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Capítulo 37 - Prazer Selvagem

"Amo tudo que é selvagem. Selvagem e livre."

Bônus

Para muitas pessoas, o deserto simboliza um lugar bonito, mas perigoso, se você não for com cuidado.

Quando eu era uma criança, meus pais antes de ganharem essa propriedade que hoje se chama, Aysun... Eles tiveram que fugir para o deserto do Saara. Eles viraram nômades e eu foi também um nômade, nascido e criado até os meus quinze anos no deserto de Sahara de Marrocos. Sou um homem que ama os desertos e ama o seu país apesar de tudo. Na época a noiva do meu pai, Nazira, era a sua prometida... Sua família inicialmente cortou as relações com a nossa família. Meu avô tentou fazer um acordo, Nazira seria a segunda esposa... Eles não aceitaram... E logo começaram os ataques. Meu avô preocupado ordenou o nosso afastamento, claro, só depois do meu nascimento. Eu deveria nascer na Turquia para ter o direito de nascença e de sangue dentro da família Abadi.

Tudo o que eu quero é que o mundo conheça Turquia como eu conheço. Quero que todos vejam as muitas faces desse grandioso e maravilhoso deserto, assim como a diversidade cultural de meu povo.

Nasci em uma família grande e nômade! Mudávamos pelo deserto o tempo todo, inúmeras vezes para fugir dos assassinos...

Cada um tinha uma função no acampamento. Estávamos cercados pelos amigos e alguns soldados do meu avô Osman.

As mulheres se revezavam nos afazeres, preparando as refeições, cuidando das crianças e andando montadas em burros ou cavalos cerca de 25 km até o rio, onde procuravam madeira para cozinhar e aquecer a todos, além de لgua fresca, os homens usavam ovelhas e camelos para procurar alimentos e bebidas pelo deserto. E foi assim que comecei a amar esses animais.

Brincava com eles, eram meus amigos. Os homens chegavam dos seus afazeres, cuidávamos dos animais e, em seguida, toda a família se reunia em torno de uma fogueira, em círculo. Ali celebrávamos o dia. Todos eram considerados iguais (por isso, o círculo), e naquele momento cantávamos canções berberes e tocávamos tambores. As canções falavam sobre a vida. Primeiro, os homens cantavam, e em seguida as mulheres respondiam. Era uma vida tão feliz...

Em alguns momentos, tudo o que querيamos era subir as dunas e contar histórias sobre a vida, olhando para as estrelas até dormir. A família sempre foi muito valiosa para nós. Meu avô era o mais importante amigo e aliado naquela época para o povo nômade. Ele nunca frequentou uma escola, mas estudou e aprendeu sozinho o idioma árabe. Tínhamos duas tendas – uma para a cozinha e outra para a família (meus avós de coração, meus pais, nove tias e irmãos do meu pai). Sempre ajudamos uns aos outros.

Desde crianças já tínhamos nossas responsabilidades... As meninas desde cedo já ajudavam as mulheres, e os meninos, quando completavam quatro anos, saiam com os homens em busca de plantas para chás medicinais e minerais. Procurávamos nos buracos profundos deixados pelos franceses em 1956. Nossos pais foram quem nos deram educação. Nossas mães nos ensinaram a língua berbere e nossos pais nos ensinaram, por exemplo, a fazer somente o bem. Como também outros idiomas de povos considerados irmمos. Não sabíamos fazer coisas ruins, pois nمo tínhamos maus exemplos a seguir.

Meus avôs que ficavam comigo quando eu era criança, enquanto meus pais cumpriam seus afazeres. Toda noite eu gostava de colocar minha cabeça no colo da minha avó, e ali adormecer enquanto ela me contava histórias sobre sua infância, seus pais e sua vida nômade. Ela contava das suas viagens, de quando era apenas um bebê... Era tão bom! Aprendi e muito com os ciganos que passaram a me proteger como se eu fosse um deles realmente...

Lembro-me também de um dia, quando eu era um jovem garoto, em que peguei leite, tâmaras e água, para manter-me alimentado, e levei os camelos até o deserto para se alimentarem. Era meio-dia quando olhei para cima e vi, ainda distante, uma grande tempestade de areia.

O mundo parecia ter ficado preto naquele momento, e eu me senti totalmente perdido. Não via nada a minha frente. Juntei os camelos em circulo e fiquei no centro deles, esperando aquela tempestade passar, mas ela durou até o outro dia de manhم. Foi então que eu descobri que estava a cerca de 500 metros do nosso acampamento.

Nunca em toda a minha vida em senti tanto medo, nem quando levei o meu primeiro tombo de cavalo, ou quando tive que ser treinado nas artes da guerra assim que ingressei no exército.

Estou me sentindo assim, vendo a mulher que amo dar passos para longe de mim. Preciso resolver essa situação rapidamente...


A história de uma Cidade Duna

Merzouga é a casa das maiores dunas do Norte da ءfrica, o Erg Chebbi. Quando uma família rica recusou hospitalidade a uma pobre mulher e seu filho, Alá ficou muito ofendido e os sepultou debaixo dos montes de areia. E assim surgiu a lenda das dunas. Relembrou Zayn ao caminhar em direçمo a estrebaria, cavalgar pela noite talvez o ajudaria a pensar direito.

Anos atrás Zayn ficou animado quando aprendeu isso e queria compartilhar esta informação com outras pessoas pelo mundo. Acreditei que entrando em competições e corridas demonstraria o valor e a cultura de um povo único, selvagem em sua maneira de ser, mas tão belo como as estrelas desse vasto céu.

Os berberes são os povos originários do norte da África. Suas terras se estendiam desde o Oásis de Siwa, no Egito, até Marrocos, Argélia, Lيbia, Tunísia, Mali, Ilhas Canárias, Chade e Níger. No século XII, Berber eram um povo muito nobre e solidário, que vivia junto muito antes dos Árabes. Seu líder era rainha Dahia. Os berberes sمo uma mistura de cristãos, judeus e não crentes, muitos ainda acreditam que esses não crentes eram ciganos vindos de vários lugares desta terra e que viveram em paz uns com os outros, todos respeitando suas diferenças, suas crenças. Sua crença era que a religião era vertical e horizontal. Vertical foi direto a Alá. O aspecto horizontal é de pessoa para pessoa.

Quando os Árabes chegaram no século XII, tentaram destruir todas as religiões dos berberes pois a harmonia que aquele povo emanava os irritava e ao mesmo tempo os deixavam vulneráveis diante de tantas verdades e sabedoria. Depois de seis anos sem sucesso foram embora, mas logo voltaram com falsas promessas e conseguiram o que queriam.

Eu ainda me considero um nômade, nascido no deserto da Turquia e criado no deserto de Sahara de Marrocos. Eu amo o deserto e amo o meu paيs, amo o mundo em geral. Tudo o que eu quero é que o mundo conheça a minha cultura como eu conheço. Quero que todos vejam as muitas faces de meu povo e meu paيs, assim como a diversidade cultural.

Zayn suspirou e parou, o cavalo bateu as patas com entusiasmo. Sem perceber ele foi parar no mesmo oلsis que Pilar havia se perdido. Saltou do cavalo e percebeu um grupo de mercadores acampados, a música estava sendo levada pelo vento pelo deserto a fora.

Zayn se sentou um pouco mais afastado e ficou pensativo...

De repente, se sentiu deprimido e cansado, fechou os olhos encostado numa palmeira. Adormeceu em minutos...

Sempre tive a impressمo de que os meus sonhos ou pesadelos queriam me dar um recado.

Durante anos os meus sonhos ruins ou pesadelos seguiam sempre o mesmo roteiro:

Eu sempre acordava assustado, pois me encontrava num cavalo, um corcel negro, numa tempestade de areia, me sentia perdido, andava em cيrculos e sentia muito medo...

Por Alá, hoje entendi que estes sonhos estavam relacionados ao meu destino.

Desci do cavalo e caminhei enfrentando a tempestade, apenas protegendo meus olhos e não foi algo muito fácil. Até onde eu sentia que deveria seguir em frente... Nمo vou mentir, mas estava com muito medo, muita fome e muito desespero. Nem entendia o por que estava me sentindo assim...

Mas, com a graça de Alá, acabei chegando na entrada da caverna onde eu havia encontrado Pilar e diante da entrada havia milhares de velas acesas e rosas do deserto, ali seria o meu abrigo de amor.

Ao entrar dentro da caverna um homem vestido como um antigo sheik, estava me esperando.

"Seja bem vindo Principe do Deserto, estava te esperando. Aceite uma xícara de chá quente?..."

"Quem é você afinal?" Indaguei sem acreditar em meus próprios olhos.

"Perdoe-me a minha falta de educação, alteza. Eu sou o primeiro sheik dessa nação, sou o seu ancestral. Você carrega o meu nome, seu pai e avô o escolheram como forma de me homenagear." Explicou o homem com tranquilidade.

"Mas isso é impossível!"

"Nada é impossível para Alá, alteza! Agora venha e se sente, temos muito o que conversar. Além disso, tenho pouco tempo."

Zayn se sentou ainda desconfiado...

"Estou aqui para cumprir um desejo do seu coração, meu jovem. A muito tempo quando tinha cinco anos e caminhava num deserto como esse... Você descobriu a miséria e a dor que muitos povos irmãos passavam. Entمo numa noite de tempestade fez uma singela oração para Alá... Você se lembra disso?"

Zayn negou com a cabeça, mas parou e refletiu um pouco.

"Era algo como me tornar um bom soberano, cuidar do meu povo com sabedoria e aumentar a riqueza de todos!" Contou um pouco tímido. "Na época me pareceu tão ingênuo, tão infantil... Tão..."

"Na verdade, você cresceu e desistiu de acreditar?"

"Acho que foi isso mesmo que aconteceu."

"E a segunda parte da sua prece, lembra?"

"Eu queria um amor como o dos meus pais!" Afirmou abaixando sua cabeça.

"Pois é meu jovem príncipe, Alá decidiu que chegou a hora de ser agraciado com os seus desejos. Mas lhe aviso, o caminho não será sempre iluminado e florido assim." Explicou lhe mostrando o caminho de velas e rosas do deserto.

"E qual caminho é assim?" Frisou sorrindo de lado.

"Gosto de ver que está se tornando um homem sábio, alteza!"

"Agora me escute com atenção e lembre-se das minhas palavras."

"A sua infância não foi muito fácil. Eu sei que teve que trabalhar duro. Por necessidade e sobrevivência o seu papai não lhe poupou tempo para que, como criança, pudesse brincar. Mas, tudo passou e aí do céu, hoje, você pode compreender o quão grandiosa foi a sua vida. Você encontrará um rio de ouro e esmeraldas dentro desta montanha. E à poucos quilo metros da nova estrebaria existe um rio negro."

"Um rio negro? Você está me dizendo que é..."

"Isso mesmo, alteza. Ali tem milhares de litros de ouro negro, escave ali e torne esse país o mais próspero possível."

"Eu prometo Sheik Zayn!"

O homem sorriu e se levantou.

"Agora vamos, você precisa ir de encontro a sua felicidade também. A sua princesa anseia por vê-lo novamente. Ela é o "Pílar" dessa nação, forte e selvagem como essas areias que cercam a nossa nação. O seu destino e o dela foram traçados antes de seus nascimentos."

"Amo-te e o meu coração transborda esta energia que você me deixou como herança: a coragem." Disse Zayn antes de sair e enfrentar a tempestade de areia.

Os gritos femininos das mulheres o fizeram acordar. Zayn ficou de pé e sorriu, correndo até a sua montaria rumou de volta a Aysun. Ele tinha muitas providências à tomar.

1867 Palavras

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