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Capítulo 18 - Revelações

Sem esperar resposta ele se aproximou, apossando-se do que ela não conseguiria recusar. O beijo foi prolongado e intenso. Trêmula, ela o abraçou apertado, correspondendo com o mesmo ardor. Por um longo instante foram arrebatados pela mesma paixão, as respirações se misturando no mesmo ritmo.

Afinal ele afastou o rosto e, murmurando frases ardentes e apaixonadas, ergueu-a nos braços, percorrendo o caminho de volta até a Cabana. Os últimos raios de sol iluminavam o céu, e os olhos de Nick brilhavam de desejo, sem o menor vestígio de sarcasmo.

Andava rápido, com passadas impacientes, querendo chegar logo.

Quando entraram na cabana, um resto de consciência tentou alertar Catherine. Não podia entregar-se assim a um homem que a desprezava, isso era ir contra todos os seus princípios e as coisas que pensava do amor, Era preciso ao menos tentar resistir, procurar impedi-lo, para que não se sentisse desprezível depois.

Com muito esforço conseguiu balbuciar uns fracos protestos.

— Não, Nick, por favor...

— Eu quero deixar você maluca...

E começou a acariciá-la, descobrindo lugares sensíveis.

Beijou-lhe de leve a orelha, enlouquecendo-a com a ponta da língua e com o calor de sua respiração ofegante.

— Não... — Disse ela, num gemido.

Mas seu corpo todo falava outra linguagem, chamava Nick para si. Ele se deitou na cama, a seu lado, percorrendo-lhe o corpo com os lábios.

— Não, Nick...

— Vou tirar a sua roupa, quero sentir você... quero saborear você...

Quando ele lhe beijou o seio, brincando com a língua no bico róseo e intumescido, Catherine ficou enlouquecida. E acabou de perder a razão por completo quando aquelas mãos másculas, experientes, deslizaram por seu ventre abaixo... Não havia mais como voltar atrás, estavam nus, cheios de desejo, e seus corpos sedentos só sossegariam quando saciados. As carícias foram ficando mais íntimas e as mãos dele iam preparando o momento culminante.

Catherine estava totalmente entregue, querendo cada vez mais, e por isso ficou atordoada quando ele parou de repente, sentando-se, num sobressalto, indignado e surpreso.

Os olhos de Nick faiscavam.

— Meu Deus do céu! Será que pode me explicar como é que ainda é virgem?

— Está querendo me deixar louco, por acaso? Você devia ter-me dito antes de chegarmos a esse ponto! eu teria sido mais gentil, mais cuidadoso...

Catherine fitou-o, de olhos arregalados, a voz presa na garganta, sem conseguir acreditar que ele havia parado. Como é que conseguira interromper no ponto em que estavam? Trêmula, puxou o lençol para cobrir a nudez.

— Você foi casada durante dois anos, foi o que me disse. Ou será que estava mentindo?

— Não, eu não estava mentindo... eu fui casada.

Nick olhava-a, incrédulo. Os músculos de sua face se contraíam, como se ele estivesse tentando controlar alguma emoção muito forte. Depois de alguns instantes em silêncio, levantou-se da cama e foi até o banheiro. Voltou pouco depois vestido com um moletom.

Ainda chocada demais com o que acontecera para conseguir encará-lo, Catherine ficou cabisbaixa. Nick aproximou-se e sentou-se na beirada da cama.

— Você esqueceu que sou médico? Já examinei muitas virgens. Acho que é melhor você se explicar. Preciso entender como uma mulher casada por dois anos ainda permaneceu veirgem.

— Meu casamento nunca foi consumado.

— Isso é evidente. O que eu quero é saber o motivo.

— Eu não lhe devo explicações. — Continuava com as pálpebras abaixadas.

— Bem, nesse caso vou tirar minhas próprias conclusões. Como você reagiu normalmente, com sensualidade e ardor, devo concluir que seu marido é que não era normal. Ou ele era impotente, ou não gostava de mulheres.

Não podia deixar que Nick pensasse mal de Greg, era melhor explicar de uma vez!

— Foi um acidente, Greg ficou paraplégico.

As recordações ainda lhe eram dolorosas, apesar de terem se passado cinco anos desde a morte de Greg, e isso devia ter-se refletido no olhar com que afinal fitou o homem que quase a possuíra.

Nick continuou em silêncio, suas emoções se transformavam. Tornou-se compreensivo, sentiu compaixão e até uma ponta de remorso por tê-la julgado precipitadamente. Catherine percebeu, apesar de ele não ter falado, e, confiante, continuou revelando seu segredo.

— Aconteceu no dia do nosso casamento. É por isso que eu...

