Capítulo Trinta e Seis ── Um Suspiro em Meio ao Caos
✧ Capítulo Trinta e Seis ──
Um Suspiro em Meio ao Caos
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Celine estava tendo que ficar trancada dentro de casa e isso a estava matando lentamente por dentro de tão entediada e irritada.
Ela lia o Profeta Diário todos os dias porque precisava manter-se a par de toda a atual situação, já que todos ao redor dela agora se negavam a contar algo de importante para ela.
Sim, ela sabia que os Comensais da Morte estavam atrás dela e que Voldemort queria sua cabeça servida em uma tigela de prata, porém, aqueles eram os ossos do ofício!
É claro que ele iria querer matá-la depois de saber de tudo que ela havia feito, aquilo não foi uma surpresa para Celine, ela sabia muito bem que ele viria atrás dela depois, porém, o grande problema naquilo tudo era todos tentavam afastá-la de tudo para que não sofresse outro ataque.
De início, ela até recebia informações enquanto estava confinada, porém, quando recebia informações importantes demais, Celine sempre tentava dar uma escapulida ou argumentar com Dumbledore, coisas essas que nunca davam certo.
No fim, ela acabou parando de receber informações para que não tentasse se intrometer em tudo e ainda ganhou um cão de guarda, sendo ele mesmo, Sirius Black.
Sirius deixou o conforto de seu apartamento para ficar de olhos bem abertos em Celine, e ele realmente cumpria seu dever, tanto que Celine às vezes se irritava com ele a seguindo até mesmo quando a mesma ia até a cozinhar beber água.
Primeiro, quem havia se voluntariado para ficar de olho em Celine havia sido James Potter, mas logo começou uma enorme briga onde Celine dizia que ele não podia deixar sua esposa grávida para cuidar de outra mulher, aquilo seria traição — obviamente Celine não estava falando sério e ninguém realmente a levou a sério —, porém, Remus sendo a voz da razão do grupo de amigos, disse que James precisava ficar com a esposa e se voluntariou ele mesmo para ficar com Celine, mas não deu nada certo.
Remus durou apenas uma semana na grande casa dos Dorsey, pois Celine não aguentava o amigo sempre tentando limpar tudo como se fosse um elfo doméstico ou cozinhar ou até mesmo passar uma grande parte do tempo discursando como pagaria a ela e a James mais tarde.
Acontece que devido ao probleminha peludo de Remus Lupin, o mesmo não havia encontrado emprego nenhum depois de se formar em Hogwarts.
É claro que a situação atual onde um grande grupo de pessoas auto-intituladas Comensais da Morte que eram ministradas por um maluco genocida não ajudava em nada quanto a isso também, já que maioria dos estabelecimentos estavam fechados e todos evitavam sair de suas casas, ainda mais depois do terrível acontecimento no Ministério da Magia.
Então, devido a isso tudo, Celine e James não pensaram duas vezes em abrir seus bolsos e ajudar o amigo e sua família naquele momento difícil e, Remus era verdadeiramente agradecido por aquilo, mas se sentia em uma eterna dívida de gratidão com seus dois amigos, coisa essa que não agradava nem um pouco a Celine e muito menos a James.
Então, no mesmo momento em que Celine percebeu seu amigo tentando de algum jeito agradá-la por conta de sua ajuda, Celine logo tratou de chutar a bunda de Remus Lupin para bem longe dali.
É claro que ela não o chutou realmente, mas foi bem dura quando conversou com o mesmo e deixou bem claro que ele não precisava agir daquela maneira com ela ou com James, ele apenas precisava continuar sendo ele mesmo e nada mais, pois os dois não estavam pedindo por nada de volta em forma de pagamento.
E então, depois de expulsar Remus Lupin de sua casa e devolvê-lo para a sua própria, Celine cedeu para a companhia de Sirius Irritante Black.
Neste exato momento, Celine estava na sala de estar da sua casa olhando para a enorme janela que dava visão para a frente de sua casa e os jardins e, lá estava Sirius Black, polindo seu mais novo vício e aquisição, uma motocicleta trouxa.
Celine não sabia como ou de onde Sirius havia arranjado aquela coisa, mas o fato era que ele estava completamente viciado naquilo desde que conseguiu a adquirir e, apesar de no início ser apenas mais um artefato trouxa com nada mais ou nada a menos, agora, estava com várias adições que a faziam ser tudo, menos um artefato do mundo dos trouxas.
Sirius polia sua motocicleta a mão, com produtos que Celine nunca havia visto em toda sua vida e, ele parecia bem empenhado em sua tarefa, até que levantou os olhos e percebeu que estava sendo observado por Celine na janela da casa.
Ele acenou animado na direção dela, porém, Celine fez uma enorme careta para ele e suas mãos sujas, o que fez o mesmo dar risada e antes que pudesse gritar algo que fizesse Celine ficar ainda mais mal-humorada e piorasse a careta em seu rosto, Sirius acabou virando-se para a voz de James Potter do outro lado da rua.
Celine encarou dali James gritar e acenar algo para Sirius, que logo concordou com a cabeça e deixou sua tarefa de lustrar sua motocicleta para ir em direção do amigo do outro lado da rua.
Celine não perdeu seu tempo e, calçando seus pés e guardando sua varinha na cintura de sua saia, ela saiu porta afora e andou depressa até o outro lado da rua também, sendo seguida por Esdras, que também já estava cansado de ficar dentro de casa, assim como sua dona.
— Ei! — Sirius olhou parecendo irritado na direção de Celine. — Você não pode sair de casa.
Celine estava prestes a responder àquilo quando James de repente disse:
— Dumbledore está chamando a todos nós.
Um sorriso enorme surgiu nos lábios de Celine.
— Todos menos você — James deixou claro, o que fez o sorriso nos lábios de Celine murcharem.
— O que? Por que todos menos eu?! Ele está dizendo isso na carta? — ela perguntou apontando acusadoramente na direção da carta que podia ser vista no bolso da calça de James Potter.
Ele ergueu as sobrancelhas enquanto escondia a carta melhor no bolso e começou a fazer um carinho por entre as orelhas de Esdras enquanto tentava se manter despreocupado na frente de Celine.
— Não, ele não diz isso na carta, mas em nossa última conversa ele deixou bem claro, tão claro quanto a água, que você não deveria sair de casa para o seu próprio bem.
Sirius concordou logo ao lado.
— Coisa que você não está fazendo, não é? Olhe só onde você está agora mesmo — ele apontou para a casa de Celine do outro lado da rua e depois para os pés dela no gramado dos Potter.
— Eu praticamente vivo nas duas casas, então não estou fazendo nada de errado — ela resmungou.
— Você vai ficar aqui com Lílian — James deixou claro, ignorando a careta que Celine fez diante daquilo. — Enquanto eu e Almofadinhas vamos nos encontrar com Aluado e Rabicho.
Celine ainda tentou argumentar contra aquilo, porém não deu muito certo, momentos mais tarde, James e Sirius encontravam-se indo embora pelos céus na motocicleta de Sirius, que o mesmo havia insistido para que os dois fossem juntos. Ambos deixaram bem claro que não se demorariam, mas se caso isso acontecesse, Celine não deveria de maneira alguma sair do lado de Lílian.
Celine se virou nos calcanhares, deixando a janela com a visão dos dois indo embora para trás e olhou para Lílian Potter, que estava deitada em sua cama enquanto lia um livro.
— Isso é muito injusto — ela resmungou enquanto sentava-se aos pés da cama.
Lílian abaixou apenas o suficiente o livro que lia para que pudesse olhar nos olhos de Celine e, depois, suspirou.
— Você anda uma grande resmungona ultimamente — ela disse rindo enquanto recebia um pequeno tapa em seus pés. — Eu sei que vou me arrepender de perguntar isso, mas o que é injusto?
Celine se debruçou na cama e olhou para Lílian como se a resposta para aquilo fosse óbvia.
— É injusto que me mantenham fora de tudo!
— Bom, mas estão querendo te matar, não é?
— Sim, mas eles querem matar todo mundo!
— Sim, mas parece que ultimamente você tem sido o alvo principal — Lílian deixou o livro de lado e segurou as mãos de sua amiga, querendo que a mesma prestasse total atenção nela. — Eu sei que você quer ajudar, Cel, todos nós sabemos, mas acredite em mim, você já ajudou bastante. Muito mesmo! Você é muito importante para todos nós, então, por favor, apenas descanse em segurança. Eu e os meninos nos importamos muito com você.
Celine sorriu e concordou com a cabeça.
— Sorte a de James de ter uma mulher grávida que me impede de sair de casa, caso o contrário, eu já teria saído a muito tempo.
Lílian riu e abraçou a amiga.
— Agora, por favor, fique quietinha e me deixe terminar meu livro.
Celine revirou os olhos e concordou com a cabeça enquanto se deitava ao lado de sua amiga e a acompanhava na leitura.
. . .
Algo quente e pontiagudo fez os olhos de Celine se abrirem no escuro, tirando-a de seu sono que ela nem ao menos havia reparado estar.
A primeira coisa que ela viu foi Lílian dormindo como ela, com uma das mãos apoiada em sua barriga já levemente avantajada por conta da gravidez e a outra segurando o seu livro ainda aberto.
Pelo visto, Lílian também havia dormido sem que percebesse.
Celine pegou o livro das mãos da amiga cuidadosamente e delicadamente para não acordá-la e depois a cobriu com o cobertor que estava próximo a ela.
No meio de sua tarefa, Celine sentiu novamente a coisa quente e pontiaguda em um dos seus pés.
Ela sibilou com o leve arranhar e olhou para os pés da cama, se deparando com Esdras em sua forma original, enorme e sem pelo algum, arranhando um dos pés dela com uma de suas presas, como se tentassem a puxar para fora da cama.
— Esdras! — ela chamou enquanto afastava o pé para longe dele e gesticulava para o mesmo não fazer barulho. — Lílian está dormindo — explicou num sussurro.
Esdras balançou seu enorme rabo preto e sem pêlos de um lado ao outro e não deu ouvidos a sua dona, ele continuou a tentar puxá-la para fora da cama e Celine teve que se render, levantando, caso contrário, Lílian muito provavelmente acabaria acordando com toda a movimentação.
