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Capítulo 15 - Prazer Selvagem

"Amo tudo que é selvagem. Selvagem e livre."

Pilar entrou na ampla banheira de porcelana branca e mergulhou o corpo na água quente e perfumada com pétalas de rosas brancas e especiarias, fazendo o possível para os pensamentos não impedirem o relaxamento com imagens da noite anterior.

A longa viagem a marcara emocionalmente. Estava precisando de atividades físicas. Um bom galope talvez afastasse a imagem de Zayn Kardashev Abadi, que insistia em voltar-lhe à mente.

Ele a assombrou por toda a noite e agora pela manhã ainda se mantinha firme pairando em seus pensamentos.

Enfiou-se mais na água, sentindo-a acariciar-lhe os ombros, os seios. A espuma macia, passando leve pelos bicos dos seios, lembrou-lhe a suave e sensual carícia dos dedos quentes de Zayn. Mais uma vez disciplinou os pensamentos, afastando da memória relutante a lembrança do toque elétrico dele e a sensação deliciosa. Levantou-se, saiu da banheira e enxugou-se vigorosamente.

Logo deveriam trazer o chá que ela pedira há meia hora, pensou enquanto enxugava os cabelos e se envolvia no roupão de veludo escuro. Foi para o quarto, descalça. Quando abriu a janela, uma claridade suave encheu o quarto.

Istambul e o Bósforo estavam envoltos em neblina. Talvez ainda seja uma cidade misteriosa, por milhares de anos.

Logo depois houve uma rápida e eficiente batida na porta. Foi abrir.

Ficou paralisada ao se ver diante do rosto moreno de Zayn, que parecia trazer consigo um revigorante sopro do frio do inverno. Vestia uma roupa típica preta cuja gola tinha bordados em amarelo-dourado e esses detalhes que fazia sobressair o negro dos cabelos. Sentiu o coração acelerar e imaginou se ele tinha vindo para declarar trégua, como fizera naquela noite, na cabine dele. Corou ao lembrar daquele encontro.

— Zayn... — Falou, afinal — O que eu menos esperava era ver você aqui, hoje de manhã.

Ele percorreu o quarto com o olhar e Pilar corou ao ver também a cama desarrumada, roupas íntimas numa cadeira, o perfume do banho quente vindo do banheiro. Zayn encarou-a.

— Eu também, Pilar. A Academia da Cavalaria do Exército Turco decidiu que tínhamos que acompanhar os cavaleiros estrangeiros durante esta semana e eu fui designado para ser o seu guia turístico. — Explicou, com um sorriso sarcástico.

— Ah, sim... — O fogo dentro dos seus olhos escuros flamejou de excitação. — Diga-me, capitão, não pôde usar de seus poderes para ser designado para acompanhar alguém que o agradasse mais do que eu? — Indagou, a ironia tentando disfarçar o desapontamento de saber que aquela visita era por obrigação, mera formalidade.

Os músculos do rosto moreno endureceram, tornando os traços mais marcados. Era o rosto de um homem forte e selvagem.

— Meu dever é ser seu guia, quer você entenda isso ou não. Antes de ser um dos filhos desta terra, sou um soldado que obedece as ordens de seu superior acima de tudo.

— Se é um dever difícil, desagradável, prefiro que esqueça! Sou muito capaz de me virar sozinha em Istambul.

— Isto aqui não é o EUA, Pilar, e você é muito jovem para que possa entender o nosso modo de viver. Se alguma coisa acontecer, eu serei o responsável. E meu pais também, além de trazer um grande problema diplomático.

Ela irritou-se mais com o ar de superioridade masculina dele.

— Não tenho a menor intenção de passar meus dias do modo que você acha melhor. Até logo, capitão Kardashev! — Quis fechar a porta, mas ele impediu.

Entrou no quarto e fechou a porta, dando as costas a ela que ouviu a chave girando na fechadura. Recuou alguns passos.

Quando Zayn falou, havia uma nota de divertimento em sua voz.

— Não tenho intenção de faltar com meu dever, senhorita Pilar França. Sou um homem paciente. Vou ficar aqui até que mude de ideia. E se não mudar... Bem, como você mesma já disse, Pilar, meus poderes de persuasão podem ser incríveis.

Pilar empertigou-se, mas mesmo assim, descalça, tinha que erguer muito a cabeça para encarar Zayn.

— Está bem, capitão. Ganhou de novo. Espere-me no saguão.

Ele sorriu, mas seus olhos continuaram duros.

— Por favor, vista uma roupa apropriada, vamos visitar mesquitas. As mulheres turcas já não usam os negros véus que as cobriam dos pés à cabeça, mas ainda possuem senso crítico. — Tais palavras foram sublinhadas por um olhar que a transpassou, demorando-se nos seios e nos quadris suaves realçados pelo cetim macio.

Pilar aguentou o olhar, desafiante, dominando a vontade de fechar o roupão até o queixo, protegendo-se. Depois que a porta se fechou atrás dele, ela murmurou.

— Você é um maldito, desgraçado, sexy, e muito gostoso, Zayn Kardashev Abadi!

Não havia o menor sinal de raiva no rosto dela, meia hora depois, quando saiu do antigo e antíguado elevador. Zayn aproximou-se, não podendo esconder a surpresa. Pilar sorriu diante dessa reação. Tinha se vestido com o maior cuidado, agradecendo a sua prática tia que providenciara um guarda-roupa para o torneio europeu. Estava usando um vestido longo bem leve, na cor marfim, um lenço de seda cinza de renda com delicada estampa de flores minúsculas em verde e preto, botas cinzas de montaria. Prendera os cabelos rebeldes, finos e castanhos claros em coque alto, usava delicados brincos de ouro e trazia um casaco preto no braço caso o tempo esfriasse.

— Acho que, afinal, eu me enganei completamente. — Observou Zayn, com sua profunda voz sensual. — De repente, você parece mais uma mulher sofisticada que sempre viveu entre meu povo do que uma garota inocente que me perturba de várias maneiras. Mas mesmo assim eu acho que ficaria melhor na Quinta Avenida ou em lojas sofisticadas de seu país do que nas calçadas batidas de Istiklal Caddesi.

Será que Pilar imaginara um leve toque de tristeza na voz dele?

Olhou, curiosa, mas ele a pegara pelo braço e já fazia sinal para um táxi. O tráfego diurno de Istambul é mais apavorante do que o noturno, decidiu Pilar, enquanto o táxi serpenteava por avenidas repletas, alamedas estreitas, desviando ou caindo em buracos, esbarrando em gente. Depois de minutos não aguentou mais e fechou os olhos, fatalista, esperando a qualquer momento ouvir barulho de vidro estilhaçado, ferragens e gemidos de feridos.

— Se você abrisse esses adoráveis olhos castanhos veria coisas interessantes. — Caçoou Zayn.

Os cílios longos, castanhos, ergueram-se e Pilar olhou-o.

— Onde estamos indo, para começar? — Perguntou.

— Não gosta de surpresas? — Rebateu ele, rindo.

Pilar olhou pela janela do carro e arregalou os olhos quando deu com um homem forte, torso dobrado, quase paralelo ao chão, carregando um sofá nas costas. Zayn observava-a e disse, calmo perante a curiosidade demonstrada por ela.

— Os hamals são extremamente fortes. Já os vi carregando pianos e outras cargas pesadas em bicicletas. São as verdadeiras feras selvagens usadas para cargas dentro de Istambul.

Pouco depois o táxi desembocou numa praça onde um grupo de engraxates sentava-se cada qual atrás de sua caixa, como reis em seus domínios.

1156 Palavras

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