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Capítulo Dezoito ── Poemas e Poesias Sem Sentido

✧ Capítulo Dezoito ──
Poemas e Poesias Sem Sentido

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"O que vocês acham de 'Seus olhos são verdes como grandes limões, seus lábios vermelhos como morangos doces das estações'?", James recitou, encarando concentrado o pergaminho em uma das mãos enquanto brincava com a pena na outra.

Celine nem ao menos se dispôs a erguer os olhos de seu livro, enquanto Sirius, ao lado do amigo, apenas ergueu uma sobrancelha para o mais novo "poema", Peter, ao lado de Celine, foi o único a bater palmas em forma de elogio.

— Está incrível, Pontas! — ele exclamou alegre e James sorriu de lado para aquilo.

Sirius riu e Celine levantou os olhos pela primeira vez desde que entraram no expresso para Hogwarts, apenas para olhar desacreditada na direção de Peter.

— Eu sinto que fazem menos sentido cada vez mais — ela falou enquanto fechava o livro e o deixava descansando em sua perna. — Quer dizer, se você quer deixar alguém confuso, então ele é perfeito.

James soltou o pergaminho e a pena, aborrecido, enquanto Sirius gargalhava ao lado, se dobrando de tanto rir.

— Desculpe, amigo, mas eles são realmente muito ruins — ele disse a James, que o fitava como se Sirius Black fosse um grande traidor.

— Sinceramente, da próxima vez eu vou apenas perguntar para o Aluado — James murmurou enquanto guardava suas coisas.

Celine ergueu uma sobrancelha para Sirius, que a olhou sem entender e, depois, ela indicou com os olhos o pergaminho próximo a ele, que James havia largado ali com seus "poemas" e "poesias" românticos.

"Cabelos alaranjados, olhos ensolarados, meu coração próximo a você bate mais rápido que um tornado", Sirius leu em voz alta e Celine se pôs a gargalhar, jogando a cabeça para trás e rindo alto, Peter tentou segurar a risada a princípio, mas acabou se entregando a ela quando James arregalou os olhos em surpresa para Sirius com o pergaminho em mãos.

— Merlin! Isso é horrível, James — Celine disse enquanto secava os olhos e ainda ria.

— Meu conselho para você, Pontas, é que faça qualquer outra coisa, menos entregar isso para ela — Sirius aconselhou rindo, ao qual James apenas arrancou o pergaminho das mãos do amigo.

Ele apontou na direção de Sirius e Celine, com o rosto escarlate, os dois não sabiam dizer se ele estava com raiva ou vergonha.

Talvez os dois.

— Vocês são péssimos amigos! — exclamou. — E outra, você corre atrás do próprio rabo, como vai saber se está bom ou não?!

Celine jogou a cabeça para trás mais uma vez, gargalhando tão alto que as crianças do segundo ano que estavam na cabine ao lado tomaram um susto com a risada alta, Peter se juntou a Celine, os dois riam de James enfurecido.

— Aí, Potter, essa doeu! — Sirius se fingiu de ofendido e magoado enquanto colocava uma mão acima do peito.

— James, amigo, você não precisa de poemas, poesias, nem nada disso — Celine chamou a atenção do mesmo, que logo tirou os olhos de Sirius e voltou a olhar para ela.

— Mas só o meu charme não tem dado certo — ele retrucou e Celine comprimiu os lábios para não voltar a rir alto.

Sirius fez o mesmo, mas quando James se virou em sua direção, ele apenas fingiu estar sério e concordou com a cabeça.

Peter estava meio perdido ali, olhando de um ao outro.

— Eu iria dizer — ela continuou —, para você apenas ser sincero e deixar de ser um grande idiota.

— Eu não sou um idiota! — ele exclamou ofendido.

Celine colocou um dedo sobre os lábios, o pedindo para ficar quieto, James se virou mais uma vez para Sirius, como se perguntasse para ele se o que Celine disse era mesmo verdade.

— Ele também é um idiota, não adianta perguntar para ele — ela explicou como se fosse óbvio e Sirius mais uma vez colocou a mão no peito com cara de ofendido.

"Você só precisa ser romântico, nós garotas gostamos disso", ela explicou enquanto erguia seu livro e batia na capa dura do mesmo com o indicador. "Lílian me presenteou com esse livro e ele é puro romance! Seja sincero quanto aos seus sentimentos e adicione um 'Te amo ardentemente' no final, acho que ela vai gostar", Celine falou enquanto folheava o livro e suspirava.

Os três meninos fizeram caretas de desgosto para aquilo.

— Pura besteira! — Sirius exclamou. — Apenas dê para ela um pouquinho do gosto do que ela pode ter e depois suma! Elas sempre correm atrás depois, sempre deu certo.

Sirius Black tinha um olhar de quem sabia do que estava falando e se orgulhava daquilo, Celine fechou o livro ensandecida, não acreditando em tamanha baboseira.

— É por isso que seus namoros não duram nem mesmo uma semana! Na verdade, James, eu tenho um novo conselho — ela se levantou e segurou Sirius pelos ombros, o virando em direção de James. — Seja tudo, menos um Sirius Black!

— Ei! — o garoto reclamou enquanto se voltava em seus pés, olhando feio para Celine. — Você nunca nem namorou, não me venha com essa!

Celine balbuciou, imitando Sirius, o que o fez ficar ainda mais vermelho.

— Pare já com isso! — ele apontou para ela.

— Pare já com isso! — Celine imitou e então Sirius e ela começaram uma discussão irritadiça onde Sirius insultava Celine e Celine o imitava deixando-o ainda mais irritado.

Peter, em seu assento, comia seus doces enquanto olhava de um ao outro e, James, de pé e cenho franzido para a cena, fazia uma nota mental para ele mesmo. "Nunca mais peça conselho nenhum para esses dois cabeças ocas", ele repetia consigo mesmo mentalmente.

— Pelas barbas de Merlin! Parem com isso vocês dois! — James exclamou quando Celine e Sirius estavam a ponto de agarrar nos cabelos um do outro.

Mas ao invés dos dois pararem de gritar um com o outro, eles apenas se viraram na direção de James e então os insultos acabaram sobrando para ele também e, logo, estavam; James, Sirius e Celine insultando e gritando uns com os outros na pequena cabine.

— Pessoal — Peter chamou olhando de um para o outro —, se acalmem — ele pediu e, vendo que não deu certo, estendeu a mão com seu pequeno saco de balas adocicadas e ofereceu aos amigos. — Que tal se comermos doces, hum?

Foi no momento exato em que Celine, nas pontas dos pés, finalmente havia conseguido alcançar os cabelos longos e pretos de Sirius Black, que a porta do compartimento acabou abrindo repentinamente.

Havia um Peter oferecendo doces ao nada, uma Celine Dorsey raivosa tentando arrancar os cabelos de Sirius Black e também havia James Potter, abaixado, segurando Celine pela cintura, tentando a impedir de arrancar a cabeça de Sirius enquanto o mesmo tentava retirar a todo custo os dedos finos da amiga dos fios de cabelo.

Foi com o som de uma tosse, que eles se viraram e encararam Lílian Evans parada na porta do vagão, ela parecia surpresa com a situação.

— Eu realmente não esperava por isso — ela disse e Celine conseguiu sentir James se desequilibrar em sua cintura, caindo sobre seus joelhos, perdendo os óculos circulares por alguns instantes antes de o colocar no rosto novamente.

— Lílian! — ele exclamou se levantando. — Oi, Evans!

Lílian negou com a cabeça e olhou para Celine, dando um pequeno e singelo sorriso.

— Eu queria conversar com você — ela revelou, mas depois apontou para Sirius Black, ao qual Celine ainda segurava os cabelos fervorosamente. — Mas posso voltar depois que você acabar aí.

Celine logo se pôs a soltar os cabelos de Sirius, que suspirou de alívio e acariciou o couro cabeludo dolorido.

Ela andou até a porta onde a garota ruiva estava, mas quando seu pé estava prestes a pisar mais a frente, James se apressou e conseguiu chegar antes dela.

— Você está linda hoje, Evans — ele elogiou e Celine quis socar as costas dele. — Como foram suas férias de verão?

