Capítulo 26 - Prazer Selvagem
"Amo tudo que é selvagem. Selvagem e livre."
O carro oficial com o antigo emblema da família real movimentava-se pelo piso deslizante da avenida, depois de ter transposto a muralha da cidade medieval, vindo do Aeroporto de Yesilkõy. Zayn e Pilar estavam no banco traseiro, perto um do outro, mas sem se tocarem. Ela lembrava do olhar surpreendido de Gaspar quando lhe dissera que em vez de ir para Washinton ia para um platô perdido nas estepes de Anatólia. Explicara a finalidade da viagem: Se Makub correspondesse às necessidades, montaria o garanhão na competição e daria uma percentagem do que ganhasse ao Zayn.
O treinador concordara com o plano, entusiasmado, mas Pilar percebera que não acreditara, um segundo sequer, que aquela viagem seria apenas de negócios. Ficara agradecida por ele não dizer nada.
Não poderia confessar seus sentimentos a ninguém, muito menos ao futuro monarca turco. Para tranquilidade de ambos, tinham que se apoiar na desculpa do negócio. Ficara provado que Zayn se importava com o que acontecia a ela. E como suas ideias tinham mudado nos últimos dias! Antes ela teria jurado que ou teria tudo do homem que amasse ou nada. Agora estava disposta a receber o que ele desse, a fim de ter o máximo de lembranças daqueles dias...
Sem dizerem uma palavra a respeito, ambos sabiam que estavam entrando em território proibido e perigoso, mas a chama que se acendera entre eles era mais forte do que a razão. Zayn deveria estar levando a futura esposa para casa. E Pilar jamais poderia ser essa mulher, como já repetira a si mesma várias vezes. Estremeceu ao imaginar qual seria a reação da família dele ao vê-la.
Será que ia ser tão evidente para eles, como era para Gaspar Cortez, que Pilar
estava amando Zayn?
Sentiu o olhar dele e voltou-se para olhá-lo diretamente. Nos olhos dele havia uma expressão indecifrável, se bem que se percebesse que perturbação e emoção faziam parte dela. Será que Zayn estava arrependido do convite e da proposta que lhe fizera?
Quando chegaram a Erzurum, Zaqyn explicou que não havia aviões para Kars. Tinham que alugar um carro, um jipe na verdade e fazer a última etapa da viagem por terra. e por incrível que possa parecer, a locadora de automóveis também pertencia a família dele.
Como isso ia demorar um pouco a ser resolvido, pois ele estava retornando sem ao menos avisar ninguém. Pilar resolveu dar uma volta na cidade, apesar do frio cortante, enquanto ele ficava na agência, tratando da condução e discutindo pelo telefone com alguém. Enquanto andava pelas ruas, fechando o sobretudo e enfiando as mãos frias nos bolsos, pois havia esquecido de pegar as suas luvas. Pilar lembrou que Zayn lhe dissera que ali os verões eram escaldantes e os invernos eram de um frio siberiano. Impressionou-se com a mistura: a cidade tinha aspectos civilizados, modernos, tais como a Universidade de Atatürk, e aspectos antigos, como o brilhante domo de Ulu Camii.
Ao encontrar-se na velha cidade, Pilar teve a mesma sensação que tinha tido no trem Paris-Istambul, ao atravessar a fronteira turca. Quando voltou para a agência de automóveis, ainda sentia o coração aquecido e estava emocionada.
Algo nequele lugar lhe trazia um bem estar enorme, é como se toda a aquela região fizesse parte de seu vida a muito tempo, seu sangue reconhecida cada canto que seus olhos viam. Uma estranha sensação já que era a primeira vez que Pilar colocava os pés nessa região.
Aproximou-se de Zayn, que estava junto do balcão.
— Aqui está quente! — Disse, desabotoando o sobretudo. — E o nosso carro?
— Vocês, americanos, são otimistas incuráveis. — Riu ele. — Acabei de assinar a papelada, mas eles ainda estão tentando descobrir alguma coisa que ainda consiga se mexer... Vai ser muita sorte se nos derem um carro caindo aos pedaços, usado na guerra da Criméia!
— Pelo menos, vai ser mais divertido do que uma viagem de turismo num ônibus sem ar-condicionado! — Respondeu Pilar, rindo.
— Você gosta tanto assim de aventuras? — Indagou ele, curioso.
— Como uma jóquei, estou acostumada a aproveitar todas as chances. — Replicou ela, alegre, os olhos brilhando de excitação. — Acho que tenho coração de jogador!
— Verdade? — A sobrancelha dele ergueu-se, indagadora, voltando a se lembrar das palavras de seu avô. "Quando é pra ser, o destino dá um jeito. Nossos destinos foram traçados e cruzados. O amor é uma força que transforma o destino. Nunca subestime a capacidade das ironias do destino. O destino embaralha as cartas e nós jogamos." — E no que você está apostando, agora? Posso saber?...
Antes que ela respondesse, o funcionário da agência chamou Zayn, que entrou numa sala. Pilar olhou pela janela, pensando no tom desafiador que percebera na voz de Zayn. Então, ficou tensa: do outro lado da rua, pacientemente parado no frio, havia um homem. Era alto, mas de aspecto discreto o bastante para não chamar a atenção. Seu olhar estava fixo na porta da agência. Era o mesmo homem que ela vira na esquina do apartamento de Zayn.
Num impulso, fechou o sobretudo e saiu. Atravessou a rua estreita, com ar de quem estava muito interessada na vitrine da loja em frente. Olhou tudo com atenção, depois deu alguns passos, parando diante de outra vitrine. Seu coração apertou-se quando viu que o homem tinha entrado em ação. Não havia dúvida: ele a estava seguindo!
Entrou numa galeria e parou diante de uma bombonière. Pelo canto do olho, viu o homem entrar na mesma galeria e parar algumas lojas antes da que ela estava e fingir-se interessado na vitrine. Pilar saiu rapidamente da galeria e caminhou depressa. Virou a esquina e enfiou-se no primeiro desvão de porta que encontrou, colando o corpo, com um arrepio, no cimento gelado. Tentou acalmar-se, respirando profundamente, mas suas mãos tremiam.
Pouco depois ouviu passos apressados e um homem passou por ela. Antes que a coragem a abandonasse, saiu atrás dele. Quando chegou à esquina, o homem parou, desnorteado. Pilar, então, tocou-lhe o braço.
— Estou aqui!... — Disse, enquanto ele se voltava, surpreso. — Está me seguindo, não é? Pensei que você fosse um vigia da russa Saria Taylor, mas descobri agora que estava enganada sobre isso.
O homem tentou assumir um ar de profunda inocência.
— De que está falando? Só porque somos dois americanos numa terra estranha não vai pensar que...
— Guarde sua história pra quem quiser acreditar nela. — Cortou Pilar, fria. — Para contar à polícia turca, quando eu der queixa que está me perseguindo.
— Não, espere, Srta. França! — A atitude dele, então, tornou-se conciliadora. — Seja razoável... Pessoas que gostam muito da senhora me pediram que ficasse de olho... Entende?
Quando percebeu o familiar no modo dele falar de Washington, tremeu, mas dessa vez de raiva e não de medo.
— Você foi mandado por meu pai! Ele mandou você me vigiar desde Paris. — Murmurou, engasgada, os olhos como brasas. — Será que vocês não entendem? Tenho direito de escolher minha vida, sem ninguém interferir!
— A senhora é muito inocente, mesmo! — Disse ele, de modo desagradável. — Ainda não percebeu que esse turco que anda rodeando a senhorita vai abandonar seu direito a herdar a liderança desse país? Acha coincidência todas as "mulheres" dele serem ricas aristocratas? Ele deve escolher a mulher que for mais adequada e...
— Pelo jeito, meu pai instruiu você direitinho! — Disse Pilar, zangada.
— Zayn Kardashev Abadi pensa que sou uma americana cuja única riqueza são os quinhentos francos ganhos em Malmaison. Não estou a lista de suas pretendentes.
