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3 . Verbena me mata de tesão

Assim que botei os pés em casa, recebi uma ligação do Felipe, me convidando para outra apresentação da Calibre 38. Era sete da noite, tinha acabado de voltar da minha sessão com a Conceição. Aceitei. Tive que me arrumar depressa, o que eu detestava.

Ouvi batidas na porta, e eu ainda estava no banho. Minha mãe atendeu. Quando saí do banheiro, vi o Felipe me esperando no sofá. Fui me vesti ligeiro. Vindo da sala, ouvi pedaços de uma conversa entre os dois.

— Pra onde vocês vão, Felipe?

— Pra uma escola, vai ter uma apresentação da minha banda. A escola fica ali na Oliveira Paiva, vamos pega o ônibus do terminal do Siqueira.

— Certo, tudo bem. E que horas vocês vão voltar?

— Olha, eu vou voltar umas 11 horas.

Apareci na sala. Eu usava gel de cabelo e uma linha preta nos cílios inferior, que fiz com um lápis de olho. A dona Cecilia nunca aprovou o uso da maquiagem.

— Sim, e aí? Vamos nessa?

Saímos.

Quando chegamos lá, nos encontramos com o resto da banda e os convidados. Para um colégio público até que o local não era muito depredado. Haviam poucas pichações no muro do lado de fora. Na quadra esportiva havia um palco montado, aparelhos de som e a bateria. Nos fundos, ao final de um corredor, já estava rolando uma festinha de música eletrônica.

— Ótimo! Agora que não vamos ter público mesmo. A galera prefere se pegar no som do funk — o Jeferson resmungou.

— E eles estão certos — o Felipe disse com safadeza. — Ei Caio, aquela ali, é a Juh. — Ele me indicou a garota que ele conheceu através do Santiago. Chegou até fazer uma composição inspirada nela, a música Andrômeda E Seus Recadinhos Do Amor.

— Ela é realmente bonita — falei.

Ele saiu e foi até a Juh. Fiquei deslocado por um bom tempo, sem muita intimidade com a maioria do pessoal. Esperei pela primeira banda da noite. O grupo subiu no palco e começou a afinar os instrumentos. Neste momento, o Felipe voltou e formamos um círculo só com homens. O assunto principal era música, cantores famosos e estilos. Eu não tinha nada para falar sobre isso. As meninas, convidadas pela Calibre 38, estavam na festa eletrônica.

E quebrando a chatice da noite, duas meninas desconhecidas chegaram, perfurando nosso círculo de macho. Fiquei do lado da mais gata. Mas foi a outra que falou:

— Oi pessoal, é que a minha amiga aqui, tá a fim de ficar com algum de vocês.

Imediatamente, todos olharam para a garota do meu lado, cabelo preto, pele branca, peitões flexíveis, pernas firmes e expostas por um short preto. Um piercing acima da boca, quase imperceptível devido a escuridão do lugar.

Houve um silêncio, onde os rapazes se olhavam, como se decidissem, através de telepatia, qual deles iria encarar a menina. Olhei bem para ela.

— Oi. Tudo bem? — eu disse.

— Você serve — ela disse com um sotaque charmoso.

A peituda agarrou o meu braço e me arrastou para longe dali. Dei uma última olhada para trás. A amiga dela ficou por lá, com a rapaziada. Ela encontrou um local. Um banco enorme, encostado na parede de uma sala de aula.

Me sentei. Ela sentou direto no meu colo. Aquelas pernas maravilhosas ficaram no alcance dos meus olhos e da mão direita. Ela me lascou um beijo sem aviso. Amei. Senti o gosto de álcool na boca dela. Amei. Passei a mão naquela coxa branca. Tive uma ereção. Amei.

O cheiro dela invadiu meu cérebro. Ela se remexeu em cima do meu volume. Minha mão fechou firme, e deixei de sentir a pele, para apertar a carne. Ela beijava bem, tinha uma língua obscena. Até me esqueci onde estava.

Paramos.

— Qual o seu signo? — Ela perguntou.

— Capricórnio.

— Nossa! O meu avó é de capricórnio! — Ela começou a rir.

Fiquei constrangido, sem saber o motivo. Tentei mudar de assunto.

— Ainda não sei o seu nome.

— Sabe por que eu te perguntei o signo, primeiro?

— Não.

Ela se levantou e segurou minhas duas mãos, tive que levantar também. Foi naquele instante, que vi seus olhos enormes e castanhos. Eles brilhavam.

— É porque eu sou uma bruxa.

Neste momento, mil e uma interpretações girou como um ventilador dentro da minha cabeça. E pelo visto, isso ficou evidente no meu semblante.

— Nossa! Calma garoto. — Ela riu.

— Estou calmo, é que...