A garota ruiva cruzou os braços e bufou.

— Ótimas, Potter — ela respondeu a contra gosto.

— Que bom, as minhas também foram muito boas, obrigado por perguntar — ele bagunçou os cabelos e arrumou os óculos, enquanto se encostava ao lado do batente da porta. — O que você acha de fazer sua primeira visita a Hogsmeade deste ano acompanhada por mim?

Lílian revirou os olhos e em seguida sorriu de lado para James.

— Eu já te disse que prefiro a lula gigante do que você, não disse? — perguntou erguendo uma sobrancelha.

— Anote o que está dizendo, por que esse ano eu te faço mudar de ideia.

Celine fingiu vomitar nos próprios pés fazendo Sirius e Peter soltarem risadas baixas, o que fez James se virar e olhar para eles.

— Aqui, Lílian, fiquei sabendo que isso é para você — Celine falou se aproximando da porta, entregando na mão de Lílian um pergaminho meio amassado.

Antes que Lílian pudesse reagir, dizendo algo ou até mesmo lendo o conteúdo do pergaminho entregue por Celine, James foi mais rápido ao arregalar os olhos e arrancar o pergaminho das mãos de Lílian, correndo até a janela e o jogando fora.

— Mas o que - 

Lílian olhava atônita para James que havia jogado o pergaminho para longe, fora do trem. Celine riu e logo após Sirius e Peter gargalharam da situação.

— Não liga, ele é maluco assim mesmo — Celine falou enquanto saia do cômodo junto com Lílian.

"Você me paga", ela conseguiu escutar James murmurar pouco antes dela fechar a porta do compartimento em que antes ocupava com eles.

— Então? — Celine perguntou.

Lílian olhou para os pés, parecendo tímida por um instante.

— Como foram suas férias?

— Foram boas, obrigada por perguntar — Celine encarou Lílian Evans sem entender. — Obrigada pelo livro, eu realmente adorei.

A garota ruiva levantou os olhos dos pés e sorriu para Celine.

— Sério? Ele não é exatamente novo, mas achei que você iria gostar dele também. É um dos meus preferidos! — falou entusiasmada. — E obrigada pelos doces!

Celine deu de ombros enquanto sorria.

— Sabe, Celine — ela murmurou —, nessas férias eu recebi uma carta que me dizia ser a mais nova monitora da nossa casa — revelou e Celine fechou os olhos com força, já entendendo aonde aquela conversa iria parar. 

"Primeiro, eu achei que tivesse sido um terrível engano, mas quando escrevi essas exatas palavras para a professora McGonagall, ela me respondeu dizendo que não havia engano algum", Lílian ergueu uma sobrancelha na direção de Celine, como se esperasse por uma resposta vinda dela.

Celine suspirou e pela primeira vez desde que viu Lílian, ela reparou no distintivo com um enorme M grudado em sua vestimenta vermelha, o mesmo distintivo que costumava ser dela.

— Eu não sou mais monitora — ela murmurou enquanto massageava o pescoço. — Não há mesmo engano nenhum nisso.

Lílian concordou com a cabeça, como se entendesse, mas ainda olhava para Celine parecendo curiosa.

— Mas você era tão boa monitora e gostava tanto disso! Por que tirariam o cargo de você? — ela perguntou, parecendo intrigada com tudo aquilo.

— Não me diga que você não ficou sabendo disso...

Celine olhou para o teto do trem, não acreditando que teria que contar sua história de constrangimento sobre o dia que perdeu seu distintivo de monitora... ela jurava que todos já sabiam sobre isso, a escola inteira!

— Disso o que? — a ruiva perguntou com o cenho franzido.

— Naquele dia no Lago Negro — relembrou —, eu lancei um feitiço em James, na frente de todos. Foi por isso que eu perdi o distintivo.

Ela tirou os olhos do teto, apenas para se deparar com uma Lílian Evans confusa.

— Eu fiquei sabendo disso sim — respondeu honesta, o que fez Celine murchar ainda mais em sua frente. — Mas o que eu não entendo é o porquê de você ter perdido seu distintivo.

— Eu lancei um feitiço em James Potter — ela explicou novamente. — Monitores não podem sair lançando feitiços nos outros alunos por aí, você não sabia disso? Ainda bem que eu te disse agora, logo no início do ano letivo.

Lílian negou com a cabeça enquanto ria.

— Eu sei que não posso sair lançando feitiços, mas você não fez por mal, não é? E nem foi uma coisa tão terrível assim! 

Celine concordou com a cabeça.

— James disse a exata mesma coisa para a professora McGonagall — ela revelou e Lílian fez uma careta. — Mas eu estava mesmo errada, não tinha como a professora me manter como monitora depois do que eu acabei fazendo. Não era um bom exemplo de como uma monitora deve ser, não é?

Lílian concordou, mas ainda parecia receosa.

— Eu ainda não gosto disso, não sei se quero manter o distintivo sabendo que você o merece bem mais do que eu — ela revelou e Celine a olhou surpresa. — Você era sim uma boa monitora, apenas fez aquilo para proteger um dos alunos.

Celine abanou aquela idéia com uma das mãos e sorriu de lado para Lílian, que a olhou sem entender, visto que ela falava sério ali.

— Você é a nova monitora agora, Lílian, e está tudo bem, sério — ela tranquilizou a garota. — Não me diga que veio falar comigo porque pensava que eu ficaria chateada?

— Não — ela respondeu rapidamente. — Quer dizer — murmurou dando de ombros —, na verdade, eu pensei sim que você ficaria chateada comigo por causa disso.

— Eu estou prestes a fazer meus dezesseis anos — Celine respondeu rindo. — Não vou ficar chateada por causa disso, além do que, a culpa foi totalmente minha por ter perdido o distintivo.

— Não, não foi — Lílian insistiu. — Mas nós ainda continuamos amigas então?

Celine ergueu uma sobrancelha para Lílian, que ergueu outra de volta.

— Nós somos amigas, não é? — ela insistiu.

— Somos sim, mas apenas porque eu realmente gostei daquele livro.

Lílian concordou com a cabeça, sorrindo aberto para a conversa das duas.

— Eu preciso voltar para a cabine dos monitores agora — falou apontando para trás, onde a cabine fica. — Nos vemos em Hogwarts então?

Celine concordou.

— Nos vemos em Hogwarts.

A garota ruiva então se virou acenando para Celine e seguiu reto pelo corredor estreito do trem, Celine finalmente voltou a abrir a porta do compartimento onde estava antes, mas quando rolou a porta para o lado, se surpreendeu com James, Sirius e até mesmo Peter quase caindo para fora.

Eles estavam encostados na porta que antes se encontrava fechada.

— Vocês estavam escutando minha conversa! — ela acusou de cara fechada.

Sirius se abaixou e se apoiou em um dos ombros de James, sussurrando para ele.

— Celine tem mais chances com a Evans do que você.

James arregalou os olhos e apontou para Celine, ele parecia prestes a dizer algo, mas de repente, não muito longe do corredor, Celine conseguiu escutar seu nome ser chamado.

Quando ela se virou para olhar, junto com os três garotos, o que eles viram foi Severus Snape, andando meio curvado e de olhos baixos pelo corredor estreito, tentando alcançar Celine.

O coração da garota saltou um degrau inteiro direto para um mar de águas congelantes, fazendo suas bochechas corarem e, James, Sirius e Peter, olharem feio na direção de onde Severus Snape vinha.

— Mas o que esse - 

James estava prestes a dizer algo e sair da cabine para se pôr ao lado de Celine, mas a mesma foi mais rápida na hora de voltar a deslizar a porta, trancando-a bem no rosto do amigo.

Quando ela sentiu que James estava fazendo força para abri-la, Celine sacou a varinha e trancou a porta de vez, deixando os três amigos enclausurados na pequena cabine.

— Olá, Severus — ela cumprimentou com um pequeno sorriso. — Como vai?

Severus estava perto o suficiente para ter que fazer Celine Dorsey erguer o pescoço para poder olhar em seu rosto, ele primeiro olhou para a porta ao lado e para o trinco que subia e descia sem parar, para depois voltar a olhar para a garota a sua frente, que sorria ruborizada, deixando as várias pintinha em sua face ainda mais em evidência.

— Bem — ele murmurou em resposta, enquanto mexia no bolso de sua calça. — Aqui está.

Snape ergueu a mão pálida e de dedos finos na direção de Celine, com um galeão por entre os dedos.

Celine olhou para o galeão e depois para Severus, que a olhava sério.

Ela sabia que Severus não se sentiu nada à vontade com ela tendo o dado aquele galeão naquele dia no Beco Diagonal, ele sempre deixava isso em bastante evidência quando respondia cada uma de suas cartas, sempre dizendo que devolveria o galeão o quanto antes possível, mesmo Celine sempre o acalmando e dizendo que não precisava de tanta pressa quanto a aquilo.

Na verdade, ela queria muito era dizer para Severus que ele não precisava devolver nada a ela, que ela havia dado aquele galeão para ele de muito bom grado.

Mas Celine sabia que Severus Snape não iria gostar disso.

— Obrigada — ela agradeceu enquanto aceitava a moeda.

Severus concordou com a cabeça e girou em seus calcanhares, voltando a andar pelo corredor.

— Como foram suas férias? — Celine perguntou enquanto segurava a mão de Severus, o impedindo de sair dali.

O garoto se virou mais uma vez na direção de Celine, e encarou a mão da garota que segurava a dele.

Celine logo tratou de soltar a mão de Severus, como se a mesma estivesse pegando fogo.

— Foram boas — ele respondeu e, pouco depois, a cortina da pequena porta da cabine ao lado deles se ergueu e o rosto muito raivoso e vermelho de James Potter se fez presente.

"Saia daqui se você não quiser morrer!", ele balbuciava, porém, nenhum som saia de sua boca.

Sirius estava logo atrás e não parecia tão atento assim à situação, não até ver que do lado de fora da cabine estavam Celine e Severus Snape, lado a lado, aquilo fez o sangue dele borbulhar.

"Abra a porta!", ele pedia em direção a Celine.

James arregalou os olhos em direção a Snape e com o dedo indicador, ele riscou o próprio pescoço e depois apontou para Severus Snape, que apenas riu daquilo.

— Gostaria de ver você tentar, Potter — ele respondeu e, deixando um James Potter furioso enquanto batia no vidro da porta para trás, ele andou pelo corredor, voltando de onde havia vindo.

Depois que Severus estava longe o bastante para não ser mais visto ou alcançado, Celine finalmente sacou sua varinha e retirou os feitiços lançados na porta e compartimento.

— Quem ele pensa que é? Aquele Ranhoso, chorão, nojento...

— Já pode parar, James — Celine falou enquanto entrava na cabine e revirava os olhos.

— Agora ele paga pela sua amizade? — Sirius perguntou com um pequeno sorriso, enquanto encarava o galeão na mão de Celine. — Agora eu entendo por que você anda com ele.

— O Bola de Gosma realmente precisa pagar alguém agora que a Evans não fala mais com ele, né? — Peter falou com a boca cheia e James riu ao lado dele.

— É de dar pena — ele murmurou.

Celine guardou o galeão no bolso da saia e olhou feio na direção de cada um deles.

— Eu já tenho o bastante, não preciso de ninguém me pagando por isso! — ela exclamou raivosa. — Se eu sou amiga de Severus, é porque eu realmente gosto dele. Ele definitivamente não precisa me pagar para isso.

Os três garotos olharam para Celine como se ela fosse uma verdadeira abominação da natureza.

Porém, Celine parou novamente e pareceu prestar atenção somente agora no que Peter havia dito.

— Severus e Lílian não se falam mais? — ela perguntou surpresa.

Ela sabia que ultimamente os dois não estavam muito bem um com o outro, ainda mais depois do que Severus havia dito a Lílian na enorme confusão diante do Lago Negro, mas ela não sabia sobre nada dos dois não estarem mais se falando ou terem cortado amizade um com o outro.

— Ele ficou esperando por ela fora da comunal, por boa parte da noite, isso pouco antes das férias. A Evans só saiu porque Maria MacDonald disse que o Ranhoso estava a horas a esperando do lado de fora, no frio — Sirius explicou e se virou com um sorriso presunçoso no rosto. — Todos escutaram quando ela disse que nunca mais queria olhar na cara dele.

— Verdadeiramente patético — James murmurou.

Celine se sentou, cruzando as pernas e voltou a abrir seu livro de romance, simplesmente fingindo não escutar mais nada sobre aquele assunto. James e Sirius murmuravam algumas coisas sobre aquilo ainda, mas ela realmente não dava ouvidos para a conversa.

— Cel! — James chamou muito tempo depois, colocando uma das mãos no livro de Celine, pondo-o para baixo e a fazendo olhar para ele. — Você escutou o que eu disse?

Celine franziu o cenho e o olhou feio.

— Se ainda for sobre Severus, então não! E nem quero! — respondeu irritada, voltando a levantar o livro, que logo foi baixado de novo pela mesma mão de James Potter.

— Isso já faz o que? Meia hora? — respondeu revirando os olhos. — Eu estava falando sobre outra coisa.

Celine ergueu uma sobrancelha para ele e o olhou como se o incentivasse a ir em frente.

— Você e a Evans são amigas, não é? Por que não conversa com ela sobre mim? Diga a ela que eu sou um cara legal, que definitivamente vale a pena sair comigo — ele disse entusiasmado, balançando a cabeça várias vezes e fazendo seus cabelos pretos e desgrenhados voarem para todos os lados.

Celine apenas negou com a cabeça.

— Ela prefere lulas gigantes, foi o que fiquei sabendo — ela simplesmente respondeu, voltando a erguer seu livro e retornando para sua leitura.

James logo desfez seu sorriso, ele realmente pensou que seria uma boa ideia ter Celine falando bem dele para Lílian, visto que ele era péssimo com poemas e poesias, mas agora que ela havia recusado, lá estava ele novamente, na estaca zero.

— Estou no fundo do poço — ele murmurou enquanto voltava a se sentar ao lado de Sirius, que deu uma pequena palmada no ombro do amigo, sorrindo para ele.

— Sabe qual o lado bom de se estar no fundo do poço? — perguntou e James o olhou sem entender. — Se você continuar descendo mais, vai acabar encontrando petróleo!

Peter se engasgou com seu doce e Celine deixou uma pequena e baixa risada escapar enquanto ainda encarava seu livro.

— Não é todo lugar que tem petróleo — ela falou, obviamente zombando da frase de Sirius Black.

James bufou e afastou a mão de Sirius, cruzando os braços no peito e murchando no assento do trem.

— Já disse que vocês são péssimos amigos hoje? Vou procurar por novos esse ano — murmurou aborrecido, o que fez Celine e Sirius rirem ainda mais.

O expresso não demorou muito para chegar ao seu destino, os quatro desceram juntos, porém, antes de chegarem até às carruagens, conseguiram avistar não muito longe, ajudando os alunos do primeiro ano, Remus Lupin, ao qual, Celine e os outros acenaram na direção do amigo, recebendo um sorriso de volta.

Ao lado dele estava Lílian Evans, ajudando com as crianças e com alguns outros alunos mais velhos também, James não perdeu tempo, começando a bagunçar os cabelos com uma mão enquanto acenava com a outra para a garota ruiva e piscava um olho.

Lílian nem ao menos respondeu, o que logo fez com que James Potter abaixasse a mão e fingisse que não havia feito nada.

— Ô, Sirius! Seus cabelos alaranjados e olhos ensolarados! — Celine cantou enquanto segurava o braço do amigo.

— Ô, Celine! Meu coração próximo a você bate mais rápido que um tornado — ele continuou, pegando Celine pela cintura e girando a garota junto com ele. — Vamos girar rápido agora feito o nosso amor! 

— Feito um tornado! — ela completou e os dois saíram rodopiando e rindo, caçoando de James e seus poemas e poesias falhos.

— Vamos, Rabicho — James chamou, já adentrando a carruagem que os levaria ao castelo. — Vamos entrar rápido e deixar esses dois idiotas para trás.

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