Capítulo 4
Olá 👋
Aos poucos vocês entenderão o que aconteceu.
Não demorarei a explicar, tipo esse, já explica muita coisa.
Mais uma coisa!
Tenham paciência em questão de horário de postagem. Estou tendo que editar um pouco mais os capítulos. essa história não tem a mesma divisão de fala que as outras, então acaba que eu levo um pouco mais de tempo para ficar em um padrão que eu goste.
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Pv.Brunna
Droga de vida, primeiro dia e eu estou atrasada trinta minutos por conta desse trânsito caótico.
Tomara que eu consiga chegar à tempo e que Ludmilla não arranque minhas entranhas.
Olhei pela janela do táxi e uma neve fraquinha caia, ótimo, não me preparei para o inverno.
O carro começou a andar e eu suspirei pedindo para o taxista voar nas ruas, eu precisava chegar rápido.
(...)
A porta de metal se abriu e eu saí focalizando uma Patrícia super irritada sentada no sofá de formato L, que agora deduzir ser a inicial de Ludmilla.
-- Onde você estava? Esqueceu do seu compromisso?-- Perguntou se levantando.
-- Bom dia.-- Falei a ignorando -- Eu moro perto da universidade, o trânsito está caótico, eu não tenho um carro, vim de táxi, como esperava que eu chegasse no horário?-- Ela me olhou de baixo para cima e eu engoli à seco.
-- Estou saindo, vá até a sala de Ludmilla informar que você já chegou.-- Pegou a bolsa -- Espero que faça o meu trabalho muito bem.-- Disse seca.
-- Por que está saindo?-- Perguntei e ela me encarou, esperei um "não é da sua conta" porém...
-- Eu vou cuidar da filial em NY, é um dos papéis inportantes ser melhor amiga da dona dessa empresa --Disse olhando ao redor -- Cuide bem disso aqui Brunna, ou eu irei voltar, e não responderei por mim.-- Saiu andando até o elevador e eu fique parada ali encarando a porta de madeira.
Caminhei em passos longos até lá e bati na porta, nenhuma resposta, bati na porta com um pouco mais de força e ouvi um entra.
Bom, eu estava novamente com minha calça jeans azul fraquinho e uma blusa amarela de tecido de seda.
Agora Ludmilla, estava com uma calça preta, justa, bem justa, e um blazer por cima, ela estava de costas, não consegui ver o que ela usava por baixo.
-- Com licença, bom dia.-- Falei ao fechar a porta atrás de mim e ela me olhou por cima dos ombros.
-- Bom dia srta.Gonçalves.-- Disse levando o copo largo até a boca que continha um líquido amarelado.
-- Onde começo?-- Perguntei e ela se virou.
Minhas bochechas começaram a pegar fogo, eu sempre soube que Ludmilla era intersexual, eu só nunca tinha reparado no volume da sua calça.
Voltando para a realidade, sua blusa era de um desenho que não conheço.
-- Eu quero que separe alguns papéis para que eu possa assinar.-- Caminhou graciosamente até a sua mesa -- Patrícia faria isso escutando um jazz alto que me irrita profundamente, você não gosta de jazz, gosta?-- Perguntou me olhando e eu neguei.
-- Não senhora.-- Falei baixinho.
-- Certo, aqui.-- Se agachou pegando uma pilha enorme de papéis e bebeu um gole da sua bebida.
Me aproximei e peguei a pilha, pesada, provavelmente eu derrubaria tudo antes de sair.
-- Termine tudo antes das dez.-- Olhei para ela incrédula.
-- Mas são apenas quatro horas para separar tudo.-- Falei horrorizada.
-- É o seu trabalho.- Sentou na poltrona e cruzou as pernas, fiquei encarando-à, ela olhou para o seu relógio de pulso --Você já perdeu três minutos.-- Disse curvando os lábios em um sorriso malicioso.
Peguei a pilha e caminhei até a porta de madeira, mas eu sem querer, falei um "babaca" baixinho, ou pelo menos achei que tivesse sido.
Pv.Ludmilla
Encontrar Brunna depois de todos esses anos, mexeu comigo de uma forma inexplicável.
Céus ela me odeia, e ela não sabe a dimensão do que sinto por ela, e pensar que tudo que passamos se esvaiou rapidamente.
Se a gente teve algo além de amizade?Não, eu realmente quis, mas ela só me via como uma amiga, ou talvez nem isso.
Cinco anos, e porra, eu nunca à beijei, nunca toquei nela, mas apenas a companhia dela todos os dias na minha vida, me fez apaixonar-me por ela.
Flashback On
-- Lud?-- Ouvi a voz de Brunna e continuei fingindo estar dormindo.