— Fale-me de seu marido, por favor... — Disse Nick, com a voz mais suave que ela já ouvira.

Talvez por isso Catherine se animou a falar de sua vida. Contou como tinha ido da Espanha para Nova York, planejando trabalhar para pagar os estudos na faculdade de comunicação; como arranjara um emprego temporário; como conhecera o jovem estudante de direito, brilhante e cheio de vitalidade, e como tinham se apaixonado; e como, depois do pedido de casamento, ela desistira da faculdade.

— Nós éramos muito jovens e não tínhamos muito dinheiro, por isso decidimos passar a lua-de-mel perto de Nova York mesmo. Depois da cerimônia, fomos para um hotel modesto. No saguão de entrada havia umas rosas brancas... aí eu disse que elas eram lindas, depois entramos no elevador. Nosso quarto era no sétimo andar...

Catherine lembrou-se de como Greg planejara tudo. Ele achava que sete era o seu número de sorte, por isso reservara o quarto número setecentos e setenta e sete, tinham se casado no dia sete do mês sete.

— Ele me deixou no quarto, depois de ter-me carregado no colo para entrar, e desceu para comprar-me rosas, isso ele só me contou mais tarde, é claro.

As palavras amargas de Greg voltaram-lhe à lembrança: "Malditas sete rosas brancas! Eu só queria lhe mostrar o quanto amo você, e veja só o que fiz! Arruinei minha vida e a sua. Arruinei nossas vidas. Malditas brancas!"

Catherine respirou fundo antes de continuar.

— O elevador despencou, pouco depois de Greg ter entrado. As duas outras pessoas morreram, Greg teve... mais sorte...

Como era penoso relembrar aquele tormento que vivera depois do acidente.

Greg queria morrer, pedia que ela o matasse, chorava e implorava todos os dias. "Helen, se você me ama, dê-me alguma coisa para eu morrer. Por mim, por você... Pelo amor de Deus, Catherine, vou ficar odiando você, se não me deixar morrer!"

— ... sobreviveu, mas ficou paralítico. Só mexia um pouco os braços.

— E você? Fale-me de você, agora.

— Não tenho o que falar.

— Claro que tem! Como foi que enfrentaram esse período tão difícil? Devem ter gasto uma fortuna! Quem sustentava o casal?

— Até que não foi tão difícil...

— Seus pais ajudaram?

— Meus pais são aposentados e moram na Espanha. Vivem com uma pequena aposentadoria. A mãe de Greg é viúva, e naquela época tinha uma casinha a uns vinte quilômetros de Nova York. Quando Greg saiu do hospital fomos morar com ela. Eu consegui um bom emprego, na companhia produtora onde trabalho até hoje, e durante o dia, enquanto eu estava no serviço, a mãe de Greg cuidava dele.

— Aí você passou a buscar na profissão a realização que não podia conseguir com seu marido.

— Não é bem assim... — Seu olhar se anuviou. — Nem sempre era fácil, mas as coisas iam bem. Eu... eu estava contente. Não era de todo uma mentira. Depois do choque inicial, da revolta dos primeiros dias, e até meses, houve uma certa adaptação e o relacionamento foi indo bem. Até que começaram a surgir as desconfianças por parte de Greg. Cada vez que eu chegava um pouco mais tarde, era um interrogatório sem fim, cheio de acusações e suspeitas.

— E você amava seu marido? — Nick tocou de leve na aliança que ela ainda usava.

As palavras de Greg voltaram-lhe a mente: "Como você pode amar um homem que não é homem? Olhe para mim quando diz que me ama, para que eu veja a mentira em seu olhar! Eu sou uma imitação deficiente de homem! Como você pode me amar? Você seria muito mais feliz se eu tivesse morrido! Ah, meu Deus, aquelas malditas rosas!..."

— Amava, sim.

— Como foi que ele morreu?

Catherine demorou um pouco para responder. Isso era ainda mais penoso de ser dito.

— Eu tinha conseguido juntar dinheiro e comprei uma cadeira de rodas especial para Greg, dessas cheias de dispositivos, que ele podia movimentar sozinho com um braço só. Foi um pouco difícil no começo, mas depois ele se acostumou. — Engoliu em seco e continuou com voz embargada. — Eu nunca deveria tê-la comprado! Houve um outro acidente... e dessa vez foi fatal.

— Como foi o acidente?

— Acho que não precisa...

— Conte-me, Catherine.

— Eu estava trabalhando. A mãe dele saiu para fazer compras e, quando voltou, ele estava morto, caído no fim da escada que dava no porão. A cadeira de rodas deve ter se desgovernado...

— Será que não foi suicídio?

— Claro que não!

— Não fuja da realidade, Catherine. Encare os fatos como são. Se ele se suicidou, por que não dizer?

— Como vou saber se foi suicídio? Greg não podia escrever, não deixou nenhuma carta. A mãe dele tem certeza de que foi um acidente. E eu... não tenho motivos para pensar outra coisa.

— Tem certeza?

— Para que remexer nessas coisas? Já está tudo resolvido mesmo!

— Será que está? Ora, Catherine, você sabe que ele não iria ao porão, porque a cadeira não desce degraus. Eu conheço esse tipo de casa que tem escada para o porão, sempre há uma porta fechando essa escada. Ele teve que abrir a porta antes. Por que não admitir o que no íntimo já sabe?

Os olhos de Catherine encheram-se de lágrimas que lhe rolaram pela face. De fato sempre soubera disso, mas não quisera admitir porque isso a fazia sentir-se mais culpada do que já se sentia. Era esse sentimento de culpa que a amarrava à memória do marido, fazendo-a fiel a ele, mesmo tanto tempo depois de sua morte. Escondeu o rosto nas mãos tentando reprimir as lágrimas.

— Eu sei que é difícil. — Nick afastou as mãos dela do rosto, — Mas você precisa desabafar. Vamos, chore, desabafe.

Com a voz estrangulada pelos soluços ela disse, afinal, a verdade que nunca dissera a ninguém, nem a si própria.

— Ele... foi ele quem mandou a mãe sair para fazer compras... ele não disse nada que desse para desconfiar de suas intenções... mas eu adivinhei... assim que vi o que ele mandara a mãe comprar...

— Continue.

— Eram rosas... sete rosas brancas. Essas foi as as últimas palavras dele. Sete rosas brancas!

— O suicídio é um certo tipo de tirania! — Dissera Nick bem mais tarde, quando Catherine, afinal, parará de chorar.

Estavam ali há mais de duas horas, e quase esse tempo todo ela ficara chorando no ombro de Nick. Ele apenas a amparara, paciente, deixando-a lavar a alma até não ter mais lágrimas. Catherine deu vazão, afinal, a todo seu remorso, até sentir-se exaurida.

Depois Nick terminou de vestiu-se, deu uma blusa limpa para que Catherine se vestisse também, e ficou de costas para ela, no meio do quarto, esperando.

— O suicídio é mesmo uma tirania póstuma, por causa da carga de culpa que deixa sobre os que ficaram continuou Nick. — Você, por exemplo, sente se culpada de ter comprado a cadeira de rodas, a arma do suicídio. Mas não deve sentir isso. A decisão foi dele. Única e exclusivamente dele.

— Deve ou não deve... é fácil dizer. A mãe dele também se sentiu culpada, e ela nem imagina que foi suicídio, pensa que foi mesmo um acidente.

— Mas acho que, de certa forma, ela deve ter conseguido conviver com o sentimento de culpa porque o transferiu em parte para você. Afinal não foi ela quem comprou a cadeira.

— Eu também consegui.

— Será? — Nick virou-se para encará-la. Sua expressão não ostentava mais os traços de cinismo, desdém e menosprezo. — Pois eu acho que não. Você é uma mulher bonita, jovem, vibrante, atraente, na flor da idade. Quando seu marido morreu você tinha só vinte anos... No entanto, nesses cinco anos não houve nenhum outro homem. Será que não percebe o que seu marido deliberadamente fez com você?

— Deliberadamente, não. Greg queria que eu fosse feliz. Ele se transformou numa pessoa amargurada, é verdade, e, no último ano, desconfiado e cheio de suspeitas. Mas quem, na situação dele, não ficaria assim? Levava uma vida quase vegetativa, não podia fazer nada sozinho e detestava isso. Começou a odiar-se. Seu corpo era inútil e isso começou a distorcer-lhe a mente.

— Ah, eu posso muito bem entender o sofrimento dele. Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida. Morte: o fim da vida e tudo o que sabemos , no momento em que deixamos de ser quem e como somos. A maioria das pessoas não quer morrer, resultando na idéia de morte um tanto aversiva. No entanto, muitos vêem nela uma rota de libertação ou fuga para o sofrimento, ou um meio para alcançar certos fins. Algumas dessas pessoas podem decidir terminar suas próprias vidas devido a razões diferentes. Mas sinto que seu esposo cometeu suicídio por vingança. O que não posso perdoar é ele ter tentado arruinar a sua vida também.

— Você está enganado, Nick.

— Acho que deve admitir também que ele passou a odiar você como a si próprio.

— Não é verdade.

— E por que acha que ele se suicidou? — Catherine cruzou os dedos.

— Porque ele não suportava ter uma vida vegetativa. E também porque queria me deixar livre, queria que eu fosse feliz.

