97° capítulo
Dias depois...
Brunna
Desde aquele dia do carro, após a briga com o pai da Lud, eu ando muito confusa. Eu não sei se o que eu ando vendo são imagens que eu vivi ou se são só alucinações da minha cabeça.
Eu não quero preocupar a Lud com isso no momento, pois eu sei que ela está preocupada com o que seu pai falou lá no shopping em Salvador e eu não vou negar que também estou.
Lud: Amor, você vai para o escritório agora? Acabamos de chegar no Rio, deixa para manhã. - Eu pego a minha bolsa e vou até a minha namorada a dando um beijo rápido. - Fala para Patty que você vai amanhã? - Ela me olha preocupada e encosto a nossas testas.
Bru: Meu amor você conhece a minha irmã, e se eu não for agora, depois eu vou ouvir muito dela. - Ela me abraça forte e eu dou um beijo em seu ombro.
Lud: Então, você promete que vem almoçar conosco?
Bru: Eu prometo que vou tentar. - Ela sorri e eu dou um outro beijo, só que esse um pouco mais demorado. - Eu vou lá, mas eu volto rápido tá. - Ela balança a cabeça concordando. - Crianças estou indo. - Logo os vejo correndo até mim e abraçando a minha perna. - Cuidam da mamãe Lud, para mim? - Olho para os dois que acenam positivamente sorrindo. - Eu vou lá, mas já volto para passar o resto do dia com vocês.
Henry: Nós vamos a praia mamãe? - Aceno que sim o fazendo pular de alegria.
Bru: Mas vocês tem que se comportar tá. - Eles acenam concordando enquanto dou um beijo na testa dos dois. - Até mais meus amores.
Clarinha/Henry: Até mamãe. - Me levanto indo até a Lud e dando um último beijo antes de ir para o escritório.
Bru: Qualquer coisa que precisar, me liga tá. - A abraço forte e dou um beijo em sua testa. - Até mais meu amor.
Lud: E vai com cuidado tá. - Balanço a cabeça positivamente e vou até a porta saindo do apartamento.
No caminho eu peço para a Patty o endereço da advocacia e com a ajuda do GPS logo eu chego e estaciono o carro.
Assim que eu entro na advocacia uma mulher nas faixas de uns cinquenta anos vem até mim me abraçando , o que me deixa sem graça.
Bru: Me desculpas, mas eu te conheço? - Ela se afasta de mim e me olha sem entender.
Patty: Até que fim né Brunninha. - Eu olho para a minha irmã que vem até mim me abraçando. - Chegaram bem de viagem?
Bru: Estou exausta, mas como prometido aqui estou. - Ela sorri e me leva até o meu escritório. - Patty, quem é aquela mulher na recepção? - Me sento na cadeira e logo ela senta do meu lado.
Patty: Desculpas, eu esqueci que você não se lembra dela. - Ela pega alguns papéis e deixando em cima da mesa. - Depois eu explico para ela, não se preocupa não. E ela trabalha aqui com nós desde o começo da advocacia.
Bru: Tá certo. - Pego alguns papéis e dou uma olhada rápida. - Pelo jeito vamos demorar né? - Ela me olha sem entender. - É porque a Lud, quer que eu vá almoçar em casa.
Patty: Então vamos tentar acabar isso o quanto antes.
Ficamos umas quatro horas ali sentadas e lendo algumas cláusulas. Patty me explica tudo e logo eu pego a prática.
Quando olho para o relógio me assusto, já passava das onze e meia. Me levanto da cadeira e vejo o olhar da Patty em mim.
Bru: Eu já vou para casa, Patty. Você quer ir almoçar lá em casa?
Patty: Se você está me convidando para comer de graça, é claro que eu vou. - Começo a rir e ela rapidamente pega a bolsa vindo até mim. - Então vamos, que meu estômago tá roncando.
Saímos da advocacia e durante o caminho mando um áudio para a Lud informando que a Patty estava indo comigo para o apartamento.
Patty: Brunninha, eu vou te comentar uma coisa que você estava procurando antes de perder a memória. - A olho rapidamente e volto a atenção para a estrada.
Bru: Me fale Patty. - A vejo sorrir e ela logo abre a bolsa me mostrando um papel.
Patty: Como cheguei ontem, um corretor veio até na minha sala atrás de você. Ele me pediu para te mostrar esse folheto e se vocês interessarem, ligar para ele.
Bru: Patty, o que é esse folheto?
Patty: Esse folheto são de casas para comprar. E pelo jeito você estava procurando casa de frente para a praia.
Bru: Será que a Lud sabe disso?
Patty: Acredito que você tenha falado para ela, pois vocês iriam se casar né.
Bru: Depois eu vejo com ela.
Patty: Sei que não é da minha conta, mas aquele apartamento realmente está ficando pequeno para vocês.
Bru: Eu sei disso, e se a Lud concordar, nós vamos ver as casas para comprar.
Patty: Acho que você devia fazer uma surpresa para ela. Vai lá olha e se você gostar de alguma, você leva a Lud para ver. O que acha?
Bru: Acho que é uma boa idéia.
Ludmilla
A gente mal chegou e a Bru já foi para advocacia por causa da Patty. Eu sei que minha cunhada está com pressa para viajar e deixar a Bru a par dos negócios, mas não podia deixar para amanhã.
Logo a campainha toca e eu me levanto do sofá para atender. E assim que abro eu vejo o meu pai com um sorriso enorme e antes que eu consiga fechar ele coloca o pé no vão da porta me impedindo do ato.
Lud: O que você quer aqui? - Meu coração batia cada vez mais acelerado.
Luiz Antônio: Acho que precisamos conversar. Já que você não foi no encontro marcado, eu vim aqui na sua casa. - Respiro fundo e nesse momento vejo as crianças entrarem na sala. - Abre para mim minha filha, é rápido. - Olho para as crianças e aceno para elas entrarem para dentro.
Lud: Você promete que se eu deixar você entrar e falar, você sumirá da minha vida? - Vejo as crianças se retirarem e nesse momento eu abro passagem para a sua entrada. - Agora me conte. O que tanto tu quer conversar comigo, já que nunca me procurou para saber como eu estava?
Luiz Antônio: Minha filha, eu preciso de dinheiro.
Lud: Eu sabia que você queria dinheiro. E para que você precisa? - Eu cruzo os braços e fecho a cara.
Luiz Antônio: Eu preciso pagar uma dívida aí. E se eu não pagar a minha cabeça está em jogo.
Lud: E quanto o senhor precisa?
Luiz Antônio: Eu preciso de um milhão de reais.
Lud: Eu não tenho isso tudo não, você está doido.
Luiz Antônio: Você pode até não ter, mas a sua namoradinha tem. - O olho incrédula sem acreditar no que eu estava ouvindo.
Lud: Eu não vou pedir dinheiro para ela.
Luiz Antônio: Então você prefere o seu pai Morto, é?
Nesse instante recebo um áudio da Bru e levo até o ouvido para ouvir e respondo na mesma hora digitando uma mensagem.
Lud: Você se vira, eu não vou dar nenhum centavo para o senhor. - Ele me olha com raiva e no mesmo instante aponta um revólver em minha direção.
Luiz Antônio: Eu juro que tentei do modo mais fácil, mas você não me deu solução. - Fico calada e assustada. - Chama as crianças, anda. - Eu comecei a entrar em desespero e comecei a chorar. - Chama elas, se não eu atiro em você agora. Não vou me importar de você ter o meu sangue.
Lud: Deixa as crianças longe disso. Eu te dou tudo o que tenho. - Ele sorri e acena negativamente.
Luiz Antônio: Você não tem o valor que eu quero, mas a sua namoradinha tem e eu acho que ela me daria o que eu quisesse, para ter as crianças de volta.
Lud: Você está doido. - Sinto minhas vistas embaçadas de água e na mesma hora ele atira em mim me deixando inconsciente.
Henry Oliveira
Eu não entendi o motivo da minha mãe pedir para nós irmos mais para dentro, mas reparei que tinha alguém na porta.
Entro com Clarinha no quarto e a chamo para brincar de carrinho até mamãe Brunna chegar.
Enquanto brincamos eu escuto vozes alteradas vindo da sala e no mesmo instante olho para a Clarinha que também está assustada como eu.
Henry: Eu vou lá. - Clarinha me segura pelo braço impedindo que eu fosse.
Clarinha: É melhor nos escondermos, a mamãe pediu para a gente não ir até a sala.
Henry: E se aconteceu algo com ela?
Clarinha: Eu confio na mamãe. - Ela pega a minha mão e entramos dentro do guarda roupa. - Fica quietinho tá, qualquer coisa eu te protejo. - Eu começo a chorar e ela tampa a minha boca. - Henry, precisamos manter a calma e se fazer barulho seremos pegos. - Eu aceno concordando e logo seguro o choro.
Logo escutamos passos no nosso quarto e eu olho para a Clarinha que me pede para ficar em silêncio.
Xxxxx: - Oi amores, sou eu o avô de vocês. - Ele começa a nos procurar em todos lados e nada. - Eu não gosto de brincar de pique esconde. - E quando nós menos espera vejo a porta se abrir e o sorriso maléfico na cara do homem que dizia ser nosso avô. - Saí daí, anda.
Nós saímos e em todos os momentos Clarinha ficou em minha frente me protegendo.
Clarinha: O que o senhor quer com nós? - Vejo algumas lágrimas nos olhos dela, mas logo ela limpa. - E o que fez com nossa mãe?
Xxxxx: Ela está dormindo, mas ela está bem. Agora vocês virão comigo. - Ele pega o seu celular digitando algo e minutos depois aparece uns dois homens.
Henry: Clarinha eu estou com medo. - Ela me olha e vejo que também está assustada.
Xxxxx: Pegam eles anda. - Tentamos fugir mas logo fomos pegos.
Eu começo a chorar de desespero, sem saber para onde eles estavam nos levando. Logo somos levados para fora do apartamento e vejo muitos homens caído no chão durante o caminho.
Depois de um tempo somos jogados dentro de um carro. Eu pego a mão de Clarinha e a seguro firme com medo do que eles fariam com nós. Eu não quero ficar sem as mamães.
Dias de luta novamente! Agora vou indo mesmo kkkkk, até mais tarde!
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