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8 . Leio Livros e Ela Ler Mão

Aprendi a jogar xadrez no celular da minha mãe. Era mais fácil porque aparecia os quadrados disponíveis para cada movimento das peças. Logo comecei a ir com mais frequência na biblioteca do A para jogar com os pirralhos do ensino fundamental.

No meio de uma partida, o meu adversário ficou me encarando, pensativo.

— Tu é o Caio, né?

— Sou. Por quê?

— Cara, a Beatriz só fala em você. Já estou de saco cheio de ouvir o quanto você é legal.

— Legal? Eu só falei com ela uma vez. Você é da sala dela?

— Sou sim, fazemos o nono ano juntos. Ela tá a fim de tu.

— Legal. Mas acho ela muito nova, apesar daquele corpo todo que ela tem.

Não parecia, mas eu tinha algumas regras de relacionamento macho-fêmea — que serviam só para mim, é claro.

Regra um: Não pegar garotas mais novas do que eu.

Regra dois: Não pegar garotas novas, mesmo que elas parecessem mais velhas.

Regra três: Não pegar garotas mais velhas, mesmo que elas parecessem mais novas.

Ou seja, eu já era rabugento e aparentava ser mais velho fisicamente, não queria um relacionamento com uma menininha. Me sentiria constrangido e um pedófilo. Mesmo tendo 16, eu queria garotas de 16 para cima.

— Ela é bem tesuda! — o cara do fundamental disse e concordei.

Terminamos o jogo. Eu perdi. Cumprimentei o cara e fui aproveitar o resto do intervalo. Vi a Beatriz, ela veio me abraçar. Nossa, ela era mesmo gostosa! Quando nos soltamos. Fiquei olhando para os peitos dela. Como eu era mais alto, dava impressão que simplesmente abaixava a cabeça para olhá-la sem maldade.

Ela puxou um papel dobrado do bolso e estendeu para mim. Quando eu ia abrir ela agarrou meu punho.

— Não! Espera para abrir na sala.

— Por quê?

— Fico envergonhada. — Ela sorriu, um sorriso lindo.

— Tá legal. — Guardei o papel no bolso.

— Então, como vai a vida?

Essa pergunta me fez refletir mais tarde, mas no momento, um "Tá tudo bem" serviria.

— Tá tudo bem.

— Depois quero te apresentar minhas amigas.

— Tá certo, agora me deixa voltar pra sala, quero ler o que tem no papel — Abracei ela, apertei aqueles seios macios contra meu corpo e beijei sua bochecha. Voltei para sala devagar, esperando meu pau amolecer mais.

Ela estava ameaçando as minhas regras. Isso era perigoso. Sentei na cadeira e abri o papel, li o seguinte:

"Caio, você é uma pessoa incrível, gostei muito de te conhecer. Sinceramente, espero te conhecer mais, você é gentil e misterioso. E quero cultivar a nossa amizade.

Ass: Bia

Nossa amizade? Pensei. O Leo se aproximou e puxou o papel das minhas mãos.

— O que é isso? — ele perguntou.

— Ler aí. Depois me devolve. Tu sabe ler, né?

Ele riu e iniciou a leitura em voz alta e arrastada. Rimos.

— Seu baitola, ler isso baixo.

Ele obedeceu e devolveu o papel.

— Ela tá a fim de ti.

— É estranho, Leo — mostrei o papel e passei o dedo na parte que dizia "nossa amizade". — Viu? Ela já acha que é minha amiga. Que tipo de loucura é essa?

— Vocês têm coisas em comum.

— Não interessa. Meus critérios de amizade são rigorosos.

— Coitada, Caio. Vira amigo da bichinha, não custa nada.

— Não disse nada sobre isso. Ela pode ser minha amiga, sim! Mas confiança leva tempo. Principalmente agora, que cuspiram na minha.

— Mas ela não tem culpa. Quem te fez de idiota foi a outra.

— Não interessa. A Beatriz poderia ser homem e ter muita coisa em comum comigo, mas ainda assim, não fixaria a palavra amizade do dia pra noite.

O Natanael apareceu no meio da conversa. Nem vi de onde ele veio. E sentou no meu colo.

— Mas eu e você somos amigos, né? Caiozinho, delicia! — ele apertou minha bochecha.

O Leo gargalhou alto e começou a bater a palma de uma mão no punho cerrado da outra. Em Fortaleza, esse gesto era tão obsceno quanto mostrar o dedo médio, mas não funcionava como uma agressão direta para alguém.

