82° capítulo
Ludmilla
Eu fiquei mais de meia hora sentada no banco de fora junto com a Lari, contando o acontecido até ver minha sogra se aproximar. Lari sai nos deixando a sós.
Mia: Lud, minha filha quer conversar com você. - Limpo meus olhos e a vejo sorrir em minha frente.
Lud: É sério? - Ela balança a cabeça que sim com um enorme sorriso no rosto. - Eu não sei se devo ir agora.
Mia: Lud, minha filha está confusa com as novas informações, então não leve para o pessoal, o que ela pode ter te falado.
Lud: Eu sei que ela falou aquilo porque realmente não se lembra de mim, mas aquelas palavras ainda estão martelando o meu coração. - Ela se senta do meu outro lado e segura a minha mão.
Mia: Meu amor, as coisas vão se acertar com o tempo. E se Deus quiser logo ela vai lembrar de tudo e vocês serão felizes.
Lud: Eu espero muito esse dia. Eu não aguento mais sofrer, sempre acontece algo para nos separar.
Mia: Lud, os problemas são pequenos em vista do sentimento que vocês têm uma pela outra. Eu vejo como vocês se amam e se completam.
Lud: Eu amo muito sua filha.
Mia: Então continua lutando por ela e por vocês. E não deixe nada e nem ninguém destruir esse amor tão lindo de vocês.
Lud: Eu não vou deixar. - Ela sorri e se levanta.
Mia: Então vamos lá, que a minha filha está lá te esperando. - Sorrio e me levanto a acompanhando até dentro do hospital.
Caminhamos pelos corredores até parar na porta do quarto. Ela me olha e me abraça sussurrando em meu ouvido.
Mia: Seja forte, Lud. E tenha um pouco de paciência com ela e releve qualquer coisa ruim que ela possa te falar nesse momento.
Lud: Eu vou ser forte por nós, eu prometo. - Ela sai do meu abraço e me olha sorrindo.
Ela abre a porta e entra primeiro. Assim que eu a vejo sorrindo e me olhando, meu coração dispara. Logo todos saíram do quarto e eu me aproximo lentamente.
Bru: Me perdoe pelo meu comportamento mais cedo.
Lud: Tudo bem.
Bru: Senta aqui. - A vejo bater no colchão ao seu lado e sorrir. - Vem eu não mordo não. - Eu me aproximei ainda mais e me sento.
Assim que olho para aqueles olhos castanhos, meu coração disparou e minhas lágrimas voltaram a cair sobre o meu rosto. Sinto sua mão em meu rosto que logo limpa as minhas lágrimas e a vejo sorrir.
Bru: Eu posso fazer uma coisa? - Aceno que sim, mesmo com o medo que eu estava sentindo.
Ela se aproxima lentamente de meu rosto e sem tirar os olhos de minha boca. Mordo os meus lábios imaginando o que ela faria a seguir. Fecho meus olhos ansiosa pelo beijo que viria. Mas logo sinto seus lábios em meu rosto e nesse momento eu abro os meus olhos não acreditando.
Bru: Obrigada por vir aqui, mesmo depois de tudo o que disse.
Lud: Eu jamais negaria um pedido seu. - Ela sorri lindamente e pega em minhas mãos as segurando.
Bru: A Patty me contou alguma coisas, que me deixou muito surpresa. Eu estou bastante confusa com o que ouvi e meus sentimentos ainda estão uma bagunça.
Lud: Eu entendo. Eu não vou te pressionar a nada. - Ela pega a minha mão e leva até a sua boca dando um beijo casto.
Bru: Obrigada por me entender. Eu quero muito mesmo me lembrar de você, mas eu não consigo. E eu não sei se vou lembrar algum dia.
Lud: Eu vou te ajudar com isso. - Vejo seu semblante mudar e ela me olha séria.
Bru: Ludmilla. E se eu não lembrar de você nunca.
Lud: Isso não importa para mim. Eu vou fazer você me amar novamente.
Bru: Eu não quero que você tenha altas expectativas, pois eu não sei se eu amarei novamente. Eu quero que você me dê um tempo sozinha.
Lud: Eu não consigo ficar longe de você. - Ela sorri fraco e me olha.
Bru: Lud, você aqui me deixa ainda mais confusa. Eu tenho sentimentos por você e eu não sei o que é. Isso está me machucando muito.
