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Prólogo

     A luz do sol suave da manhã criava sombras nos jardins, como caçadores à espreita de sua presa. Entretanto, o perigo era afastado pelas risadas alegres e despreocupadas das duas pessoas que ali se divertiam, brincando de mãos dadas. Elas giravam e giravam, cantando uma canção infantil que estava há muito guardada bem no fundo da memória, ocultada por dor e luto e saudade.

-- Mamãe, eu estou tonta! -- disse entre risos a menininha, que a soltou e deitou-se na grama fofa -- Veja só, o céu está rodando!

     Com um suspiro de contentamento e felicidade, a mãe deita-se ao lado da filha e admira as nuvens junto dela, sem jamais abandonar o sorriso em seu rosto.

-- Está sim, pequenina. Oh, olhe aquela nuvem ali -- aponta um amontoado branco no azul eterno -- se parece com um cachorro de três patas!

     A criança tenta imaginar um cãozinho com apenas três patas e tudo o que consegue sentir é pena do pobre animal.

-- Coitadinho! Se fosse real iríamos cuidar dele não é, mamãe? Poderíamos chamá-lo de Perneta, o que acha?

     A mãe ri, deliciada e admirada com a inteligência e humor da menina.

-- Esse é exatamente o nome que seu pai sugeriria. -- franziu as sobrancelhas -- Vocês são muito parecidos.

     A menção ao provedor daquela família traz uma sombra inevitável naquele momento tão tranquilo e alegre, e ambas sentem, como já de costume, o mesmo sentimento aflorar em seu peito: saudade. A mulher sente falta do homem que ama, do único que já amou, e a menina sente profundamente a falta de seu pai.

-- Quando ele vai vir nos visitar, mamãe? -- pergunta tristonha, com um bico de choro despontando de seus lábios -- Já faz muito tempo! Porque ele não vive aqui conosco como os outros papais da vila? Nossa casa é grande, há vários quartos, eu não entendo...

     A mulher vira-se de lado para poder olhar nos olhos da filha e, percebendo o movimento, a criança faz o mesmo. Olhos castanhos, mais velhos e gentis, encaram os olhos cinzas, jovens e inocentes. Tão inocentes que ainda não estão prontos para descobrir o quanto aquele mundo é cruel e não poupa ninguém, nem mesmo uma garotinha de apenas nove anos.

-- Seu pai tem muitos compromissos em outro lugar. Ele é um homem muito importante, minha pequenina. Mas ele a ama e, assim que tiver a menor oportunidade, com certeza virá ver a menininha dele. -- garante e acaricia as bochechas macias da filha.

     Para retribuir a caricia, a menina pega um punhado dos cabelos negros da mãe, idênticos aos dela, e o enrola no dedo num movimento que a acalma desde que era um bebê.

-- Você promete que nunca irá ter compromissos como ele tem, mamãe? Prometa que nunca será alguém importante, prometa que sempre estará comigo.

     Emocionada pelo medo que sentiu na voz da filha, a mulher imediatamente a puxa para seus braços para confortá-la e, também, para amenizar o aperto que surgiu em sua garganta em forma de lágrimas não derramadas. Mãos pequeninas a agarram com força, como se nunca mais pretendessem soltá-la e, debaixo daquele céu azul naquela manhã excepcionalmente bela, ela reza para que aquilo realmente aconteça.

-- Eu prometo, minha criança. -- a beija suavemente na têmpora -- Eu prometo.

     Ela não cumpriu a promessa.

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