2. Você me levou de volta no tempo para quando eu era inteiro
- Qual é o seu problema?
- Nenhum, por quê?
- Ah, qual é Caio! - A voz de Maitê estava irritadiça e ele revirou os olhos. - Você saiu correndo da sala, sem ao menos cumprimentar direito a Maria Carolina. Parece um garoto de quinze anos outra vez!
- Por que vocês chamam ela de Maria Carolina? - Ele quis saber.
- O quê? - Maitê perguntou confusa. - Porque esse é o nome dela?
- É sério... - Caio revirou os olhos, impaciente. - Por que Maria Carolina e não Carol ou Maria?
Maitê bufou, fechando e abrindo os olhos diversas vezes. Não sabia o motivo pelo qual estavam tendo aquela conversa escondidos em sua cozinha. Caio era tão estranho às vezes. Ele era um homem atraente, puta inteligente e divertido. Se não tivesse encontrado Fabrício, certamente teria perseguido o melhor amigo até que ele gostasse dela, e fisgaria o coração do bonitão.
- Porque ela gosta de Maria Carolina.
- Sei...
- Vai dizer o que está acontecendo?
- É como se eu tivesse quinze anos outra vez. - Ele confessou e levou sua garrafa de cerveja aos lábios enchendo a boca, engolindo de uma vez e sorvendo outro gole rapidamente.
- Você ainda é virgem?
Os amigos riram, cúmplices, da pergunta descabida de Maitê.
- Não estou falando de quando eu ainda não tinha visto uma mulher pelada pela primeira vez. - Caio explicou. - Falo de quando não tinha tantas marcas.
- Ai Caio... - Maitê suspirou e beijou seu rosto ruidosamente. - Você não existe!
O homem deu de ombros e voltou-se para a geladeira caçando outra cerveja gelada, a que tinha em sua mão já estava aquecida e no final. Deu uma espiadela pela porta da cozinha e viu que Maria Carolina estava sentada ao lado de Fabrício no sofá, ladeada por sua amiga, com as pernas cruzadas e usava uma sandália baixa cheia de tranças de couro escuro.
- Ela é linda. - A voz de Maitê o trouxe de volta. - Uma mulher incrível, você deveria dar-lhe uma chance.
- Não é como se eu fosse um babaca. - Caio defendeu-se.
- Você nem disse "Oi", apenas sorriu para ela e levantou correndo, como se estivesse sentado num formigueiro.
- Não foi bem assim, Maitê...
- Caio... - Sua melhor amiga arqueou a sobrancelha e tocou seu ombro, deixando-o sozinho na cozinha em seguida.
Momentos depois o homem estava de volta à sala onde seus amigos permaneciam rindo, contando piadas e jogando baralho. Maitê estava no colo de Fabrício com um braço em volta de seu pescoço e ele apertava sua cintura, num gesto amoroso e possessivo. Ambos sorriam em resposta para algum comentário engraçado que ouviram os demais.
Aproximando-se do grupo, Caio estendeu uma das garrafas de cerveja que trazia consigo, oferecendo-a como oferta de paz.
- Prazer, sou o Caio.
- O prazer é meu... - A voz doce, mas segura de mulher respondeu-lhe. - Maria Carolina.
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