🍼Unique🍼
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Avisos:
•Nada na história é real
•Não tenho a intenção de ofender e nem denegrir a imagem de ninguém
•Meu objetivo é apenas entretenimento
•A estória será oneshot, portanto não haverá o desenvolvimento da estória, sendo este um capítulo único
•Pode conter alguns erros de ortografia
•Comentários e favoritos me deixam muito feliz
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A água gelada batia contra meu rosto enquanto eu tentava amenizar e normalizar minha respiração. A sensação horrível do enjoo estava passando, mas ainda era desagradável o gosto amargo que permanecia na boca.
Era estranho, eu nunca fui alguém que adoecia facilmente, praticamente nunca vomitava ou passava mal com algo, portanto o simples fato de ter acabado de colocar todo meu café da manhã para fora foi mais que preocupante.
Jungkook, meu alfa, não estava em casa. Era um modelo renomado e estava em um de seus diversos ensaios fotográficos, provavelmente só voltaria na parte da tarde.
E caso esteja se perguntando, eu sou professor de história em uma pequena escola do centro de Seul. Poderia dizer que tive sorte em me sentir mal no dia em que não trabalho, mesmo que isso leve toda a diversão de minha folga por água abaixo.
Assim que fechei a torneira da pia, voltei para o quarto, o cheiro forte de Jungkook ainda estava no ar, me maravilhei ao inspirar um pouco mais forte, sentindo o cheiro amadeirado invadir minhas narinas e saciar meu lobo com sua falsa presença no ambiente.
Meu celular estava carregando, o tirei da tomada logo depois de verificar que estava com carga e não demorei em discar o número de meu melhor amigo, não queria atrapalhar meu alfa durante seu trabalho e sabia que Taehyung tirava suas folgas junto comigo.
Não demorou muito para a chamada estar completa, a voz de meu melhor amigo soava rouca do outro lado da linha e eu soube no mesmo momento que ele tinha acabado de acordar.
— Alô? – Ele perguntou. A voz grogue de cansaço, entregando o fato de que sequer tinha visto o nome do contato salvo antes de atender.
— Bom dia dorminhoco, sabia que já passa das nove horas? – Minha voz também não era estável, eu sabia que Taehyung logo perceberia que algo estava errado comigo, ele me conhecia de um modo aterrorizante.
— Eu fui dormir tarde ontem, assisti todos os filmes de Matrix. – Anunciou em meio a um bocejo, eu conhecia Taehyung muito bem e posso dizer com todas as certas palavras de que ele vai passar o restante do dia falando sobre Keanu Reeves, algo que eu não posso reclamar pois idiota é aquele que não gosta desse ser maravilhoso. – Você não está bem. Com certeza acordou cedo como em todos os outros dias de sua vida, e mesmo que tivesse acordado, sua voz não é assim quando acorda...
— Eu vomitei. – Não tardei em responder, seria idiotice. Como eu disse, Taehyung me conhece assustadoramente bem.
— Você vomitou? – O tom de sua voz subiu, permanecia rouca de sono, mas era possível perceber o timbre preocupado e alarmado. Eu nunca vomito.
— Sim, todo o meu café da manhã... – Era desconfortável falar aquilo, sabia que era algo natural do ser humano, mas eu sabia que havia algo errado e não gostava nem um pouco desse fato.
— Eu estou indo aí, se arrume pois eu vou te levar para um hospital.
Antes que eu dissesse mais alguma coisa, ouvi os chatos e insistentes toques ao notar que ele havia desligado o telefone para correr para o banheiro e então se trocar, não levaria muito tempo para que aparecesse em minha casa.
Eu não iria tentar contrariá-lo, não faria sentido, sabia que estava mal e era preciso ir até o médico. Sempre há uma razão para vomitarmos e eu não tenho nenhuma que seja óbvia.
Jungkook e eu jantamos em meu restaurante favorito na noite de ontem, estava maravilhoso como sempre foi e no dia seguinte, hoje, tomei o costumeiro café da manhã o qual era o mesmo há mais de 5 anos.
Eu não me vesti como sempre, optei por roupas leves e confortáveis, nada que me apertasse ou sufocasse. Como eu pensei, não demorou para que ouvisse a buzina do lado de fora de casa, Taehyung estava aqui.
Meu melhor amigo não saiu do carro, mas pude perceber a preocupação estampada em seu rosto enquanto ele mantinha a janela aberta, dando uma maior visão da parte de dentro do automóvel.
— Vamos ao hospital. – Ele disse assim que fechei a porta, foi a primeira e última coisa que saiu de sua boca enquanto seguíamos o caminho até o hospital.
Eu sabia sobre seu temperamento quando ficava preocupado, desconfiava de tudo e se mantinha calado, quase de mau humor. Por sorte eu já me acostumei com seu jeitinho e sabia que nada passava da mais genuína preocupação que o acanhava naquele momento.
A entrada do hospital estava livre, havia poucas pessoas na sala de espera e eu me senti aliviado por isso, não queria passar mal na frente de todas aquelas pessoas, sabia que não aguentaria procurar por um banheiro que fosse.
Taehyung quem foi falar com a recepcionista, ele sabia todos os meus dados de cabeça e eu sequer precisei abrir minha boca durante todo aquele falatório. O cheiro do hospital não era agradável e eu odiei o fato de saber que aquilo me enjoaria
Talvez eu vomitasse nos sapatos de alguém.
A ômega da recepção pediu para que aguardássemos por alguns minutos, um médico logo viria me atender.
Uma beta simpática chamou por meu nome depois de alguns minutos sentado naquela cadeira dura, eu tinha meus olhos fechados e tentava afastar qualquer pensamento sobre o cheiro forte de desinfetante dali.
Taehyung continuava calado.
Eu iria fazer um exame de sangue, ficaria pronto no dia seguinte e até lá tomaria um leve remédio para meus enjoos. Eu torcia com afinco para que não tivesse mais uma crise de vômitos no dia seguinte, eu precisava trabalhar.
A sala era pequena e inteiramente branca, o cheiro era similar ao da recepção, felizmente consegui controlar o estômago.
Taehyung não largou de meu pé até que eu recebesse uma mensagem de Jungkook avisando que estava voltando pra casa.
O remédio para enjoos funcionou e eu passei todo aquele tempo muito bem, não falei sobre o incidente para Jungkook, não queria preocupa-lo.
Os exames sairíam hoje e eu passaria no hospital assim que terminasse minhas aulas. Esperava do fundo de meu coração que não fosse algo sério.
Taehyung não trabalhava na mesma escola que eu, combinou que me encontraria no hospital pouco depois do almoço.
Felizmente o dia passou voando, gostava tanto de dar aulas que mal sentia o tempo passando. Era gratificante poder dizer que eu fazia o que amava.
Quando peguei meu carro, não demorei muito para chegar até o hospital. Meu melhor amigo já estava me esperando por lá, novamente quieto e preocupado, eu não gostava de vê-lo daquele jeito.
Ele tentou sorrir assim que meu aproximei, olhou para mim e pareceu me avaliar antes de perguntar:
— Como você está hoje?
— Estou melhor, não tive mais enjoo algum depois de tomar o remédio. – Percebi que ele ficou mais aliviado depois de falar sobre minha melhora. – Podemos entrar? Estou nervoso para saber o que há comigo...
— Claro, eu também quero saber. – Nós começamos a andar de modo lento, ele prestava atenção em cada passo que eu dava, parecia hesitar quanto a fazer uma pergunta. – Você falou com Jungkook?
Ah, essa pergunta...
— Não. – Avisei e ouvi o baixo suspiro que ele deixou escapar. – Não quero preocupá-lo, sabe que eu não gosto de incomodar ele enquanto ele trabalha, pode ser algo simples que não precise desfocar a atenção dele.
— Jimin, por Deus, homem! Ele é seu marido, ele tem que se preocupar e saber o que está acontecendo com você!
— Eu vou contar. – Falei, ele pareceu não acreditar muito em minhas palavras. – Eu juro que vou! Mas só vou contar depois de pegar os resultados e verificar se não é nada muito grave...
Eu me sentia leve por conhecer Taehyung e saber muito bem que ele não me forçaria a fazer nada, ele sabia que não gostava de preocupar Jungkook e sabia que eu era teimoso quanto a isso.
O cheiro da recepção continuava o mesmo e eu me segurei para não cobrir meu nariz com a própria mão, odiei aquele cheiro. Foi Taehyung quem pediu pelos exames, como no dia anterior. E apenas esperei a mulher deslizar com sua cadeira até um grandioso ármario e de lá puxar diversas pastas, tão organizadas que ela mal demorou para logo encontrar a pasta marrom que continha todos os meus dados e exames.
— Aqui está. – Entregou para meu melhor amigo depois de conferir se estava tudo certo.
Eu não percebi que estava tremendo até de fato sentir a mão de Taehyung segurando a minha enquanto me puxava para fora daquele lugar, seus olhos estavam atentos a mim e sabia que minha respiração estava mais acelerada e ansiosa.
— Quer abrir aqui? – Ele me perguntou, me deixou apoiado na lateral de seu carro enquanto abria a porta e me dava espaço para que me sentasse no banco do passageiro, mantive minhas pernas para fora e me senti aliviado pelo vento que passava por ali, refrescando meu rosto e aliviando a tensão que havia em meus ombros.
— Sim... – Meu sim foi tão baixo que eu mal ouvi, mas sabia que Taehyung percebeu os movimentos de meus lábios em confirmação. Ele hesitou para me entregar os papéis e eu soube o porque, mas mesmo assim estendi minha mão para a folha.
Suspirei audivelmente enquanto abria a pasta, havia diversos papéis ali e eu puxei um por um. Estranhei ao ver que meus dados estavam como sempre, todos dentro da normalidade, verifiquei se aquela era realmente minha pasta.
O último papel era diferente, nunca tinha feito aquele exame. Olhei para Taehyung e vi que ele estava tão próximo de mim que logo soube que ele conseguiu ler todos os outros dados anteriores, suas sobrancelhas estavam unidas em pura confusão, assim como as minhas. ele devolveu meu olhar antes que pudéssemos ler o que estava ali.
Eu desci meu olhar vagamente para a folha e então li as seguintes palavras:
Teste de gravidez
Este teste deve ser interpretado como: positivo
Eu não li o resto, dispensei a leitura. Senti o momento em que meus olhos começaram a arder e as lágrimas vieram em segundos. Eu estava grávido.
Grávido!
Carregava um pequeno ser humano em mim, a perfeita junção de Jungkook comigo. Sabia que era pequeno demais, poucas semanas ou até dias, mas foi impossível segurar minha mão no lugar, ela logo estava pousada de modo suave em minha barriga.
— Tae... – Chamei, eu sabia que ele leu, sabia que também chorava.
Eu ergui meus olhos para seu rosto e vi o sorriso quadrado e radiante que eu tanto amava.
— Você vai ser pai... – Ele sussurrou, mas depois ergueu o tom de sua voz e exclamou um pouco mais alto. – Você vai ser pai!
Eu me levantei para abraçar ele, senti seus braços me rodearem e deixei que mais lágrimas escorressem por meu rosto, eu estava tão feliz.
Eu sempre quis ser pai, ter uma miniatura minha correndo pela casa, a risada fina e gostosa inundando meus ouvidos. Eu queria isso com Jungkook e sabia que ele também queria, já tentamos algumas vezes no passado, porém não houve sucesso.
E pensar que agora nosso sonho de formar uma família estava se realizando!
— Você precisa contar para Jungkook! – Ele quase gritou.
— Eu sei! Ele vai ficar tão feliz! – Tentei imaginar a cara que meu alfa faria e eu sorri com o pensamento de seu sorriso de coelho. – Vou fazer igual aos livros de romance e preparar uma pequena caixinha.
Meus pensamentos voavam alto enquanto eu imaginava o que fazer e o que falar no momento. Não me demorei em recolher todos os exames e saltar para um abraço de despedida em meu melhor amigo, queria fazer tudo antes que Jungkook chegasse em casa. Corri para meu carro e parti em direção a algumas lojas, tenho que confessar que me senti a pessoa mais feliz do universo ao entrar em uma pequena loja que vendia roupinhas para recém-nascidos.
A caixinha que escolhi era branca, enfeitada por laços rosas e azuis, dentro, uma roupinha minúscula em tons amarelos junto de meu teste perfeito e meticulosamente dobrado. Escrevi um pequeno bilhete em nome do pequeno ser que eu carregava:
"Olá papai, espero te encontrar daqui alguns meses..."
Assim que cheguei em casa, eu vi o carro de meu alfa na garagem, sabia que ele estaria preocupado com minha demora, ouvi meu celular tocando pelo menos 5 vezes.
— Jimin! – Jungkook exclamou assim que entrei em casa, ele estava vestindo apenas uma calça moletom, andava pra lá e pra cá na sala de estar e estava descabelado, provavelmente pensando que havia algo de errado – Onde você estava?
Seu tom de voz era sério e eu me arrependi por não ter deixado alguma mensagem para tranquilizá-lo. Estava tão focado e esperançoso no presente que não previ seu nervosismo ao chegar tarde em casa logo depois de passar o dia sem dar qualquer notícia de que eu estava vivo.
— Oi Kookie... – Eu disse baixo. Seus olhos se arregalaram quando eu o cumprimentei, esperando alguma resposta para sua pergunta. – Passei um tempo com Taehyung e depois fui preparar uma coisa...
— Preparar uma coisa, Jimin? Não teve tempo para atender a porcaria do telefone e avisar ao seu marido que estava bem? – Ele não gritava, falava alto e sério, mas jamais gritava para mim.
— Desculpe... – Eu sussurrei enquanto abaixava minha cabeça.
Eu senti os olhos ardendo em lágrimas e de repente surgiu uma enorme vontade de chorar de tristeza, eu nunca fazia isso, nunca chorava quando eu e Jungkook discutíamos, eu sempre permaneci de cabeça levantada e resolvíamos as coisas juntos, sentados no sofá e conversando, mas nunca derramava uma lágrima sequer.
Eu ouvi seus passos parando, não era apenas estranho para mim que eu abaixasse minha cabeça e segurasse o choro que sequer era para estar ali.
— Jimin? – Eu percebi o tom cauteloso em sua voz no momento, sua guarda baixou e ele se aproximou de mim. Sentir o cheiro dele de perto foi a chave para que meu choro viesse à tona. – O que há? O que aconteceu? Por que está chorando?
Seus braços me envolveram pela cintura e ele me apertou contra seu corpo, deixou que eu molhasse sua blusa enquanto repassava suas palavras na cabeça, tentando encontrar algo de errado que tenha desencadeado minha crise emocional.
Crise emocional.
Acho que eu teria muitas daquela durante os nove meses que viriam pela frente.
Foi necessário alguns minutos para que eu parasse de chorar, Jungkook esperou pacientemente, e quando percebeu que já não mais chorava, ergueu meu rosto em suas mão e observou meu rosto com cuidado, seus olhos procurando qualquer brecha para que descobrisse o que havia comigo.
— Pronto para falar? – Toda a seriedade de sua voz se fora, agora havia apenas preocupação e carinho. Ele me conhecia tão bem!
Eu assenti de modo fraco, tentei me soltar de seus braços e andei de volta para o carro. Queria entregar a ele só depois da janta, mas eu não conseguiria adiar a notícia, sabia disso. Senti seus olhos acompanhando meus passos e então observou a caixa que eu carregava, seu semblante era confuso e ainda mais preocupado.
— Para você. – Eu estendi assim que cheguei à sala de novo, suas mão hesitaram antes de pegar o pacote, vi a dúvida passar por seu rosto e tentei sorrir. – Pode abrir, é uma boa notícia.
Ele arqueou as sobrancelhas com as palavras, mas fez o que eu pedi, puxou os laços com cuidado e retirou a tampa, ainda com os olhos em mim antes de focar sua atenção para o conteúdo que havia ali.
Ele franziu a testa ao ver a roupinha, mas logo seus olhos se encheram de lágrimas ao ler o pequeno bilhete que vinha junto, disparou seu olhar para mim e eu sorri assentindo. Ele não pegou o teste, apenas veio me abraçar novamente enquanto era sua vez de chorar, ou melhor, nossa vez. Eu chorei de novo...
A boca de Jungkook se abriu, tentando dizer algo. Sua voz não encontrou caminho em meio às lágrimas. Ele só conseguiu falar depois de minutos me olhando.
— É verdade? Vamos ter um filho? – Sua voz estava rouca, falha de certa forma, porém era mais que possível perceber a emoção irradiando de seu timbre.
— Ou filha. – Eu sorri e ele me puxou para um delicado beijo, me beijava com toda a paixão existente em si. Sua felicidade se fazia presente em mim pela marca em meu pescoço.
— Fiquei tão preocupado que algo tivesse acontecido que sequer notei a felicidade que irradiava ao seu redor. – Ele disse pensativo, com certeza tinha sentido cada emoção que passou por mim durante aquele dia. Eu com certeza o deixei a beira da loucura. – Mal posso acreditar que nossa família vai crescer...
Eu sorri com o pensamento, analisei cada mínimo detalhe do rosto de meu alfa e desejei que seus delicados e finos traços estivessem presentes em nosso filhote...
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Oi meus amores!! Como vocês estão? Espero que bem.
Tive essa ideia de oneshot Jikook e eu confesso que morri de amores enquanto escrevia. O que vocês acharam? Gostaram?
Vou trazer mais algumas oneshots com o tempo hehehe espero ver vocês daqui um tempo, beijinhos da Luh🥺❤️
(P.s: MUITO OBRIGADA PELOS 7K EM CRYSTAL SNOW)
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