Capítulo 15
Pv.Ludmilla
Desci para o saguão do hotel à espera de Brunna, eu sabia que ela viria vestida tão linda quanto o normal, isso já estava me deixando maluca.
Quando olhei para o elevador que havia acabado de se abrir, Brunna saiu dele com um vestido branco como o meu, a diferença era que o seu era rodado, e o meu era como um roupão, fechado.
Brunna traçava um colar de pérolas no pescoço, um cinto branco no meio do vestido e uma pulseira de pérolas no braço direito com uma bolsa preta, ah, e não posso me esquecer do seu salto preto que eu tanto adorava.
-- Oi.-- Ela disse sorrindo e eu senti o seu perfume tão maravilhoso.
-- Você está...Magnífica.-- Falei quase babando, ela sorriu.
-- Espero que isso seja um elogio bom.-- Sorri e peguei sua mão direita, o que fez um formigamento se concentrar nas minhas mãos.
Levei as costas da sua mão até meus lábios e deixei um beijo molhado ali, fazendo Brunna suspirar.
-- Vamos?-- Perguntei sorrindo.
-- Cla-claro.-- Assenti e andamos até o meu carro onde Alfred já nos esperava -- Como estão os seus dedos?-- Perguntou quando o carro começou a andar.
-- Melhores, obrigada pelo remédio.--- Falei olhando para meus dedos.
-- Eu disse que melhoraria.-- Jogou os cabelos para o lado e eu ri.
Deitei a cabeça no banco e senti a mão de Brunna na minha coxa, olhei para ela que olhava para frente como se nada tivesse acontecido.
Ela começou a pincelar seus dedos ali, subindo e descendo como se nada tivesse acontecendo. Eu não podia ficar excitada, estava usando o short de compressão e isso me machucaria se caso ficasse com uma ereção.
-- Para.-- Dei um tapa em sua mão e ela me olhou.
-- Eu não percebi o que estava fazendo, me desculpe.-- Disse com um sorriso cínico no canto dos lábios e eu neguei.
(...)
Pv.Brunna
Festa chata, o pior era que estava tocando Jazz, e Ludmilla odeia Jazz, e a cara dela não era muito legal. Toda hora alguém vinha falar com ela e algum idiotinha soltava uma piada para mim.
Eu estava em ponto de ebulição, ponto de uma explosão e eu iria mandar um para a casa do caralho ainda hoje.
Ludmilla se afastou de mim indo em direção à uma garota que estava de costas para nós. Ela chegou próximo da garota sussurrando algo em seu ouvido, o que fez a garota se virar imediatamente.
Eu não à conhecia, mas já não gostava dela pelo simples fato dela ter quase pulado no colo de Ludmilla.
Beberiquei a batida de morango do meu copo e continuei encarando aquela cena.
-- Você ainda gosta dela?-- Ouvi uma voz do meu lado e me assustei olhando imediatamente.
-- Troye?-- Franzi a testa e ele sorriu.
-- O próprio.-- Disse sorrindo e eu o abracei com força.
-- Meu Deus, o mundo é tão pequeno, o que você faz aqui? É dono de alguma dessas companhias?-- Perguntei e ele suspirou.
-- Sou noivo daquele lindo moreno ali.-- Apontou com a cabeça.
Realmente era bonito, alto, forte, barba bem feita e não muito rala, trajava um terno cor vinho e tinha um sorriso lindo.
-- Uau em? Esse sim é o homem dos seus sonhos.-- Falei sorrindo e ele sorriu.
-- Então, você não me respondeu.-- Disse olhando para Ludmilla, suspirei.
-- É Troye, eu ainda à amo.-- Ele suspirou.
-- Vocês se encontraram depois de tanto tempo, já pensou em dizer para ela isso?-- Assenti.
-- Eu disse, nós nos beijamos.-- Troye abriu a boca. -- E foi...Maravilhoso.-- Falei suspirando.
-- Eu não acredito nisso, Brunna, isso é incrível.-- Suspirei.
-- Ela não vai querer ficar comigo de qualquer forma, ela vive em uma bolha de empresários isso não é bom para mim, essas garotas ficam se jogando para ela, em uma dessas festas eu sairia presa com certeza.-- Troye gargalhou.
-- Brunna, você nunca muda.-- Beijou minha testa. -- Está linda, linda mesmo, mais do que antes, e Deus me perdoe, mas se Ludmilla não quiser, eu quero.-- Disse beijando minha mão e ouvimos um pigarrear.
-- Com licença.-- Disse fria e Troye à olhou. -- Troye?-- Ela perguntou franzindo a testa.
-- Não, o fantasma dele.-- Falei irônica olhando para o lado oposto em que ela estava.
Ouvi as saudações deles e logo Troye estava longe, Ludmilla alcançou meu campo de visão com uma cara nada boa.
-- O que eu fiz?-- Perguntou confusa.
-- Pergunta aquela a garota ali.-- Apontei com a cabeça para a garota que ela estava falando.
-- Fernanda? Por que eu perguntaria para ela?-- Perguntou me olhando.
-- Fernanda.-- Falei com nojo -- Fernanda, vai lá dançar com a Fernanda.-- Virei para o bar.
Ludmilla me abraçou por trás e tirou o cabelo que cobria meu pescoço e deixou um beijo molhado ali me arrepiando inteira.
-- Está dando outra crise de ciúmes.-- Disse no meu ouvido e eu fechei os olhos.
-- Não estou com ciúmes.-- Falei engolindo à seco.
-- Ah, não? Então vou voltar para lá.-- Disse e eu me virei no banco segurando seu braço com força.
-- Se você for, quando voltar, estarei em Londres.-- Ela sorriu de lado, cínica.
-- Sabe Bu...-- Se aproximou ficando com o rosto próximo do meu. -- Estou com tanta vontade de te beijar agora.-- Disse mordendo o lábio.
-- Não beija porque não quer.-- Levei o canudo até minha boca.
-- Você é uma desgraçada, eu tive que me virar sozinha na droga daquele quarto.-- Sorri.
-- Sério? Que pena, é uma pena mesmo.-- Falei sorrindo e me inclinei no banco roubando um selinho seu.
-- Você me paga por isso.-- Disse segurando meus cabelos, agora de leve.
-- Pelo que exatamente?-- Perguntei fitando seus olhos.
-- Por ter me deixado excitada.-- Disse se inclinando para me beijar, virei o rosto.
-- Chamava a Fernanda para te ajudar.-- Me levantei do banco e Ludmilla negou quando comecei a caminhar para longe dela.
Pv.Ludmilla
Eu olhava Brunna andando pelo salão, ela quase não andava na verdade, todos os homens ali à paravam e eu me segurava para não me levantar do bar e quebrar a cara de um por um.
Ela parou próximo ao palco onde tinha o Dj e ficou ali, olhando todas as pessoas naquele salão, um loiro se aproximou dela e eu apertei o copo mais uma vez.
Eles conversavam muito próximos por conta do jazz insuportável que tocava ao fundo, eu já estava com o sangue fervendo, e se eu tivesse uma arma, eu apontaria para sua cabeça.
Brunna colocou a mão em seu ombro e se pôs na ponta dos pés e deixou um beijo em sua bochecha antes de passar um papel para ele que eu vi muito bem, eu vi.
Ele sorriu para ela e beijou sua mão, agrr, não vou beijar a mão dela mais, todo mundo faz isso.
Ela veio andando até mim e eu me virei para pegar minha dose de whisky no bar.
-- Opa.-- Ela tomou meu copo antes que eu bebesse. -- Hoje não.-- Disse sorrindo e virou o copo me fazendo arregalar os olhos. -- Eca, isso é horrível, como consegue beber isso?-- Perguntou fazendo uma careta.
-- Bebidas fortes não servem para mocinhas como você.-- Falei sorrindo.
-- Pois saiba que eu sou muito forte tá?-- Disse irritada -- Com licença, ei, moço.-- Disse com o barman e eu ri baixinho. -- Me dá umas quatro dessa aqui.-- Ela apontou para o copo em que antes eu bebia.
-- Você não vai beber.-- Falei incrédula e ela me olhou.
-- Veremos então.-- Disse sorrindo de lado e eu neguei sem acreditar naquilo.
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