Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 11 - Imprudência


Sentiu que todos olhavam para ela, até Gastão, que tinha ido ao encontro deles.

De repente suas pernas não a sustentaram mais e ela apenas percebeu vagamente que alguém a segurou por trás, impedindo-a de estatelar-se no chão.

— Gastão, vá preparar o sofá-cama, depressa. Por enquanto vou pô-la na minha cabana. Ela precisa descansar, e uma rede não vai adiantar.

A voz autoritária só podia ser de Nick.

— Eu... eu... estou bem... — Balbuciou Catherine, com esforço.

A vertigem passara, embora ainda se sentisse muito fraca. Tentou se desvencilhar, mas mal conseguiu se movimentar.

— Catherine, você está branca como uma folha de papel! — Disse Paulo. — Por que não disse que estava passando mal?

Catherine sentiu-se carregada por braços fortes.

— Meu Deus! — Resmungou Nick. — Sua maluca! O que estava querendo provar?

Ele estava bravo e olhava-a furioso. Os olhos de Catherine encheram-se de lágrimas.

— Espere aí, Nick, você não pode carregá-la com tudo isso que está levando nas costas... deixe que eu ajudo.

Nick esquivou-se de Paulo com impaciência.

— Não acha que já fez o bastante? — Seu tom de voz fez com que Paulo se retraísse. — Se a tivesse deixado dormir e descansar ontem à noite, ela não estaria nessas condições hoje! Saia de perto! Ela não precisa de um amante agora, precisa de um médico. Deixe que cuido dela. Se encostar a mão nela vai se arrepender para o resto da vida. Agora saia do meu caminho!

Nick encaminhou-se para sua cabana, com Catherine, e Paulo ainda disse, em voz mais alta.

— Mas que diabo deu em você, Nick? Já lhe dissemos que a história foi inventada! Não houve nada, eu estava na minha barraca, sozinho! E, mesmo que tivesse acontecido algo entre nós, não seria da sua conta. Catherine é dona da vida dela!

Nos braços dele, Catherine lamentava que suas forças a tivessem abandonado ali, tão perto da chegada.

Nick abriu a porta de tela com um chute impaciente e entrou na cabana.

Catherine, agora que não estava fazendo esforço, começava a respirar normalmente outra vez, mas ainda estava fraca e atordoada. Nick a amparava enquanto Gastão arrumava a cama às pressas.

— Não é tão confortável quanto uma rede. — Disse ele, — Mas o doutor mandou...

— Não posso... aceitar... sua cama. — Protestou ela, com dificuldade de falar.

— Eu não a uso nunca. — Contou ele, impassível, e olhou para Gastão. — Muito bem, agora deixe mais um lençol nos pés da cama e pode ir.

Nick acrescentou mais algumas instruções e Catherine percebeu vagamente que ele estava pedindo o equipamento médico. Gastão saiu e, enquanto não voltava com a maleta, Nick colocou-a na cama, sentou-se a seu lado e pôs-se a tirar-lhe as botas.

— Estão apertadas demais. Então cortando a circulação sanguínea... — Disse ele. — Bem que eu desconfiei. Você amarrou muito apertado esses cordões!

Ele ergueu a perna da calça dela e examinou-lhe o tornozelo, apalpando-o com dedos firmes e delicados.

— Meu Deus! Em que estado está isso!

Catherine olhou de relance e desviou o olhar depressa. Não tinha visto ainda como estava, pois dormira de roupas e botas e não tinha se trocado para fazer a caminhada de volta. Ficou horrorizada com o que viu, tudo vermelho e inchado.

— Eu... eu... estava bem... até hoje. — A respiração estava difícil.

Nick comprimiu os lábios e não fez nenhuma censura.

— Quando notou essa urticária pela primeira vez?

— Terça-feira... à noite.

— Sua primeira noite aqui. Sei, e essa falta de ar, você é asmática?

— N... não.

— E quando surgiu esse sintoma?

— Naquela mesma... tarde. — Falar era um esforço muito grande. — Não estava... tão ruim... assim.

— Já vou dar um jeito nisso, logo que descobrir a causa.

Ele continuou lhe fazendo perguntas sucintas e incisivas e Catherine foi respondendo a verdade.

— A urticária... surgiu... depois que... as picadas de pium... melhoraram.

Ele ergueu as mangas da blusa para examinar-lhe os braços. A expressão dele era imparcial e clínica, e o toque de seus dedos sem nada de pessoal.

— Eu não lhe disse que qualquer problema médico era para ser comunicado a mim, antes da viagem à aldeia? Por que ignorou minha ordem?

— Porque... as picadas melhoraram... — Mentiu. — Eu estava... ótima, ontem...

Ele colocou a mão na testa dela.

— Você não devia ter escondido de mim, desde o primeiro sintoma, mesmo que parecesse sem importância. O médico aqui sou eu, e sou eu quem decide o que é grave ou não. Se isso foi uma infecção...

— Não é tão... grave assim... não estou doente.

— Talvez não, mas o diagnóstico tinha que ser feito por mim, não por você. Será que não pensou nas possíveis consequências... — Interrompeu-se e mudou de tom. — Vou examiná-la melhor quando Gastão chegar com a minha maleta. Ontem você estava bem, até dormiu com seu amigo...

— Eu... não dormi...

Gastão chegou trazendo as coisas e desculpando-se pela demora. Puxou uma mesinha para perto da cama, colocou toalhas, depois saiu e voltou com uma bacia d'água, que deixou lá também.

Nick mediu a pressão e tomou a temperatura, contou a pulsação. Catherine submeteu-se em silêncio. Ele relaxou um pouco a tensão ao ler o termômetro.

— Estou... com febre?

— Temperatura normal. — O tom de voz era de alívio.

— Acho que... sou alérgica... ao Amazonas...

— Acho que é alérgica a outra coisa. — Enquanto falava, puxou-lhe a gola da blusa para examinar o pescoço.

Quando ele começou a desabotoar-lhe a blusa, ela se retraiu, sem querer, e virou o rosto para a parede, os olhos cheios de lágrimas.

— Lembre-se de que sou um médico. — Havia um certo sarcasmo no seu tom de voz.

Catherine cobriu o rosto com a mão. Devia ser de fraqueza que estava se sentindo tão confusa. Não entendia suas reações, só sentia vagamente vergonha do que Nick pudesse perceber.

— Não me diga que é sempre tão recatada assim. — Catherine ficou furiosa.

— Não é isso... não queria que... me visse assim... estou horrorosa. Desculpe, Nick...

Ele não fez nenhum comentário.

— É só pensar em mim como médico e não como homem.

Mas isso era impossível. Ela se sentia humilhada de ser vista naquele estado.

Comprimiu os lábios com as mãos enquanto ele terminava de desabotoar-lhe a blusa, abrindo-a. Felizmente estava de sutiã.

Nick pegou a pedra verde, que se aninhara entre os seios dela.

— Onde arranjou isto? Não, não me diga nada. Amanhã você me conta.

Os dedos dele percorriam sua pele, apalpando, sentindo as glândulas atrás das orelhas. O contato era impessoal e não se prolongava mais do que o necessário.

— Não se preocupe, você vai sobreviver. — Explicou ele, depois do exame detalhado, enquanto guardava o estetoscópio. — Amanhã já vai estar bem, vou lhe dar um antialérgico para combater o efeito dos piuns. Você é alérgica a eles.

— Então é isso o que eu tenho?

— É. Se tivesse me contado antes, eu já teria lhe dado o remédio e você não teria ficado nesse estado. Agora vou lhe dar duas injeções...

Catherine teve vontade de chorar de alívio. Ainda bem que não era nada de grave!

Nick aplicou-lhe as duas injeções, no braço, depois deu-lhe dois comprimidos.

Agora que sabia o que tinha e que estava sendo tratada, começava até a se sentir mais forte. Ou será que as injeções já estavam fazendo efeito? Até a respiração já estava melhorando.

— Agora quero que tire essa roupa e que se lave com essa esponja. — Ordenou Nick.

— Você pode fazer isso sozinha. Depois passe esta pomada aqui.

Ela se ergueu na cama, bem mais controlada.

— Vou ter esse tipo de problema cada vez que um piuns* me picar? — A voz voltara ao normal.

— Não, se seguir as instruções médicas direito e tomar anti-histamínico quando houver predisposição.

Catherine suspirou aliviada. Como iria passar um mês no Amazonas, se fosse ter sempre aquele tipo de problema?

— Fique deitada, repousando até amanhã. Daqui a pouco Gastão vai lhe trazer o jantar. — Ele saiu sem dizer nada e voltou pouco depois com uma de suas camisas. — Tome, use isto, ou prefere que eu vá buscar suas coisas?

— Não, não é preciso. Aliás, seria melhor eu voltar para a minha cabana, antes da hora de dormir.

Nick parou, com a mão no trinco da porta, e virou-se, encarando-a pela primeira vez diretamente, por um longo instante.

— Não. Eu não vou permitir isso.

— Então, talvez fosse melhor colocar-me no hospital.

— De jeito nenhum. Você não está doente, está só com uma reação alérgica. Só precisa de um pouco de repouso.

— Mas...

— Vai ficar dormindo aqui o tempo que eu determinar.

Com essas palavras, Nick saiu, e Catherine deitou a cabeça no travesseiro, olhando para a porta de tela, pensativa.

Será que ele ia dormir no hospital?

Naturalmente não ia pretender ficar ali enquanto ela estivesse! Ou ia?

1484 Palavras

Piuns*: Conhecidos como piuns na região norte do Brasil e borrachudos no resto do nosso país, estes insetos fazem parte da família Simuliidae, ordem Diptera, subordem Nematocera.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro