22 . Rebola meu Bem, Mexi esse Rabo
Naquele mesmo dia, era o aniversário do William. Quando anoiteceu, eu e mais alguns amigos se mandamos para o Conjunto Esperança. Quando cheguei lá, tive uma surpresa desagradável: Erika Paz.
A Evelyn havia convidado ela. Todos perceberam que eu e a Erika não trocávamos nenhuma palavra. Depois da festa. A Eva, irmã da Evelyn, propôs um jogo de vôlei na quadra do polo. No caminho até a praça, a Erika encontrou um amigo, do qual não via há anos. Ela se empolgou bastante, correu até ele e abraçou esse cara com um pulo. Braços e pernas envolta do sujeito.
Um dos motivos de tantas brigas era o fato de que eu não sentia ciúmes dela — enquanto ela inventava problemas para sentir ciúmes de mim. Não ter esse tipo de sentimento era sinônimo de não gostar do parceiro, segundo ela. Mas naquele momento, a raiva ficou espremida dentro de mim. Aquilo foi de propósito, a intenção dela ficou óbvia demais: "Vou fazer ciúmes ao Caio."
Os olhos de todos meus amigos pousaram em mim. Creio que todos ali, esperavam a minha reação. Acho que alguns até sentiram medo da minha possível reação. Eles já sabiam que eu e ela estávamos brigados. Ela conseguiu o que queria. Eu senti um ciúme violento. Mas eu aprendi a me controlar no meio do caos.
Fiquei rígido feito uma barra de ferro. Não disse nada. E depois dos velhos amigos se despedirem, seguimos caminho. O Rodrigo não tirava os olhos de mim.
— O que foi, cara? — perguntei a ele.
— Tá tudo bem contigo?
— Melhor do que nunca. Ela conseguiu me fazer ciúmes. Mas não vou brigar por causa desse sentimento de merda, não como ela faz comigo.
Segui com um sorriso no rosto. O Rodrigo sorriu. Nesse momento, eu me senti foda. Não fui hipócrita — e olha que ela tinha me dado os motivos. Agi como eu gostaria que ela agisse comigo. E se eu dei motivos à ela, nunca havia sido tão concreto como pular em cima de alguém.
No vôlei, todo mundo interagiu, e fui falando aos poucos com ela, até que nós dois saímos do círculo e nos sentamos. Conseguimos nos entender, resolvemos no diálogo nossa última briga pelo telefone. E sobre ela pular no amiguinho dela, nem tocamos nesse assunto.
Ela foi dormir na minha casa. Iria trabalhar no outro dia e sairia do Parque Santana para o trabalho. E eu sairia para uma entrevista de emprego que ela conseguiu arrumar para mim, com a insistência da minha mãe.
Nessa noite, dona Cecilia estava no Mucuripe, cuidado do meu avô viúvo.
Eu e Erika entramos no único quarto da casa. Deitei na cama de casal da mãe. Ela mexeu no celular e colocou um som pesado pra tocar.
— Que música é essa?
— mOBSCENE do Marilyn Manson.
— Gostei.
Ela subiu na cama e ficou de pé. Tirou a blusa e começou a rebolar. Coloquei as mãos atrás da cabeça e vi cada peça de roupa caindo na cama. Os pés dela ficaram do lado da minha cabeça. Ela usava uma calcinha preta. Vi o formato daquela boceta bem em cima de mim. Ela ficou de costas e rebolou no som da obscenidade. Tocava nos próprios seios. Levantei a mão e esfreguei aquela xoxota, que encharcou a calcinha no mesmo instante.
Ela desceu na minha cara. Meti a língua naquela fonte de excitação. A Erika foi para frente e encontrou a minha rola. Chupou gostoso. Minha língua dançava feroz no clitóris saliente. Dois dedos entrando e saindo. Ela pingava. Tentei enfiar um dedo no cu dela. Ela parou de chupar meu pau.
— Não.
— Por quê?
— Aí é sujo.
Depois trocamos de posição, ela ficou de quatro na cama. Eu fiquei de pé no chão do quarto. Puxei os dois braços dela para trás e meti meu pau naquela boceta deslizante. Arregacei na batida. Aquele som ficava repetindo no celular, e ela cantava como uma cachorra no cio.
— ÔôoÔôôHÃHÃÔÔôô!
Soltei uma mão dela. Chupei meu dedo e enfiei no buraco daquela rabão.
— Não! ÔÔÔôôHãhã! Não! Aí não!
Continuei vibrando. Minha coxa doía, senti as pontadas da cãibra, dores e prazeres com a canção do inferno. Não parei. Meti. Meti. Meti. Meti.
— ôôÔÔO... hummm... Não goza dentro... HãÔôÔ!
As pernas dela tremiam. Ela derramava mel nos meus ouvidos. Aquele som me deixava a segundos de uma explosão.
Tirei meu pau. A chuva de porra foi nas costas dela.
Fomos tomar banho juntos, peguei o sabonete e comecei a esfregar ela. Lavei aquela boceta deliciosa, limpei o cuzinho apertado com meu dedo cheio de sabonete. Ela me agarrava com força, parecia que ela ia subir em cima de mim. Senti a pressão daquele buraco contra o meu dedo. Era muito acochado. Enfiei meu cacete na xana, debaixo do chuveiro. Tirei logo, em pé era mais complicado. Eu sempre era o mais alto e minha coluna curvada não aguentava tanto.
Beijei ela. Ela se abaixou e chupou meu pênis. Depois fechei o chuveiro. Nos enxugarmos. Nos vestimos e fomos sentar no sofá azul.
— Nenhum cara me fez gozar.
— Não acredito nisso.
— O quê? Você acha que estou mentido?
— Não sei. Você teve vários namorados, e nenhum deles te fizeram gozar?
— Não. Você foi o primeiro.
Continuei sem acreditar naquilo, então mudei de assunto. Não sabia nem se ela tinha gozado comigo.
— Sabe, você é a primeira em muitas coisas do que eu fiz transando. Sexo sem camisinha, lamber uma boceta, enfiar meu pau em uma xana sangrenta...
Ela me deu um murro no ombro.
— Porra, Caio! Não me lembra disso.
— Foi legal, meu pau saiu todo melado de sangue.
— Porra, cara! Aquilo não vai mais acontecer. Tenho vergonha disso.
Fiz um cafuné nela.
— Não precisa ficar com vergonha de mim. De fato, é bom evitar. Ficou uma mancha enorme no colchão.
— Nossa! Não sabia disso — Ela pôs as mãos no rosto. — Meu Deus! Que vergonha! E a sua mãe não viu isso?
— Troquei o lado do colchão.
Ela ficou um momento em silencio, olhando pro telhado da casa.
— O que acha de tentarmos fazer no outro buraco? — essa pergunta me surpreendeu.
Eu fiquei um momento em silencio, olhando pro telhado da casa.
No cu? Eu não gostava de cu, enfiar o dedo nela foi um caso à parte; tinha ficado empolgado. Eu tinha um certo trauma de infância, que foi muito grotesco. Mas as crianças da favela do Castelo Encantado aprendiam o que não deviam cedo demais. Uma vez, eu tinha sujado meu pau com a bosta do meu coleguinha. Corri para o banheiro e me limpei. Desde então, ele me procurava para dar o cu, e eu expulsava ele na porrada. Eu era uma criança violenta.
— Não, não quero comer o seu cu.
Ela deu um pulo, o semblante mudou. A raiva tomou de conta. Talvez eu tenha usado as palavras erradas. Ou rejeitado algo sagrado pra ela. Não sei! Mas ela ficou muito puta com a minha resposta.
— Por que não?! A gente pode tentar!
— Olha... Quando eu enfiei o dedo cheio de sabonete, até que deslizou legal, mas o seu cu é muito apertado. E convenhamos, o meu pau é muito grosso. Se eu senti essa pressão no meu dedo, imagina o meu pau aí dentro.
Essa explicação também era verdade. E eu não falaria da minha infância brutal para ela. E de certa forma, eu tinha receio de machucar a Erika com um sexo anal.
Ela se jogou no sofá, emburrada e de braços cruzados.
— Podemos usar lubrificante — ela insistiu.
— Por enquanto, só esquece isso. — Dei um beijo na testa dela.
Dormimos na cama. No outro dia, acordamos cedo e se arrumamos para sair. Fizemos sexo e depois tivemos que nos arrumar de novo. Então, saímos. No final da linda do Conjunto Esperança / Siqueira havia uma padaria por perto. Tomamos café da manhã juntos.
Uma vida de casado era assim? Eu me questionava sozinho. Em nossa relação, havia detalhes simples que me faziam bem. Acordar juntos, ela sair para trabalhar e eu para buscar um emprego. Certa vez, ela cozinhou para mim e o Felipe.
Nessa época os jogos de RPG era lá em casa. Por várias vezes, o nosso ponto de encontro semanal mudou. Um dia o William bateu lá na porta. E quando o deixei entrar, ele viu camisinhas espalhadas pelo chão da casa, uma garrafa de vinho pela metade e a Erika saindo, usando só uma camisola, do quarto.
