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Capítulo Vinte e Quatro ── Sangue Puro

✧ Capítulo Vinte e quatro ──
Sangue Puro

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Celine Dorsey definitivamente não conseguia olhar nos olhos de Regulus Black. Era engraçado, porque eles normalmente não se viam visto que Regulus estava muito ocupado com suas provas para os N.O.Ms, porém, agora, depois do ocorrido entre os dois na enfermaria, Celine parecia ver Regulus por toda a parte do castelo!

Numa manhã no meio da semana, no corredor a caminho para a aula de adivinhação, Celine deu de cara com a turma do quinto ano da Sonserina saindo da sala de aula onze, e, obviamente, Regulus estava ali também, o que a fez se esgueirar para trás de James Potter, o que o fez ficar bastante confuso sobre o por que ou de quem a amiga se escondia.

Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi se encontrar com os garotos no campo de quadribol para assistir a mais um treino do time da Grifinória, porém, no meio do caminho em um dos corredores, ela pôde ver Regulus e seus amigos andando despreocupadamente em direção dela.

Era mais do que óbvio que a intenção dele nem era falar com ela, ele nem ao menos parecia ter visto Celine ali, porém, isso não a impediu de se jogar para dentro do primeiro armário de vassouras que ela pôde encontrar e esperar que Regulus se afastasse dali para que ela pudesse finalmente sair.

Agora, no início da manhã e ainda no café, antes das aulas daquele dia, Celine se sentou na grande mesa disposta a Grifinória e, se surpreendeu com quem a olhava do outro lado do Salão Principal. Na mesa da Sonserina, estava Regulus Black, sentado bem de frente para Celine Dorsey, o que a fez murchar na cadeira, tentando passar despercebida diante dos olhos do garoto mais novo.

— Sério... — Sirius falou, observando Celine deslizar na própria cadeira e quase se enfiar por debaixo da mesa. — Qual o seu problema ultimamente?

— Apenas me deixe em paz, seu pé no saco — ela respondeu, ainda no mesmo lugar.

Sirius levou uma mão ao peito, se sentindo ofendido e James deu risada.

— Você tem se escondido de alguém — James falou enquanto apontava uma colher na direção da amiga —, mas quem? — ele semicerrou os olhos, desconfiado.

— A Cel está assim desde aquele dia na enfermaria — Peter disse e Remus concordou.

— Então é isso! — James apontou novamente na direção de Celine. — Você está se escondendo de Amos Diggory! — e então bateu palmas, como se tivesse desvendado o segredo.

Celine se arrumou em sua cadeira quando percebeu que Regulus ria com os amigos e não parecia mais tentado a olhar na direção dela.

— Mas que idiotice é essa? — ela perguntou.

— Ele te trouxe os deveres da aula do professor Slughorn daquele dia, as que você perdeu — James falou como se fosse óbvio —, é claro que ele está interessado em você.

— Ou ele só é muito legal e atencioso, visto que sou a dupla dele na aula de poções — ela disse enquanto negava com a cabeça e se servia com panquecas.

— Ele também não parou de perguntar sobre você — Remus continuou —, se estava bem, como estava se sentindo...

— Se podia ir mais tarde com a gente te ver na enfermaria — James continuou, olhando faceiro na direção de Celine. — Ele está todo apaixonadinho pela nossa Cel!

Celine agarrou um pedaço de uva e jogou contra ele, o fazendo rir alto.

— Isso é besteira!

— Uma completa besteira — Sirius concordou com Celine. — Quem se apaixonaria pela Celine? — ele perguntou enquanto a agarrava pelos ombros. — Vejam só! É disso que estou falando! — ele riu enquanto Celine o acotovelava.

— Você é ridículo — ela murmurou enquanto voltava a comer suas panquecas.

— Então é de Amos Diggory que você tem se escondido? — Remus perguntou.

— Não, por que eu me esconderia dele? — ela negou enquanto se servia de mais uma panqueca e a molhava com bastante mel.

— Então de quem? — Sirius perguntou, interessado.

— Não é da sua conta — Celine murmurou em resposta.

Os quatro passaram o café da manhã inteiro provocando a mesma sobre o assunto, o que fez Celine se levantar primeiro, irritada e os deixar para trás enquanto saia do Salão Principal sozinha, porém, não muito tempo depois, antes que a mesma conseguisse sair do local, ela escutou passos apressados em sua direção.

Ela revirou os olhos pensando ser James ou Sirius, ou ambos, mas se surpreendeu e muito quando deu de cara com Amos Diggory.

— Bom dia, Celine! — ele cumprimentou com um lindo sorriso no rosto.

— Bom dia, Amos — ela respondeu, não tão animada quanto ele.

— Eu posso te acompanhar? É que eu tenho algumas dúvidas sobre a última aula de poções, pensei que você poderia me responder algumas. Isso se eu não estiver incomodando, claro.

Celine encarou o lufano sorridente, depois a mesa da Grifinória onde James fingia beijar uma pera e Sirius o acompanhava com uma maçã, Remus e Peter não se aguentavam de tanto rir. As coisas só pioraram ainda mais quando ela viu Regulus se levantar da mesa da Sonserina.

— Não me incomodo nem um pouco! Eu amo poções! Vamos lá! — falou apressada enquanto puxava o braço de Amos e arrastava o garoto de vestes amarelas para bem longe dali.

Amos realmente tinha algumas várias dúvidas sobre a última aula. Ele parecia mais atento às coisas também, o que deixava Celine sentindo-se satisfeita consigo mesma.

Ela respondeu todas as questões de Amos alegremente e, quando ele a deixou na sala de aulas do professor Flitwick, pouco tempo depois, quando seus quatro amigos chegaram, Celine novamente foi bombardeada com perguntas sobre ela e Amos, aos quais Celine respondeu serem todas grandes idiotices.

Mais tarde, depois da última aula de Celine que foi sobre Runas Antigas, quando ela estava saindo da sala de aula acompanhada por Lílian Evans, foi que Celine logo pôde observar não muito longe dali um Regulus Black encostado em uma das paredes do castelo.

Ele obviamente estava a esperando dessa vez, visto que não estudava Runas Antigas e não tinha porque estar ali naquela parte do castelo.

— Lílian — ela chamou enquanto parava no meio do caminho —, eu acabei de me lembrar que tenho algo pra fazer daquele lado ali — e apontou pro lado totalmente contrário ao que elas estavam indo.

— Aonde você está indo? — Lílian perguntou enquanto observava Celine se afastar.

— Depois nos falamos!

Celine andou rápido, torcendo para que Regulus não a tivesse visto ou ouvido, por que se tivesse, ela realmente não saberia como se comportar.

Ou o que dizer ou o que fazer...

— Droga! — ela murmurou quando bateu contra algo duro. — Quer dizer, me desculpe — ela murmurou assim que percebeu que o "algo duro" havia sido uma pessoa.

Uma pessoa bastante alta, ela pôde constatar quando começou a levantar os olhos, e, quando chegou no colarinho do uniforme esverdeado, Celine praguejou mais uma vez, já sabendo bem de quem se tratava.

— Celine, escute...-

Mas Celine não escutou, ela se virou em seus calcanhares e deixou Severus Snape para trás, mas não muito, pois ele logo se adiantou em agarrar um dos pulsos dela.

— Escute eu...

— Você o que?! — Celine perguntou raivosa, se desvencilhando do aperto de Severus Snape. — Veio repetir mais uma vez que não somos amigos? Ou talvez que eu sou uma enxerida? Ou melhor, que a única coisa boa em mim é o meu cérebro? — ela ergueu uma grossa sobrancelha na direção de Severus quando viu que ele não tinha uma resposta.

"Foi o que pensei", ela murmurou, "Apenas me deixe em paz!".

— O que eu iria dizer é que...-

— Ela não te disse para a deixar em paz, ou eu ouvi errado? — Celine se virou e encarou Regulus entrando no corredor e se pondo ao seu lado. — Hum, mestiço imundo? Você é surdo? — ameaçou olhando para Severus como se tivesse nojo do mesmo.

Celine segurou Regulus por um dos braços e o puxou dali.

— Pare com isso! O que te deu?!

— Você é boa demais, Celine. Esses tipos imundos apenas querem se aproveitar de você se você deixar — e olhou mais uma vez para Severus, o medindo de cima a baixo enquanto girava um de seus anéis prateados nos dedos. — Mestiço imundo... apenas me avise se ele lhe perturbar novamente.

Celine olhou incrédula para Regulus e depois olhou para Severus, que parecia tremer de ódio onde estava, as bochechas avermelhadas, olhando para Regulus como se o quisesse extinguir.

— Ele não estava me perturbando.

— Não foi o que me pareceu — Regulus retrucou e olhou para Severus mais uma vez, que o olhava pingando ódio puro. — O que? Você quer me dizer algo, mestiço? Vá em frente, mas primeiro, me chame de senhor.

Celine negou com a cabeça e puxou o maxilar quadrado de Regulus na direção dela.

— Qual o seu problema? Você está me causando asco!

E foi preciso apenas isso para o sorriso brilhante no rosto de Regulus Black sumir como se nunca ao menos tivesse existido.

Celine soltou o rosto dele e voltou a olhar de Severus para Regulus.

"Eu sinceramente não sei por que ainda insisto", ela murmurou e saiu dali, deixando os dois para trás.

Mais tarde, quando todos já estavam prestes a ir descansar em suas comunais, Celine foi avisada por Lílian Evans que Regulus Black a estava chamando do lado de fora da comunal.

— O que? — Celine perguntou desacreditada.

— Foi o que você ouviu, eu juro — Lílian respondeu ainda mais desacreditada, mas logo depois saiu dali quando viu que Sirius Black estava prestes a ter um surto.

— O que ele está fazendo te esperando do lado de fora da nossa comunal? — ele perguntou irritado.

— Pelo jeito, nada que seja da nossa conta — Remus respondeu por Celine, quando viu que a mesma parecia muito imersa em um debate consigo mesma no momento para responder a Sirius Black.

— Você não vai? — Celine olhou surpresa para a pergunta de James.

— Você acha que eu deveria ir?

— Você sabe que eu não gosto dele — respondeu dando de ombros —, mas você me parece bastante inclinada a ir para resolver algo importante.

Celine concordou com a cabeça e se levantou da cadeira.

— E quanto a mim? Ninguém vai me perguntar o que eu acho? — Sirius perguntou enquanto assistia Celine ir direto para a passagem que levava ao lado de fora da comunal da Grifinória.

— Não, Sirius, ninguém vai te perguntar o que você acha — Remus respondeu.

Sirius cruzou os braços emburrado, enquanto não tirava os olhos de Celine, até que foi obrigado, visto que ela passou pela passagem que o quadro da Mulher Gorda abriu diretamente para fora do Salão Comunal da Grifinória, onde ele a perdeu de vista.

— O que você quer? — ela perguntou para Regulus assim que saiu, dando de cara com as costas largas dele.

— Eu vim conversar com você — respondeu enquanto ficava de frente para a garota mais baixa. — Acho que não terminamos bem a conversa de mais cedo.

— Você acha? — perguntou irônica.

Celine se virou e percebeu que o retratado da Mulher Gorda os observava bem curiosa, quando ela notou o olhar de Celine sobre si, logo fingiu estar mexendo no próprio cabelo e não prestando atenção na conversa alheia.

— Vamos conversar em outro lugar, antes que dê a hora para todos voltarem para as comunais — ela disse já andando e os guiando para longe dali.

Eles andaram mais um pouco, até que encontraram um corredor vazio e então pararam em uma parede também vazia de quadros.

— Eu realmente te causei asco? — Regulus finalmente perguntou depois de um tempo em que os dois apenas passaram se encarando.