— Teime comigo o quanto quiser, Srta. França, mas não é isso. Acho muito difícil uma mulher aceitar que um homem ama o dinheiro que ela tem e não ela mesma... Apesar que nesse caso a história seja totalmente diferente. — Comentou ele, insinuante.
— Para completar seu relatório, pois sei que meu pai vai exigir um. — Disse Pilar, com sarcasmo — Saiba que vou para Kars, conhecer as propriedades da família real. Se me aparecer de novo, vai ser minha palavra contra a sua e acho que não vai gostar de ir para a cadeia por estar importunando a convidada do futuro monarca dessa região. Parece que os presídios turcos não são muito agradáveis... Sugiro que tome o primeiro avião para casa e não olhe para trás!
— Não preciso... — Disse o homem. — O Sr. Marcelo França deve estar chegando por aqui hoje. Vai encontrá-lo esperando a senhorita, quando voltar para Istambul. Os monarcas daqui entraram em contado com ele a uma semana atrás, ambos possuem agora negócios em comum!... — Voltou-se e foi embora.
Voltando para a agência, Pilar duvidava da afirmação do homem que Zayn poderia abdicar de tudo por ela. Nunca haviam falado em dinheiro, a não ser... Ficou vermelha ao lembrar do dinheiro que o fiscal da alfândega, em Edirne, tirara de Zayn e que ele havia dito que aquele dinheiro seria para a construção de algo muito importante e que sua família não aprovava. Mas o que era afinal? Lembrou, também, do orgulho com que Zarra tinha dito que podia oferecer muito ao futuro monarca.
No entanto, riu da ideia de Zayn ser um sórdido sedutor de mulheres. Era um homem tão cheio de princípios! Como de um forte desejo de viver o seu próprio destino. A mulher que escolheria para esposa teria que ter não só dinheiro, mas algo a mais para oferecer para o bem estar da família e principalmente ao seu povo, além de que deveria combinar com a vida nas estepes da Ásia.
— Fiquei com medo de ter perdido você! — Exclamou Zayn, quando ela entrou na agência.
— Não vai se livrar de mim tão facilmente... — Respondeu Pilar, mais sincera do que esperava.
— Sim... eu sei que você é uma mulher teimosa! — Provocou ele.
Mas Pilar não reagiu. Estava pensando em contar a Zayn sobre o homem que a vigiava, mas isso a faria emaranhar-se na teia dos seus problemas de família. Não queria que ele soubesse das humilhantes tentativas de seu pai para lhe controlar a vida, nem que ele decifrasse o segredo de Pilar França. De repente, sua própria atitude pareceu-lhe infantil. Como pudera pensar que iria escapar da poderosa teia de influências dos França? Por enquanto, sentia-se livre: o vigia na certa não queria nada com a polícia e já devia estar de volta a Istambul, para prestar contas ao chefe.
— O carro está pronto? — Perguntou a Zayn.
— Está, se é que "aquilo" pode ser chamado de carro... — Respondeu Zayn, rindo. — Estamos tentando negociar com o governo Americano a compra de novos veículos a anos, mas até o momento sem nenhum sucesso. Vamos?
— O que é isso? — Indagou ela, curiosa, vendo-o com uma cesta.
— Acho que a gente vai ter que tomar um lanche durante a viagem. — Respondeu ele, pegando-lhe o braço para atravessar a rua. — Temos um oásis no meio do caminho, muitos viajantes e comerciantes fazem paradas por lá. Acredito que vai gostar!...
— Hummm! Está cheirando bem... — Disse Pilar, erguendo a tampa da cesta que continha sanduíches embrulhados, uma garrafa térmica com café e uma garrafa de raki. — Como conseguiu isso tão rápido?
— É segredo, talvez algum dia eu lhe revele.
Quando pararam diante de um jibe antigo, Pilar suspirou, desanimada.
— Nossa! Parece um participante de uma corrida de destruição!
