Capítulo 31
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Pv.Brunna
-- Vocês estão juntas?-- Caio perguntou.
-- Estamos, e você não devia estar na cadeia?-- Ludmilla perguntou grossa.
-- Eu devia, mas veja só, existem advogados maravilhosos em Londres.-- Cruzou os braços sorrindo -- Você está linda Brunna.
Eu estava paralisada, vê-lo ali na minha frente, em carne e osso, depois da sua revelação, fez meu coração trancar todas as passagens de ar, sangue e o caralho que fosse.
-- Você está pálida, está bem?-- Ele veio me tocar e Ludmilla bateu em sua mão.
-- Qual o seu problema moleque? Você acaba com nossas vidas, reaparece como um fantasma, e agora quer tocar nela? Vai se foder.-- Deu um empurrão em Caio que só fez mecher o ombro de leve.
-- Ele está armado Kaki.-- Ouvi Sofi dizer perto de mim -- Não deixe Ludmilla tocar nele novamente, ele veio exatamente para isso.-- Olhei para Sofia que negava olhando para Caio.
Puxei o braço de Ludmilla para ela ficar atrás de mim e encarei Caio.
-- O que você quer?-- Perguntei tremendo.
-- Você.-- Disse como alguém que acabou de receber um prêmio.
-- Vai se ferrar.-- Ludmilla gritou e eu apertei seu pau com força fazendo-à segurar minha mão.
-- Desculpa, não estou disponível.-- Falei automaticamente.
-- Eu não me importo, eu quero você.-- Ele disse dando um passo.
-- Kaki, liguei para a polícia.-- Ouvi Sofi dizer.
-- Obrigada, você é um anjo.-- Respondi e ele franziu a testa.
-- Obrigada pelo o que?-- Perguntou sorrindo.
-- Nada, você quer bolo? Está saindo do forno agora.-- Falei forçando um sorriso.
-- O que você está fazendo?-- Ouvi Ludmilla sussurrar.
-- Só me segue.-- Sussurrei entre os dentes -- Então, você quer?-- Perguntei afastando Ludmilla e me afastando também para que ele passasse.
Ele entrou e em um movimento rápido, Ludmilla tacou o vaso de porcelana em sua cabeça fazendo-o cair no chão.
-- Ludmilla.-- Gritei.
-- Ele não desmaiou.-- Sofi disse.
Peguei o vaso e meti na sua cabeça novamente e Ludmilla arregalou os olhos.
-- Ele está armado, ele veio matar você.-- Falei tremendo.
-- Ei, calma.-- Me abraçou e eu comecei a chorar -- Está tudo bem, eu vou ligar pra poli...-- Ouvimos o som das sirenes e Ludmilla me soltou.
-- Quem ligou para a polícia?-- Perguntou me olhando.
-- Eu não sei.-- Falei enxugando as lágrimas e olhei para Sofia que estava do lado de Ludmilla.
-- Boa tarde senhoras.-- Um policial forte disse -- Recebemos uma denúncia anônima, sobre Caio Mahone.-- Assenti e apontei para ele que estava no chão -- Ele está morto?-- Ele perguntou se aproximando.
-- Não, ele está armado, tentou sacar a arma e eu bati nele com o vaso.-- Mostrei o vaso no chão.
-- Certo.-- Ele disse olhando para Ludmilla -- Tudo bem Srta.Oliveira?-- Apertou a mão dela que sorriu.
-- Tudo bem Peter, obrigada por ter vindo.-- Ele assentiu e chamou o outro policial para tirar Caio dali.
-- Não se preocupe Sra.Oliveira, esse marginal vai para o presídio de L.A agora.-- Disse comigo e eu assenti pegando o vaso.
Depois de um tempo que eles haviam saído, fiquei encarando Sofia sentada no sofá me encarando e Ludmilla estava tirando o bolo do forno, que provavelmente deve ter queimado.
-- Não queimou.-- Ela apareceu na sala novamente tirando a blusa e jogando no sofá, Sofia franziu o nariz com nojo e eu dei risada --O que foi?-- Perguntou se aproximando.
-- Ahm? Nada nada, eu pensei que tinha queimado, demoramos muito tempo para tirar.-- Ela negou e passou as mãos por meus braços.
-- Está no ponto perfeito.-- Suspirou
-- Por que você convidou ele pra entrar?-- Olhei para Sofia que negou.
-- Foi para dar tempo da polícia chegar.-- Ela franziu a testa.
-- Você sabia que a polícia iria vir?-- Assenti -- Como?-- Perguntou confusa.
-- Sabendo apenas.-- Ela negou olhando para o chão -- Ele me chamou de Sra.Oliveira.-- Falei suspirando e Ludmilla me olhou sorrindo.
-- Gostou uh?-- Perguntou me puxando para perto e abraçando meu corpo.
-- Gostei, eu adoraria ter o seu sobrenome no meu.-- Ela sorriu.
-- Está se auto pedindo em casamento?-- Assenti -- Certo, posso fazer um comentário um tanto...Não sei, posso fazer?
-- Sim, o que é?-- Ela suspirou.
-- Antes eu sonhava em casar, com você claro, Sofia seria a daminha minha de honra.-- Disse sorrindo e eu olhei para Sofia que sorria abertamente -- Mas eu não me vejo casando depois de tudo.-- Disse olhando para o chão.
-- Ela estará lá.-- Falei segurando seu rosto -- Ela não irá ser nossa daminha, mas será nossa maior testemunha de que o nosso amor é verdadeiro, e que desde sempre ele existiu.-- Ela suspirou.
-- Ela sabia que iríamos ficar juntas.-- Assenti.
-- Ela sabia e até me disse uma vez.-- Olhei para o sofá e Sofia assentiu.
-- O que tanto olha no sofá?-- Ludmilla perguntou olhando também.
-- Ah...Nada, é só que gosto da cor dele.-- Disse sorrindo e Sofia riu acenando e eu assenti voltando meu olhar pra Ludmilla.
-- Ele é lilás, não tem graça nessa cor.-- Revirei os olhos e me soltei dos seus braços caminhando até o sofá agora vazio.
-- Diferente de você meu bem, eu gosto de cores vivas.-- Ela riu e sentou no meu colo.
-- A minha cor favorita era preto, quer dizer, Preto e cinza, mas depois que conheci você, marrom é minha cor favorita.-- Sorri abertamente e abracei sua cintura.
-- A minha é um marrom brilhante, que mais parece mel.-- Ela riu e se inclinou para me beijar.
(...)
Eu ouvia gritos altos e estava começando a ficar com medo, Rebecca estava na sala de Ludmilla, falando um monte para ela, e os gritos eram seus.
Eu balançava a perna impacientemente esperando o grande momento que elas saíssem dali, e que saíssem bem.
Um silêncio se instalou lá e eu suspirei pedindo aos céus que nada tivesse acontecido com a minha Lud.
Rebecca saiu da sala ajeitando seu blazer e sua cara era suave, passou por mim sem falar nada e entrou no elevador. Assim que as portas de metal se fecharam, desci da cadeira e corri para a sala de Ludmilla.
Quando abri a porta, à vi de costas, apoiando as mãos na mesa de vidro e a cabeça baixa. Suspirei me aproximando e ela gritou.
-- Não.-- Me assustei ficando paralisada e ela caminhou até o mini bar, ainda sem me olhar.
Pegou uma garrafa de whisky e encheu o copo quase que transbordando e virou de uma vez só.
-- Ludmilla...-- Falei apreensiva e ela se virou, seus olhos estavam marejados e seu rosto vermelho.
-- Eu perdi tudo.-- Disse me deixando confusa -- Tudo isso aqui, por culpa, daquela vagabunda, da Luane.-- Disse gritando.
-- Amor, eu não estou entendendo.-- Falei olhando ela andar de um lado para o outro.
-- Rebecca tem um contrato com essa empresa Brunna, e eu estava prestes a compra-lá completamente, Rebecca me deu dois meses, dois míseros meses para conseguir o dinheiro, se não ela tiraria tudo de mim, só se passaram um mês, a culpa é toda da Luane que fez merda com ela, merda, quantas vezes eu avisei à ela para ter cuidado, Rebecca é uma filha da puta.-- Jogou o copo com força na parede.
-- Ludmilla calma.-- Pedi ficando assustada -- Não tem como você reverter?
-- Não, não tem como, à não ser que outro comprador compre, mas no contrato diz que eu não posso reverter a situação, eu tô fudida.-- Disse rindo como uma psicopata.
-- Eu perdi a empresa, Patrícia vai me capar, meu pai vai ressuscitar apenas para me degolar.--Pegou uma garrafa de vodka e eu me aproximei tomando da sua mão.
-- Olhe para mim.-- Ordenei e ela me olhou furiosa -- Você não vai se afundar, essa vagabunda não vai tirar essa empresa de você, você ouviu bem? Você vai continuar comandando isso aqui ou eu não me chamo Brunna Gonçalves.-- Falei colocando a vodka de volta no lugar.
-- Não tem como Brunna.-- Disse impaciente e eu segurei seu rosto em minhas mãos.
-- Tem como, e eu vou te mostrar que tem.-- Beijei seus lábios com gosto de whisky forte e ela abraçou minha cintura fazendo-me ficar na meia ponta.
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