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Capítulo 7


“Ouvi dizer que amamos três vezes na vida: o
primeiro é chamado de amor paixão, o segundo de amor sem apego e o terceiro, amor eterno.”

Violet Thompson

— Para Victor! — Se eu pudesse teria lascado um tapa nele pela audácia de dizer que possivelmente eu estaria apaixonada por Dalamon.

Só de lembrar do que ele me disse, minhas bochechas traidoras queimaram novamente.

— Aí ó! Não disse? Tá um pimentão de fofa. — Ele diz e sem que eu perceba, Victor retira o Celular do bolso e sem permissão captura uma foto minha sentada de pernas cruzadas e segurando o livro dele abraçando o contra meus seios.

— Está fofa que nem uma Smurf. Só lhe falta ser azul. — Para piorar a situação.

Estava com um vestido rosa que marcava minha cintura e o resto se mantém solto até o meio de minhas coxas.

Sinceramente, não entendi como eles ainda não conseguiram um uniforme do meu tamanho, já que  tenho 1,65 de altura.

Victor me olhava de um jeito travesso e sorria como se estivesse aprontando algo.

— Victor, me dá esse celular Vai! Não tem graça, eu sei que você vai postar. — Levanto correndo, não rápido o suficiente para conseguir agarra-lo.

Fico ali debruçada sobre as grades de ferro enquanto ele sorria contente.

— Vejamos aqui... Constantino, Coral... Ah Sim, Costta! — Não! Essa bicha da vaca louca não vai fazer isso comigo!

— Vi-c-tor! Apaga essa merda! — Grito sem paciência e posso jurar que ele ainda tirou outra foto rindo da minha cara de brava.

— Já mandei as duas gatinha. Ah olha! Ele visualizou!!! — Victor diz eufórico enquanto eu estou aqui quase sem cabelos por causa dessa galinha que vou depenar inteira.

— Huuuuuummm! Ele mandou uma mensagem... "Perfeita", foi o que ele disse. — Fiquei mais roxa do que a camisa de Victor, que estava pulando como uma gazela.

— Victor! Abre essa merda que eu quero te matar!!!! — Ele pula para trás assustado e rindo muito.

— Porque está brava meu amor? — Victor finge demência e coloca a mão sobre o peito de forma exagerada. Me sentei novamente abaixando a cabeça.

— Porque eu sou a merda de uma assassina Victor! — Desabafo tudo de uma vez, estava sendo difícil guardar só para mim, talvez se alguém souber da verdade, eu posso ter uma chance de estar longe daqui.

— Você acha que ele vai querer algo comigo? Eu praticamente matei o pai dele, como também sou culpada por mais de dez quilos de cocaína ter sido escondida em minha casa.

— Fala baixo garota! — Victor sussurra de um jeito cúmplice que me fez estranhar seu comportamento.

— O que? Mas porquê? Não é a verdade? Estou sendo culpada e porquê? Pelo o que eu sei não fiz nada dessas coisas.

Cruzo os braços sobre meus seios, encaro os restos de alumínios da marmita que ele havia me trazido para o almoço.

Pensei em todos os momentos de angústia que passei antes de estar aqui, de meus pais terem sumido sem mais nem menos... O que fiz para ter merecido tudo isso?

— Hey, vai ficar tudo bem. — Senti mãos me segurarem firme e notei que a cela estava só encostada. Chorei nos braços de meu amigo, tentando aliviar o que sentia.

— Quer saber, tenho uma ideia! Quero você com um belo sorriso aí é que seja bem sensual que vamos pirar com a cabecinha do senhor Costta. — Sorri involuntariamente como sempre, e balancei a cabeça concordando.

Talvez eu precise me relaxar um pouco, já que nunca mais poderei sair daqui.

Fiz o que ele disse. Comecei com poses comuns, como sentada olhando fixamente para a câmera cruzando as pernas.

Outras posições, como agachada levantando os cabelos com as mãos e sempre olhando para a câmera. Assim que cansei, fui deitar na cama ao lado do livro que estava lendo ante de Victor aparecer.

— Ele está louquinho!!! — Solto um riso nasal e continuo olhando para o teto pintado da cor beije.

Victor já havia mandado as fotos e eu já estava quase pegando no sono quando ele puxa conversa.

— Me diz, essa princesa já teve um belo Castelo? — O olhei pensativa. Eu posso falar sobre isso certo?

— A, não. Meus pais eram consideravelmente bem de vida, mas isso não os impediu de me deixar aos 13 sozinha. Desde então minha vida passou a depender de vizinhos que sentiam pena de mim, até que consegui meu primeiro emprego e hoje estou eu aqui... — Me senti aliviada pois não precisei continuar, Victor estava com os olhos marejados.

— Se desse eu dava um tapa na cara deles, mas como não posso... Quer que eu te adote pulguinha? — Revirei os olhos por mais um de seus apelidos implicar com a minha altura.

— Eu quero dormir um pouco, se não se importar. — Digo pegando o livro que estava do meu lado e o posicionei sobre meus seios.

Victor concorda, mas não me deixa sozinha. Meus olhos vão pesando até que os fecho de uma vez e antes de minha consciência sumir sinto um beijo sobre meus cabelos e depois ouço passos saindo da minha cela e depois da porta se fechando.

{Revisado!}


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