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71° capítulo

Brunna

           

Descemos as escadas com as crianças e com as nossas amigas, quase namoradas. Sorrio só de pensar nessa possibilidade. Nunca imaginei que a Emmy fosse bi, pois ela sempre estava com homens. E essa é a primeira vez que a vejo com uma mulher.

Henry: Mamãe, do que você está rindo? - Ele coloca sua mão na minha e a puxa chamando minha atenção.

Bru: É que eu estava aqui pensando umas coisas.

Henry: É sobre o que falei das titias ? - Olho para trás e vejo o olhar delas na gente.

Bru: É melhor não falar nada agora. Olha a cara delas. - Ele as olhou e sorriu sapeca. - Depois que elas tiverem mais calmas a gente provoca um pouco mais.

Henry: Tá mamãe, vou esperar você chegar. - Sorrio feliz por ter um menino esperto. - Porque não quero apanhar. - Começo a rir novamente e quando vejo a Larissa e a Emilly nos olhando.

Lari: Já parou com essa palhaçada de vocês dois. Vou para a cozinha. - Ela sai e a Emmy nos olha feio e vai atrás.

Lud: Vocês dois têm que parar com isso. - Ela nos olha feio e eu apenas balanço os ombros.

Bru: Mas a gente não fez nada. - Olho para o Henry que concorda comigo e sorrio. - Viu. A gente nem pode rir mais.

Mia: Bom dia minhas queridas. - Ela vem nos cumprimentar e depois os pequenos. - E vocês meus amores, dormiram bem?

Henry: Vovó hoje eu vou cavalgar com o vovô? - Olho para minha mãe acenando que ele não podia.

Mia: Vamos deixar para um dia que suas mães vão juntas.

Clarinha: Eu também posso vovó?

Mia: Claro, vamos todos juntos. - A Clarinha começa a pular de alegria e olho para o relógio no meu pulso.

Bru: Estamos atrasadas amor. Vamos? - Ela acena e eu olho para minha mãe. - Você pode cuidar desses dois para nós até chegarmos, mamãe?

Mia: Claro. Mas vocês não vão tomar café da manhã?

Lud: Estamos um pouco atrasada sogrinha, e nós passamos em uma cafeteria.

Mia: Tudo bem então. Brunninha eu já estava me esquecendo.

Bru: O que Mia?

Mia: O Erick saiu e como o Mj também saiu, ficou só o carro do seu pai disponível.

Bru: Tudo bem, mia. Onde estão as chaves? - Ela foi até a mesa de centro e me entregou.

Mia: Vão com cuidado tá.

Bru: Pode deixar mãe. - Dou um beijo em seu rosto e vou até os meus pequenos e me abaixo. - E vocês dois se comportem, tá?

Clarinha: Pode deixar mamãe, eu vou ajudar olhar o Henry.

Henry: Eu já sou grande e sei me comportar Clarinha. - Olho para os dois e sorrio.

Bru: Se comportem tá? - Dou um beijo em cada um e espero a Lud se despedir deles. - Mia qualquer coisa pode me ligar.

Mia: Tá filha mas podem ir sossegadas. E cuidado.

Bru: Tá mãe, até. - Pego nas mãos daLud, que já se encontrava ao meu lado e abro a porta saindo em direção ao carro do meu pai.

            
No caminho meu pensamento vai para a ligação que recebi ontem e para a mesma pessoa que iremos encontrar agora. Sei que pode ser uma emboscada para nós, por isso estou trazendo uma arma comigo.

Lud: Amor, o que você está pensando? - Sorrio tentando manter a minha calma e a olho rapidamente.

Bru: Só estou com medo do que nós vamos descobrir. - Ela pega minha mão que está livre e a aperta nas suas.

Lud: Amor, vou estar com você. E temos que manter a calma e pensar no que fazer depois. - Aceno concordando e volto a olhar para a estrada.

Bru: Só quero que você fique atrás de mim. Ok?

Lud: Por que?

Bru: Só faça o que eu estou te pedindo.

Lud: Tá certo. - A vejo revirar os olhos e levo sua mão até meus lábios a beijando delicadamente.

Bru: Obrigada, amor. - Ela não diz nada e fica calada até chegarmos no local.


Ludmilla

            
Olho para o local em que paramos e olho em volta. A Bru sai do carro e vem até o meu lado abrindo a outra para mim sair.

Lud: Amor, estou preocupada. - Olho para minha noiva que apenas me abraça e me dá um beijo na testa.

Bru: Não precisa ficar. Só fica atrás de mim tá? - Aceno concordando e a vendo sorrir depois que nos separamos do abraço.

          
Ela segura minhas mãos e caminhamos de mãos dadas até a cafeteira. Assim que entramos  reparo que só tem um homem sentado em uma mesa, mas que está virado de costa para gente.

         
A Bru me guia até nós aproximarmos mais do homem na mesa e na mesma hora que olho vejo seu sorriso para nós.

Bru: Erick o que você está fazendo aqui? - Ele sorri e se levanta da cadeira e nos cumprimenta.

Erick: Eu sou a pessoa que te ligou, Brunninha. É que não podia conversar com você lá na sua casa e nem falar o meu nome.

Bru: Mas porque?

Erick: Eu preciso que você veja uma coisa com os seus olhos e acho que vai ficar surpresa. - Ele vai até às cadeiras e nos pedem para sentar.

Lud: E como você soube que eles iam topar aqui? - O olho desconfiada e o vejo sorrir sem graça.

Erick: Tenho os meus contatos. - Sorrio disfarçando e olho para a Bru que continua calada. - Quando fiquei sabendo, eu sabia que se falasse para vocês, vocês não acreditariam.

Lud: Aí, você nos chamou pra cá para ver a pessoa que está traindo a Brunna. É isso? - Ele assenti e pedimos para o atendente um café.

          
Tomamos nosso café e logo vemos duas pessoas entrarem e sentarem nas primeiras mesas da entrada. Observo tentando disfarçar e vejo que é Henrique e Daniel que estão conversando.

          
Pego nas mãos da Bru e a vejo com lágrimas nos olhos quando outro homem entra e vejo que é o Mário Jorge.

          
Ele senta na mesa e em momento algum os cumprimenta. A Bru não conseguia segurar as lágrimas por pensar que o Mj é o traidor. Mas algo estava me cheirando a armação.

         
Seguro a mão de minha noiva e a peço para manter a calma. Olho para a mesa a frente e reparo que o Mj não tá com uma feição muito boa e olho para o Erick que estava digitando algo em seu celular. Olho novamente para o Henrique e vejo que também está com o celular em mãos.

Erick: Acho que agora vocês vão precisar de minha ajuda.

Bru: Eu vou acabar com o Mário Jorge. - Assim que ia levantar eu a seguro pelo braço e a abraço.

Lud: Amor, tem algo estranho aqui. - Sussurro em seu ouvido e enquanto continua em meu braço. - Depois eu te conto. Mas vamos ouvir o que o Erick está planejando. - Ela separa e acena concordando um pouco mais calma.

Bru: Você vai nos ajudar Erick?

Erick: Eu já te disse que vou ajudar vocês, é só me falar o que fazer. - Olho para a Bru e sorrio tomando a frente.

Lud: Erick vamos pensar em algo e amanhã conversamos direito. - Ele acena concordando e a Bru me olha sem entender. - Hoje nosso psicológico não está bom. - Olho para a mesa mais a frente e reparo que o Mj já não estava mais lá.

Erick: Então amanhã conversamos. - Aceno e me levanto.

Lud: Amor, vamos? Temos muita coisa para organizar ainda. - Ela se levanta e se despede do Erick. - Até mais Erick.

            
Caminhamos de volta para o carro e tomo o lugar da direção. A Bru está sem condições de dirigir. Dirijo e ela me olha triste.

Bru: Eu não consigo acreditar que o Mj se juntou com o Henrique para acabar com nós. - Pego sua mão e a aperto.

Lud: Amor, eu tenho quase certeza que o Mj não faria algo assim.

Bru: Mas e o que vimos Lud?

Lud: Pode ser uma armação amor.

Bru: Porque você acha isso?

Lud: Naquele dia do seu acidente, quando o Mj veio no meu apartamento, ele acabou derrubando algumas lágrimas quando nos contou. - Ela me olha fixamente e eu aperto mais ainda sua mão por lembrar desse dia que foi uma das piores da minha vida. - Por ele ser homem e policial isso é raro de acontecer, só quando realmente gostam de uma pessoa. Eu acredito que ele te considera mesmo como uma irmã. - A vejo sorrir e volto meu olhar para a direção.
















Postando, para dizer que não postei hoje!

          

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