Brunna

Depois de tudo que nós vimos na cafeteria, resolvemos tirar a história a limpo de uma vez.

          
Por mais que a Lud tem quase certeza que o Erick está armando com Henrique pela nossas costas, eu já não tinha tanta essa certeza. Qualquer um dos dois que fosse eu estaria magoada, mas se fosse o Mário Jorge minha decepção seria maior.

Mário Jorge: Podem falar. - Olho para a Lud, que assentiu e me olha esperando que eu comece. - O que foi meninas parecem que estão com medo. - Ele começa a rir e eu resolvo começar.

Bru: Mário Jorge, o que eu sou pra você?

Mário Jorge: Você sabe que eu te considero como uma irmã para mim. Mas pra que a pergunta?

Bru: Eu só preciso saber. Você teria coragem de me trair?

Mário Jorge: Espera aí. - Ele se levanta e anda uns passos e nos olha. - Você acha que estou te traindo? Mas no que?

Bru: Nós vimos você na cafeteria com Henrique e Caio.

Mário Jorge: Espera aí.  Mas como vocês sabiam que eu estava com ele?

Lud: Essa pergunta não vem ao caso agora. - Ele olha para a Lud com o olhar assustado. - Só precisamos saber o que fazia lá. E depois resolvemos se te contamos. - Ele assenti se sentando novamente no sofá a nossa frente e pega o seu celular.

Mário Jorge: Eu ia contar para a Brunninha depois, mas já que estamos aqui, vou começar. - Sinto a mão da Lud pegar a minha e ela aperta me passando segurança. - Ontem antes de dormir eu recebi umas mensagens estranhas marcando um encontro na cafeteria e como êxitei em ir, ameaçaram a minha família e minha namorada de morte. Pensei e decidi ver quem era. E quando cheguei lá vi Henrique e Caio me esperando. - E ele começa a nós contar desde que chegou na cafeteria.

Mário Jorge flashback

Henrique: Oi, Mário Jorge. É esse o seu nome né? - Me sento cruzando os braços e olhando para os dois a minha frente.

Mário Jorge: Vocês sabem que posso prender vocês dois agora não sabem? - Ele sorri e pego meu celular ligando o gravador. -  E você? O que tem na cabeça de se juntar com esse aí? Você também faz parte do tráfico é? - Pego meu celular no bolso e mexo nele sem eles notar e começo a por para gravar.

Caio: Que tráfico? - Ele me olha assustado e olha para Henrique imediatamente. - Não mexemos com tráfico nenhum.

Mário Jorge: Eu sou policial e sei que Henrique está envolvido em tráfico, então não adiantam mentir. - Henrique começa a rir enquanto Caio está super assustado.

Henrique: De burro você não tem nada né? Com certeza aquela loirinha metida a besta te fez investigar a minha vida. - Minha vontade era partir para cima dele e meter porrada, mas me seguro. - E já que você sabe, então não adianta negar mesmo. Faz tempo que eu e o Caio mexemos com tráfico de mulheres.

Mário Jorge: Que bom que confessou. - Sorrio e tento tirar mais algumas coisas deles. - E aquela troca de corpos no acidente da Brunna foi vocês, né?

Caio: Eu não queria que aquilo tudo acontecesse, o plano seria eu ter Brunninha para mim. Mas quando a vi inconsciente daquele jeito e sangrando, minha única vontade era vê lá bem.

Mário Jorge: Então foi vocês? - Henrique ri novamente e olha para o Caio.

Henrique: Se não fosse pelo Caio, aquele dia ela estava morta.

Mário Jorge: E porque me chamaram aqui?

Henrique: Quero te fazer uma proposta muito boa. - O olho desconfiado e o espero terminar. - Eu quero que você se junte a nós.

Mário Jorge: Você só pode estar brincando. Eu jamais faria isso.

Henrique: Você não tem escolha. Ou se junte a nós ou eu mato sua família inteira e sua namorada, que por sinal é muito linda.

Mário Jorge: Você não vai fazer nada. Você sabe porque?

Henrique: Por que?

Mário Jorge: Porque te colocarei antes atrás das grades. - Aquele sorriso em seu rosto já estava me dando raiva. - Você acha que vai sair impune disso?

Henrique: Você sabe que se eu for preso, logo estarei solto de novo. E aí farei questão de matar um por um. E deixarei você e a Brunna para o final.

Caio: Henrique, você sabe que se acontecer algo com a Brunninha, eu ajudo te matar. - Olho para o Caio que estava ameaçando o Henrique e tudo pela Brunninha.

Henrique: Depois conversamos disso, Caio. - Ele se cala na mesma hora e Henrique volta sua atenção a mim. - E aí, o que resolveu? - Vejo ele digitar algo em seu celular e me olhar novamente.

Mário Jorge: Resolvi que não me cansarei de te por atrás das grades e é isso.

Henrique: Ok, então. Depois não diz que não avisei. - Me levanto na hora e saio porta a fora desligando o gravador."

Ludmilla

Eu tinha certeza que o Mário não era o traidor, tudo o que nos contou agora fazia muito sentido.

Bru: Você tem a gravação aí? - Ele dá o celular nas mãos dela e ela me olha ligando o gravador de voz do celular.

Mário Jorge: Aí tá a prova do que acabei de contar. - Realmente tudo o que nos contou estava gravado ali no celular. - Eu jamais te trairia Brunninha. Além de eu a considerar como uma irmã pra mim, você me ajudou muito quando eu precisei. - Olho para ele curiosa e ele sorri. - Teve uma época em que minha mãe precisava de uma cirurgia urgente. Como eu tinha acabado de conseguir a vaga de policial eu não tinha dinheiro. Brunninha acabou descobrindo e pagou a cirurgia de minha mãe. - Olho para a minha mulher e a vejo corar. - Você tem sorte Lud, a Brunninha é uma mulher incrível e espero que você dê valor.

Lud: Mj, eu tenho muita sorte realmente. - Ela me olha sorrindo e corada.

Bru: Não meu amor eu que tenho Sorte. - Sorrio que nem boba e Mj nos chama a atenção.

Mário Jorge: Agora me contem, como vocês pararam na cafeteria? - Ele nos olha e a Bru começa a contar desde o início.

Bru: Foi por isso que desconfiei de você. - Ele se levanta nervoso e andando de um lado para o outro.

Mário Jorge: Bem que eu desconfiei. A dois dias eu vi o Erick e você conversando na varanda. - Ele olha para Brunninha que parecia estar ciente do que ele estava falando . - O Erick nunca me falou nada do Caio. E eu só fui descobrir isso hoje.

Bru: Ele me falou que tinha te contado e eu acreditei.

Mário Jorge: Não acredito. - Ele continua andando de um lado para o outro. - Eu o considerava meu amigo e o desgraçado faz isso. Eu vou matar ele. - Ele sai apressadamente até a porta e nós corremos atrás, mas não conseguimos o alcançar.

Andressa: Porque Mj saiu assim? -  Olho para a Bru e vejo que está preocupada. - Eu tentei segurá-lo, mas ele falou que tinha que resolver um negócio.

Bru: Eu vou atrás dele. - Ela entra rapidamente dentro de casa e volta com as chaves na mão.

Lud: Bru, você não vai. Você nem sabe a onde ele foi. - Ela me olha e vejo seu nervosismo presente.

Bru: Eu não posso ficar aqui parada. Se acontecer alguma coisa, eu não vou me perdoar. - A puxo para os meus braços e a aperto no meu abraço. - Lud, eu tenho que fazer algo. - Sinto suas lágrimas molhar a minha camiseta, mas não me importo no momento. - Eu não posso ficar aqui parada. - Vejo o olhar das meninas em nós.

Andressa: O que está acontecendo? - Ela olha para a Bru preocupada. - Mário Jorge tá correndo risco de vida?

Lud: Acredito que não Andressa. Mj sabe se cuidar e eu acho que não fará nenhuma merda.

           
Depois que Bru se acalmou, nós entramos e nos sentamos, resolvo contar tudo para elas porque a Bru não estava em condições de explicar os acontecimentos.

           
Quando termino de contar tudo para elas, Andressa se levanta e Emilly e Larissa  me olha sem acreditar.

Lari: Não acredito que o Erick esteja fazendo isto. Seria muito escroto da parte dele.

Emmy: Posso falar a verdade para vocês? - Nós a olhamos e ela me encara. - Erick nunca me passou muita confiança. Conversava com ele só porque era amigo da Brunninha.

Andressa: Eu estou com medo se Mj topar com ele. - Ela se senta e junta as duas mãos em seu colo. - Mário Jorge quando está nervoso não é de pensar muito.

Lud: Vai ficar tudo bem. - Falo isso para as deixar mais calma, mas é claro que eu também estou com medo de algo pior e justo faltando dois dias para o casamento.

O que será que vai acontecer?