-- Hey, acorda.--Disse deitando em cima de mim, eu estava de bruços.
Ela começou a fazer carinhos no meu cabelo e beijava minha nuca fofamente.
-- Acorda Lud, eu quero atenção.-- Falou manhosa.
Abri os olhos e olhei para ela que riu, me virei e abracei seu corpo com força em cima do meu.
Seus braços estavam apoiados nos meus ombros e nossos olhos travavam uma briga intensa.
-- Eu preciso de ajuda na atividade de alemão.-- Disse olhando para minha boca.
-- O que precisa?-- Perguntei baixinho.
-- Preciso saber uma pequena frase em alemão.-- Disse baixinho.
-- Qual?-- Olhei em seus olhos.
-- Eu te amo.-- Disse e meu coração errou a batida vendo seus lábios formando um biquinho lindo ao pronunciar.
-- Ich liebe dich.-- Respondi olhando para seus olhos e ela mordeu o lábio.
-- Ich liebe dich zu, sehr.-- Ela disse que me ama também, muito.
Por um momento, eu queria tomar seus lábios em um beijo, mas eu sabia que isso custaria nossa amizade, eu sabia que isso machucaria não só à ela, mas à mim, pois ela iria se afastar.
-- Ai por que vocês não se pegam logo?. -- Patrícia perguntou entrando no quarto -- Estão quase fodendo e ficam no cú doce de "somos só amigas".-- Olhei para Patrícia.
-- Amigas somos eu e você Ludmilla, parem com isso, fodam logo e tenham filhos.-- Revirei os olhos e Brunna riu fazendo um carinho no meu nariz com seu indicador.
--Eu acho o mesmo.-- Sussurrei e Brunna riu beliscando meu braço.
-- Babaca.-- Disse me fazendo sorrir.
Flashback Off
Babaca, ela sempre me chamava assim, e ela acabou de fazer isso antes de sair da minha sala.
Enchi meu copo novamente com o whisky que era o meu melhor amigo e dei um grande gole, deixando o copo na metade.
Suspirei sentindo minha garganta queimar e me perguntei por que aquilo ainda acontecia já que eu era acostumada a sentir a queimação na garganta.
Apertei o botão do pequeno telefone e a voz doce de Brunna soou.
-- Sim?-- Perguntou como se tivesse com medo.
-- Venha até minha sala, agora.-- Falei e quando ela ia falar algo, tirei o dedo do botão.
Minutos depois ela entrou na sala, toda atrapalhada como sempre e com uma expressão confusa.
-- Sente-se.-- Falei e ela imediatamente sentou -- Acho que precisamos conversar.-- Cruzei as pernas mexendo o líquido que estava no meu copo.
Sua expressão facial dizia "não temos nada para conversar".
-- É, acho que sim.-- Ela disse e na sua voz tinha medo.
-- Está com medo de mim Brunna?-- Comecei a mexer a cadeira para lá e para cá, em uma meia lua.
-- Não, de forma alguma.-- Seu lábio tremeu, ela estava mentindo.
-- Acho que devemos ser duas adultas aqui, esquecer o passado.-- Ela fechou os olhos.
-- Não posso esquecer o passado.-- Disse fria. --Era só isso?-- Perguntou se levantando e eu olhei para sua cadeira fazendo ela se sentar novamente.
-- Temos muitas coisas para ser esclarecidas, coisas que não foram esclarecidas de forma clara.-- Ela negou.
-- Desculpa Ludmilla, mas eu não quero falar sobre isso.-- Disse seca.
-- Eu não me importo com o que você quer, não no momento.-- Falei grossa. -- Eu não vou conseguir ficar dia após dia nessa empresa, com você perto, sem ao menos poder chegar perto de você e te fazer sorrir.-- Ela se mexeu na cadeira, cruzando as pernas -- Eu quero que se sinta confortável na minha presença.
-- Podemos fazer isso de outra maneira, não conversando sobre o passado, não quero mexer em uma ferida que mesmo que não tenha cicatrizado, eu coloquei um curativo.-- Trinquei o maxilar.
-- Como você acha que me sinto todos os dias lembrando daquele maldito dia?-- Perguntei irritada.
-- Ludmilla... -Começou mas eu não deixei ela terminar.
-- Você acha que eu seria capaz?-- Perguntei e ela me olhou.
-- Você é capaz de tudo.-- Trinquei o maxilar e me levantei da cadeira fazendo a mesma cair para trás e ela me olhou assustada.
-- Eu não matei Sofia. -Gritei irritada e joguei o copo na parede sem quebrar o contato dos nossos olhos.
Eu já sentia a raiva tomar conta das minhas veias junto com o álcool, e aquilo estava assustando-à.
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