— O que foi? Seu gato barulhento.
Celine encarou o enorme gato a puxar com seu rabo sem pêlos em direção da janela, o que a fez suspirar e pensar que ela definitivamente não era tão boa quanto seu pai em manter Esdras transfigurado o tempo todo.
Ela observou o enorme gato apoiar as patas dianteiras na janela e enfiar seu enorme focinho brilhante por debaixo da cortina fina, olhando para o lado de fora e esperando que ela fizesse o mesmo.
Celine franziu as sobrancelhas para o comportamento dele, mas não se demorou em se abaixar e levantar uma pequena parte da cortina também, imitando os movimentos do gato.
O céu do lado de fora já estava escuro, o que deixou Celine surpresa, pois quando Lílian e ela estavam conversando e lendo juntas ainda era meio da tarde.
O nariz dela se enrugou pensando que Sirius e James ainda não haviam voltado.
— O que você quer que eu veja? — ela perguntou baixo ao lado de Esdras.
O gato olhou com seus enormes olhos amarelados para o outro lado da rua e prensou o enorme nariz contra o vidro da janela, como se apontasse para um lugar em específico.
Celine se aproximou de onde Esdras estava e tentou olhar na mesma direção, ela apertou os olhos e os focou do outro lado da rua, na enorme casa de tinta branca dos Dorsey.
Havia o enorme jardim sendo cercado por cercas de tamanho médio e igualmente branco como a grande casa. Celine olhou de um lado ao outro nas árvores e canteiros de flores, porém não enxergou nada de anormal ali, mas quando seus olhos pararam mais ao fundo na casa, Celine percebeu um movimentar estranho no gramado.
Uma estranha sombra se movimentava por ali e apenas era visível graças ao poste de luz próximo a calçada da casa.
A sombra se fazia rapidamente presente e no segundo seguinte sumia, apenas para aparecer novamente no segundo seguinte.
Não podia ser e nem era como um animal, era mais como se alguém estivesse andando por ali, mais especificamente, como se estivesse procurando por algo.
"Está tentando entrar na casa", Celine pensou consigo mesma e olhou brevemente para trás, vendo Lílian deitada na cama e em seu sono tranquilo.
Se fosse um Comensal da Morte lá fora, ele realmente não conseguiria entrar facilmente na casa dos Dorsey, pois a mesma foi totalmente encantada por Calério Dorsey, que fora Auror e sabia dos perigos de sua profissão então, como o bom e velho bruxo precavido que era, ele havia encantado a casa inteira com feitiços de proteção.
Então não seria fácil simplesmente entrar pela porta.
Celine cerrou os olhos, percebendo que a movimentação não parava. Quem quer que fosse, era um bruxo ou bruxa bem insistente.
— Certo — ela falou chamando a atenção de Esdras, que imitou a dona e saiu de trás da cortina, olhando para ela como se esperasse pelo plano de ataque —, vamos fazer desse jeito: você fica aqui com Lílian e toma conta dos dois, enquanto isso, eu vou para cima do invasor de casas.
Esdras semicerrou os enormes olhos amarelados e balançou a cabeça de um lado ao outro, discordando.
— Não é um bom plano? — ela perguntou e Esdras voltou a discordar com a cabeça.
Certo, talvez não fosse mesmo um bom plano.
Celine então se levantou, ela olhou mais uma vez para Lílian e pensou em acordá-la, mas então, Esdras deu um enorme puxão com seu rabo nas pernas de Celine e a chamou para olhar de volta na janela.
Ela se abaixou rapidamente, pensando que talvez já estivessem vindo em direção da casa dos Potter, porém, se surpreendeu e muito com quem viu do lado de fora de sua casa.
Esdras e Celine se olharam de olhos arregalados e, novamente ficando em pé rapidamente, Celine pediu para que Esdras ficasse ali de olho em Lílian enquanto ela ia lá fora e, dessa vez, o grande gato concordou, porém, quando sua dona saiu pela porta dos Potter andando rapidamente e ainda descalça, Esdras continuou a observar da janela do segundo andar, pronto para sair dali e ajudar sua dona a qualquer momento em que ela parecesse precisar.
Celine correu rapidamente descalça pelo gramado e asfalto, quando chegou do outro lado, já ofegante, ela andou até os fundos da casa e viu o homem esguio e alto olhando de um lado ao outro nas janelas da casa.
— Não dá para ver — ela disse e o homem olhou rapidamente em direção dela, obviamente assustado. — Bom, pelo menos não a versão real. A casa está obviamente toda encantada — continuou a falar enquanto andava em direção do homem e, quando o mesmo parecia prestes a responder, Celine foi rápida em abrir a porta e a fechar em um supetão logo em seguida, colocando ambos para dentro da enorme casa.
Ela trancou rapidamente a casa e correu até o outro lado para olhar de um lado ao outro da rua, não sabendo se sentia-se aliviada ou preocupada por James e Sirius ainda não terem chegado.
— Você ficou maluco?! — ela perguntou se virando rapidamente em seus calcanhares e olhando acusadoramente para Severus Snape. — Você veio até aqui para ser preso?!
Celine olhou para Severus Snape de cima a baixo, procurando algum ferimento ou algo que indicasse que ele havia passado por maus bocados nos últimos dias.
Ela não encontrou nada, o que a fez suspirar em alívio.
Severus negou com a cabeça enquanto também olhava para Celine de cima a baixo, mas ele, diferente dela, pareceu não gostar do que viu.
Celine ainda estava com alguns curativos e arranhões do ataque que havia sofrido no Ministério.
— O que aconteceu? — ela perguntou quando viu Severus cerrar a mandíbula de um lado ao outro.
— Vim até aqui para falar com você.
— Não deveria ter feito isso, Severus — Celine falou exasperada enquanto olhava mais uma vez para o lado de fora, deparando-se apenas com a noite escura. — Aqui é o último lugar em que você deveria estar.
Ela não havia posto o nome de Severus Snape na longa lista de nomes dos Comensais da Morte, porém, não era muito difícil de descobrir isso quando levantassem a manga do lado esquerdo do braço dele ou acabassem ligando umas coisas a outras.
— Você precisa sair daqui o mais rápido que conseguir — ele avisou, deixando de lado tudo o que Celine havia dito antes.
— O que?
— Tem noção do que fez, Celine? O Lorde das Trevas te quer morta mais do que tudo, você não pode ficar aqui — Snape olhou de um lado ao outro e então começou a subir as escadas.
— Onde está indo?
— Você vai pegar suas coisas e sair daqui — respondeu simplesmente e Celine soltou uma risada de desespero quando o viu acertar a porta no enorme corredor que dava em seu quarto.
— Vai fazer as malas por mim? — ela perguntou enquanto o observava olhar o quarto de um lado ao outro, com uma feição bastante séria em seu rosto.
— Estou falando sério, Celine — ele falou com a voz rouca e grave, olhando para Celine como se a repreendesse por não estar levando aquilo a sério. — Você precisa sair daqui.
Celine ficou um momento parada, tentando assimilar tudo, porém, logo teve que tomar a frente quando percebeu que Severus Snape estava abrindo as portas de seu guarda-roupas.
Ela não podia deixar que ele visse nada que não pudesse ver, então logo agarrou um dos braços do homem alto e esguio, o puxando para bem longe dali.
— Tudo bem, tudo bem... — ela murmurou enquanto o forçava a se sentar em sua cama e sentava-se ao lado dele. — O que exatamente está acontecendo?
Severus olhou desesperado para Celine e pareceu perturbado pela pergunta dela.
— Ainda não deixei claro o suficiente que o Lorde das Trevas a quer ver morta o mais rápido possível?
Celine concordou com a cabeça.
— Está bem claro sim — ela murmurou —, mas eu já sei disso.
— Se sabe então o que está fazendo aqui ainda?
— Não é tão fácil assim entrar em casa e eu também tenho um Matagot de estimação — ela explicou. — Além dos Potter logo a frente também. Eu não estou sozinha.
— Celine — Severus agarrou ambos os lados do rosto de Celine com suas mãos geladas, o que a fez tomar um leve susto com o toque súbito —, preste atenção. — ele pediu. — O Lorde das Trevas mandou que a atacassem em pleno dia no Ministério da Magia, por que não mandaria que lhe atacassem aqui também?
"Ele não tem coisa melhor a fazer?", Celine quis perguntar, mas não o fez, pois Severus Snape parecia realmente preocupado com ela ali, ela não queria brincar com ele ou o fazer ficar irritado.
Então com um suspiro, Celine retirou as mãos geladas de Severus Snape de seu rosto e olhou sério para ele.
— Sirius está aqui comigo, além do que, Dumbledore tem acesso direto a rede de Flu aqui em casa, afinal, muitas das reuniões da Ordem foram feitas aqui, então, não, não é tão fácil assim entrar aqui sem ter permissão. E, se por algum acaso o próprio Voldemort estiver tão loucamente irritado assim comigo e resolver vir aqui ele mesmo, bom, ele provavelmente vai acabar se encontrando com Dumbledore quando o mesmo perceber através do nosso meio de comunicação.
— Mas então você já estaria morta.
Celine deu de ombros.
— Não posso sair daqui.
Severus parecia irritado com Celine, olhando de um lado ao outro, parecendo tentar arranjar um jeito de a fazer entender e ceder ao aviso dele.
— Você foi jurada de morte pelo Lorde das Trevas, Celine — aquilo fez Celine olhar surpresa para Severus. — Então me diga por que você não pode sair daqui para salvar a si mesma?
Celine piscou os olhos para a súbita informação e então voltou a olhar para Severus Snape.
— Não posso deixar Sirius, Remus, James, Peter ou Lílian assim! Eu vou deixá-los para trás e simplesmente ir me esconder? Nunca!
Os dois passaram um curto período de tempo apenas olhando um para o outro, Celine ainda digerindo a mais nova informação de que Voldemort a havia jurado de morte e Severus olhava para Celine parecendo querer dizer diversas coisas, mas sem saber por onde começar.
— Mas nenhum deles está correndo tanto perigo quanto você — ele voltou a falar. — Se soubessem que foi jurada de morte, todos certamente concordariam que você não deveria estar aqui.
A feição no rosto de Severus era séria, beirava ao quase desespero e, olhando para baixo, Celine viu as mãos pálidas do mesmo tremerem levemente enquanto estavam apoiadas em cada uma de suas pernas esguias.
— Você se arriscou vindo aqui apenas para me alertar?
Severus olhou sem entender para os olhos verde-azulados de Celine e logo concordou com a cabeça.
— Agora, por favor — ele pediu desesperado —, pegue suas coisas e saia daqui.
Celine segurou as mãos trêmulas de Severus nas dela e concordou com a cabeça.
— Eu vou — ela afirmou e ele pareceu suspirar em alívio —, mas não agora.
— O que? — ele perguntou sem entender. — Precisa ser agora!
Celine negou com a cabeça e deu uma leve olhada na janela de seu quarto que estava fechada pelas cortinas.
— Eu estava com Lílian e ela está dormindo agora. James e Sirius saíram, não posso simplesmente deixá-la aqui sozinha.
Severus piscou os olhos algumas vezes e engoliu com dificuldade, para logo em seguida concordar com a cabeça.
Ele não disse nada, mas Celine quis dizer mesmo assim:
— Ela está bem.
O homem apertou as mãos de Celine que estavam nas dele e concordou com a cabeça.
— E obrigada por ter vindo até aqui, por se preocupar comigo — Severus olhou nos olhos de Celine e deu um leve repuxar nos lábios finos.
— Você não citou meu nome na longa lista.
— Como eu poderia fazer isso, não é? — ela sussurrou tímida.
— Obrigado — Severus agradeceu com a voz baixa, tão baixa que Celine teve que olhar para ele para ter certeza de que havia escutado certo.
— Você não tem que me agradecer por isso.
— E nem você pelo que estou fazendo — ele retrucou. — Eu nunca deixaria que nada te acontecesse.
Celine sorriu e levou uma das mãos até o rosto de Severus, passeando com a ponta dos dedos pela pele pálida.
— É recíproco. Eu também nunca deixaria que nada de ruim te acontecesse — ela afirmou e um pequeno sorriso apareceu nos lábios finos de Severus Snape, coisa que fez Celine Dorsey sorrir também.
Ela se aproximou no colchão, ficando a centímetros de distância do rosto de Severus e, estendendo-se, Celine deixou um pequeno e suave beijo na ponta do nariz de Severus, logo em seguida, dando uma pequena risada da feição surpresa dele.
— Você é tão bonito — ela sussurrou contra a pele do homem, com a testa encostada na dele e olhando fundo nos olhos escuros feito Ônix. — Eu adoro os seus olhos.
O rosto de Severus estava começando a tomar uma coloração avermelhada, o que fez Celine sorrir e beijar mais uma vez a ponta de seu nariz.
Severus segurou os ombros da mulher e a afastou minimamente, o que a fez rir de sua timidez, porém, no segundo seguinte, ele a puxou de volta em sua direção e a beijou também, porém, nos lábios dessa vez.
Diferente do último e primeiro beijo de ambos, que havia sido urgente e desengonçado, aquele estava sendo lento e preciso.
Celine levou as mãos até os cabelos de Severus e o puxou para mais perto de si, mesmo que aquilo fosse impossível já que ambos já estavam colados um no outro.
Severus suspirou na boca de Celine quando a sentiu passear com os dedos longos pela pele de seu pescoço e, quando ambos já estavam quase sem fôlego, Severus puxou a mão de Celine de seu pescoço e a levou até os próprios lábios, beijando os nós dos longos e pálidos dedos dela.
Celine observou enquanto Severus a beijava e suspirou fundo, quando os olhos escuros dele bateram novamente nos dela, Celine abriu a boca para dizer algo, um algo que estava guardado no peito dela às sete chaves desde os onze anos de idade, porém, ela logo se refreou, fechando a boca e olhando para outro lado no quarto.
Severus sorriu quando viu a vermelhidão no rosto e pescoço de Celine, ela havia falado tudo aquilo mais cedo e não havia ficado tímida, mas lá estava ela, toda vermelha por um pequeno beijo.
— Celine — ele chamou enquanto puxava o rosto dela de volta para o dele e, com os olhos da mulher agora voltados para os dele, Severus apreciou de perto a coloração clara e bonita, numa mistura esplêndida de verde e azul. — Eu também gosto de você.
Celine arregalou os olhos e piscou várias vezes na direção de Severus Snape.
— Gosta? — ela perguntou sorrindo, ao qual o mesmo concordou com a cabeça.
— Gosto — afirmou. — E me desculpe por não ter dito isso mais cedo.
Celine sorriu e riu, ela piscou mais um bocado de vezes e então, jogou os braços ao redor do pescoço de Severus Snape e o beijou novamente.
Ela pôde sentir o sorriso dele durante o beijo dos dois, o que apenas a fez sentir-se ainda mais feliz naquele momento.
O beijo se aprofundou em carícias e logo as mãos de Celine exploravam as costas cobertas de Severus, enquanto as dele a seguravam na cintura, entre a saia longa e a blusa fina, o dedo longo e quente passou por entre a pele desnuda no quadril e deixou uma pequena carícia ali que fez Celine arrepiar e soltar um pequeno e longo suspiro por entre os lábios abertos de Severus Snape.