— Dizendo aquelas coisas de mais cedo? Sim, com certeza.

Regulus negou com a cabeça e ajeitou os cabelos para trás, mesmo eles já estando intactos, como sempre.

— Eu apenas disse a verdade. Isso te irrita?

— Se me irrita? Regulus, você foi extremamente maldoso mais cedo!

— Não fui maldoso. Apenas o chamei do que ele realmente é, um mestiço!

Foi a vez de Celine negar com a cabeça e arrumar os cabelos atrás da orelha.

— Essa bobagem sobre sangue de novo...

— Não é bobagem — ele apontou para ela. — O que? Você está chateada por que eu insultei seu amiguinho? Pelo que eu ouvi você dizendo a ele, ele parecia ter sido bem ousado em dizer aquelas coisas todas para você. Eu ainda fui piedoso com ele.

— Piedoso? — Celine perguntou incrédula.

— Sim, piedoso. Eu não gosto nem um pouco daquele mestiço, se você quer saber — ele começou, girando mais uma vez os anéis nos dedos. — Querendo ser mais do que realmente é, quando anda tão esfarrapado por aí. Uma vergonha para os sonserinos, isso sim é o que ele realmente é.

Celine olhou abismada para Regulus, ela não sabia o que havia acontecido com ele ultimamente, mas parecia que ela estava diante de uma pessoa totalmente diferente.

— O que aconteceu com você?

— Como assim o que aconteceu comigo?

O que aconteceu com você? — ela voltou a repetir. — Está totalmente mudado! Você nunca me disse essas coisas antes.

— E por que eu te diria isso? Você é como eu, nós somos próximos, muito próximos. Você é incrível, apenas merece o melhor de mim — ele falou sorrindo brilhantemente para Celine e erguendo uma mão para acariciar um dos ombros dela.

— Eu? Como você? Não me diga que está falando da merda do meu sangue de novo.

Regulus soltou uma pequena risada.

— E do que mais eu estaria falando?

Celine afastou a mão de Regulus do ombro dela e o olhou desamparada.

— Por que você me beijou naquele dia na enfermaria, Regulus?

Regulus olhou surpreso para Celine, ele colocou as mãos dentro dos bolsos da calça do uniforme e mordeu o lábio tentando não sorrir.

— Por que você acha que eu lhe beijei?

— Sinceramente? — Celine deu de ombros. — Eu não faço a menor ideia.

Regulus a olhou surpreso.

— Por que eu gosto de você, é claro!

— Você nunca me tratou desse jeito.

— As coisas mudaram agora — ele disse como se fosse óbvio. — Eu percebi que não tinha porque ter medo de demonstrar o que eu sinto por você, quando é óbvio que gostamos um do outro.

Celine negou com a cabeça.

— Você enlouqueceu.

— Enlouqueci? Todos dizem que se ficássemos juntos não seria nenhuma surpresa, meus pais gostam de você. Sua família é boa, não vê? Eu sou perfeito pra você e você é perfeita para mim, Celine.

Celine cruzou os braços e tentou se acalmar.

— Isso é loucura, Regulus. Você nunca me viu desse jeito, eu não sei o que aconteceu com você nos últimos tempos, mas isso é simplesmente loucura.

— O que é loucura? Eu gostar desse jeito de você?

— Você não gosta de mim! Pare de dizer isso! — Celine exclamou exasperada. — Você gosta do meu sangue, da merda do meu sangue! Mas não de mim, não desse jeito! E isso é loucura!

— É uma parte importante, mas... —

— Não, não é! Meu sangue não é a parte mais importante em mim! Não existe essa coisa de sangues puros, pare com isso!

Regulus olhou para Celine como se ela tivesse dito a coisa mais absurda de todas.

— Mas é claro que existe, e é tão óbvio, Celine.

Celine o olhou sem entender.

— Você ficou maluco! Sangue puro? Você quer que eu concorde com você sobre isso? Meus pais são aurores! O que significa que eu fui muito bem criada contra toda essa ladainha ridícula!

Regulus negou com a cabeça e retirou as mãos dos bolsos, parecendo ele o exasperado para provar algo ali agora.

— Eles não são mais aurores e, não é sua culpa que eles tenham sido.

Celine piscou uma dúzia de vezes na direção de Regulus Black, incrédula com o que ele havia acabado de dizer.

— Você enlouqueceu — ela murmurou enquanto passava por ele e o deixava para trás. — Apenas volte a falar comigo quando voltar a sua sã consciência!

Celine voltou para o Salão Comunal da Grifinória, emburrada e sem saber direito o que pensar sobre a conversa que havia acabado de ter com Regulus Black em um dos corredores do castelo.

"Eu vou dormir, vocês deveriam ir também. Tenham uma boa noite", ela desejou para os quatro garotos que ainda a esperavam sentados no mesmo lugar, esperando que ela voltasse e contasse algo para eles, porém, receberam totalmente o contrário disso.

Celine deitou a cabeça no travesseiro aquela noite pensando que talvez, apenas talvez, Sirius Black nem sempre estivesse errado sobre as coisas.

Ele sempre havia falado sobre Regulus e sua família.

Talvez ela devesse ter se tocado naquela noite a não muito tempo atrás, naquele jantar de aniversário, quando ela viu as pessoas ali e sobre o principal assunto que elas sempre puxavam.

Ou ao seu pai, que, logo depois de tudo aquilo, a avisou sobre isso.

Havia algumas coisas que você não precisaria saber a respeito das pessoas com quem você vivia, pouco importando o quanto as adorasse.

Saber demais, conhecer demais, levava a se machucar ainda mais. Pois quanto mais alto você sobe, mais forte será a queda.

Por que, novamente, é mais fácil encontrar algo novo do que aceitar o que já se encontrou.

Celine não havia enxergado nada disso vindo, ou talvez, ela apenas não quisesse enxergar.

Na manhã seguinte, assim que ela desceu as escadas do dormitório das meninas, pronta para se encontrar com os amigos para tomar café, seus planos já foram logo arruinados por um James Potter a arrastando para longe e a afastando de tudo e todos na sala comunal da Grifinória, inclusive de Remus, Sirius e Peter, que se encontravam no extremo oposto da sala.

— Mas o que... —

E mais uma vez ela foi atrapalhada por ele, só que dessa vez por um aperto forte dentro dos braços de James Potter, um abraço.

— Você está me sufocando! — Celine reclamou com as bochechas apertadas no abraço apertado de James.

Ele a apertou ainda mais e fez um cafuné nos cabelos pretos e desgrenhados da amiga, os deixando ainda mais desgrenhados.

— Eu quero que você saiba que eu estou aqui e sempre vou estar, então compartilhe tudo que você se sentir à vontade para compartilhar comigo — ele disse tudo muito rápido enquanto ainda a mantinha apertada em seus braços.

Celine deslocou o pescoço para cima, numa vã tentativa de levantar a cabeça ainda no aperto dos braços de James e olhá-lo nos olhos.

— Mas do que você está falando? — ela perguntou confusa.

— Sobre as coisas que tem acontecido ultimamente, é claro — respondeu como se fosse óbvio. — Sobre a sua conversa com Dumbledore e aquilo que aconteceu no sétimo andar, sobre você e seus outros amigos... — ele suspirou, deixando claro como não gostava daquela ideia. — Eu não gosto de ver você assim.

Celine deu uns pequenos tapinhas no braço de James, o que o fez finalmente a soltar do abraço apertado demais.

Ela deu uns dois passos para trás e, finalmente, conseguiu olhar para o rosto de James Potter por inteiro.

James a olhava meio sem graça, bagunçando os cabelos e dando um sorriso meio amuado.

— E de que jeito eu estou?

— Você tem estado meio para baixo ultimamente — Celine iria retrucar, mas James a impediu com uma mão. — E tem vigiado Mulciber e Avery constantemente, como se esperasse que eles pudessem fazer algo a qualquer momento.

