Capítulo 37
Pv.Brunna
Ludmilla estava sentada no sofá com a cabeça para trás, olhos fechados, apenas de blusão e boxer, com uma bolsa de gelo na mão pressionando no seu membro por conta do soco de Patrícia.
Eu andava de um lado para o outro, sem saber o que fazer, e sentia que Ludmilla me olhava de minuto em minuto incomodada com meu zig zag.
-- Amor, por favor, senta.-- Disse agoniada.
-- Eu não consigo, você está sentindo dor, eu não sei o que fazer com isso, eu estou enjoada.-- Coloquei a mão na boca e continuei andando.
-- Amor, senta, você pode vomitar.-- Seu tom de voz estava adquirindo uma tonalidade grossa.
Suspirei e quando parei, a vontade de vomitar veio intensa, corri à tempo de chegar no banheiro e colocar todo jantar para fora. Segurei o vaso sanitário com uma mão e meus cabelos com a outra.
-- Bru?-- Ouvi a voz de Ludmilla.
-- Eu disse que você iria vomitar.-- Me levantei apertando o botão da caixa.
-- É, parece que eu vomitei.-- Ela riu e eu sorri pegando minha escova de dentes. -- Não vai ligar para a Patrícia?
-- Não, que se foda ela.-- Disse voltando para o sofá e eu dei risada por ela estar andando com as pernas abertas.
-- Péssimo.-- Continuei rindo e escovei os dentes.
(...)
-- Eu não queria ter deixado ela sozinha em casa, Ludmilla é estabanada igual eu, é bem pior, então agora que ela se machucou...
-- Você ainda não me disse como ela se machucou.-- Dei risada.
-- Patrícia e Lari estavam se beijando, ela pulou em cima pra atrapalhar e a Patrícia deu um soco no pau dela.-- Ohanna gargalhou chamando a atenção da praça de alimentação inteira.
-- Merda, por isso Patrícia chegou lá em casa com Lari com a boca inchada.-- Continuou rindo e eu à acompanhei. -- Caramba que merda.
-- Pois é, agora a outra está lá, com um saco de gelo no pau.-- Ohanna riu alto novamente e eu me afundei no sofázinho tentando me esconder da sua risada.
-- Nossa, eu preciso ver a Ludmilla, preciso rir da cara dela incansavelmente.-- Neguei.
-- Você não presta Ohanna, namoral.-- Ela riu e se recompôs.
-- Claro que eu presto meu amor, e aliás, você e Lari, vão se acostumando com a falta da minha presença.-- Disse jogando os cabelos para trás.
-- Por que?-- Perguntei levando uma colher de sundae à boca.
-- Porque eu estou noiva.-- Ergueu a mão esquerda. -- Do Dylan.-- Arqueei as sobrancelhas.
-- Dylan? Uau, Dylan, o filho vai nascer loirinho, que fofo.-- Ela me encarou. -- Quer saber a verdade né?Eu não shippo, não shippo e nem a Lari, ele é um idiota, pelo menos no tempo do colégio não sei agora, mas eu zelo pela sua felicidade e você sabe disso.-- Ela começou a bater palmas chamando mais atenção.
-- Que discurso lindo Brunna.-- Fechei os olhos respirando fundo.
--Ele nunca foi um idiota comigo, já com vocês, rebanho de sapatão.-- Dei risada e neguei.
-- Eu não era lésbica.-- Ela começou a rir.
-- Mas era louca pra dar para a Ludmilla e vejamos só.-- Ergueu as mãos.
-- Ohanna, meça suas palavras.-- Ela riu tomando meu sundae da minha mão e roubando quatro colheres.
-Esse é melhor que o meu. -Disse comendo mais e meu celular tocou.
-- Oi amor.-- Falei ficando de lado na cadeira ao atender.
-- Volta pra casa, estou com saudades.-- Disse com a voz abafada.
-- Ludmilla que barulho é esse?-- Perguntei ouvindo um som estranho.
-- Eu acho que a máquina de lavar quer me comer.-- Disse fazendo um pouco de esforço.
-- Saudades o caralho, você quer que eu te salve, estou indo, se eu chegar aí Ludmilla, e minha lavanderia estiver inundada, eu vou arrancar o resto de pau que Patrícia deixou.-- Desliguei o telefone em sua cara e olhei para Ohanna. -- Meu sundae vagabunda.-- Quase gritei tomando o pote vazio da sua mão.
-- A gente compra outro.-- Disse se levantando.
-- Não quero também.-- Levantei pegando minha bolsa e a bandeja com os papéis dos lanches.
-- Você é toda grossa.-- Dei de ombros.
-- Aprendi com Ludmilla.-- Joguei os papéis no lixo e deixei a bandeja em cima. -- Vamos logo Ohanna.-- Gritei e ela revirou os olhos.
-- Eu sou pequena, não alcanço o lugar que põe as bandejas.-- Disse voltando pra perto de mim.
-- Quem manda ser filha de gnomo.-- Ela me deu língua e eu sorri.
(...)
-- Ludmilla.-- Gritei quando cheguei no quintal e Ludmilla estava em cima da máquina de lavar como se fosse um touro.
-- Brunna.-- Gritou segurando na máquina. -- Me...Socorre.-- Gritou e eu revirei os olhos.
-- Meu Deus, eu tenho a namorada mais burra e cega do mundo.-- Me agachei na frente da máquina e apertei o botão de desligar. -- Olha só, que mágica.-- Falei me levantando e ela estava com a respiração ofegante.
-- Me senti em um daqueles touros mecânicos, que louco.-- Neguei e só então pude perceber que ela estava de boxer e top.
-- Você não lava roupa em casa, acertei?-- Ela assentiu.
-- Em cheio.-- Puxou-me pelos ombros fazendo-me ficar entre as suas pernas. -- Minha heroína.-- Dei risada.
-- Ah, tá, até se eu tivesse um cachorro, ele saberia desligar essa máquina.-- Ludmilla fechou a cara e eu gargalhei abraçando sua cintura.
-- É brincadeira.-- Beijei seu busto e desci os beijos para seus seios.
-- Estava com a Ohanna?-- Assenti.
-- O que conversaram?-- Sorri.
-- Da briga com Patrícia e do noivado dela, com o Dylan.-- Ludmilla revirou os olhos.
-- Tem gosto pra tudo.-- Assenti. -- Mas eu gosto de uma latina, chamada Brunna, conhece?-- Neguei.
-- Não, odeio latinas, prefiro cubanas de pele negra, olhos castanhos e um sorriso lindo.-- Ela riu e enfiou as mãos no meu cabelo.
-- Eu também amo essas cubanas.-- Soquei sua perna. -- Ai Bru, eu ando recebendo muitos socos, vou começar a fazer uma propaganda de agressão contra a Ludmilla.-- Dei risada e selei nossos lábios.
-- E eu vou fazer uma de, cala a boca e me beija Ludmilla.-- Ela gargalhou jogando a cabeça para trás.
-- Com prazer.-- Enfiou as mãos no meu cabelo e puxou-me para um beijo leve e calmo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro