço, sacudindo-a. Íris correspondeu com um rosnado.

— O que quer, Serena? — Desenrolou-se das cobertas, com uma expressão furiosa. — Deixa de ser inconveniente e hiperativa! É madrugada.

— A Bree está ali embaixo. E quer que você desça.

Pela expressão amedrontada de Serena, Íris percebeu que não era mentira.

— Está bem. — Nem se deu o trabalho de se vestir, apenas colocou um robe por cima da camisola.

Desceu, tentando impelir o nervoso que se apoderava de si. Não queria acordar seus pais, e muito menos a sua avó Nailah.

As coisas já estavam bastante preocupantes sem o conhecimento deles.

A garota alcançou a calçada, esperando que aquela não fosse uma brincadeira de mau gosto de sua irmã caçula. Porém, ao avistar a amiga, com a face pálida e os olhos preocupantes, ela teve certeza de que Serena não havia chegado ao extremo, em suas traquinagens.

— O que aconteceu? — Íris tentou falar o mais baixo que pôde, mas estava para ter um infarto.

— Eu estive rondando a mata. O sujeito estava lá e pretende emboscar duas pessoas, mas eu nem imagino quem sejam. — Puxou a amiga pelo punho, fazendo com que ela somente fechasse a porta e partisse. — Precisamos acordar a Arabela!

— E o que vamos fazer? — Não estava conseguindo deglutir tanta informação por segundo.

— Vamos dar uma volta na cidade. É a única coisa que podemos fazer. E é melhor que ficarmos paradas.

— Tudo bem.

Íris olhou para sua veste e gostou da ideia de contrariar a todos, insultando os costumes antiquados da sociedade que habitava.

Bree observou Íris e entendeu o que ela pensava, enquanto se encaminhavam à residência de Arabela.

— É melhor que se estivesse de sutiã. — Bree sorriu, retomando o rosado natural de suas bochechas, depois do grande susto. — Sei que não é o que espera, mas Arabela vai te emprestar um paletó. Precisamos não chamar atenção e não sermos confundidas com meretrizes!

— Tudo bem. — Íris deu de ombros, se desligando.

Enquanto corriam feito leopardos pelas ruas de Epimoni, a madrugada ia caindo; e logo daria lugar para o primeiro alvor da aurora.

Algumas pessoas levantavam antes mesmo da primeira faísca de luz se anunciar no céu.

Seth mantinha esse hábito assiduamente; talvez porque nunca conseguisse dormir.

A insônia lhe habitava e ele sinceramente, não se importava mais em ter uma bela noite de sonhos profundos.

A taxa que teria que pagar para talvez alcançar, era muito grande. E ele não estava disposto a pagar.

Seguiu pelos largos corredores do castelo real, tocando os glifos grafados nas paredes. Ansiando por contar a seu pai, a descoberta da esposa ideal.

Porém, aspirando igualmente sair pelas ruas, deixando aquelas largas paredes de pedra pra trás, em um lugar onde a claustrofobia não o pudesse alcançar.

Ao chegar ao salão real — que àquele instante estava totalmente desértico —, ele observou o reflexo de sua imagem no espelho.

Não se sentia um príncipe, mas sim algo mais que aquilo.

Ajeitou um entalhe na parede e o tocou com clara admiração, mas havia um misto de rebeldia por detrás do sorriso, que bailou em seus lábios.

Havia muito mais que qualquer um pudesse entender; até ele mesmo.

A alguns metros de distância, Afrodite também já caminhava impaciente e pensativa.

Era com o raiar daquele dia, que seu pai anunciaria a Hector, que o queria como genro.

Não entraria em uma porfia contra seu pai, em quem deveria ser um melhor partido.

Não queria entrar em atrito com o seu genitor, pois sabia que ele era capaz de causar problemas a qualquer um, que ousasse lhe contrariar.

E como sabia!

Não gostava de se lembrar de certas coisas, mas já havia decidido que fingiria que esses certos acontecimentos, eram mentira.

Como se não tivessem existido jamais.

Contudo, desejava muito saber que plano mirabolante o rei estava tramando, ao tentar uni-la com um rapaz, que não possuía nada de grande valor.

Deveria existir algo bem maior do que poderia entender, pois o seu pai não jogava para perder.

Muito menos, quando aquilo tinha que diminuir a sua ambição de possuir tudo.

Resolveu deixar as adivinhações para as ciganas e videntes, que pagavam muito com suas vidas, por se dizerem dignas de tal.

Aproximou-se calmamente do irmão, que analisava uma peça de madeira presa à parede.

Ele parecia compenetrado e distante, como na maioria das vezes, que se encontravam pela imensidão do castelo.

Saudou-o, tocando seu ombro de leve.

Mas foi somente naquele instante, que ela percebera que além de desgrenhado pelo sono, Seth parecia um pouco apático; quem sabe até um pouco anêmico.

