Ludmilla

Assim que entramos, olho para o lado, vendo o Henrique que estava junto com seu advogado conversando. A Bru segura forte a minha mão e me olha com um sorriso gigante.

Durante a audiência, enquanto a Bru falava e mostrava os papéis para o Juiz, fico um tempo admirando sua desenvoltura e como ela é eficaz no que fala, até que a Patty me tira do sentido.

Patty: Melhor limpar aqui, cunhadinha - Fala baixo e aponta para debaixo da boca e fico sem entender - A baba, cunhadinha - Fecho a cara e logo vejo a Bru sentando ao meu lado e segurando minhas mãos em seu colo.

Depois que a Bru sentou, olho para frente e fico observando o advogado do Henrique, que por incrível que pareça se eu fosse Juiz acreditava em tudo que ele falava.

Juiz: Eu preciso de uns minutos para avaliar o caso, vou me retirar uns minutos e daqui a pouco eu dou o veredicto - Assim que saiu pela porta do fundo, olho para a Bru que está com o semblante sério e noto o Henrique nos olhando e piscando para mim.

Bru: Eu vou matar esse cara, se ele continuar te olhando assim - Acaricio sua mão que estava na minha, tentando passar tranquilidade.

Lud: Eu só tenho olhos para você, meu amor - Ela me olha e olha em direção ao Henrique, que continua nos olhando.

Bru: Ele tá te comendo com os olhos Ludmilla e isso não vou perdoar. - Vejo fúria em seus olhos.

Patty: Brunna, nós estamos em uma audiência, se segura aí, se não você vai perder o caso.

Bru: Você está certa - Ela suspira e me olha - Você jura que se nós não conseguir a ganhar essa audiência, você continuará comigo?

Lud: Meu amor, eu já te disse,não vou te abandonar nunca - Dou um abraço que ela corresponde.

Nesse exato momento, o juiz entra e logo se senta em sua cadeira. Ele nos olha e começo a ficar nervosa antes mesmo da decisão.

Juiz: Eu avaliei tudo o que foi me dado e esclarecido durante a audiência. Bom já tomei a minha decisão no caso do menor Henry Oliveira Da Silva e a sua guarda - Olho para a Bru, que me olha e sorrir confiante - O pedido de guarda do Henrique Velásquez, foi negado. A guarda definitiva continua com a tia Ludmilla Oliveira, que o cuida desde pequeno. A audiência acaba aqui.

Assim que nos abraçamos felizes, Patty nos abraça também.

Patty: Eu sabia que vocês iam conseguir - Nos separamos e caminhamos até a porta de saída, com a Patty indo embora na frente. Henrique : Vocês acham que acabou por aqui, estão muito enganadas. Principalmente você Brunna, não perde por esperar - O seu advogado tenta o segurar e o puxa para fora.

Bru: Que raiva desse cara que não nos deixa em paz - Passo os meus dedos em seu rosto, tentando tranquiliza-lá. - Ele quer nos infernizar, Lud.

Lud: Bru, deixa ele para lá, o importante agora é que o Henry é nosso - Ela me olha e sorrir finalmente.

Bru: Nosso filho, Lud - Eu sorrir e a abraço o mais forpossível - Vamos né, que hoje a noite promete. - Assim que saímos do abraço me puxa caminhando até o lado de fora e abrindo a porta do carro para mim - Amor, vamos pegar nosso filho? - Sorrir e entrei.

Durante o caminho a Bru não parava de falar um minuto e eu sorria o tempo todo, vendo a felicidade estampada em seu rosto. Logo chegamos na casa do Marcos e batemos na porta, quando escutamos passos perto da porta. Assim que abre, nos olha e sorrir.

Marcos: Me dizem que deu tudo certo, pelo amor de Deus - Nos olha aflito e sorrimos.

Lud: Conseguimos, meu irmão - O abraço e logo a Mary aparece com o Henry no colo, nos soltamos e me abaixo enquanto o Henry corre em nossa direção e me abraça forte.

Henry: Mamãe estava com saudades - Dou beijinhos em seu rosto que o faz gargalhar.

Brunna

Confesso que quando o juiz deu o veredito, eu estava morrendo de medo de dar tudo errado, eu não ia me perdoar de forma alguma.

Olho a cena em minha frente e me emociono, o Henry se solta do abraço e me olha sorrindo.

Henry: Posso te abraçar também mamãe? - Me abaixo e nos abraçamos - Mamãe, podemos ver a Clarinha amanhã?

Bru: Se sua mãe Lud, nos permitir Eu te levo até lá - Ele sorrir e corre para dentro, logo voltando com a sua mochila.

Henry: Vamos mamães? - Ele se despede dos tios e corre para o meu colo - Já podemos ir?

Bru: Por enquanto não - Me aproximo dos dois e me despeço, vendo a Lud fazer a mesma coisa.

Vamos até o carro e o coloco no assento e depois entramos partindo rumo ao apartamento.

Quando chegamos abro a porta para Henry que está com Henry dormindo e o levando levando até o quarto. Me sento no sofá e começo a me lembrar as palavras do Henrique e um grande arrepio invade o meu corpo.

Lud: O que você está pensando tanto aí? - Fala se aproximando e sentando do meu lado.

Bru: Pressentimento ruim, não é nada demais - Seguro sua mão e a olho. - Vamos para Salvador amanhã? Quero que você conheça a minha família primeiro e depois nos casamos. O que acha?

Lud: Será maravilhoso, não vejo a hora de conhecer seus pais e seus irmãos - Ela sorrir e me abraça - E não vejo a hora de chamar você de minha mulher.

Bru: Eu também quero ser sua esposa logo.

A campanha toca, nos tirando do momento e a Ludmilla se levanta indo até a porta. Assim que ela abre, vejo a Lari cumprimentar a minha mulher e vem até a mim e me levanto a cumprimentando.

Lari: E aí, como foi lá? - Nos olha perguntando.

Bru: Conseguimos - Ela pula até nós, nos abraçamos novamente e sorrir assim que nos solta.

Lari: E o Henry, cadê ele? - Nos olha curiosa.

Lud: Ele veio da casa do meu irmão dormindo e acabei deixando até agora. Vou lá acorda-lo. - Sai me deixando sozinha com a Lari.

Lari: Brunninha, e aí, pronta para sua noite? - Balanço a cabeça que sim - Quero que vocês sejam muito felizes, eu amo vocês duas.

Bru: Nós te amamos também, Lari. Obrigada por sempre nos ajudar - Lud chega com o Henry no colo e a olho sem entender.

Lud: Ele não quer levantar, acho que vai ter que leva ele assim - Logo a Lari o pega em seu braço e se despede de nós e depois sai porta a fora. - Cuida bem do Henry, por favor.

Lari: Fiquem tranquilas, aproveite a noite de vocês.

Depois da Lari sair, sentamos no sofá e pego sua mão e a beijo.

Bru: Felizmente, a sós agora.