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15° Capítulo

Brunna


Depois de algumas horas de vôo, chego em Salvador. Observo o lugar é continua o mesmo que me lembrará. Caminho até o desembarque e de longe vejo meus irmãos Brunno e Bianca e eles acenam e vou até eles. Dou um abraço apertado neles e sorrio.

Bru: Nossa, vocês não mudaram nada - Eles me olham e vejo que estão felizes.

Bianca: Você faz muita falta, Brunninha. Esse lugar não é mais o mesmo sem você e a Patty.

Brunno: Não é para tanto, Bianca - Revira os olhos e caímos na gargalhada.

Enquanto estávamos indo para casa, vamos conversando e botando os papos em dia. Assim que chego, vejo meus pais na varanda e corro até eles e dou um abraço bem apertado, estava morrendo de saudades deles.

Mia: Nos desculpa, filha. Mas nós não poderíamos sair daqui para ir lá, te visitar. - Saio do abraço E a olho com lágrimas nos olhos.

Jorge: Filha, quando a Patty ligou falando que você vinha nos visitar, nós nem acredita que íamos te ver novamente. Desculpe nós Brunninha, mas aqui é o nosso lugar.

Bru: Eu queria pedi desculpas a todos vocês por te-los abandonados. Eu fui muito egoísta, me perdoa - Olho para todos e damos um abraço coletivo.

Assim que entro em casa, vejo que nada mudou, continua igual. Enquanto minha mãe termina o almoço, fico no meu quarto com pensamento na Lud e sorrir.

Bianca: Que sorriso bobo é esse, Brunninha? - Fala se sentando na cama ao meu lado.

Bru: Que sorriso? - Faço de desentendida.

Bianca: Você está diferente, Brunninha. E conheço esse sorriso a tempos - Sorrir Para mim - Quem é o sortudo?

Bru: É sortuda - Meu sorriso aumenta mais e Bianca fica surpresa - Desde que eu a vi pela primeira vez, não paro de pensar nela.

Bianca: Vocês já tiveram, você sabe? - Fala envergonhada e morro de rir.

Assim que ia responder a minha mãe chega e avisa que o almoço está pronto. Saímos até a cozinha e nos sentamos e almoçamos em silêncio. Depois que todos acabaram, eles me olham e falo.

Bru: Sei que querem me perguntar alguma coisa, podem falar? - Os olho esperando quem seria o primeiro.

Jorge: Bom filha, O que resolveu te trazer de volta?

Bru: Bem, conversei com a Patty e acho que estava na hora de dar uma volta por cima e ser feliz novamente.

Brunno: Brunninha, você pensa em ficar ou vai voltar?

Bru: Tá com saudades de mim, meu irmão? - O olho e ele revira os olhos - Vou ficar Só por uns dias, lá é o meu lugar agora - Sorrir ao lembrar da Lud.

Bianca:  Brunninha... Brunninha... Brunninha. - Acordo do meu pensamento - Está pensando em quê ou em quem?

Bru: Estou pensando na pessoa que deixei lá, ela não sabe que viajei - Fico triste.

Jorge: Quem é esse sortudo, filha? - O olho e fico em dúvida de falar, mas falo.

Bru: É sortuda, Pai - Meu pai se levanta e anda de um lado para o outro - Eu amo ela, como nunca amei ninguém.

Jorge: Nunca achei que você ia levar o juramento tanto a sério - O olho confusa não entendendo - Você jurou que nunca se apaixonaria por um homem mais e agora está com uma mulher - Se senta novamente.

Mia: Como você a conheceu, filha?

Bru: Bem, fui em uma boate com as meninas e assim que a vi, me apaixonei.

Mia: Conta direito, porque tá cortando as coisas - Me surpreendo com a minha mãe, a Patty pegou a esperteza dela. Não que meus irmãos não sejam.

Bru: Tá bom. Fui em uma boate com a Emmy e a Patty, elas iam nos Presentar umas amigas. Mas eu vi um cara agarrando o braço de uma garota e cheguei mais perto. Assim que vi que pediu socorro e ninguém escutou, eu dei um soco em seu nariz e quando tentou revidar, dei um chute no meio das suas pernas.

Brunno: Nossa Brunninha, isso é mentira.

Mia: Deixa a sua irmã continuar, Brunno - Ele revira os olhos e fica calado - Continua Brunninha.

Bru: Depois disso, fomos expulsos da Boate e a garota veio até a mim e depois disso não parava de pensar nela.

Bianca: Você a Defendeu, Brunninha?

Bru: Faria por qualquer uma. Depois fiquei sabendo que a garota, é uma das amigas da da Emmy, que ia nos apresentar.

Bianca: Nossa, parece destino.

Bru: Depois de só saber o seu primeiro nome, eu esqueci de pegar seu número e fiquei doida, achando que nunca mais a veria.

Mia: Como vocês toparam?

Bru: As meninas me pediram ajuda para uma amiga, que o pai da criança estava pedindo a guarda. E eu pedi que ela fosse lá. No outro dia, ela foi e nos reecontramos.

Mia: Ela tem um filho? - Me olha preocupada.

Bru: A irmã dela morreu em uma sala de parto e a Ludmilla estava com ela. Antes dela morrer, pediu para a Lud cuidar como se fosse o filho dela e ela faz isso.

Bianca: Meu Deus, que dor ela deve ter passado.

Jorge: Você conhece o sobrinho dela? Quantos anos ele tem?

Bru: Ainda não, pai. Mas estou louca para conhecê-lo. Ele tem três anos.

Mia: Filha, Acho que você não reparou uma coisa - A olho confusa. - Ela passou por maus bocados a três anos, que nem você minha filha.

Bianca: Trás ela da próxima, Brunninha, quero conhece-la E meu futuro sobrinho também - Sorrir imaginando, só que logo desmancha, lembrando meu motivo de estar aqui.

Mia: Tem mais alguma coisa filha?

Bru: Tem Mia, Acho que eu fiz a maior burrada que uma pessoa pode fazer na vida.

Jorge: O que você fez, Brunninha?

Bru: Eu me declarei em um restaurante e me ajoelhei e pedi para ela morar comigo.

Meu irmão cai na gargalhada e fico sem graça. Me levanto para sair, mas meu pai pedi para eu sentar novamente.

Jorge: Mas era o que você realmente queria?

Bru: Eu quero Pai, só que ela me pediu um tempo para pensar e eu concordei.

Mia: E porque não a pediu em casamento então?

Bru: Eu tenho medo, Mia - Encho os olhos de lágrimas e ela vem até a mim e me abraça.

Mia: Filha, ela pode ser muito diferente do Caio, esse medo está na sua cabeça e você tem que tirar esse medo de você, se não nunca será feliz.

Bru: Por isso vim pra cá, mãe. Eu preciso clarear minhas idéias. Só espero que a Lud me espere.

Depois de desabafar, fico bem mais aliviada e dou uma volta pela fazenda. Fazia tempo que não sentia esse ar puro e estar começando a me falar bem. Vejo o por do sol e volto para casa. Tomo banho, quando o telefone da casa toca, desço as escadas correndo. Quando chego na sala, minha mãe conversa com alguém e me passa.

Ligação On

Eu: Oi.

Patty: Oi, Brunninha. E aí, como foi o dia?

Eu: Bem, Patty. E aí topou com a Lud?

Patty: Não precisou, ela veio até a mim.

Eu: E como ela está? - Falo preocupada.

Patty: Ela está bem, Brunninha.

Eu: Não minta para mim, Patrícia. Como tá a minha Lud?

Patty: Ok. Ela veio aqui correndo hoje, para te ver E ficou triste de não te ver e que já tinha a resposta do seu pedido.

Eu: Me conta, Patty? - Ela desliga na minha cara.

Ligação off


Xingo e meus pais me olham de cara feia, peço desculpas e subo para o meu quarto. Assim que a Bianca chega no meu quarto, sento e ela me dar o seu celular.

Bianca: Liga para ela, Brunninha - Pego o celular e a olho.

Bru: Não sei seu número de cabeça.

Bianca: Vou ver se pego com a Emmy, sem a Patty saber, tá - A abraço e agradeço.

Espero ela ligar para a Emmy e logo um sorriso surge em seu rosto e digita algo e logo após desliga.

Bianca: Bom, conseguir - Dá pulinhos de alegria - Toma, pode usar a vontade, Patty não vai saber.

Ela sai e agradeço pela Bianca ser diferente da Patty, ela sempre me ajuda. Pego o celular e ligo, chama e chama até cair. Tento novamente e agora ela atende.

Ligação On

Lud: Alô, quem é?

Eu: Sou eu Lud, a Brunna. - Sorrir ouvindo sua voz - Por favor me desculpe não ter te avisado, mas Patty pegou o meu celular.

Lud: Eu sei, ele está comigo agora. Patty falou que você viria atrás dele.

Eu: Mas eu não preciso do celular para ir atrás de você. Vou de qualquer jeito.

Lud: Me desculpa Bru, por ter falado de dar um tempo. Não quero isso mais não.

Eu: Nem eu. Estou morrendo de saudades de você. Queria você aqui comigo.

Lud: Eu já tenho a resposta para o seu pedido.

Eu: Deixa para quando eu chegar aí é nós conversamos, ok.

Lud: Esse celular é de quem?

Eu: É da Bianca, minha outra irmã.

Lud: Ainda bem que elas são diferentes - Escuto ela rindo.

Eu: Posso ver você um pouquinho? Eu ligo para você por vídeo chamada, pode ser?

Lud: Claro, espere um minutinho.

Desligamos e logo vejo uma ligação no whatsapp e atendo. Vejo sua imagem e lágrimas escorrem pelo meu rosto.

Lud: Não chora não, Buh. Que se não eu vou chorar também.

Eu: Sinto sua falta, Lud - Limpo minhas lágrimas e vejo que ela também está chorando.

Lud: Quando você volta, Buh? - Sorrir com o novo apelido.

Eu: Não sei, mas te vendo assim, eu volto amanhã mesmo.

Lud: Não consigo mais dormir sem você - Limpo minhas lágrimas - Você está fazendo falta.

Eu: Lud, eu realmente preciso desligar. Mas promete que vai se cuidar e que não vai esquecer de mim?

Lud: Buuh, Eu Te Amo. E sou toda sua. Nunca vou esquecer, você está aqui - Aponta na cabeça - E aqui - Aponta no coração.

Eu: Eu Te Amo, Lud. Se cuida e cuida do nosso pequeno - Sorrir e mando beijo com a mão e desligamos.

Agora eu entendo o porquê a Patty não queria que eu tivesse contato com a Lud. Porque agora a minha vontade é ir até ela e não soltar mais. Vou até a varanda e converso com as estrelas.
"Amor, logo eu volto, esse um dia aqui já me fez ver que o que eu sinto por você, é mais que paixão! Eu Te Amo muito e se cuida".

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