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Capítulo 21

Pv.Ludmilla

Passei correndo pelo balcão de Brunna sem tempo de dar bom dia para ela e abri a minha sala com tudo.

-- O que você está fazendo aqui?-- Perguntei assim que vi a morena sentada na minha cadeira.

-- Bom dia Ludmilla.-- Disse com uma pose imponente e eu comecei a suar.
-- Está atrasada dois minutos.-- Disse dando uma olhada no seu relógio de pulso.

-- Eu estava na cafeteria.-- Engoli à seco e ela sorriu.

-- Eu desisto do nosso contrato agora ou depois?-- Perguntou séria.

-- Srta. Lopes, eu juro pelo status da minha empresa, que eu organizei os papéis que você me pediu.-- Falei dando um passo e ela ergueu a mão para que eu parasse.

-- Quem é a garota lá fora?-- Perguntou com um sorriso mínimo no rosto.

-- Minha nova secretária, Patrícia vai tomar conta da filial de NY.-- Ela assentiu.

-- Você tem dois meses.-- Levantou da cadeira -- Ou você sabe o que vai acontecer.-- Veio caminhando até mim e estralou a língua -- Enquanto à sua secretária, eu posso pegar o número dela não é?-- Meu sangue ferveu e minha vontade era de joga-lá na parede.

-- S-sim.-- Falei forçando um sorriso e ela sorriu.

Eu sei que Brunna não daria o número para qualquer pessoa, então eu estou aliviada.

Quando ela saiu da sala, soltei o ar dos meus pulmões e me apoiei na mesa, eu não posso perder essa empresa, meu pai ressucitaria só para me matar.

-- Ludmilla.-- Ouvi a voz de Brunna e me virei -- Quem é essa mulher?-- Perguntou com a testa franzida.

-- Rebecca Lopes.-- Suspirei 
--A supervisora geral.-- Sentei parcialmente sobre a mesa.

-- Ela pediu meu número.-- Cruzou os braços -- Eu fiquei com medo dela.-- Fechei os olhos.

-- Você passou o seu número pra ela?-- Perguntei apertando o vidro da mesa.

-- Não, mas eu ia.-- Serrei os olhos
-- Eu disse que er heterossexual.-- Soltei um riso nasal. --Você está tremendo.-- Se aproximou -- Ela é a segunda pessoa na sua vida que você sente medo.-- Falou sorrindo.

-- Qual a primeira?-- Ela jogou os cabelos para trás.

-- Eu, óbvio.-- Gargalhei forçado.

-- Faça-me rir mais, você não faz medo nem para um animal, imagina para mim, você é um ser fofo demais para que eu tenha medo.-- Ela cruzou os braços.

-- Não aceito isso.-- Puxei-à pelos braços fazendo-à ficar entre minhas pernas.

-- Aceite, dói menos.-- Beijei sua testa -- Bom dia.-- Falei sorrindo.

-- Bom dia.-- Respondeu suspirando e segurou meu rosto para selar nossos lábios.

-- Desculpa ter passado tão rápido por você, quando soube que Rebecca estava aqui, tive que vir o mais rápido possível.-- Ela suspirou.

-- Está tudo bem.-- Sorriu e selou meus lábios.-- Tenho que voltar ao trabalho, você tem duas reuniões hoje com o Sr.Salvatore e uma reunião com uma galeria.-- Falou pegando um caneta na minha mesa e se inclinando para escrever.

Sua bunda, vulgo Monte Everest, estava virada para mim e aquilo de uma certa forma, ou de todas as formas, me excitou. Me aporxinei de Brunna e segurei sua cintura me posionando ali, ficando com o volume da minha calça em sua bunda.

-- Isso é tão errado.-- Ela disse me olhando por cima dos ombros e voltando a escrever.

-- E gostoso ao mesmo tempo.-- Falei passando a mão pelo lado direito da sua bunda.
-- Céus, você é tão gostosa.-- Falei mordendo o lábio.

Brunna se ergueu e os seus cabelos ficaram bem próximos do meus rosto, fazendo-me sentir o cheiro de rosas que emanava dele.

-- Sou?-- Perguntou provocativa e se virou com o pequeno papel.

-- É, demais.-- Mordi o lábio e ela percorreu minha blusa com os dedos até chegar no bolso interno do meu blazer.

-- Não se atrase.-- Piscou e se desvencilhou dos meus braços saindo da sala com seu rebolado.

Quando a porta fechou, levei a mão direita até minha ereção por cima da calça e me curvei.

-- Eu preciso ser forte, e você também.-- Falei com meu volume e me virei para beber algo no mini bar.

Pv.Brunna

Eu não posso ficar mais de dois segundos perto de Ludmilla que meu corpo todo se ascende como um forno movido à carvão.

Passei as mãos no cabelo e suspirei apoiando os cotovelos na mesinha à minha frente e acabei por fitar o retrato meu e de Ludmilla com Sofia.

-- Você tem que esperar o tempo dela.-- Tomei um susto ao ouvir a voz ao meu lado -- O que você está fazendo?-- Arregalei os olhos assustada.

Balancei a cabeça em sinal negativo, você não está vendo a Sofia, você não está tendo alucinações novamente.

-- Você está.-- Engoli à seco e abri os olhos -- Você sabe que eu conheço você melhor que ninguém, estive com você esse tempo todo, então não adianta fugir da minha presença, você sabe que isso será impossível.-- Sua voz era tão clara, é como se ela realmente estivesse à minha frente.

Continuei olhando para ela, que sorria de canto, enquanto minha expressão com certeza era de espanto. Ela riu e apontou com a cabeça.

-- Brunna, você pode cancelar a reunião com a galeria? Eu preciso sair mais cedo.-- Disse ajeitando sua jaqueta.

-- Ela vai te convidar para jantar.-- Revirei os olhos -- Espera pra ver.-- Disse rindo.

-- Cala a boca.-- Falei mais alto do que deveria e Ludmilla me olhou confusa -- Não você, ela.-- Apontei para Sofia e Ludmilla franziu ainda mais a testa.

-- Ela quem Brunna?-- Perguntou me olhando estranho.

-- Se você contar sobre mim, ela vai te achar uma maluca.-- Disse e eu enfiei as mãos no cabelo.

-- Nada, ninguém, é...Tudo bem, eu cancelo.-- Falei arrastando minha cadeira para pegar a agenda.

-- É...Quer sair comigo mais tarde?-- Perguntou ficando corada e eu olhei para Sofia serrando os olhos.

-- Claro, vou adorar.-- Falei sorrindo e ela sorriu assentindo e logo saiu -- Eu preciso que você pare de falar no meu ouvido entendeu?-- Perguntei olhando para Sofia que ria divertidamente.

-- Eu sou o fruto da sua imaginação Bubu, é fácil me mandar embora.-- Disse me encarando -- Eu só estou aqui para te ajudar.

-- O que quis dizer com, você precisa esperar o tempo dela?-- Perguntei curiosa e ela sorriu.

-- Ela está muito afim de você, e quando eu digo muito, você tem que abranger todos os assunto.-- Disse erguendo a sobrancelha sugestivamente -- Você precisa que ela deixe ser especial, ela quer que seja especial, então faça com que seja.-- Olhei para a tela do computador.

-- Você também pode aparecer pra ela?-- Perguntei encarando-à.

-- Poderia, mas a sua mente é mais aberta que a dela, se eu aparecesse para ela, ela riria e fingiria que eu não estava ali, diferente de você.-- Disse sorrindo.

-- O que vai acontecer no jantar?-- Perguntei e ela negou.

-- Eu não vou te contar.-- Disse sorrindo com a língua entre os dentes e eu bufei irritada.

-- Como quiser.-- Virei para a agenda e quando me virei para falar com ela novamente, ela já não estava mais ali, suspirei -- Galeria Gomez?...

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