— Porra, Caio! Arruma isso — o William falou, abismado.
— Só amanhã.
— É quando a sua mãe volta, né?
— Isso mesmo.
— Mas o resto da galera tá chegando aí pra jogar.
— Eu sei, tu chegou cedo porque quis. Mas se a bagunça te incomoda — peguei um camisinha usada do chão —, tu pode juntar comigo.
— Eca, seu merda! Joga isso no lixo.
Arremessei nele, lentamente, dando a chance dele se esquivar. Ele se esquivou e sobreviveu.
A vida na escola, no 2° ano, seguia bem. Comecei a sentir algo especial tanto pela Alana quanto pela Helena. Nossa amizade ficava cada vez maior, seguindo o mesmo foco: eu e Alana éramos confidentes sexuais, enquanto eu e Helena éramos parceiros de estudo.
Quando eu ia visitar o Rafael, eu gostava de falar sobre as duas garotas. Comecei a fazer piadinhas, dizendo que eu amava elas. Depois de usar tanto o "eu te amo" de forma banal com a Erika, a palavra amor foi ficando cada vez mais leve.
— Cara, eu amo a Helena. Ela se importa comigo. Também amo a Alana, ela tem peitos maravilhosos.
Certo dia, eu tinha uma trabalho escolar em grupo. Fui na casa de um colega para fazer algumas pesquisas sobre biologia. Levei a Erika comigo; era ali mesmo, no Parque Santana, na casa do Marcelo, um dos repetentes do ano passado. A Helena já havia chegado. Enquanto estávamos todos socados no quarto do Marcelo, eu e a Erika ficamos se pegando na cama dele. Apenas beijos e abraços.
A Helena mantinha os olhos no computador.
— Caio, tu vem me ajudar com a pesquisa? Ou tu veio aqui só para ficar de beijinho com a Erika? Se for isso, pode ir embora.
— Tudo bem.
— Ela tem razão — a Erika disse.
Me levantei, puxei uma cadeira e sentei ao lado da Helena. Quando ela pedia a opinião do grupo, e eu tentava falar alguma coisa, ela mandava um: "Cala a boca, Caio." com uma frequência espantosa. Aquilo me deixou puto.
Em casa, comecei a cogitar a ideia de que a Helena teve ciúmes de mim. Mas eu não tinha como saber disso. Afinal, ela também se importava muito com os trabalhos escolares.
Aquelas piadas sobre amor, foram perdendo a graça. Meu convívio com a Helena começou a me despertar, então, tomei o assunto com seriedade. Comecei a admirá-la a cada dia que passava. O Rafael ficou de saco cheio em me ouvir falando dela.
Aquilo estava completamente errado. O que eu estava fazendo com a Erika, então? Nossas brigas só aumentavam. Ela já não brigava tanto em relação a bebida e o cigarro, graças aos meus amigos. Comecei a me entristecer. Eu não sabia nada da vida pessoal da Helena. E ela nunca se interessou pela minha. Mas ela demostrava uma preocupação com as minhas notas. Me ajudava e me empurrava para frente.
A Erika me ajudou, e tentou me ajudar mais. Só que ela queria enfiar algumas coisas a força. Me moldar como um objeto para ficar de acordo com a visão dela. Para ela, eu era só um menino que não sabia nada da vida. A bebida e os cigarros eram passageiros. Coisa de criança. Em uma noite de solidão, comprei um litro de cachaça e fumei metade de uma carteira de cigarros em menos de 20 minutos.
Deitei no sofá azul e passei mal. Não senti meu fôlego. Liguei para Erika, chorando e morto de bêbado. Ela se tacou do Antônio Bezerra até o Parque Santana no meio da noite. Ela cuidou de mim e brigou comigo.
A vida seguia nessa rotina cruel. Meu sentimento crescendo pela Helena. Brigas, trepas e momentos de simplicidade com a Erika. Aquilo me encheu. Até que o dia chegou. Ela me ligou e começou a brigar porque eu tinha vomitado no meio da praça do Conjunto Esperança. Disse que eu tinha que beber feito gente, não feito um louco.
— Me escuta! Hoje eu quero te ver! Vamos se encontrar na praça do Norte Shopping. Quero falar com você — eu disse, abruptamente.
— Não! Isso não, Caio! Não faz isso! — Ela já sabia.
— Erika é melhor você aparecer. Ou você prefere ter essa conversa pelo telefone? De hoje não passa!
Acertamos o horário do encontro.
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