Capítulo 6
“O que realmente é verdade? Circunstâncias e fatos que
aconteceram. Por isto, a verdade não pode ser encoberta.”
DALAMON COSTTA
Fiquei nesses últimos dois dias buscando provas sobre o assassinato e sei que tem algo a mais sobre a minha família que possa estar oculta sobre mim. Assim, peguei o meu jato particular indo direto para uma das pistas que encontrei no meio das papeladas do meu pai, como se ele quisesse que eu a encontrasse.
Era apenas um endereço no papel indicando um hotel antigo em que o meu pai teve parceria no passado. O que me deixou mais impressionado era que o local exato estava na Rússia, especificamente em Moscou.
Paguei um quarto nele utilizando os serviços de voos pela internet, eu estava quase pousando, então não demoraria muito para poder ter as informações que eu precisava. Tenho no máximo até quinta-feira para resolver isso, devido ao julgamento que não queria ir. Cogito em ver aqueles olhos azuis lacrimejados por minha causa.
“Ela não tem culpa, ela é inocente e você vai cuidar dela e tirá-la de lá”. — repetia a mim mesma mentalmente enquanto sentia a pequena diferença no ar e na pressão sobre o meu corpo, o jato estava declinando.
Antes mesmo de decidir vir, já pedi para reservarem um quarto para no hotel Mogilevic e aproveitar para falar com o representante e dizer que preciso falar com o dono. Pego um táxi, sem me importar de dar as ordens ao piloto do jato entro no carro assim que ele chega e dou o endereço do hotel. O homem olha para mim e confirma a balançar a cabeça e começa a dirigir.
Seguro a minha mala do meu lado, pois trazia algumas provas que já consegui, como por exemplo, a maneira em que o assassino conseguiu modificar os códigos da câmera para distorcer as imagens e gravar a minha garota de olhos perfeitos ao invés dele mesmo. Sei que tem um hacker envolvido.
Penso nas possibilidades de Violet correr algum perigo na prisão máxima. Realmente não teve outra solução a não ser condená-la. Para o próprio bem dela. Talvez um dia...
—Perdoe-me Violet. — saboreio o seu nome saindo livremente dos meus lábios, era a combinação perfeita da sonoridade suave com o toque doce do seu perfume, que ficaram gravados na minha mente.
Como queria muito sentir seu corpo no meu, era um pensamento pecaminoso e puro, simultâneo. Algo de grande certeza que, nunca senti de forma alguma com outra mulher… Somente ela pode despertar o meu lado predador, com apenas a sua presença. Por isso não posso nem se quer pensar em perdê-la.
Ah! Violet!
Era para apenas eu ter descoberto o assassino e você ter seguido a sua vida sem mim, mas de forma inocente encaixou o alvo sobre o seu peito, me levando junto a esta loucura. Mil vezes amaldiçoo-me pôr a ter conduzido para os jardins, ter visto os seus movimentos graciosos ao tocar a rosa da minha mãe.
Por entrar assim na minha vida… Sim, sou abençoado por ter você como o meu anjo. Penso em você até quando o táxi para e sou obrigado a retomar minha consciência. Pago a corrida, pego a minha mala e saio do carro que volta a se encaixar no meio da confusão de tráfego.
O céu estava bem nublado, cinzento, as pessoas com seus casacos pesados seguiam suas vidas despreocupadamente. O hotel estava à minha frente. Ele é moderno, na entrada era decorado com plantas exóticas e na recepção tudo era de tema rústico utilizando madeiras especiais, vinculados ao mármore de forma graciosa.
— Último andar por favor. — depois de tanto tempo, o meu russo estava fluente o suficiente para não poder passar fome ou algo pior como a vergonha de não saber pedir comida.
A moça sorriu se jogando no balcão para me entregar as chaves, nada ali estava tão interessante assim, mas o que vamos fazer se somos homens? Não pude sair sem reparar no decote e nos seios pequenos. Não fazia o meu tipo, meus gostos são dos mais cheios e durinhos, como os dela.
Interrompi os meus pensamentos insanos, logo que só me levariam a ficar babando enquanto procurava o bendito do elevador. Passei pelo restaurante pequeno que tinha ali e anotei como o ambiente era mimosinho e gracioso, como se a decoração tivesse sido feita por mãos femininas delicadas iguais os da...
Não, já deu!
Sorri por estar pensando de mais nela e pedi para que Victor ficasse de olho lá dentro por mim, o que me resultou em pequenas fofocas bem-vindas, como, por exemplo, de ela estar perdidamente apaixonada, mesmo ter sido pouco tempo em que nos conhecemos.
Isso é algo muito mais do que bom! Acho o elevador ainda pensando nela, não podendo mais frear os pensamentos que fluíam naturalmente. Pego o meu celular para ligar para Victor, me certificando antes que horas seriam agora em Manhattan.
— Victor. — digo assim que as portas do elevador se fecham, tive a sorte de ter entrado sozinho, pois o restaurante estava cheio de pessoas.
— Ah! Oi, senhor gost... Senhor. — Victor ri percebendo que iria chamar-me de gostoso. Ainda não me acostumei com a ideia de que um dos meus seguranças particulares era, hum!? Vocês sabem...
Não havia nada contra, apenas seria mais difícil dele agir como um profissional, mas o importante agora é que minha confiança em Victor ultrapassa todas as expectativas.
— Desculpe senhor. — ele pede ainda rindo, limpa a garganta e os barulhos do outro lado somem.
— E a Violet? — o seu nome saiu doce dos meus lábios e confesso estar gostado, pronunciá-lo com suavizes.
— Acabei de entregar outro romance que ela me pediu. — sorri como bobo, ela é uma garota quente como Victor me disse na ligação passada. Descobri que Violet desejava ter algo para o tédio e fiz questão de comprar os livros.
— Espero que ela não me odeie por estar fazendo isso...
— A não senhor, ela vai te amar, no final das contas é uma romântica e tanto! Simplesmente faz uma surpresa muito especial e com significados junto de palavras de “Shakespeare” que ela ficará caidinha pelo senhor. — ele diz convicto, enquanto observei os números mudarem para o décimo nono andar.
— Espero que esteja certo. — Victor lufa um pouco de ar do outro lado, como num riso abafado, ele mais parecia aqueles amigos que te come com os olhos do que o meu segurança particular. Desligo o celular antes que ele me venha com piadas impróprias.
O elevador para no vigésimo sexto andar, as portas se abrem, guardo o meu celular no bolso e ando até o quarto 715. Pego a chave no outro bolso e entro nele eufórico para um banho tão merecido e relaxar os seus músculos.
Deixo a mala no quarto só pegando o necessário para o meu banho. Entro no banheiro que era decorado como todos os cômodos, de um jeito rústico. Logo coloco a banheira para encher com água bem quente, o clima aqui ainda está bem frio mesmo sendo verão. Entro na banheira cobrindo o corpo todo, deixando um gemido escapar dos meus lábios.
Imaginei aqueles lindos pares de olhos azuis a olhar-me... Imaginei ela nua na minha frente se juntando a mim no banho, segurei a sua cintura pequena e a deixei sentar em minha ereção enquanto tocava-me o peitoral com as mãos macias como seda.
Gemidos eram ouvidos dos seus lábios na minha cabeça, enquanto bombeava o meu membro com a mão imaginando ela chupando-o com avidez. Talvez eu esteja me comportando como um idiota, mas isso que a maioria dos homens solteiros fazem ao se apaixonar por uma bela mulher não alcançável, não é?
{Revisado! }
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