Capítulo 68
Pov.Ludmilla
-- Eu estou velha demais para isso.-- Reclamei com as mãos nas costas de tanto me inclinar para puxar Theo e colocá-lo novamente no brinquedo.
-- Sai daí Ludmilla.-- Patrícia disse irritada empurrando-à e colocando Blaine no brinquedo.
-- Não é assim sua ogra.-- Rosnei e ela fez cara de metida e ligou o brinquedo.
Theo colocou o braço nos ombros de Blaine que mordia as bochechas me fazendo rir.
-- Amor, me ajuda aqui.-- Brunna gritou e eu me virei à tempo de ver Sophia pendurada no brinquedo pela alça da jardineira.
-- Meu Deus, vocês são ótimas mães.-- Larissa disse rindo e eu dei risada me aproximando de Brunna.
-- É só puxar amor.-- Puxei a alça e Sophia começou à chorar.
-- Vem cá meu amor.-- Brunna chamou mas Sophia se escondeu no meu peito me fazendo rir. -- Ah, tudo bem, então fique com raiva da mamãe.-- Disse cruzando os braços com um bico e eu me inclinei beijando seus lábios.
-- Mamãe, olha eu.-- Theo gritou e eu olhei para trás com um sorriso, vendo ele e Blaine com os braços erguidos.
-- Qual a graça desse brinquedo?Sério? Eles só ficam rodando em uma velocidade tão devagar que me dá nojo.-- Larissa disse e eu dei risada.
-- Chocolate.-- Sophia disse e eu olhei para Brunna.
-- Sem doce para você hoje mocinha.-- Brunna disse apertando sua bochecha e ela deu língua para Brunna.
--Vou arrancar essa sua língua, coloca pra fora de novo.-- Disse fingindo raiva e Sophia deu risada.
-- Mamãe, olha eu.-- Theo gritou de novo e eu dei risada me aproximando do brinquedo.
-- Estou te olhando meu amor.-- Falei sorrindo e ele sorria animado enquanto Blaine apenas mordia as bochechas com vergonha.
-- Seu filho é um amor Paty.-- Brunna comentou sorrindo.
-- Eu sei, se não fosse, não seria meu filho.-- Disse se achando a melhor pessoa do mundo.
-- Ai o ego inflamou.-- Larissa disse revirando os olhos e eu dei risada.
Passamos a o final da tarde até o meio da noite nos divertindo no parque, Theo e Blaine foram na roda-gigante como queriam, sozinhos, e eu pedi mil vezes para que o homem não parasse lá em cima, eu conhecia meu filho o suficiente para saber que ele iria dar um de homem-aranha e querer descer do brinquedo.
Parei no semáforo e olhei pelo retrovisor Sophia e Theo dormindo de mãos dadas, olhei para o lado e Brunna dormia também me fazendo sorrir.
Vocês acham que só as crianças brincaram, mas não, Brunna se infiltrou no meio das crianças e brincou em quase todos os brinquedos com Theo, Sophia e Blaine.
Parei o carro na garagem e deitei a cabeça no banco olhando para Brunna, com pena de acorda-lá.
Fechei o portão da garagem com o botão e desci do carro, abri a porta que dava para a cozinha e voltei para o carro pegando Theo.
Levei para o quarto e logo fiz o mesmo com Sophia, cheguei ao lado da porta do passageiro onde Brunna dormia e tirei seu cinto.
Peguei ela no colo com dificuldade e fechei a porta do carro travando logo em seguida.
Passei pela porta que levava para a cozinha e fechei com o pé, Brunma não era pesada, mas eu não pegava ela no colo à tanto tempo, que meus braços estão fracos agora.
Subi as escadas sentindo que todo meu sangue se concentrava em minha cabeça e decidi subir rapidamente para não acabar desmaiando e derrubar Brunma no chão, seria cômico.
Abri a porta do nosso quarto e com delicadeza à coloquei na cama e acabei caindo por cima dela de olhos fechados.
Senti suas mãos entrarem em meus cabelos e ela ergueu minha cabeça, eu ainda de olhos fechados.
-- Amor, o que foi?-- Perguntou confusa e eu rolei para o lado tirando meus coturnos e jogando perto da cama.
-- Nada eu só...-- Tirei minha blusa.
-- Preciso de um banho.--Falei me sentando na cama e senti o colchão se mover atrás de mim, Brunna se apoiou em meus ombros e beijou meu pescoço, subindo e descendo as mãos por meu braço.