Lud: Eu não quero ficar longe de você, não me peça isso. - Sinto algumas lágrimas caírem pelo meu rosto.
Bru: Ludmilla, eu preciso desse tempo.
Lud: E as crianças? - A olho com as vistas embaçadas e ela segura o meu rosto com as suas mãos.
Bru: Eu quero conhecer elas e eu quero ter um tempo com elas também. Isso se você me permitir é claro.
Lud: Então, você está desistindo de mim? - Ela limpa minhas lágrimas e acaricia o meu rosto.
Bru: Lud, é só um tempo. - Eu começo a chorar e logo a sinto me abraçar.
Eu deito minha cabeça em seu ombro chorando por ter que ficar um tempo longe da minha mulher. Eu a amo, mas eu não podia negar o seu pedido, mesmo que isso me doesse muito.
Brunna
Quando eu percebi os sentimentos da Ludmilla por mim, eu resolvi, que seria melhor nós darmos um tempo.
Eu não estava entendendo o que eu estava sentindo, pois eu a conheço em poucas horas e agora a pouco quase a beijei na boca.
Eu estava ficando louca. Eu nunca na minha vida imaginei gostar de uma mulher, e hoje descubro que eu ia me casar com uma amanhã.
Olho para a mulher que estava em meus braços e na mesma hora o arrependimento estava batendo. A ver chorar desse jeito estava cortando o meu coração.
Bru: Lud. - Ela sai do meu abraço e eu a olho. - Nós vamos nos falar, eu prometo.
Lud: Eu não quero ter que ficar longe de você, mesmo que seja só por uns tempos. Eu não vou conseguir viver. - Limpo suas lágrimas e no mesmo instante os meus olhos lacrimejam.
Bru: Lud, faz isso por mim. E eu prometo que vou atrás de vocês.
Lud: Se você quer viver longe de mim, tudo bem. - Ela se levanta e caminha até a porta a abrindo. - Eu vou te dar esse tempo, mas eu não sei se vou esperar.
Ela sai do quarto deixando a porta entreaberta e me deixando sozinha. Eu não aguento e na mesma hora eu choro como nunca chorei na vida.
Deito a minha cabeça no travesseiro e começo a pensar se o que eu fiz foi o certo. Mas então porque eu estava me sentindo desse jeito? Meu coração estava apertado e doendo muito.
Patty: Brunninha. - Ouço o barulho da porta se fechar. - O que aconteceu?
Bru: Eu fiz o que achei certo.
Patty: E o que foi que você fez? - Eu me sento e minhas lágrimas escorrem pelo meu rosto.
Bru: Eu pedi um tempo para a Ludmilla.
Patty: O que? Você é doida, Brunna.
Bru: É o correto a fazer. Eu não sei se eu teria as minhas memórias de volta.
Patty: Agora que não vai mesmo. - A olho e vejo que está irritada. - A única forma de você conseguir recuperar a memória era com ela. E agora?
Bru: Patty, quando ela está por perto meus sentimentos ficam confusos. E isso estava me machucando.
Patty: E agora, está mais aliviada? - Eu abaixo a minha cabeça e limpo as minhas lágrimas. - A Lud é uma pessoa incrível e que te ama de verdade.
Bru: Mas eu não sei o que sinto por ela.
Patty: Olha como você está? Jura que não sabe o que sente por ela?
Bru: Eu não sei, é tudo confuso para mim. - Eu abaixo minha cabeça e coloco as minhas mãos no meu rosto. - Eu nunca me senti assim.
Patty: Brunninha, eu vou tentar ir atrás dela. - Eu levanto a cabeça e a vejo sair porta a fora.
Eu deito novamente e logo minha cabeça começa a doer me sentindo zonza. Eu me levanto e vou até a campainha e a aperto. E logo em seguida eu desmaio caindo no chão.
Assim que recobro os sentidos eu me vejo sozinha na cama e olho para a doutora que estava aplicando algo em meu braço.
Bru: A minha cabeça está doendo muito doutora.
Dra Cláudia: Acho que você teve muitas emoções por hoje. É bom você descansar um pouco.
Bru: Dra, chama a Ludmilla para mim eu ... - Quando eu ia terminar de falar, meus olhos começaram a se fechar lentamente até fecharem de vez e eu adormecendo em um sonho profundo.
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