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Capítulo 16 - A prisão vertical

Não muito depois, encontraram a saída do desfiladeiro, emergindo para uma paisagem árida, com uma estrutura colossal erguendo-se à frente. Era uma torre imponente, de forma quase mítica, protegida por um muro maciço, que mais parecia um gigante de pedra, com várias torres de vigia, como olhos atentos à escuridão. 

Cada um dos pontos de vigia estava armado até os dentes, guardas vigilantes com olhares penetrantes, prontos para disparar a qualquer movimento suspeito. A entrada não seria fácil. Qualquer passo em falso seria fatal. Uma entrada furtiva poderia ser uma opção, mas, antes que pudessem sequer pensar em tal estratégia, um estrondo de proporções devastadoras ecoou. Um dos andares da torre simplesmente se desintegrou.

Os guardas abandonaram imediatamente os seus postos, correndo em direção à torre com a urgência de formigas perturbadas. Mas antes que conseguissem fazer qualquer movimento, um grito monstruosamente agudo cortou o ar.

Foi o tipo de grito que faz a alma se arrepiar. Todos congelaram. Os seus olhares fixaram-se no buraco imenso na torre, onde a explosão ocorrera, e dois corpos caíram, como fardos de palha sendo descartados.

Ambos foram amparados por uma mão transparente, feita de água, que suavizou sua queda, impedindo uma queda mortalmente dolorosa. Um dos corpos já estava sem vida, enquanto o outro apresentava ferimentos tão profundos que sua sobrevivência parecia uma questão de minutos. Contudo, um dos guardas, mestre em magia curativa, saltou em ação, utilizando seus poderes para tentar salvar o que restava do segundo corpo.

Bill, no entanto, não se deu ao luxo de observar mais. Ignorando os corpos caídos e os guardas atordoados, ele avançou. A sensação de urgência consumia-o. A confusão, sem sombra de dúvida, tinha sido causada por Bell. Um sorriso ligeiro formou-se no seu rosto. Ele ainda tinha a força necessária para lutar. Tinha-se preocupado sem motivo.

Dois guardas, como marionetes lançadas por uma mão invisível, foram arremessados contra a parede. Passaram perigosamente perto de Bill, e ele conseguiu perceber, antes que caíssem no chão, marcas profundas de garras e queimaduras espalhadas pelos seus corpos. 

Bill inspecionou os corpos com olhos afiados, à procura de algum detalhe que pudesse indicar a presença das aberrações de Valak. Se elas estavam ali, ele teria que destruí-las antes de seguir em busca de Bell. Um pedaço de grilheta, partida e cravada na perna de um dos guardas, chamou sua atenção, mas ele não parou para investigar mais. Ele sabia o que precisava fazer.

Sem esperar por Elliot ou Trei, Bill seguiu sozinho, movendo-se como uma sombra em direção à criatura. O rastro deixado pelos ferimentos da besta conduziu-o a um corredor estreito, com as paredes arranhadas, como se um animal selvagem tivesse sido solto ali, tentando encontrar uma saída. 

Bill avançou com cautela, conjurando pequenas esferas elétricas que iluminavam o caminho à sua frente. As esferas enfraqueciam à medida que ele caminhava, como se a energia do próprio ar estivesse sendo consumida. Finalmente, o corredor conduziu-o a uma sala ampla, o piso de pedra fria e o teto de metal reluzente refletindo as pequenas chamas das esferas. Ele criou outras, parecendo pirilampos dançando no ar, lançando sombras sinuosas nas paredes.

Ao olhar para cima, Bill percebeu que estava sob uma sala de observação, o vidro transparente permitindo-lhe distinguir dois cadeirões imponentes voltados para o vidro, Bill conclui que seria salas seguras para os espectadores assistirem á matança que acontecia naquele andar.

Bill, instintivamente, atirou-se ao chão, como se uma força invisível o tivesse empurrado.

Algo, veloz como um relâmpago, passou a raspar por cima da sua cabeça. Um som baixo, mas frenético, acompanhava o movimento. Bill levantou-se rapidamente, e o gaguejar distante repetiu-se, como uma lâmina cortando o silêncio.

Ele atirou-se novamente para o chão. Desta vez, o golpe arranhou a sua armadura, mas Bill  conseguiu evitar o pior. Mais esferas surgiram, iluminando as sombras, mas o que o atacava ainda estava oculto. 