— O que é isso? — Perguntou Zayn e depois que ela explicou, ele riu. — Quer dizer que é uma corrida em que os participantes batem um carro no outro, de propósito? Por quê? Para quê?
— Por dinheiro, acho. — Disse Pilar, sacudindo os ombros.
— Ah, sim... dinheiro. — Zayn pôs a cesta atrás, antes de ajudar Pilar a se acomodar no banco de passageiro. Depois, sentou-se ao volante. — Não há uma canção americana dizendo que o dinheiro movimenta o mundo? — Perguntou ele, irônico.
— Não. A canção diz que o amor movimenta o mundo! — Respondeu Pilar, secamente.
— Ah, sim! O amor!... — Repetiu ele, com cinismo. — Esqueci que estou viajando com uma romântica incurável... Realmente prefiro o seu lado feroz e selvagem!
Não me insulte!, Pilar teve vontade de gritar. Hoje já me insultaram bastante usando dinheiro e amor! Lembrou-se do que o vigia pago por seu pai dissera, lembrou do modo encantador, bem à vontade, com que Zayn lidava com Laetitia e Zarra. Aquilo tudo era um jogo para ele? E onde ela se localizava, nesse jogo?
Os pensamentos ruins foram desaparecendo à medida que a estrada deserta que percorriam terminava, a subida para Artvin e o imenso platô apresentou-se com florestas, montanhas, gargantas e um profundo e caudaloso rio, o Çoruth. Era a paisagem mais linda e selvagem que Pilar já vira.
— Como a gente se sente livre! — Murmurou, muito baixinho.
— O que você disse? — Perguntou Zayn, como se também estivesse despertando de um sonho.
— Nada!... — Ela disse, sacudindo a cabeça, devagar. — Estava pensando que acho que estou me apaixonando por sua terra.
— Então, quem sabe agora entenda os meus verdadeiros sentimentos sobre ela.— Disse Zayn, tirando os olhos do caminho e olhando-a rapidamente. — Porque me sinto como uma parte da minha terra. Mesmo carregando parte de outro mundo em minhas veias!...
Pouco depois ele encostava do lado da estrada e saíram do carro. Pilar respirou fundo o ar frisante das montanhas, enquanto nuvens pesadas romperam-se, mostrando uma nesga de céu muito azul. Um raio de sol libertou-se e iluminou os picos nevados das montanhas.
— Que dureza o inverno siberiano! — Brincou Pilar. — Este é o primeiro raio de sol que vejo desde que saí de Washington!
— Pois esse sol é só para dar uma falsa sensação de segurança aos viajantes! — Explicou Zayn, andando pela beirada da fenda, no fundo da qual o rio passava, como uma fita de prata. — Até agora o inverno tem sido seco, mas isso vai acabar quando as tempestades que deixamos atrás de nós, na Europa, chegarem aqui. Em uma semana este caminho vai ser um lamaçal intransponível.
— E como é que as pessoas vão passar pela estrada? — Perguntou Pilar, imaginando o que seria aquele inverno chuvoso.
Zayn riu e ela pensou de novo num garanhão, solitário e selvagem, lutando com os elementos pela sobrevivência.
— Isso não é problema para as pessoas que vivem nessas montanhas. Eles não dependem de quatro rodas para se deslocarem. Usam métodos mais respeitáveis: cavalos, mulas, camelos.
— Camelos! — Surpreendeu-se Pilar e de novo teve que se lembrar que estava na Ásia, uma antiga e, para ela, estranha terra.
Ele riu ao ver o espanto dela.
— Vamos voltar para o carro e comer. Um pouco da gostosa comida turca pode devolver-lhe o gosto pela aventura. O oásis está logo à nossa frente.
Ele dirigiu por mais uns trinta minutos até chegar num lugar repleto de palmeiras, tamaras cobertas de neve, um lago mais ao fundo parecia estar congelado com uma fina camada de gelo. Do lado direito, estranhas formações de rocha, que pareciam ser casas, mas eram na verdade, pequenas cavernas feitas pelos nômades de montanha. Um lugar seguro e um abrigo em noites assim.
