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22° Capítulo

Ludmilla

Desde o momento que a Bru saiu pela aquela porta, não consigo ter mais força para me levantar e sinto como se não tivesse mais chão, para eu pisar. Pego o meu celular e tento ligar para a Bru, só que cai direto na caixa postal. Tento várias vezes, mas foi em vão. Resolvo ligar para a Patty que logo atende.

Ligação on


Eu: Oi, Patty. A Bru está aí?

Patty Cunha💛: Não Lud, ela foi para sua casa e não voltou ainda - Começo a chorar novamente pensando em algo pior - Lud, aconteceu alguma coisa, porque está chorando?

Eu: Patty, Eu e a Bru brigamos. Ela saiu daqui furiosa comigo.

Patty Cunha💛: Espera, daqui a pouco eu chego aí e você me explica. Vou tentar ligar para a Brunninha.

Eu: Tá - Desligo o celular e me deito no chão.

Ligação off


Acabo adormecendo e acordo com o barulho na porta. Me levanto sem e abro a porta, assim que vejo a Patty a abraço forte e choro em seu ombro.

Patty: Lud, vamos conversar? - Ela me leva até meu sofá e sentamos uma de frente para outra - Agora me explica o que aconteceu?

Lud: Estava esperando a Bru aqui em casa e quando fui abrir a porta, vi o Henrique.

Patty: Henrique, É o pai do Henry? - A olho nos olhos e acenei que sim - E o que ele fez a seguir?

Lud: Ele veio na minha direção e eu tentei esquivar e pedir para ele sair, só que ele me agarrou a força e tentou me beijar.

Patty: E a Brunninha chegou nesse momento?

Lud: Sim - Ela se levanta e anda de um lado para o outro - Juro que tentei explicar para ela, só que ela não quis me escutar, Patty. Eu amo a sua irmã e estou preocupada, morrendo de medo que tenha acontecido o pior com ela - Patty volta até o sofá e me abraça forte.

Patty: Lud, eu confio em tudo o que você me disse, sei que você não faria nada para magoar a minha irmã e sei que a Ama.

Lud: Obrigada por acreditar em mim, Patty. - Dou um sorriso fraco - Você sabe onde a Bru está?

Patty: A Brunninha quando está triste, só tem um lugar que ela sempre vai e lá não tem sinal.

Lud: Onde Patty? - Limpo minhas lágrimas e a olho - Eu tenho que conversar com ela, eu não quero que ficamos brigadas.

Patty: Ela está na praia, Lud. - Me olha e me levanto para pegar as chaves, só que ela me segura antes de eu sair - Acho melhor você não ir agora, deixa ela esfriar a cabeça um pouco e depois converso com ela. Eu conheço a minha irmã e esse não seria um bom momento.

Desisto de ir atrás dela, mesmo contrariada. Eu queria resolver a nossa situação rápido, só que não sei como a Bru reagiria comigo, tinha que deixá-la um pouco só.

Patty ainda ficou um tempo comigo, até eu conseguir me acalmar e logo foi para casa. Para ver ser a Bru tinha chegado. Pedi para ela me dar notícias e ela acenou que mandaria.

Depois que a Patty saiu do meu apartamento, resolvo tomar um banho rápido e me deito esperando a Patty me ligar ou mandar mensagem é nada. Fico horas com o celular na mão e nada. Depois de três horas da manhã, pego no sono.

Brunna

Depois que sai do apartamento da Lud, eu fiquei sem rumo e sem chão.

Resolvo parar em um bar e comprar algumas bebidas. O melhor jeito de esquecer, é enchendo a cara e eu faria isso.

Entro em meu carro com as bebidas e vou no lugar que sempre vou para esfriar a cabeça. Dirijo uns quinze minutos e com as mãos no volante, olho para a aliança em meu dedo e lágrimas voltam a rolar pelo meu rosto.

Se nada disso tivesse acontecido, eu tinha entregado a aliança para Lud. Assim que a pedi em namoro naquele restaurante, resolvir comprar as alianças antes de topar com o Mário Jorge. E comprei, mas agora não saberia o que fazer com ela. Tiro a aliança do meu dedo e guardo na caixinha junto com a outra é deixo em cima do banco.

Pego as bebidas e fecho o carro e caminho até o mar. Sinto a brisa tocar minha pele, caminho até as águas baterem nos meus pés, volto para areia e me sento com as garrafas de vodka. E começo a beber até esvaziar a última garrafa, tento me levantar, mas foi em vão. Estava muito tonta e me deito sob a areia e acabo cochilando.

Acordo com meu estômago revirando e com as vistas cansadas. Tento levantar e não conseguia, fico olhando as estrelas e encho meus olhos de água, relembrando tudo o que a gente viveu até agora.

Eu não conseguia ficar longe dela, o que eu faria agora. Sinto falta de tudo e ela me faz falta.

Com muito esforço, consegui sentar e sinto minha cabeça girar. Olho em direção ao Mar e vejo uma mulher se aproximando e sorrir, acho que estava começando a ver coisas, a bebida já tava fazendo efeito.

Quando ela se aproxima e me chama pelo nome, a olho sem acreditar e me apago em seus braços.

Acordo e tento abrir os olhos, só que a claridade não deixava. Ouço barulho de alguém se aproximar e fechar as cortinas. E quando consigo abrir os olhos, sorrir para a mulher em minha frente.

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