— Então por que você não é feliz? Será que ele não fez isso para impedir que você fosse feliz? Eu acho que assim ele quis assegurar sua eterna fidelidade.

— Isso não tem sentido.

— Não acha que a mensagem que ele lhe deixou foi bastante clara? Não era seu aniversário, não havia motivo para flores, e sete rosas brancas significavam algo especial só para vocês dois. Ele queria que você tivesse certeza de que ele se suicidara e que o fizera por você. Se ele ainda a amasse de verdade não precisaria ter deixado essa espécie de "carta de despedida". Não vê que ele queria que você se sentisse culpada? Foi por vingança... A muitos tipos de suicídio! O suicídio por vingança ou tipo paranoico é um tipo de suicídio que é realizado com o objetivo de causar danos a outras pessoas, a fim de fazer alguém se sentir culpado e ou sofrer.

Por instantes ela evitou aqueles olhos escuros, que eram como espelhos onde se refletiam verdades das quais fugira por muito tempo.

— Creio que você tem razão... acho que ele passou mesmo a me odiar.

— Por quê? — Fez uma pausa. — Fale-me sobre isso, Catherine. Ponha tudo para fora, liberte-se desse peso. Que razões você acha que ele tinha para odiá-la?

— Pra começar, o simples fato de eu sair de casa todos os dias. Depois, por causa dele: dar banho, vestir... atender a todas as suas necessidades. Ele detestava que eu o visse daquele jeito, sempre inerte. — Titubeou um pouco antes de acrescentar. — Mas talvez o motivo principal do ódio dele fosse saber que nunca iria poder me dar o que os outros homens poderiam, e que ele achava que eu iria acabar aceitando de outro, mais cedo ou mais tarde.

— Ele naturalmente sabia que você é uma mulher quente e sensual.

— Sabia. Nós tivemos muitos momentos de paixão enquanto éramos namorados, mas nunca fomos até o fim. Eu tinha minhas convicções a respeito e Greg sempre as respeitou.

Quantas vezes não se recriminara por ter sido tão contida! Como se arrependera de não ter-se dado a ele por completo, sem restrições, naquele primeiro florescer de amor jovem. Passara muitas noites acordada, amargando o arrependimento!

— Acho que você o amava de fato! — Disse Nick. — Infelizmente ele estava tão mergulhada em sua própria dor que não pode ver a mulher maravilhosa que estava ao lado dele.

— Amava, sim. — Mais duas lágrimas rolaram pelo seu rosto. — Ele era tão carinhoso e compreensivo antes do acidente! Sabe, naquela época Greg me amava de verdade, me aceitava e me respeitava... Eu jamais teria sido infiel a Greg embora ele não acreditasse.

— Agora não se trata mais de fidelidade. Você não pode viver amarrada para sempre às lembranças de um morto. Ou será que agora se dedica tanto à sua profissão que nem pensa em ter um lar com marido e filhos?

— Não... eu penso, sim.

— Então não acha que já é tempo de reconstruir sua vida? — Catherine suspirou fundo, como que aliviada de um peso.

Ajudara muito ter falado tudo aquilo, ter pela primeira vez encarado as coisas de frente. Era como se tivesse aberto uma porta entre o passado e o presente.

Fez-se silêncio entre eles. Só se ouviam os sons noturnos da floresta. Nick fez meia-volta e sem perguntar nada abriu um armário, tirou uma garrafa de aguardente, e serviu uma dose que entregou a Catherine.

— Para ajudar a relaxar. — E pela primeira vez sorriu para ela. Havia muita ternura em seus olhos escuros. — Talvez sirva para fazê-la dormir.

— Obrigada.

Catherine tomou um gole enquanto observava Nick pegar uma lanterna e guardá-la no bolso. Quando ela terminou a bebida, ele apagou o lampião. No escuro do quarto ouviu-o andar para a porta.

— Sinto muito! — Disse ele, com humildade.

Por que dissera aquilo? Estaria se desculpando por ter tentado forçá-la a fazer amor? Só podia ser. Mas não havia mais hostilidade entre eles, apenas muita compreensão e ternura, depois daquelas horas de conversa franca.

— Não tem importância. — Disse Catherine, exausta pelo excesso de emoções. — Você não fez nada de mal.

— Não estou me desculpando por ter desejado fazer amor com a mulher mais maravilhosa que cruzou o meu caminho. É por eu ter esquecido algo. Algo que eu me obriguei a esquecer durante onze anos, talvez porque não me interessasse lembrar.

— Sei... — Respondeu ela, sem entender.

— Peço desculpas por ter suposto coisas a seu respeito, por tê-la julgado. Sabe, Catherine, eu me esqueci de que ainda existem no mundo algumas mulheres como você...

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