-- Eu vou com você.-- Disse deixando um beijo na minha bochecha e eu sorri me levantando da cama e caminhei para a porta do banheiro.
Fiquei encostada na soleira da porta, encarando o corpo maravilhoso de Brunna sendo despido lentamente por suas mãos.
Ela se aproximou apenas de calcinha e sutiã e deixou um beijo em meu queixo com um sorriso travesso e caminhou para dentro do banheiro.
Fechei a porta e tirei minha calça, quando ergui a cabeça, Brunna estava completamente nua entrando no box, suspirei para me controlar e entrei logo em seguida.
...Alguns meses depois...
Pov.Brunna
-- Minha barriga está grande demais.-- Falei me olhando no espelho.
-- Óbvio amor, você tem seis meses, queria estar com a barriguinha chapada?-- Perguntou em desdém e eu olhei para ela pelo espelho.
-- Eu devia bater em você, chutar suas bolas, porque eu estou grávida, e a culpa é sua.-- Ela me olhou sorrindo.
-- Você que vem com suas provocaçõezinhas, quando estava quicando em mim não estava reclamando, agora que meu leitinho fez efeito você está reclamando?-- Dei risada.
-- Seu leitinho, nossa, que broxante.-- Ela deu risada e deu de ombros.
-- Se eu quiser chamar de Débora eu vou chamar de Débora.-- Gargalhei e ela riu me chamando com a mão.
-- Nós devíamos parar sabe? Vamos acabar fazendo um time de futebol.-- Disse abraçando minha cintura e beijando minha barriga.
-- Eu vou fazer esse lindo e maravilhoso favor à mim mesma e pedir ao médico para que pelo amor de Deus, ligar as minhas trompas, porque eu não vou ter outro filho nem que me paguem. -- Falei olhando em seus olhos brilhante e Ludmilla sorriu contra minha boca.
Senti um chute e Ludmilla recuou sorrindo mas depois voltou à beijar minha barriga e meu filho começou à chutar.
Sim, filho, é um garotinho, muito saudável por sinal e agitado, quando Ludmilla beijava minha barriga ou tocava, parecia uma escola de samba, ele reconhecia o toque dela e isso era incrível.
Ludmilla ficou dois dias sem falar comigo porque eu disse que Arnold era um nome ridículo e ela me disse que eu estava sendo ainda mais ridícula.
Então um certo dia, Theo estava conversando com o bebê e ele o chamou de Evan, Ludmilla me olhou com os olhos arregalados e eu sorri para Theo, então ele repetiu Evan todas as vezes que falava com o bebê na minha barriga.
Então por causa dele, e somente dele, decidimos colocar Evan, Sophia também chamava Evan, bom, da forma dela.
-- Eu estive pesquisando, umas cirurgias, podemos marcar qualquer dia para desprender a língua da Sophia.-- Ludmilla disse eu franzi a testa.
-- Não acho que língua pressa seja um problema amor.-- Ludmilla deu de ombros.
-- Ela fala tudo errado amor, e parece uma criança mimada, é apenas um corte pequeno no nervo que segura a língua, não vão arrancar a língua dela.-- Dei risada e acariciei seu rosto.
-- Tudo bem, a gente vê isso depois, mas agora, é hora de você fazer massagem na minha barriga.-- Falei subindo na cama e ficando de barriga para cima.
-- Vou pegar o óleo.-- Disse se levantando e lançou um beijo pra mim.
...Alguns meses depois...
-- Mamãe, olha eu.-- Theo gritou sua típica frase fazendo Ludmilla e eu olharmos para ele que andava de bicicleta perfeitamente.
-- Isso querido, da forma que eu te ensinei.-- Gritei enquanto sentava na cadeira com Sophia no colo.
-- Oque? você nada, quem ensinou fui eu.-- Ludmilla disse sentando na calçada ao meu lado. -- Olha o carro Theo. -- Ludmilla chamou e ele pedalou para perto de nós quase passando por cima dos meus pés.
-- Use o freio meu amor.-- Falei dando um beijo em sua têmpora suada.
O carro que era de cor azulada, parou à nossa frente e desceu os vidros devagar mostrando a motorista.
-- Querem ir à praia?-- Patrícia perguntou e Ludmilla se levantou rapidamente.
-- Quando você aprendeu a dirigir?Quando comprou esse carro? Não matou ninguém não né? Meu Deus.-- Disse enfiando a cabeça no carro e Patrícia deu um tapa em sua bunda.