— Isso por que eles realmente podem.

— Não, não podem, Cel. Você já fez a sua parte, falou com Dumbledore.

— Mas ele não fez nada! — Celine exclamou irritada, cruzando os braços, mas logo os desfazendo para fingir que aquele assunto não a afetava em nada.

— Não fez nada que nós saibamos — James pontuou —, mas ele é Dumbledore! Então com certeza deve ter feito algo, apenas não nos contou.

— Isso seria extremamente injusto... — ela murmurou chateada.

James chegou perto de Celine e alisou os cabelos da amiga em uma pequena carícia.

— Você foi incrível e já contou para ele tudo o que sabia, não se incomode mais com isso, você não merece esse peso todo nas suas costas, Cel.

Celine levantou os olhos e concordou com James.

Ela não gostava de admitir na maioria das vezes, mas naquela, em questão, James Potter tinha razão.

Ela não precisava de todo aquele peso nas costas.

Celine sempre costumava tentar carregar mais do que realmente conseguia.

— E sobre ontem... — ele pareceu meio sem graça em continuar, olhando para todos os lados.

— O que tem sobre ontem? — ela perguntou desconfiada.

— Bom, vocês não foram muito discretos gritando um com o outro num corredor não muito distante daqui.

Celine arregalou os olhos e agarrou James pelos ombros.

— Não me diga que todos escutaram...?

— Começou com uma garota dizendo que vocês estavam discutindo o relacionamento, e então depois um corvino disse que enquanto subia para a comunal, conseguiu escutar vocês dois debatendo sobre sangues-puros, e então depois muita gente começou a dizer que mais cedo no mesmo dia viram vocês dois gritando que o Ranhoso é um mestiço nojento nos corredores do primeiro andar.

Celine deu um grande tapa na própria testa.

— Merlin! Adolescentes são tão fofoqueiros!

James concordou com a cabeça, como se estivesse do lado de Celine sobre aquilo.

— Eu não gosto de nenhum dos dois, apenas para constar — James disse, se referindo a Regulus e Severus —, mas o Ranhoso não precisa ser um mestiço para ser nojento. Ou vice e versa.

Celine balançou a cabeça com mais afinco ainda e negou com uma das mãos.

— Eu nunca disse isso.

— Eu sei que não, eu nunca pensaria que você fosse dizer uma coisa dessas para alguém, mas agora sobre Regulus Black... — ele colocou uma mão sob o queixo e fingiu pensar sobre o assunto. — É — bateu em uma das mãos como se tivesse achado a resposta —, dele eu com certeza desconfio!

— Por favor — Celine pediu —, não me diga que você avisou, ou que Sirius avisou...

— Eu não iria dizer isso — James respondeu de prontidão. — Eu iria dizer que desfazer uma amizade é sempre uma merda, se você quer saber, e por mais babaca que ele fosse, você não sabia disso então a culpa não é sua.

Celine sorriu para James e ele sorriu de volta com orgulho.

— Então, o que eu queria mesmo saber é se você está afim de descer comigo, Aluado, Rabicho e Almofadinhas para um café com bastante açúcar. Que tal? Eu fiquei sabendo que doces ajudam nessas questões...

— Que questões? — Celine perguntou risonha enquanto James passava um dos braços pelos ombros dela e a guiava para os amigos.

— Várias questões — riu dando de ombros.

— Estamos falando de quanto açúcar exatamente?

— Muito, muito mesmo — ele disse a abraçando de lado. — Sempre que precisar, sempre que se sentir para baixo. Sempre! É só me pedir por doces cheios de açúcar que eu irei buscar todos para você, até você se sentir melhor.

Celine concordou com a cabeça e abraçou a cintura de James, devolvendo o abraço de lado.

— Você é um ótimo amigo quando diz coisas assim.

James se virou e encarou Celine, com uma das sobrancelhas bem arqueadas.

— Você apenas está dizendo isso porque quer os meus doces.

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