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Capítulo 3:Os instrumentos da Agonia

De vestido roxo e luvas a combinar, com o cabelo elegantemente esticado e brincos cuidadosamente colocados, Nitria entrou numa sala pequena e sem iluminação. O chão era de pedra esverdeada e tresandava a morte naquele lugar. Não deu mais de dois passos depois da porta. O chão estava imundo e ela não iria sujar os seus sapatos novos por causa de uma visita vulgar. Quando julgou estar sozinha, um ruído metálico convenceu-a do contrário. Deu um passo para trás quando viu algo a mover-se naquela penumbra.

Um corpo alto coberto por uma bata que, em outros dias, havia sido branca, de cabeça calva e desprovida de cabelo, estava um homem. Demorou a perceber a sua presença, mas mal a notou, girou sobre os calcanhares e aproximou-se até que ela o visse melhor.

— Nitria, como é uma honra receber a vossa tão humilde visita a este homem condenado — condecorou o homem com uma voz rouca, fazendo uma vénia tão curva que quase se ajoelhava.

— Esquece essas formalidades, Valak. Hoje venho com um pedido — cortou Nitria sem demora.

— E que pedido seria esse? — perguntou Valak, curioso, levantando-se da longa vénia.

— Mas devo avisar-te que deves ser especialmente cruel com estes dois — avisou ela.

— Isso sim é música para os meus ouvidos — respondeu ele, aproximando-se mais, o suficiente para que ela visse os seus olhos por detrás dos monóculos. Personalizados por ele próprio, consistiam numa grossa lente e um arco de metal que lhe dava o aspecto de alguém que tinha há muito perdido a sanidade.

— Dois plebeus imundos ousaram tocar e difamar o meu filho — revelou, chocada, por se lembrar do sucedido.

— COMO SE ATREVEM!!! — gritou histérico, voltando-se para trás e atirando tudo o que podia ao chão. — QUEM FOI??

— Sabia que reagirias assim, só tu para perceberes a gravidade da situação — disse ela, emocionada por ver que outra pessoa compartilhava da sua raiva. — São dois irmãos que agora estão na cidade do Golias — disse-lhe, estendendo-lhe uma foto tirada por um dos seus espiões.

— Dá-ME! — ordenou, arrancando a fotografia das mãos de Nitria. — Sim... sim... Sim! — gritou sadicamente, com os dedos a raspar nas caras dos irmãos.

— Suponho que, pelo estado do teu paciente, vais precisar de um novo — comentou a mulher, desviando os olhos de Valak e dirigindo a sua atenção para algo que grunhiu muito baixo, como se estivesse a sufocar. De vez em quando, esse grunhido parava brevemente, para recomeçar logo depois. Valak apercebeu-se do interesse dela e dirigiu-se para a parede, onde, puxando uma alavanca, a sala iluminou-se. Mesmo que pouco, já dava para ver a quantidade exagerada de aparelhos de tortura presentes na sala, deixados em cima de mesas, pendurados na parede, alguns até em exposição num armário de vidro. Com um pouco mais de luz, era fácil perceber que aquela sala era de maiores dimensões do que inicialmente sugeria, com várias mesas e armários todos enfeitados com instrumentos de tortura.

Nitria contornou Valak e, com passos elegantes, passou pelas várias mesas alinhadas, todas com os materiais de tortura bem organizados e limpos. Os armários também expunham alguns objetos interessantes, incluindo um que lhe captou a atenção pela enorme quantidade de frascos nas suas prateleiras, todos identificados com um nome e um número.

— O que andas a testar, Valak? — perguntou curiosa, distraindo-o da foto dos irmãos.

— Tu sabes... novas formas de atravessar as fronteiras da dor — respondeu ele com um sorriso aberto e malicioso. — Este meu amigo está sobre um novo tipo de veneno que eu criei, e os resultados não podiam ser mais satisfatórios.

— Vejo que ele está em mau estado — observou ao ver os olhos revirados do homem e as veias tão salientes e de cor escura.

— Já lhe administrei o veneno há três dias e ainda está vivo.

— Isso não é um problema?

— A tortura é como qualquer ciência. Se não for aprimorada com o tempo, deixa de ser útil — respondeu, muito sério sobre o assunto. — Além do mais, o meu trabalho não é matá-los, mas ter a certeza de que eles desejariam estar mortos. De que me serve matar as minhas cobaias? Isso é para os executores. A minha função é muito mais divertida — disse, passando as mãos pelo rosto do homem. — Quer dizer, pelo menos eu sei quando estou a fazer bem o meu trabalho — desconversou, rindo.

— E como sabes que estás a fazer tudo direito? — perguntou interessada.

— Quando eles desistem de se debater, quando param de gritar por ajuda, e apenas imploram para que tudo isto termine, nós sabemos que estamos a desempenhar bem a nossa função.

— Vocês não os matam... mas fazem com que eles desejem estar mortos — concluiu com um sorriso.

— Precisamente, mas esse já se tornou entediante — apontou para o corpo em cima da mesa de tortura. — No primeiro dia, debateu-se tanto contra as correntes de ferro que parecia um sino a tocar. No segundo dia, grunhiu alto como tudo ao sentir o seu corpo ser destruído de dentro para fora, e no início do dia de hoje as suas cordas vocais arrebentaram de tanto esforço.

— Tudo isso com apenas um veneno! — exclamou impressionada.

— Não, isto foi apenas com uma pequena quantidade de veneno — corrigiu. — Estou a pensar deixar que ele se afogue no próprio sangue.

— Que malvado! — riu-se novamente.

— E nem sabes a melhor, fiz inúmeros progressos no que toca aos meus queridos alucinógenos — explicou, tirando um pequeno frasco do bolso. — Imagina ver todos os teus receios, medos e erros que cometeste ao longo da vida assombrarem-te todos ao mesmo tempo.

— És louco, mesmo do tipo que eu preciso. Deduzo que posso contar contigo.

— É impossível recusar, olha para os olhos deste — apontou para a foto. — Os olhos, o cabelo, a sua expressão, tudo nele indica que deve ser daquele tipo de pessoas que não resistem a ajudar os outros.

— Precisamente os teus preferidos. Ouvi dizer que brincas com eles por semanas — inventou ela.

— Mentira — defendeu-se com pouco entusiasmo. — A maioria dura meses e depois eu ponho todos numa cela e digo que dou a liberdade ao último que sobreviver — soltou um suspiro de prazer. — É tão bom ver pessoas que se julgam boas matar por puro egoísmo. É impossível não querer quebrá-las.

— Acho que isso é um sim então — e dirigiu-se para a porta, deixando Valak a falar sozinho.

— E quando a cela se abre e a esperança volta aos seus olhos, para depois se aperceberem de que a única coisa que os espera é continuarem a ser o meu instrumento de tortura — e continuou a relatar as suas fantasias para o seu paciente, que nada mais queria do que morrer.

— Valak, por acaso não sabes nada sobre o desaparecimento de um dos meus criados? Começamos a temer que ele tenha fugido — apontou curiosa.

Infelizmente para ela, Valak já estava em outro mundo, um mundo rodeado pelas suas fantasias mais excitantes. Sem esperança de obter uma resposta, fechou a porta e deixou Valak com os seus brinquedos. Após uns segundos, o som dos passos de Nitria ecoou, e Valak suspirou, tirando o sorriso sádico do rosto. Um estalido mecânico deu origem ao movimento de um sistema maior, e a mesa onde estava o seu paciente foi trocada por outra mesa. Desta vez, uma mesa redonda, onde se encontrava um homem em muito mau estado.

A sua pele havia sido cortada em diversos lugares e puxada para trás com a ajuda de anzóis, deixando partes, como a cara, totalmente expostas aos visitantes. Valak colocou os dedos por baixo da dobra de pele e verificou a presença de pequenas larvas na carne do homem.

— Estão a crescer bem, então, qual a sensação de ter a pele descascada, como a de uma banana, e ter pequenas larvas a comer lentamente a tua carne?

O homem murmurou alguma coisa antes de Valak puxar abruptamente todos os fios, rasgando um pouco mais a sua pele e dando mais espaço para as suas larvas se reproduzirem.

— Parece que a tua dona já deu pela tua falta. Parece que o tempo que temos juntos foi encurtado. Mas não te preocupes, farei destes últimos momentos os mais demorados. E depois disto, tenho novos brinquedos para experimentar.

— Mas, para te ser sincero, já me chega disto. Quero lá saber se alguém deu um pontapé no cu de ouro do filho mimado dela. Mas hoje em dia é difícil encontrar simpatizantes sem escrúpulos como eu — disse ao vasculhar um dos seus armários

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