— Me desculpe — ele sussurrou um pedido de desculpas quando viu Celine se afastar vermelha.
Ela limpou a garganta e lambeu os lábios que encontravam-se dormentes, ela olhou timidamente na direção de Severus e colocou os cabelos nervosamente para trás das orelhas.
Celine viu como Severus estava tão tímido quanto ela, com o rosto avermelhado e respiração ofegante.
Os lábios finos, porém agora vermelhos dele, a deixavam com vontade de beijá-lo novamente.
Severus ainda olhava tímido para Celine por ter a tocado daquela maneira, como se implorasse por perdão com os olhos, mas, indo contrário a tudo o que ele pensava, Celine voltou a se aproximar e pegou as mãos pálidas do homem nas dela.
— Eu só fiquei um tanto surpresa — ela explicou. — Mas eu gostei do seu toque — falou e voltou a colocar as mãos de Severus em seu quadril, bem onde os tecidos da saia e blusa deixavam a pele desnuda. — Me toque mais.
As mãos de Celine guiaram as de Severus mais acima, levantando a blusa de cor clara e revelando mais de sua pele pálida e cheia de pequenas pintinhas e sardas, agora, a barriga de Celine podia ser vista e a pele sob os dedos de Severus era quente e macia ao toque.
— V-você quer isso? — ele perguntou e se amaldiçoou mentalmente por ter gaguejado. — Quer que eu te toque?
Celine concordou com a cabeça e sorriu e, para provar seu ponto, ela levou as próprias mãos trêmulas até o tecido de sua blusa e o puxou para cima, retirando-a de seu corpo, sentindo o leve ar frio que entrava no quarto bater diretamente em sua pele quente e a fazer arrepiar.
— Eu quero — ela respondeu num sussurro.
A boca de Severus Snape secou e ele engoliu em seco com a visão à sua frente.
Celine Dorsey estava sem nada cobrindo seu corpo na parte de cima, havia apenas um longo colar simples em formato de corvo pendurado em seu pescoço, descansando por entre os dois seios pequenos e avermelhados da mulher, na pele lisa e bonita.
Ela era mais bonita do que uma pintura.
Celine Dorsey com certeza era a pintura mais bonita que Severus Snape já havia posto seus olhos sobre.
Os olhos verde-azulados dela o chamavam, o incentivando a tocá-la e mesmo nunca tendo feito isso antes e não querendo errar em momento algum, Severus Snape ainda assim queria tocar Celine Dorsey.
As mãos dele formigavam para tocar a pele leitosa e quente.
Celine fechou os olhos e suspirou quando Severus Snape finalmente tocou seu quadril novamente.
Era um toque leve e quase não encostava direito em sua pele, porém, Celine sentiu-se queimar ainda mais com apenas aquele pequeno toque em sua pele já quente.
Os toques começaram tímidos e quase imperceptíveis, porém, quando Celine fechou os olhos, Severus Snape pareceu ter mais coragem, pois começou a tocá-la de verdade.
Primeiro com a ponta dos dedos trêmulos no quadril, sentindo a textura da pele fina, traçando o osso angulado no quadril da mulher e, depois, espalmando sua mão no estômago reto, o que fez Celine suspirar e se apoiar nos cotovelos, meio deitada na cama, deixando toda a área livre para que Severus a tocasse ainda mais.
Os dedos subiram timidamente pela costela, por cada pequeno e delicado osso, fazendo Celine abrir a boca e suspirar ainda de olhos fechados, estufando o busto em busca dos dedos de Severus, que subiram e foram para o meio em direção ao seu pescoço. Os dedos exploraram a garganta ofegante de Celine e depois voltaram a descer, com os olhos fechados, Celine sentiu os dedos longos brincarem com o pequeno colar de corda em formato de corvo em seu pescoço e, logo em seguida, em um toque tão rápido que quase não pôde ser sentido, os dedos longos e finos encostaram por segundos em um dos seios expostos da mulher, mas, apesar de ter sido breve, foi o suficiente para fazer Celine suspirar alto e murmurar o nome de Severus.
As mãos logo voltaram para a pele desnuda, subindo até um dos seios enquanto a outra passeava pelo pescoço fino.
Celine jogou a cabeça para trás e deu ainda mais espaço para que ele a explorasse.
Os dedos subiam e desciam pela pele quente, apertando e acariciando delicadamente, até que Celine sentiu um movimentar breve na cama e então ela sentiu a respiração quente e falha de Severus em seu pescoço, seguido de um beijo molhado ali que a fez engasgar por um segundo e juntar as pernas uma a outra quando sentiu o lugar por entre suas coxas formigar.
Os lábios macios de Severus espalhavam beijos delicados por toda parte de sua pele, a beijando, acariciando e adorando.
Tão lentamente que Celine estava se sentindo derreter aos poucos.
Ela voltou a abrir os olhos quando sentiu os lábios de Severus em seu umbigo, descendo até onde a saia ainda se encontrava intacta.
— Severus... — ela chamou baixinho quando percebeu que o mesmo também estava com os olhos fechados enquanto a tocava e beijava.
Ele olhou para cima, ofegante e com os olhos semicerrados, as íris mais escuras do que normalmente já eram.
A respiração quente em sua barriga fez Celine se arrepiar.
Severus se afastou e pareceu retornar ao seu estado de timidez anterior, com o rosto lindamente corado.
Celine se levantou, ficando em seus joelhos sobre a cama e puxou o pescoço do homem em sua direção, voltando a beijá-lo, dessa vez com urgência e rapidez.
As mãos dela encontraram o início da longa e escura camisa que o mesmo usava, mas antes que pudesse tentar retirá-la, Severus segurou a mão de Celine e olhou no fundo dos olhos da mesma.
Ela viu ali que Severus estava realmente envergonhado, então ela deixou mais um pequeno beijo em seu nariz e sussurrou em sua orelha o quanto ela o achava bonito e sempre quis estar assim com ele.
A mão que segurava a de Celine aos poucos foi se afrouxando e, no segundo seguinte, Celine retirava delicadamente a camisa de Severus, revelando seu corpo magro e pálido, com curtos pêlos escuros adornando todo o peito magro do homem.
Celine voltou a beijar os lábios de Severus e passeou com seus dedos pelo torso do homem, assim como ele havia feito com ela. Primeiro com toques e depois com beijos, escutando Severus suspirar e sentindo a pele desnuda se arrepiar diante seus pequenos toques.
Logo ambos estavam se beijando novamente, desesperadamente um pelo outro.
Ofegantes e se tocando cada vez mais, até Celine se colocar de pé e Severus se levantar junto a ela, ainda a beijando enquanto a mesma retirava sua saia e o que restava, no minuto seguinte, Celine se deitou na cama, ofegante e completamente nua.
Ela estava completamente corada no rosto e busto, era a primeira vez que ela ficava nua na frente de outro alguém e, as coisas só ficavam ainda mais difíceis para ela quando a mesma pensava que esse alguém era Severus Snape, o homem que ela era apaixonada desde sempre.
Celine arrumou os cabelos atrás das orelhas e tomou coragem para olhar em direção de Severus Snape que ainda estava de pé e, assim que ela o fez, sentiu-se corar e queimar ainda mais, pois Severus a encarava sem nem ao menos piscar.
— Se continuar me olhando muito, eu irei derreter de vergonha — ela disse baixinho e voltando a desviar o olhar do dele.
— Você é linda, Celine.
Celine olhou surpresa na direção de Severus e ficou ainda mais vermelha, sentindo a pele de seu rosto queimar e pinicar.
— Venha aqui, não fique me olhando assim — ela pediu e ele voltou a se sentar do lado da mesma, porém, ainda apenas olhando para ela.
Olhos de Ônix nos verde-azulados.
— Nunca fiz isso antes — ele revelou em um sussurro, ainda olhando para Celine. — Tenho medo de errar com você.
Celine sorriu e voltou a se sentar, dando um beijo rápido nos lábios de Severus Snape.
— Eu também nunca fiz nada disso — ela confessou. — Mas nós podemos aprender juntos, como sempre.
Severus sorriu de lado.
— Tenho certeza de que isso é bem diferente de se fazer poções.
Celine deu uma pequena risada.
— Bom, vamos descobrir, de qualquer jeito, nós sempre fomos muito bons nas aulas de poções, por aqui não deve ser tão diferente.
— Tenho certeza de que é.
"Então vamos descobrir juntos", Celine murmurou enquanto voltava a se deitar ao lado de Severus.
Os olhos do mesmo mais uma vez subiram e desceram pelo corpo da mulher, querendo gravar cada parte dele em sua memória.
Com as mãos novamente trêmulas, Severus voltou a tocar Celine, começando pelos ombros e pescoço, então busto e descendo, se demorando onde ela suspirava mais e, quando chegou em seu quadril, ele desceu pela coxa e panturrilha lisas.
Celine era perfeita, nem mesmo as pequenas cicatrizes que a mesma carregava consigo conseguiam a fazer ser menos perfeita aos olhos dele.
Ele voltou a subir com as mãos e segurou no quadril de Celine, olhando nos olhos dela como se perguntasse o que deveria fazer em seguida.
Celine não sabia se havia algum passo que deveria ser seguido dali, mas ela sabia onde queria ser tocada e, apesar de ninguém a ter tocado assim tão intimamente antes, ela sabia como gostava de ser tocada então, pensando nisso, a mesma pegou timidamente na mão de Severus e abrindo as pernas e fechando os olhos, ela guiou a mão dele até onde precisava e ainda o guiando, ela mostrou como gostava de ser tocada lá embaixo.
Começou lento e tímido, mas logo Celine soltou a mão de Severus e o deixou seguir sozinho, o que ele fez muito bem, muito bem mesmo.
Celine mordeu os lábios e segurou a vontade de deixar sua voz sair à vontade enquanto sentia os dedos longos e hábeis de Severus subirem e descerem precisamente, se demorando no monte de nervos e depois voltando a descer.
Ela abriu os olhos e se deparou com o teto quando agarrou a colcha da cama e finalmente soltou um gemido que estava segurando em sua garganta, ela não conseguiu segurar e ondulou o corpo em direção dos dedos de Severus Snape.
Ele definitivamente era melhor do que ela naquilo.
Era tão bom que ela estava sentindo a cabeça nublar com a sensação quente e formigante em seu ventre.
— Severus, sim! Isso é tão bom — ela abriu mais as pernas e agarrou com ainda mais força os lençóis quando sentiu o longo dedo entrar rapidamente nela e logo em seguida sair, voltando a massagear suavemente. — Oh, Merlin, isso é maravilhoso!
Celine sempre escutava as garotas dizerem o quanto isso era bom. O quanto estar com outro alguém na cama e tão intimamente era bom, porém, ela nunca pensou que fosse tão bom assim!
Enquanto Severus a tocava, ela pensava no quanto ela desejava ter feito aquilo mais cedo com ele.
— Eu queria que nós tivéssemos feito isso mais jovens — ela murmurou para ele entre um suspiro e outro. — Ah! Isso é tão bom.
Severus se abaixou e colocou seus lábios sobre os de Celine, a beijando desesperadamente enquanto a tocava sem parar.
Ele também pensava no quanto eles deveriam ter feito aquilo antes.
Deus, aquilo era perfeito!
Ele não sabia se estava fazendo tudo certo, mas estava confiando nas feições que pareciam satisfeitas de Celine e seus delicados gemidos que o faziam seguir em frente.
Os dedos dele estavam molhados, o que também o fazia pensar que ela realmente estava gostando daquilo e, sendo incentivado por isso e pelos quadris de Celine que sempre se erguiam em direção dos dedos dele quando os mesmos desciam, ele introduziu dois deles enquanto continuava a acariciar onde Celine havia o ensinado, foi então que Celine agarrou os ombros dele e começou a ofegar mais rápido e então, os músculos dela se contraíram ao redor dos dedos dele enquanto o corpo pequeno e delicado tremia e a voz de Celine saia chorosa e baixa, soltando murmúrios difíceis de se entender.
Olhando para Celine ofegante, vermelha e parecendo completamente satisfeita, Severus Snape teve a certeza de que aquela era a visão do paraíso.
Celine abriu os olhos e se deparou com a turva visão do teto do seu quarto novamente.
O rosto de Severus estava apoiado próximo ao dela e ele a olhava atentamente, parecendo não querer perder toda e qualquer expressão no rosto de Celine.
Ela o sentiu retirar devagar os dedos longos do meio de suas pernas e Celine se viu mais uma vez ofegante e suspirando pesadamente.
— Foi bom? — ele perguntou num sussurro, próximo ao rosto dela e acariciando o quadril fino e desnudo com os dedos que antes o mesmo utilizava para fazer algo incrível. — Eu fiz isso certo?
Celine virou o rosto e olhou de perto para o rosto avermelhado do homem tão ofegante quanto ela ao seu lado, ela sorriu e concordou com a cabeça.
— Nunca senti nada como isso antes — confessou. — Foi ótimo.
Severus concordou com a cabeça enquanto a pele de seu rosto ficava ainda mais vermelha, tão vermelha que o mesmo baixou o rosto contra os lençóis tentando esconder seu constrangimento.
Celine sorriu para aquilo e beijou os cabelos agora bagunçados de Severus Snape.
O homem olhou de esguelha para Celine quando sentiu os dedos finos tocarem novamente seu torso nu, descendo em uma carícia e tocando o cós de sua calça.
— Não faça isso — ele pediu enquanto sentia o rosto queimar, segurando a mão de Celine parada. — Se continuar eu sinto que irei morrer de vergonha.
Celine soltou uma leve risada e voltou a se deitar ao lado dele, olhando no fundo dos olhos escuros.
— Mas eu quero te tocar — ela murmurou e Severus suspirou fundo com aquela confissão. — Me deixe tentar te fazer sentir bem como você fez comigo.
Severus deu um leve repuxar nos lábios e negou levemente com a cabeça.
— Você realmente não precisa, eu já me sinto satisfeito apenas de te olhar e sentir.
Celine sentiu o rosto queimar e sorrindo grande, ela tocou seu nariz no de Severus, nunca desviando seu olhar do dele.
— É como se fosse um sonho estar assim com você.
Os dois sorriram um para o outro e selaram novamente os lábios juntos, Celine acariciou os cabelos de Severus e o guiou para que ficasse sobre ela e, com mais alguns beijos e palavras acalentadoras, poucos momentos depois ambos encontravam-se sem roupas e com os corpos grudados um no outro, conectados como nunca estiveram antes.
Celine abraçava Severus e o mantinha colado a si, enquanto o mesmo murmurava uma e outra vez o nome dela próximo ao ouvido da mesma, como uma oração.
"Celine, Celine, Celine...", ele repetia uma e outra vez enquanto a amava e adorava, e Celine se sentia derretendo nos braços do homem que ela tanto adorava e amava, era como estar finalmente completa e em paz de um jeito que Celine nunca havia sentido antes e, todos os problemas que existiam, era como se naquele momento se fizessem inexistentes.
Apenas ele e ela em leves carícias e beijos cobertos de paixão e ternura.
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