7 . O Troféu Sou Eu e A Carne é Podre
Coloquei as mãos na cintura dela. Nos beijamos. A minha sorte era que os dentes dela cabiam na minha boca grande. Apertei a Rebeca contra meu peito, me remexi para roçar no bico dos peitos dela.
Desgrudamos.
— Então, onde você mora? — Rebeca perguntou.
— Vamos! — Começamos a caminhada — Moro depois da estação, do outro lado. Minha mãe saiu, foi ver a minha avó, que tá doente. Ela volta só amanhã.
— Você vai dormir sozinho? — Ela já sabia que eu morava só com minha mãe.
— Estou acostumado.
— Não sente medo?
— Não.
A conversa parou. A caminhada continuou. Quando chegamos na minha casa, tirei as chaves e entramos. Comecei a beijá-la na sala, sem muita vontade, mas beijava. Tentei imaginar a Verbena, não deu certo. Parei, olhei nos olhos da Rebeca. Ainda duvidava se ela queria transar comigo.
— E aí?
— Olha, estou envergonhado. Mas eu quero. — Quero perder a porra da virgindade! Era isso que eu queria. Se isso era influência da sociedade para provar para mim mesmo que eu era homem? Provavelmente. Mas gostava de pensar que era uma curiosidade saudável, ver um boceta engolido meu pau deveria ser melhor que minha mão.
— Então, vamos pro quarto? — Ela sorriu.
Ela era feia sorrindo, tínhamos isso em comum.
— Vamos. — Peguei ela pela mão e a levei até o quarto da minha mãe. Eu não tinha quarto. Dormia em uma rede armada na sala.
Abri a porta nova. Entramos. Deitamos na cama. Ela tirou o vestido e o sutiã. Tirei a blusa. Me foquei nos peitos da Rebeca. Chupei, chupei e chupei. Ah! Como eu chupei! Não lambi. O melhor era que não tinha dentões nos peitos dela, então aquilo era melhor que a boca. Mandei ver!
Abaixei a calcinha dela, minha rola pulsava de fome. Coloquei meu dedo médio lá dentro, encharcou no mesmo instante. Era quente e úmido. Experimentei meu dedo. Nada mal! Coloquei meu pau pra fora da cueca. Eu já ia meter, mas ela agarrou antes. Bateu uma punheta para mim. Ela não sabia fazer aquilo. Por que será? Ela era virgem, né! Ou será que era o fato dela não ter um pau para praticar?
Ela me empurrou e ficou em cima de mim.
— Chupa ele?
— Chupo.
Caiu de boca no garoto. Caralho, me arrependi de ter pedido aquilo. Ela levantava a cabeça e descia rápido. O dentão ralando meu pênis. Agarrei a cabeça dela.
— Mais devagar!
Diminuiu o ritmo, meu pau agradeceu. Quando ela se empolgava de novo, eu me tremia de medo. Aquele ralador de carne doía desgraçadamente. Chega!
— Já tá bom! Me deixa meter!
— Cadê a camisinha?
— Verdade! Espera um pouco.
Peguei uma camisinha — daquelas que entregam no posto de saúde — na minha gaveta do guarda-roupa. Eu podia ser virgem, mas já havia testado camisinhas com masturbação.
Rasguei a embalagem no dente e coloquei o preservativo no pau duro.
Rebeca se ergueu e depois se deitou. Fui para cima dela. Fiquei rodeando o buraco com a ponta do meu taco. Entrou. Fiquei olhando a cara dela. Ela não vai chorar? Ela era virgem mesmo? Entrou tão fácil! Foda-se!
Eu fodi. Mexi rápido. Ouvi os gemidos, em nenhum momento ela parecia sentir dor. Botei ela de quatro. Tive dificuldade de acertar a tacada nessa posição. Então eu desci da cama e fiquei de pé. Acertei em cheio. Agarrei a cintura e meti com força. Vai e vem, vai e vem, vai e vem. Eu suava feliz. Ela gemia bonito. A gala me pediu para sair, não deixei. Troquei de posição de novo.
Minha virgindade estava me dando tchau. E finalmente, gozei! Continuei metendo com a camisinha cheia. Depois não aguentei mais. Tirei. Pulei nos peitões dela, apalpei, mordi e taquei um chupão. Puxei os bicos com os dedos.
Depois que tirei o preservativo, ela limpou minha rola com a língua. Muito atenciosa da parte dela.
Caí na cama, cansado. Dois corpos pelados e suados, olhando para o teto.
— Gostou? — me perguntou.
— Gostei... quero te perguntar uma coisa...
— O quê? — Ela se ergueu e ficou com um cotovelo apoiado na cama.
— Que eu saiba, quando a menina é virgem, ela sangra e sente dor. Mas se você não for, tá tranquilo. Afinal, tu tem namorado. Só não mente mais pra mim, beleza? — disse com tranquilidade.
Ela se ergueu mais. Agarrou o meu braço.
— Não, Caio! Eu não meti pra você! Só porque eu tenho namorado, não quer dizer que transei com ele. E nem todas meninas sangram e sentem dor quando perdem a virgindade — disse como se estivesse muito ofendida.
— Beleza, entendi. Só não entendo muito disso, foi mal.
Resolvi acreditar nela. Mas, algo ainda me incomodava. O cheiro da mentira. Eu tava me fodendo se ela era puta, freira, se tinha namorado ou era lésbica. Mas mentirosa era algo imperdoável.
— Tá tudo bem?
— Tá sim. E então... Podemos fazer isso de novo? — perguntei.
— Claro. É só marcar outro dia, quando sua mãe não tiver.
— Tá certo.
E assim, nos vestimos. Demos os últimos beijos e ela se foi na noite.
Fiquei sozinho em casa, cada detalhe da trepa me passando pela cabeça. O cheiro, o gosto, o som, o toque e a visão. Fiquei impaciente. Saí de casa. Subi a rua III.
Fui falar com o Felipe. Contei para ele o que tinha acontecido, como conheci Rebeca, sobre a história lascada do namorado, a conversa da virgindade, os detalhes minuciosos da transa e da aparência dela. Sem um pingo de consciência, sou um detalhista sincero, para o bem ou para o mal. Falei até dos dentes que meu pau enfrentou e sobreviveu.
— A boceta é bem quentinha, senti no meu dedo. Mas não senti aquele calor no meu pau, a camisinha não deixou.
Ele gargalhou muito.
— Cara, sobre esse namorado dela — disse ao se recompor —, pode ser verdade. Acho que ela não transou com ele. Mas não posso dizer isso em relação a outros caras.
O pior era que o Felipe só tinha transado uma vez, e bêbado. Segundo ele, foi tão deprimente que ainda se considerava virgem. Então ele não tinha como esclarecer minhas dúvidas sobre a virgindade das mulheres. E o Felipe foi objetivo quanto a isso.
Depois do assunto Rebeca, começamos a falar sobre o Demônio, A Divina Comédia. Um livro de RPG com um cenário da história de jogo baseando no Inferno de Dante. Os jogadores criavam personagens que eram demônios. Se alguém não soubesse do que se tratava aquilo, julgaria como satânico. RPG de mesa não é diferente de videogames, sempre pode haver um pirado que vai trazer a ficção para a realidade e acabar fazendo merda por aí.
Nos despedimos. Voltei para casa e dormi. O fim de semana passou. Troquei mensagens de texto com a Milena, a bruxa da flauta. Consegui adicionar ela no Orkut — uma rede social que seria extinta no futuro —, na lan house do Bené. Vi algumas fotos dela, concluí que ela tinha uma vida bem agitada, com bebedeiras e relacionamentos com outros caras. Ela era uma puta e tanto! Gostava dela.
Na noite de Domingo, liguei para a Rebeca e chamei ela lá pra casa. Minha mãe havia saído e fiquei a fim de mais sexo. Ela disse que estava menstruada e não foi.
Na segunda-feira, cheguei na escola. Sentei na minha cadeira perto do grupo dos repetentes. A Rebeca falava sem parar com o Felix e o Marcelo. Comecei a conversar com a Alana. Mas fiquei dividido entre falar com ela e ouvir o que a Rebeca dizia para os rapazes. Prestei atenção na dentuça.
— Ele vai ter que assumir, o meu teste deu positivo! — ela disse com aquela voz chata.
O Marcelo achou aquilo engraçado e riu na cara dela.
— Ele vai ser papai! Já contou que cê tá grávida? — ele perguntou risonho.
— Pra ele?
— É.
— Ainda não.
— Ele vai pirar — o Felix disse.
Fiquei gelado. Uma chuva de balas me acertaram uma a uma, nesta ordem: ela tá grávida? Ela transou comigo, certo! Mas eu usei camisinha! Então, não é meu! E o namorado dela? Ela perdeu a virgindade comigo, mesmo? E se for meu? Puta que pariu! Se for meu, ela não deveria ficar dizendo isso pra esses dois, e sim, falar comigo para esclarecer esse assunto.
Espera! Ela não estava menstruada, ontem mesmo?
A minha cabeça entrou em colapso. Não sabia que mulher grávida podia menstruar em alguns casos. Ou não podiam? Meu Deus! Essa vaca tava mentindo?
Falei tudo que tinha acontecido entre eu e a Rebeca para Alana, que entendia de sexo. Expliquei as minhas confusões sobre o corpo feminino.
— Caio, se você usou camisinha, esse filho não é seu. Isso, se ela tiver mesmo grávida.
— Porra, isso está muito confuso. A Rebeca é uma vaca mentirosa. Pra quê ela faz isso? Seria mais fácil deixar tudo claro.
— Tu já ouviu as histórias dela, né? Vive se gabando, dizendo que tem uma arruma de macho atrás dela. O que é estranho.
— Sei. — Sorri. — Ela é feia mesmo.
Alana gargalhou.
— E tu comeu ela! Não cospe no prato que comeu, menino. É feio! — disse divertida.
— Não me arrependo disso. Comeria de novo. O que valeu foi o momento. Mas essa teia de mentira e confusão me deixa puto. Até agora, não sei se ela era virgem ou não.
— Cara, tu é burro mesmo. Ela só disse que era virgem pra te pegar.
— Não precisava disso.
— Você foi o troféu dela.
— Grande merda! Ela não presta e tirou a minha virgindade! Oh, meu Deus! Eu não estava procurando uma virgem boazinha que me amaria, ela sabia disso. Qualquer boceta serviria! Não precisava mentir! Isso me deixa puto!
— Tá, só abaixa o volume aí.
Olhei ao redor e me encolhi na cadeira. Continuei com mais calma.
— Alana, a foda foi legal, exceto pelo boquete. Mas se ela fosse uma putona assumida, que trai o namorado e taca o foda-se, me sentiria melhor pela sinceridade nua e crua. Agora, pagar de virgem sem ser, para me ter como um troféu, além de burrice, é sacanagem comigo. Sacanagem porque sou um cara que não entende porra nenhuma disso e não quero aprender errado.
— Estou te entendo. Ela é mentirosa mesmo. Toda história, que a Rebeca conta, é para dizer que o resto do mundo acha ela incrível. — Alana olhou para cima e abriu as palmas da mão, simulando uma explosão. Sorriu. — Você deveria falar com ela.
— Vou fazer isso agora.
Levantei da cadeira. Respirei fundo para buscar a paz de espírito e manter a decência, para não chamar ela de puta mentirosa, vagabunda burra, escrota megalomaníaca e doente perturbada.
Fui até ela, sentei em uma cadeira de frente.
— Oi? Posso falar contigo?
— Sim. Pode sim.
Falei os fatos, incluindo até a conversa que tinha ouvido sobre o teste que deu positivo e ressaltando as contradições da parte dela. Ela pôs a mão no peito e arreganhou a boca surpresa. Mantive uma linguagem cordial e disse que queria esclarecer minhas dúvidas.
— Não menti pra você, Caio! Já disse! O que mais você quer?
— Beleza. — Levantei o polegar e saí.
Vai tomar no cu, pensei. Minha confiança havia tomado o primeiro golpe. Voltei para perto da Alana.
— Já?
— Não adiantou de porra nenhuma.
— Então, esquece ela. Agora que você perdeu o cabaço, você vai ser um puto miserável, tarado e predador.
Gargalhei, ela conseguia me deixar melhor.
— Quem sabe? Eu realmente estou a fim de trepar outra vez. E aí? Vamos transar? Eu e você fodendo feito dois animais endiabrados. Bora? Sou louco pelos seus peitos.
— Menino, eu namoro o Arthur! E sou fiel.
— Como o cu dele também, eu não ligo.
Ela deu boas risadas.
— Come o cu do Natanael, é ele quem gosta.
— Talvez, um dia... Alana... Você já deu o cu?
Ela hesitou.
— Vai! Me diz! O que você sentiu?
— Eu não dei. Tentei uma vez com o Arthur, mas não aguentei.
— Bicha fraca.
— E tu? Tá curioso por quê?
Hesitei. Mas a conversa já estava podre mesmo.
— Já bati punheta com o dedo no cu.
Ela riu pra caralho. A sala toda ficou olhando pra gente. O professor pediu atenção para a aula de português.
— Ei, porra! Não conta pra ninguém, viu?
— Beleza. Mas o que você sentiu?
— Eu gozei mais rápido.
Mais tarde, em casa, sozinho. Pensei que o relacionamento humano poderia ser mais fácil se as pessoas fossem mais corajosas. Quando eu menti a minha idade para a Verbena, foi por pura insegurança e covardia. Eu sabia que certas mentiras eram inevitáveis. Mas elas sempre acompanhavam a marca dos covardes.
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