— Vai te foder, Natan! — eu disse rindo. — Eu mal te conheço, e se eu contrair HIV?

— Isso só aconteceria se eu contraísse o meu cu no seu pau.

— Eu comeria seu cu, se eu fosse seu amigo.

— Ai! Vamos ser amigos! — Ele começou a mexer a bunda em cima de mim.

Puxei os mamilos dele e o Natan fugiu do meu colo, rindo. Eu e ele tínhamos algo em comum, certo dia ele me disse sobre como teve que enfrentar a família para dizer que dava o rabo e chupava rola. O pai dele era pastor. E eu havia enfrentado a minha mãe crente para beber álcool em paz, sendo um irresponsável menor de idade.

Gostava do Natanael.

— Que putaria foi essa? — A Alana apareceu, rindo.

— Eu e o Natan estávamos fazendo amor. Quer participar?

— Pelo visto, eu só iria atrapalhar vocês dois.

— Isso é verdade. O Natan é mais gostoso do que você.

— Vai te foder, Caio!

— Relaxa, querida. Os seus peitos ainda ganham de tudo que já vi.

Ela sorriu satisfeita.

Em casa, bati uma punheta pensando na Alana e a Beatriz chegou dando o ar da graça. Fiquei com a consciência limpa em relação a Alana. No chuveiro, minha imaginação molhada era cuspida com gala.

Nessa mesma noite, consegui marcar um encontro com a Milena em um shopping. Ela já estava por lá, então enviei uma mensagem dizendo que iria até lá encontrá-la. Me vesti rápido, demorei para arrumar o cabelo, que existia um sistema em deixá-lo bagunçado com gel da maneira correta.

Cheguei no shopping. O estacionamento ao céu aberto era enorme, um dos maiores de Fortaleza, localizado em área nobre. Procurei por uma entrada naquele labirinto. Encontrei e tive sorte. Milena e uma outra garota saíam pelo mesmo local por onde eu iria entrar.

Ela me viu e arregalou os olhos.

— Tu veio mesmo?!

— Ué, eu disse que viria e você disse "tá bom" — disse, abraçando ela. Depois acenei para a outra. Percebi que era a mesma que abordou a roda de machos, na noite que a Calibre 38 não tocou.

— Eu já tava indo embora — a Verbena falou e as duas riram.

Fiquei constrangido. Como assim, indo embora? Ela não estava me esperando? Concluí que ela tava se fodendo pra mim. Mordi os lábios.

— Ei, vou só falar aqui com minha amiga, já volto.

Ela puxou a mesma pela mão. Ficaram afastadas, conversando alguma coisa. Depois, a Milena voltou sozinha. A outra ficou parada no mesmo lugar.

— Vou ficar mais um pouco. Mas tenho que deixar ela na parada de ônibus. Vamos?

— Tudo bem.

Nos juntamos a outra e fomos para o ponto. Esperávamos a porra do ônibus que demorou bastante. Enquanto elas conversavam sobre pessoas que eu não conhecia, fiquei escorado no canto, observando a lua.

Quando finalmente a amiga dela pegou o ônibus e se mandou para o inferno, sentei ao lado da Milena e iniciamos um diálogo.

— Como vai as aulas de flauta?

— Estão ótimas, gosto bastante de...

Ela começou a falar termos técnicos sobre o instrumento, eu não entendia nada. Eu só ficava olhando para os olhos dela. — que eram demais! — Ela tinha olhos vivos e mágicos. Grandes, castanhos e brilhantes. Desci um pouco a vista. Aquele era um decote maravilhoso. Senti vontade de lamber aquela pele branquinha. Fiquei duro só de pensar nisso.

— Está me entendendo? — ela perguntou.

— Estou sim, quando você fuma acaba ficando sem fôlego para tocar — Repeti uma parcela do que ela tinha dito para minha suposta atenção parecer autêntica. Ela balançou a cabeça, concordando.

— Vamos entrar?

— Bora — respondi.

Entramos no shopping, sentamos em um banco que ficava no meio de um corredor lotado de lojas de roupa. Conversamos mais, aquilo já estava ficando chato. Então parei de prestar atenção para encontrar alguma brecha e ir direto ao ponto. Não encontrei a porra da brecha. Tive que reunir coragem para fazer uma brecha com violência.

— Você sabe por que vim até aqui ver você, né? — perguntei, mudado o assunto de maneira brusca e fora de contexto. Meu coração disparou.

— Posso imaginar.