O chão tremeu, e, como se fosse uma rocha rolando ladeira abaixo, Bill lançou-se para o lado, evitando ser esmagado por duas patas enormes que surgiram do nada.

A criatura que enfrentava Bill tinha um focinho de porco, com presas afiadas como lâminas. Os seus espinhos nas costas brilhavam à luz das esferas, e sua pele, uma mistura grotesca de musculatura humana e animal, parecia pulsar com uma força selvagem. As deformações nos braços indicavam que ela escondia mais espinhos, como se fosse uma armadilha ambulante.

A criatura investiu contra Bill, mas a diferença de tamanho era como uma montanha enfrentando um riacho. Bill, ágil como o vento, esquivou-se facilmente. Conjurando diversas correntes de ar, envolvendo o pescoço da besta como se fossem correntes de ferro. Mas, com um esforço brutal, a criatura conseguiu partir as correntes, partindo-as como se fossem meros fios de seda. Bill, surpreso com a força do monstro, formou uma nova corrente mais densa e pesada, prendendo não só o pescoço, mas também os braços e pernas da besta.

- Não és tão perigoso assim, pois não? - disse Bill, com um sorriso desafiador, mas antes que pudesse se gabar, o som do gaguejar cortou o ar novamente, mais alto e ameaçador do que antes.

De repente, algo desceu sobre eles, como uma sombra gigante, cortando as correntes com facilidade. O porco, agora livre, investiu contra Bill, e seus socos furiosos como martelos de guerra deixavam cratera por onde ele passava. O primeiro soco passou à sua frente, mas o segundo atingiu suas costelas com a força de um trovão, fazendo os seus pés saírem do chão. Bill foi lançado pelo ar, girando descontroladamente até ser atirado por outra força desconhecida na direção do porco, que, com mais um golpe, lançou-o contra a parede. A armadura de Bill, que antes parecia sólida, desfez-se sob o impacto. Mas a magia que a envolvia já havia cumprido seu propósito: absorver a maior parte do golpe.

- "Heheheheheh..." - O riso veio como um eco distorcido, acompanhado de um som de asas a bater. 

Um novo monstro apareceu. Tinha a forma de um homem, mas com uma pele escura como a noite e enormes orelhas, como se fosse uma criatura híbrida entre morcego e homem. As suas asas finas, de um tom escuro e metálico, sacudiam-se com um som quase triunfante. Ele pousou no ombro do porco, observando a cena com um sorriso malicioso.

Bill não perdeu tempo. Fez duas lâminas de vento cortarem o ar, mas o porco defendeu-se com os braços, e o morcego levantou voo, rindo do ataque. Para acabar com o sorriso presunçoso do morcego, Bill convergiu as suas esferas luminosas contra ele, lançando raios elétricos que iluminaram a sala e escureceram as sombras, como se o próprio ar estivesse em chamas, enquanto eletrocutava o morcego.

A última esfera de Bill dissipou-se, mas ele aproveitou a oportunidade para usar a sua manopla e atacar diretamente o porco. Não esperava, porém, que a resistência física do monstro fosse tão grande. Os ossos do porco eram mais duros do que pedras, e o seu ataque foi detido com um estrondo. Mesmo no escuro o porco encontrou o braço de Bill levantando-o e sacudindo-o no ar antes de o atirar contra alguma direção aleatória.

Aterrou fazendo uso da força das pernas e do peso das manoplas, o ataque físico não fora muito efetivo contra o porco e pelo som, o ataque mágico também teve o mesmo resultado.

Mas, antes que pudesse pensar em outra alternativa, uma voz, suave e fria, sussurrou-lhe ao ouvido: 

-Recua um passo para trás, e gancho de esquerda em seguida - Sem pensar, o seu corpo executou as ordem automaticamente.

E de forma surpreendente o seu punho encontrou o rosto do morcego. O forte impacto fez a armadura envolta do pescoço estalar e lançado o morcego para o ar, rodopiando, antes de bater contra a parede com um estrondo. Bill não teve tempo de respirar.

-Mas que raio? - questionou-se sem entender o que tinha acontecido

- "Agora, abaixa-te, esquerda, direita, não te mexas." - As ordens surgiram na sua cabeça , e Bill, num estado quase automático, seguiu cada comando à risca, esquivando-se de ataques afiados que cortavam o ar ao seu redor - "Descarga eléctrica para o teto," - ordenou a voz.