O apertado interior do jibe logo ficou tomado pelo intenso e apetitoso odor das especialidades que desembrulhavam. Havia pão, queijo, vegetais conservados em óleo de oliva e cig köfte, os deliciosos quibes feitos de carne moída, trigo em grão, hortelã, alho e cebola.
Enquanto comiam, Zayn falou de novo com calma intensidade, da história da região. Explicou que ela nunca caíra sob domínio dos conquistadores na Idade Média e Pilar pôde entender por que o pessoal da região só se locomovia usando animais pelas estreitas gargantas e estepes.
Depois de comerem, Zayn serviu café com algumas gotas de raki, depois tomou um grande gole, diretamente da garrafa, guardando tudo na cesta. Pilar suspirou, satisfeita, recostou-se no banco e esticou as pernas, o mais que podia, no exíguo espaço. Passou um braço pelo encosto do assento do motorista, enquanto perguntava.
— Você vem de uma raça muito orgulhosa, não?
— Como é que adivinhou? — Rebateu ele, rindo. — "Aristocratas por nascimento", é como meu pai chama os turcos, por nunca terem sido dirigidos ou colonizados por qualquer outra nação. Mas é bobagem eu falar nisso agora: Vai se cansar de ouvir falar desse assunto quando conhecer meu pai e meu avô.
O jeito dele falar era afetuoso, mas Pilar percebeu uma pontinha de sarcasmo. Devia haver algum ponto de desentendimento entre pai e filho, quando o avô a história parecia ser bem diferente, imaginou. Mais uma vez sentiu-se apreensiva ao pensar em conhecer os Abadi.
Não podia jurar, mas imaginava que eles seriam mais ou menos antagônicos como Latifa tinha sido. Mil perguntas passaram-lhe pela cabeça, mas tudo que perguntou foi.
— Seus parentes falam inglês?
— Claro que sim! — Respondeu Zayn, ligando o motor, fazendo o jipe sacudir-se todo. — Não se preocupe, Pilar, eles são muito hospitaleiros.
Ela abaixou os olhos, sem jeito por ele ter percebido que tinha medo.
Quando tinham passado mais encostas de montanhas e de novo se encontravam diante da elevação rochosa do platô anatoliano, Pilar sentiu como se um par de olhos estivesse lhe observando o íntimo. Olhos enormes, negros e cheios de animosidade.
Zayn tentou animar a companheira, que caíra em sombrio mutismo, dando-lhe sumárias aulas de turco. O paciente e divertido modo dele ensinar fez Pilar rir, quando sua língua recusava-se a emitir determinados sons.
— Acho que vou ter que me contentar com meu vasto vocabulário turco de três palavras! — Disse ela, ainda rindo. — Eu sabendo dizer "Olá" (Merhaba) , "Por Favor" (Lütfen) e "Obrigada" (Teşekkürler), já está ótimo. Deus me livre de ter que dizer: Me chamo Pilar França!... — Disse, fazendo uma expressão engraçada.
— Benim adım Pilar Fransa!... — Disse Arif, paciente, rindo da dificuldade de pronúncia que Pilar tinha. — Por que não tenta isto, então? Veja: Sonra görüşürüz. Assim fica mais fácil!
— Sonra görüşürüz... — Repetiu ela, com cuidado. — Engraçado! O que quer dizer?
— Quase mesma coisa: Até logo. Só que é mais coloquial, como "Até mais" ou "tchau".
— Que expressão linda! Sonra görüşürüz!... — Repetiu, baixinho.
As imensas montanhas punham sombras na estrada. Eram duas horas da tarde, mas parecia crepúsculo.
— Ainda falta muito para a gente chegar? — Perguntou Pilar.
— Mais umas cinco ou seis horas! — Respondeu Zayn. — Quando chegarmos, vamos pegar Maktub e sua fêmea, Söz, para darmos uma volta, se você quiser.
Negócios, de novo!, pensou Pilar, com certa frustração. Devia experimentar o cavalo e caso se desse bem com ele, seria levada de volta para Istambul.
3085 Palavras
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