— Eu vim porque queria te beijar de novo.

Ela se inclinou para trás, pôs a mão no queixo e colocou aqueles olhos em mim. Era como se ela analisasse a situação. Aquilo fez meu coração parar. Porra, eu saí da puta que pariu até aqui e ela não estava me esperando.

— Tudo bem. — Milena se sentou mais próximo de mim e nos beijamos. Comemorei mentalmente. Senti o cheiro dela e relembrei da primeira vez que tivemos um amasso.

Aquele local era bastante iluminado e isso estava me contendo. As pessoas passavam, então nós tínhamos que parecer um casal decente. O ritmo estava lento, mas o gosto estava bom. Decidimos sair do shopping. Continuamos no estacionamento.

Agora sim! Passei a mão na perna dela, mordi o pescoço. Ela puxou o meu cabelo e sorriu como uma maníaca. Ela era foda! A minha vontade de trepar com ela chegou ao absurdo. Paramos. Ela viu a hora no celular e decidiu que já estava muito tarde.

Pegamos o mesmo ônibus. Sentamos um do lado do outro — mãos dadas. Quase devorei as pernas brancas da Verbena com os olhos.

— Me fala sobre a sua religião, Wicca, né?

Ela começou a explicar. Falou sobre um tal de São Cipriano, livros de capa vermelha preta e outras cores. Disse sobre o preço pago por uma bruxa se ela lançasse uma maldição em alguém. Feitiços de amor, os cristais e leitura de mão.

— E eu aprendi ler mãos. Você acredita nisso?

Nossa, essa pergunta era perigosa! Acreditar? Eu já alimentava dúvidas sobre muitas "verdades". Respondi, calculando os riscos:

— Não tenho certeza. Pode ser verdade, pode não ser, não tenho como saber.

— Um agnóstico.

Ignorei aquela palavra desconhecida e dei de ombros.

— Pois é.

— Me deixa ler a sua mão? Posso ver alguma coisa interessante aí.

Os meus espermatozoides mortos? Pensei nisso e sorri. Devo ter causado alguma impressão nela com o meu sorriso. Milena disse ríspida:

— Deixa pra lá, você não acredita mesmo.

— Não, não é isso. Pode ler minha mão. Agora fiquei curioso. — Estiquei a mão.

Ela segurou com delicadeza e ficou olhando minha palma aberta. Depois olhou nos meu olhos. Fiquei estudando as expressões dela. Aquilo estava demorando. O que ela via? Olhei para minha mão. Olhei para ela. Ela olhou para mim com uma expressão enigmática.

Porra, diz logo! Isso está me deixando nervoso. Não resistir.

— E aí? O que você viu?

— hum... — os olhos dela me acertaram — tem muita coisa acontecendo. Um caos. E você vai fazer uma viagem. — ela sorriu.

— Uma viagem? Pra onde?

— Aqui não diz tudo.

Franzi o cenho. Mas que grande merda, uma viagem que ela não sabia nem para onde era. E fazia um bom tempo que eu não viajava. Senti que aquele negócio de ler mão não era confiável. Recolhi minha mão.

— Eu viajo nos seus olhos, isso sim!

Sorrimos. E trocamos saliva. O perfume dela gravou o sabor daquele beijo na minha memória. Apertei aquelas coxas firmes. O ônibus balançava. Ela tirou a boca.

— Tenho que descer na próxima parada.

— Tudo bem.

Ela me deu um selinho e se levantou. O ônibus parou em um sinal vermelho. Ela apontou para a janela.

— Olha! É a favelinha onde estou morando.

Vi um beco íngreme com água de esgoto escorrendo pelo meio da rua até a esquina, pichações, roupas estendidas nas lajes disputando espaço com a fiação dos postes. Olhei para ela, que já estava ao lado da porta do motorista. O ônibus seguiu e parou de novo. Ela desceu.

Consegui ver um último rebolado enquanto ela caminhava.

Adivinha o que eu fiz quando cheguei em casa e tomei banho?

Eu dei uma cagada enquanto mandava uma mensagem de texto para ela.

"Não sei se acredito em magia. Mas os seus olhos são mágicos. Assim como o toque da sua pele e o cheiro do teu perfume, a minha noite foi ótima. Um dia vou querer dançar pelado com você sob a luz da lua."

Apertei enviar e no mesmo instante recebi uma mensagem. Meus créditos haviam acabado. Apaguei a mensagem que ficou salva como rascunho.

Depois disso, me masturbei.

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