— A cara que tu fez! Foi hilária! — Continuou rindo.

— Fiquei confuso, só isso.

— Meu nome comum é Milena, mas pode me chamar de Morrigan, esse é meu nome de bruxa. E não! Não saiu por aí voando numa vassoura.

— Sei. O meu é Caio. A verdade é que eu não entendo nada de bruxaria, mas eu respeito. Tem gente que gosta de Deus, outros gostam de Satanás...

Fui interrompido imediatamente.

— Não! Não! Não tem nada a ver com Satã. Sou Wicca, é a minha religião. Faço magia com cristais e estou aprendendo a tocar flauta. É tão lindo fazer magia com flauta!

Certo, eu estava começando a entender. Nada de vassoura, nem Satã. E sim, magia com cristais e flauta? Me lembrei de um Pokémon rosa que fazia os outros dormirem, cantando.

Porra, a referência de bruxa mais profunda que eu tinha vinha dos jogos de RPG. Elas eram louconas: enfiavam adagas em bebês, estripavam animais, bebiam sangue e trepavam com Lúcifer. O meu personagem no jogo, narrado pelo Felipe, caçava e matava essas coisas.

— Certo, me desculpa então.

— Tudo bem. Quantos anos você tem?

Travei nessa hora. Só tinha quinze anos e ela me parecia mais velha e experiente do que eu. Depois de um cálculo nervoso, respondi:

— Dezoito.

Sim, poderia me passar por mais velho. Sou um cara alto, sério e inseguro.

— Tenho dezenove.

— Você é linda.

— Você é gato.

De pé, nos colamos. Agora sim! Minhas mãos livres, corriam nas costas da Milena. Senti aqueles peitos espremidos no meu tórax. O sabor do álcool na saliva dela. O cheiro de brilho labial. Apertei as bochechas daquela bunda. Meu pênis começou a doer, precisando de um alívio.

Nos largamos.

— Onde você conseguiu bebida aqui dentro? Pensei que não era permitido.

— Eu bebi vinho lá fora, antes de entrar.

— Entendi.

— Me espera aqui, Caio. Vou no banheiro.

— Beleza.

Ela saiu. Me sentei novamente. Notei o Jeferson do meu lado com a namorada dele, não vi quando eles chegaram. Ele me encarou e acertou uma mãozada na minha coxa.

— Eiiiita! Bichão! Mandou ver, chega tá de pau duro! — Ele soltou a típica gargalhada imoral.

O Santiago se aproximou.

— Esse cara é muito gostoso! — Pegou onda junto com o baterista para me elogiar.

A namorada do Jeferson saiu com uma amiga, só então, eu tirei o sorriso amarelo da cara.

— Porra, ela faz meu tipo. Cabelo preto, branquinha e peitão. Que gata!

Os dois seguiram o meu ritmo no assunto. Alguns minutos se passaram. Neste meio tempo, fiquei sabendo que a segunda banda já tocava. Essa os meninos conheciam. Alguns membros da banda Alteração também moravam no Parque Santana. Havia uma certa rivalidade velada entre eles e a Calibre 38. Principalmente entre o Felipe e um tal de Danilo, que era ex-jogador das narrações do primeiro.

Mais alguns minutos se passaram. Resolvi ir atrás da Milena. Encontrei ela conversando com um cara na frente dos banheiros. Fiquei no canto, esperando. Depois, cada um foi para um lado e ela me viu no caminho.

— Foi mal. Pedi pra você esperar e eu demorei, né? Encontrei um amigo, fazia tempo que eu não via ele.

— Não tem problema. Vamos voltar e continuar de onde paramos?

— Sim, vamos!

Voltamos para o mesmo local onde a nossa história de bruxaria começou.

— Me dá essa blusa pra mim?

— O quê?

Ela agarrou minha blusa preta com a estampa de uma banda.

— Eu sou louca pelo Iron Maiden.

— Entendi. — Sorri. — Desculpa, mas eu só tenho essa.

— Qual o seu álbum favorito?

Merda! Ela tinha que perguntar isso? Eu só tinha escutado duas músicas aleatórias dessa banda. É como eu disse, não tinha o que falar, quando o assunto era música. Costumava ouvir todo tipo de Rock, sem saber o nome de álbuns, faixas e artistas. Me esforcei para explicar tudo isso para ela.

— Ué, então me dá a blusa, já que eu sou fã. E você mal escuta Metal.

— Foi mal, não vou voltar pra casa sem blusa.

Ela fez beicinho e aproveitei para desviar dessa conversa interesseira.

— Você estuda aqui?

— Estudava.

— Mas você não é daqui de Fortaleza, certo?

— Como você sabe?

— Seu sotaque é diferente.

— Sou de São Paulo. Pouca gente nota o meu sotaque, eu não percebo.

— Normal.

— Eu também tenho sotaque... fora de Fortaleza.

Ela sorriu. Aqui, eu dei mais atenção para os detalhes do rosto dela. O nariz era longo e fino, a boca era fina e sexy e a pele completamente limpa, livre de acne. Uma beleza e tanto.

Conversamos bastante, aproveitei aquela pele gostosa e a noite seguiu. Até que uma aglomeração se formou, vindo da festa dos fundos até a quadra onde rolava o rock pesado. Isso chamou a nossa atenção e fomos ver o que era.

No palco, o vocalista berrava inconformado. As paredes brancas em volta, refletiam o brilho vermelho das viaturas policiais. Um coro de vaias estourou. O clima fechou. Palavrões saíram de todo lado. Os fardados entraram, os organizadores do evento apareceram.

Fui até o Felipe e o Santiago, que estavam no meio da multidão, tentando descobrir o que tinha acontecido.

— O que aconteceu? — Perguntei.

— Parece que alguém denunciou o barulho — Santiago respondeu.

— Mas ainda não é dez horas. Que porra é essa?

— Pois é, mas pelo andar da carruagem, a nossa apresentação foi pro buraco — Felipe ressaltou.

— Não, não! Vou lá falar com o Marielves — dizendo isso, o Santiago avançou até o palco.

— Quem é Marielves? — Olhei pro Felipe.

— Amigo nosso, foi ele que chamou a gente para tocar aqui.

Dei uma olhada em volta e não vi a Milena. Supus que ela tinha ido procurar a amiga. Fixei minha atenção no palco. O vocalista da próxima banda que iria tocar, gesticulava bastante com os policiais. Não dava para escutar nada de onde eu estava. Mas aquela cena parecia uma discursão que se inflamava a cada segundo.

Houve um chiado agudo no ar, então o Esquentadinho pegou o microfone.

— Então galera, não vai ter mais nada. A gente queria mandar um som bacana pra vocês, mas as autoridades aqui — a voz dele assumiu o tom desdenhoso —, disseram para acabar com o barulho.

A multidão vaiou. E alguma alma puxou o coro musical que foi feito para esse tipo de situação. Muitos cantaram a música Polícia, da banda Titãs. O cara sentado na bateria se empolgou e começou a espancar o instrumento. O Esquentadinho aumentou o volume, cantando no microfone. As guitarras chegaram na hora certa. E bum! Confesso que fiquei com pena dos policiais, os alvos em cima do palco. Visivelmente constrangidos.

Os fardados balançaram os braços, mandando parar com aquela merda que pingava neles.

— Porra, agora que fodeu mesmo! Esse cara apelou, puxando essa música! — O Felipe falou alto para superar o barulho.

Gargalhei.

— Verdade. De qualquer modo, eu gostei da noite. E vocês ainda vão tocar no Clube dos Canalhas, depois de amanhã — eu disse.

— Sei. Você vai, né? A banda do Danilo que tá organizando o evento.

— Vou sim. Quanto é o ingresso?

— Na hora, vai ser sete reais, se comprar antes é cinco.

— Tá tranquilo.

As pessoas começavam a se dissipar. Procurei pela Milena, só com os olhos. Não encontrei. O Felipe me cutucou.

— Tá procurando a branquinha? Vi você se agarrando com ela.

— Com certeza. Ela é muito gata, porra. Foi a menina mais linda que fiquei e ainda menti pra ela. — Isso me incomodava. Detestava mentira.

— Mentiu? — Ele me incentivou a falar mais.

— Eu disse que eu tinha dezoito anos, achei que ela tinha dezessete. Mas ela tem dezenove.

Ele riu alto.

— Pegou o número dela?

— Puta que pariu! Esqueci disso. Agora, eu vou atrás dela.

Quando dei dois passos para sair procurando, ele agarrou meu braço e me apontou ela.

— Valeu — disse por fim e fui até lá.

A Milena estava com aquela amiga que nos abordou inicialmente. Elas falavam com o vocalista da banda Alteração, um tal de Fred.

— Oi Milena, que confusão, hein!

— Esses policiais são foda — disse o "foda" no tom pejorativo.

— Ei, esqueci de pegar o seu número.

— Claro, anota aí.

Puxei o celular e anotei.

Logo depois, cumprimentei os outros dois. As duas garotas já estavam indo embora, e com a Milena se foi a minha diversão da noite. Troquei algumas palavras com o tal de Fred sobre o Clube dos Canalhas. O resto foi pura chatice.

Voltei pra casa, me masturbei feito um doido. A bruxa rebolava no meu cabo de vassoura. Quando eu gozei, ela voou da minha imaginação e fui dormir.

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