A descarga elétrica quase saiu do seu corpo sem ele fazer nada, assim como o raio que lançou contra o porco, depois de a sala ter sido brevemente iluminada. Voltou a conjurar novas esferas elétricas para iluminar a sala escurecida. 

O morcego estava com uma ferida grave na cabeça e o ataque mágico foi extremamente eficaz contra o porco, mas ainda não foi suficiente. O porco voltou a levantar-se e fitou-o com raiva.

Lançou lhe dois espinhos que falharam o alvo e cravaram-se na parede atrás de Bill, passando então ao combate à curta distância, com a intenção de surpreender Bill com os espinhos escondidos. 

Bill já se tinha apercebido dessa arma e afastou-se, evitando os golpes do porco quando um espinho saiu da parte de baixo do antebraço, como quem usa uma faca oculta. Golpeou inúmeras vezes o ar na tentativa de acertar, e Bill, e se não fosse pelos efeitos adversos da magia que o atingiu, com certeza já teria acertado um ou dois golpes. 

As suas manoplas detinham os golpes mais perigosos, enquanto ele aguardava uma abertura para poder atacar o porco de forma decisiva.

A sua oportunidade surgiu, assim como a do morcego, que, sorrateiramente, o amarrou pelas costas, impedindo que ele finalizasse o seu ataque. Levantou voo com Bill preso nas suas garras e, enquanto ele se ria, o porco fez emergir espinhos por toda a sua pele. 

Caso fosse largado, mesmo a uma altura baixa, Bill seria empalado. Ao perceber pela respiração ofegante do morcego que ambos, o porco e o morcego, estavam cansados, Bill, fez as esferas de energia convergirem novamente no porco, mas, apesar de serem eficazes, não conseguiu abalá-lo o suficiente para que este cedesse. No entanto, aquilo que rugiu nas sombras, sim, poderia. Bill foi largado ao mesmo tempo que uma das paredes foi derrubada. Caindo no chão, Bill viu que o porco agora enfrentava uma nova ameaça ainda desconhecida, numa luta que rapidamente se transformou numa batalha entre dois cães selvagens.

O morcego ignorou Bill e precipitou-se sobre o novo inimigo. Um golpe violento sobre o porco fez com que este tombasse. Sem descanso, a nova entidade lançou-se contra o morcego. O choque foi momentâneo, mas o som do metal a ranger e os rosnados ferozes de cada um perduraram durante todo o combate. Bill ouviu o som do metal a ser partido, sinalizando a derrota do morcego. 

Ainda insatisfeita com a vitória, a nova entidade fez questão de arrancar as asas do morcego e, sem misericórdia, espetou o corpo do morcego nos espinhos das costas do porco. O morcego soltou um último gemido agonizante, tão vibrante e grave, que Bill ficou tonto por um momento. 

Os dois adversários estavam mortos, mas a criatura apenas se sentiu satisfeita quando amarrou os cadáveres deles e os lançou contra a parede, deixando entrar diversos raios de luz. O porco e o morcego caíram, juntamente com os blocos que antes constituíam a parede. 

Bill teve finalmente a visão do que estava a enfrentar: era algo escuro e a sua pele parecia ter vontade própria. As suas garras pretas adquiriram forma humana, assim como todo o seu corpo. O seu tamanho diminuiu, mas nem por isso deixou de ser ameaçador. Soltou um grito triunfante e, por entre os raios de luz, era visível a divisão imperfeita do seu corpo: uma parte visivelmente monstruosa, e a outra parte com aparência humana.

- Mais uma das brincadeiras do Valak - sussurrou para si mesmo, chamando a atenção da criatura.

A criatura voltou-se lentamente para ele. As suas faces agora exibiam um sorriso maldoso e fisicamente impossível para um humano. Um dos olhos era vermelho, enquanto que o outro não passava de uma circunferência amarela, numa face negra e familiar.

-"O que estás a fazer? Desvia-te!" - Gritou a voz na sua cabeça mas desta vez, o corpo de Bill não acatou a ordem. Não porque tivesse suprimido os seus instintos ou recuperado o controlo do seu corpo, mas porque a sua mente ficou em branco ao reconhecer a criatura.

- Bell...? O nome escapou-lhe da boca como um sussurro angustiado, quase ininteligível. Os seus joelhos cederam, e ele tombou de volta ao chão, perdido num turbilhão de pensamentos desconexos. O que via diante de si não podia ser real. O vazio tomou conta da sua mente, uma neblina turva que tentava, em vão, processar a monstruosidade que tinha a forma do seu querido irmão.

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