— Tem se alimentado, Seth? — Afrodite analisou uma última vez a aparência do irmão, até ter certeza que algo tinha mudado. — Você me parece doente!

— Não tente dar uma de médica, Afrodite! — o modo com que ele respondera, foi extremamente ríspido. — Eu não estou moribundo, apenas um pouco cansado. Cacei até tarde ontem!

— O que tanto caça, Seth?

Ela observou os olhos dele se iluminarem de raiva, como se ele fosse o próprio Lúcifer.

— Não se meta no meu caminho, irmãzinha! — falou com ironia, sem sentimento algum. — Não seria nada bom. Pois o que eu faço não é da sua conta. Você deveria se preocupar em fazer um enxoval para o seu casamento e aprimorar os seus dotes. Somente isso! — Riu malicioso, antes de abandonar o local, bufando.

A garota suspirou, ao arrastar a sua camisola rendada pelas bordas da parede, até alcançar o estranho objeto de madeira que o irmão observara, ali pendurado.

Aquele entalhe havia pertencido à sua mãe e Afrodite tanto quanto Seth, haviam sofrido muito com tudo que havia acontecido com ela… tanto que a garota preferia nem pensar.

Afastou-se, deixando que as lembranças se afogassem em seu ser, como se nunca tivessem existido.

A fuga naquele caso, era a única maneira de se manter firme na prancha que surfava, nas ondas da vida.

Os primeiros clarões se instalavam em misturas arroxeadas pelo céu.

Amanheceria em menos de uma hora.

Íris encarou Bree e ambas decidiram que o melhor a fazer era chamar Arabela rapidamente.

Contudo, atacar uma pedra em sua janela poderia chamar mais atenção do que deveriam, àquela hora. Então simplesmente golpearam uma única vez a janela amadeirada da garota.

Depois de longos cinco minutos sem resposta, viram surgir a silhueta de Arabela pela porta, se espreitando para não ser vista e carregando um enorme sobretudo para Íris.

— Como soube que éramos nós?  — Íris questionou intrigada, se apoderando do paletó.

— Serena mandou um lembrete assim que saíram — respondeu Arabela. — Ela usou o pombo-correio de Hector.

— Não queria dizer — falou Íris —, mas minha irmã mandou muito bem!

— Ela está ficando esperta — brincou Arabela. — Quem sabe daqui uns anos ela não possa se unir ao nosso grupo?!

— Não exagera, Bela! — brandiu Íris.

— Não quero ter que contar com esse grupo em breve — anunciou Bree. — Não para esses fins!

Ambas se calaram ao se afastarem da casa, caminhando em direção de uma alameda abandonada, não muitos quarteirões dali.

Ao chegarem, encontraram algo muito engraçado: sangue misturado a uma substância viscosa e esbranquiçada.

Sentiram repulsa ao examinar, pois nem imaginavam do que se tratava.

Contudo, tiveram a certeza de que aquela não era uma simples perseguição, mas sim que começavam a andar no encalço de um criminoso profissional.

Arrepiaram-se ao imaginar o que poderia ter acontecido ali.

E pior: o que ainda poderia acontecer.

— Parece que temos mais rastros do cretino — falou Íris, com ódio.

— Isso se ele trabalhar sozinho — falou Arabela, amedrontada. — O que já tivemos uma pequena mostra de que não é o caso.

Bree fez um pequeno gesto, para que parassem de falar e dessem espaço para ela.

— Essa é apenas uma fatia do bolo. — Bree encarou as duas amigas, com seriedade. — Hoje eu fui fazer uma ronda na mata e o vi novamente com o seu capanga. E não tenho certeza, mas suspeito que ele deva contar com a lealdade de alguns outros capachos. — Ela sorveu o aroma fétido do ar, para ter certeza de que aquilo estava mesmo acontecendo. — Isso se ele não for apenas um encarregado… talvez ele nem seja o mestre!

Calaram-se, deixando que o peso daquelas informações retumbasse em suas mentes. Porém, não podiam esperar, pois quantos minutos mais se passassem, mais sangue poderia manchar de escarlate o chão da cidade.

— Agora me escutem: — Bree encarou igualmente as amigas — aquele traste estava atrás de duas pessoas. Não sei quem elas são e nem o que queriam com elas, mas boa coisa não é. Então temos que nos apressar, pois alguém corre perigo!

As duas outras garotas ali presentes assentiram com a cabeça, concordantes com a premissa da amiga.

Contudo, ambas — mas principalmente Íris — continuavam intrigadas com as marcas hediondas naquele local.

Bree se apressou em sair dali, mas Íris segurou o seu braço, com firmeza.

— E se aquele sangue for dessas duas pessoas? — Apontou com fastio para a cena repugnante, que fora marcada diante de seus olhos.

— Então teremos chegado tarde demais! — disse Bree.

As três garotas partiram sem nada mais dizer; fariam apenas uma andança simples pelos arredores.

Logo amanheceria completamente e elas chamariam muita atenção do pessoal, que começaria a aparecer pelas ruas.


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