-- Tira a cara daqui maluca, vamos ou não à praia?-- Perguntou e vi o vidro de trás descer.
-- Blaine.-- Theo gritou pulando na janela e Blaine deu risada.
-- Então estaciona o carro aqui no jardim e entra.-- Patrícia sorriu e assentiu fazendo Ludmilla se afastar e puxar Theo junto.
(...)
Eu assistia Ludmilla chutar as ondas para cima de Theo e Blaine enquanto Sophia e Flora brincavam no baldinho de areia.
Larissa e Patrícia tagaleravam ao meu lado sobre minha barriga enquanto eu apenas encarava a interação de Ludmilla com as crianças.
-- Acorda bonita.-- Patrícia disse e eu sorri olhando para ela.
-- Me desculpe, me perdi no tempo.-- Lari riu e negou.
-- Estávamos falando sobre o nome do seu bebê, vai ser Evan mesmo?-- Perguntou e eu sorri acariciando minha barriga.
-- Não, vai se chamar meleca.-- Larissa gargalhou.
-- Lindo nome, combina com a personalidade de vocês duas.-- Patrícia disse com uma cara nojenta que me fez dar risada.
-- Acho que sim, Theo e Sophia já chamam de Evan.-- Falei sorrindo e Patrícia deu de ombros rindo logo em seguida.
-- BRU!-- Ouvi Ludmilla gritar e olhei em direção à ela que me chamava com a mão.
-- Já volto.-- Falei me levantando da cadeira e Patrícia resmungou algo como "usem camisinha".
Caminhei devagar para água e vi que Blaine e Theo brincavam com as meninas agora.
-- O que foi?-- Perguntei quando me aproximei de Ludmilla e ela sorriu me puxando para perto dela.
-- Nada ué, eu só quero estar com a minha esposa agora.-- Disse ofegante pela brincadeira com as crianças, ou não.
-- Hum, existe vários significados para o seu estar comigo.-- Ela riu e desceu a mão da minha cintura até minha bunda fazendo-me dar um tapa em seu ombro e morder o lábio.
-- Eu só quero mesmo um pouquinho da sua companhia.-- Disse sorrindo e eu abracei seu pescoço deixando nossos rosto juntos.
-- Tudo bem então, vamos ver quanto tempo você vai aguentar com essa ereção.-- Ela fez um bico e eu dei risada. -- Consigo sentir amor.-- Ela se inclinou tomando meus lábios em um beijo.
...Alguns meses depois...
Eu amamentava o pequeno Evan que me olhava atento enquanto Ludmilla estava do meu lado babando na cena e Theo junto com Sophia estavam quase pulando em cima de mim novamente para ver Evan mamar.
-- Mas veja só Evan, você tem até plateia agora.-- Falei sorrindo e ele sorriu leve fazendo Ludmilla apertar minha coxa com força.
-- Ele sorriu.-- Disse toda idiota e eu gargalhei fazendo Evan soltar meu seio.
-- Ele é uma criança meu amor, óbvio que ele iria sorrir.-- Falei rindo e Theo junto com Sophia começaram à rir de Ludmilla que fez um bico.
E foi encarando aquela cena, Ludmilla com um bico enorme, as crianças rindo e Evan mamando, que eu pude perceber finalmente que a minha vida não podia ser melhor.
Eu não podia me culpar mais, por tudo que aconteceu, me culpar pelo passado, me privar de viver a minha vida em paz por causa do meu passado.
Até Sofia seguiu a sua "vida", ela nunca mais apareceu, o que até me fez pensar que ela estava ali, na nossa filha Sophia, pois ela tinha as mesmas características de Sophia, e me fazia muito feliz saber disso.
Ludmilla me fez enxergar o amor que eu nutria por ela à anos, me fez enxergar uma vida melhor estando ao seu lado, me fez enxergar que mesmo que eu à odeie por anos, ela vai continuar me amando, ela me fez enxergar que eu faria tudo de novo se fosse para estarmos exatamente onde estamos agora, felizes e com filhos maravilhosos.
Eu não posso reclamar, porque era exatamente aqui que eu queria estar, com eles, e principalmente com ela, realizando todos os meus sonhos de adolescente.
Fim...
_______________________________________
Republiquei a fic The Motel.
Como estou no último ano do ensino médio, estou estudando pra vestibular.
Então acaba que só tenho tempo de farto, nós fins de semana. Então a fic será atualizada nos fins de semana.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro