19 . Nunca Abaixe Sua Cabeça Para Uma Mulher
A Vaquejada ficava cada vez mais chata, e a loira continuava falando, falando e falando. Eu estava em outro mundo, enquanto ele continuava com a mão na minha coxa. Gil decidiu que iria embora. Quis me levar junto, mas a loira insistiu para eu ficar lá, com ela.
— Primo! Então, vou nessa! Fica aí, que ela cuida de tu! — ele disse, com um sorriso bem largo. Trocou alguns passos tortos e saiu junto com o amigo da carona.
Não saberia dizer por quanto tempo tive que aturar tudo aquilo, o que importa é que saímos dali. Eu, três mulheres e outras pessoas sem importância numa Hilux Prata. Quando elas saltaram na esquina da rua onde iriam dormir, a loira me puxou junto com ela.
As três se sentaram na calçada, a loira safada ficou entre as duas amigas. Eu fiquei em pé. Olhei em volta. Ninguém andava pelas ruas, imaginei que já estava muito tarde, ou todos ainda curtiam a vaquejada.
— Vem bebê, senta aqui com a gente! — A loira abriu as pernas e bateu as mãos nas duas coxas grossas. As outras duas riram.
Havia um batente abaixo delas, então fui cambaleando até lá e sentei no meio, virado para a rua, com duas pernas cor de bronze de cada lado. Ela me abraçou pelas costas, começou a beijar meu pescoço, puxou meus mamilos, colocou a mão na minha virilha e esfregou. E ela bufava como um bicho no meu ouvido.
— Tique-taque, tique-taque, tique-taque
As três cantavam juntas.
Tique-taque? Que porra era aquela? Claro que aquilo lembrava um relógio ou uma bomba, sei lá. Mas o mais provável, seria uma espécie de piada interna entre elas. A Loira continuava com as mãos passeando pelo meu corpo, o som do "tique-taque" era o nosso fundo sonoro romântico.
A verdade é que me senti assediado, indefeso e devorado. Aquelas duas mãos se movimentavam tão rápido que me causou uma sensação de não sentir apenas duas, mas dezenas. Uma mordida e algumas lambidas na minha orelha.
— Tique-taque, tique-taque, tique-taque...
Esse som estava me irritando, era como se as amigas esperassem a loira fazer algo muito aberrante. Era o prenúncio de uma explosão. Mas eu não sabia do que era feita essa bomba e nem os efeitos danosos que se alastrariam em mim.
Virei meu rosto em direção a mulher, ela me beijou. Beijei de volta. Nos levantamos, e ela me puxou pela mão. Subimos a rua.
— AAééééé!!!! — as outras anunciaram a explosão.
Continuamos o beijo no meio da rua deserta. Em poucos minutos, as duas diabas passaram pela gente e foram para casa onde estavam hospedadas.
Eu e a loira trocávamos saliva com certa fúria. Se ela puxou meus mamilos sem aviso nenhum, farei isso também, eu pensei. Mas não fiz. Ela se desgrudou.
— O que você vai fazer? — a loira perguntou.
— Nada que você não queria — foi a minha reposta criativa.
— Eu quero saber o que você quer? — os olhos dela me assustaram.
— Chupar os seus peitões.
— E tá esperando o quê? Eu pedir? Vem logo! Chupa!
Me senti humilhado. Agarrei aqueles seios com brutalidade. Puxei o sutiã para cima. Apertei e lasquei um chupão. Ela agarrou minha cabeça e puxou meus cabelos. Enquanto eu lambia aqueles mamilos de pedra, ela gemia. Apalpei toda aquela carne de satã. Mordi sem me importar com nada. Quer saber o que eu quero? Nesse jogo de comer, eu também tinha dentes.
Olhei pra ela com certa raiva. Puxei os cabelos dela para trás. Sorri, alucinado. Ela sorriu de volta.
— Sabe o que eu quero? — Minha voz saiu áspera.
— Não sei. — A voz dela era fria.
— Te comer! Te botar de quatro, ajoelhada na terra e meter tudo dentro de você.
Puxei o cabelo dela para trás.
A desgraçada sorriu.
— Tá esperando o quê? Eu pedir? — A língua dela passeou pelo lábio superior.
Tirei ela do meio da rua, subimos uma calçada e entramos num terreno. Havia uma casa ainda em processo de construção. Paramos ao lado de uma parede de tijolos. Areia sob nossos pés. Os grilos cantavam no mato. Ela tirou o short, a blusa, a calcinha e o sutiã.
— Olha, você rasgou meu sutiã.
Ela me mostrou a alça descosturada.
— Foda-se.
Voei de boca naqueles mamilos duros. Meti meu dedo dentro dela, subi minha língua até o pescoço. Lasquei uma mordida. Segurei firme os cabelos dela. Se ela me queria no comando, eu não sei, mas eu me empolguei bastante com essa ideia.
Olhei praquele rosto cínico.
— Chupa o meu pau, agora.
Soltei os cabelos loiros, ela se abaixou sem dizer nada. Pegou meu pênis e pôs na boca. Coloquei minhas mãos na cabeça dela e controlei até o ritmo das chupadas. Enfiei tudo. Uma garganta profunda naquela vadia.
Depois ela se ergueu, com um sorriso na cara, eu também sorria como um maníaco.
— Se escora nessa parede! Como uma criminosa rendida!
Ela obedeceu. Mãos na parede e bunda inclinada para trás. Tentei penetrar de pé. Ele era muito baixa. Meu pau ficou raspando na boceta e não entrou.
— Isso não vai dar certo. Fica de joelho mesmo. Vou te comer de quatro.
Ela ficou de quatro na areia.
— Vem mais para trás! Vou meter com força, e a sua cabeça tá muito perto da parede — Falei como um cavalheiro. Outros não se preocupariam.
Ela veio como uma cadela em marcha ré. Me ajoelhei. Comecei a foder ela com meu dedo, que saiu encharcado. Cheirei. Puta que pariu! Meu dedo saiu fedendo pra caralho. Foi só nesse momento que lembrei: tinha uma camisinha no meu bolso. Vesti meu pau com a proteção.
Enfiei tudo. Agarrei aquele quadril e bati com força. Eu enfiava meu cacete no mesmo ritmo em que puxava aquela boceta fedida até mim. Agradeci a seleção natural pelo fato do meu pênis não ter nariz.
— Bati na minha bunda, por favor!
Pah! Pah!
— Quer mais, sua cadela?
— Quero. Bati!
— Mas eu não quero mais.
Meti mais forte. Nesse momento, eu queria ver meu rosto no espelho. Me sentia possuído pelo Cão. Ela estava fazendo isso comigo? Me deixando daquele jeito e se aproveitando? Vagabunda do caralho!
Pah! Pah!
Me curvei ainda mais, até alcançar aqueles peitos, nessa posição meu ritmo diminuía. Mas conseguia puxar aqueles mamilos maduros. Uma mão no peito e outra em cima do botão da vagina. Continuei enfiando dentro dela. Depois, eu me ergui para terminar o serviço.
Puxei o cabelo dela para trás — de novo —, agarrei o pulso dela e também puxei um braço para trás — tava tudo sendo puxado pra trás. Meu quadril batia na bunda dela, meu pênis socava rápido.
Gozei.
Me levantei com a perna tremendo, e com cãibras. Tirei o saquinho cheio de leite-de-pau e joguei no mato. Ela se levantou. Veio pra cima. Beijei ela. Com as duas mãos no meu rosto, ela parou o beijo e olhou nos meus olhos.
— Garoto, você é lindo. Tenho algo importante para te dizer.
— O quê?
— Nunca abaixe sua cabeça para uma mulher. Elas não prestam!
O quê? Eu nunca tinha ouvido aquilo antes. Achei estranho. A primeira frase poderia ser aceitável, porque seria uma escolha minha. Agora a segunda, discordei completamente. Até essa loira que me assediou, prestava! Ela me irritou, me usou, mas ela prestava, porque no final, consegui acompanhar o ritmo dela — eu acho.
Ouvir aquilo, daquele jeito, depois de uma trepada violenta, me trouxe vários questionamentos. Como dois cachorros que trepam na rua e se despedem, eu e ela nos despedimos.
Caminhei pela rua até a casa da vó Lucia. Vi o rio, alguns bares, uma igreja católica. Minha mente estava cansada. Me senti uma casca vazia. Quando eu chegasse em casa, lavaria meu dedo e talvez chorasse pensando na Letícia. Estava tão bêbado, que o sexo descompromissado com a loira pesava na minha alma, como uma traição aos meus sentimentos pela Letícia.
Algo estava errado. Foda-se, eu não tinha nada além de um amor frustrado de um ano atrás. A natureza bruta me cercava. Cheguei na casa da vó. Entrei. E a primeira pessoa que vejo sentada sozinha na cozinha foi a Letícia. Fui até a pia e lavei meu dedo. Passei por ela, sem dizer nada.
Eu estava indo me deitar, mas eu voltei. Sentei num banco ao redor da mesa enorme.
— Tudo bem? — cuspi qualquer coisa como assunto.
— Tá sim, mas pelo visto, você não tá. Bebeu muito?
Sorri.
— Sim, bebi muito. Mas vou ficar melhor, amanhã.
— Vai sim.
Senti um aperto no peito.
— Boa noite, Letícia. Até mais.
Me levantei.
— Já vai?
— Preciso dormir.
E assim fui dormir.
No outro dia, teve o Encontro da Família, muita cerveja, churrasco e parentes do Brasil todo. Eu estava sentado à mesa com meu pai, ouvindo um tecladista contratado cantando e tocando brega. A mãe da Letícia estava pra lá e pra cá, tirando fotos. Ela estava empolgada e pediu ao músico para ceder o teclado à filha.
A Letícia se levantou, envergonhada. Eu emborquei um copo de cerveja. Ela usava um chapéu rosa-choque, ridículo. Ela foi até o instrumento.
— Ei, pai! Me dá um cigarro aí.
Ele me encarou com os olhos vermelhos.
— Como é que é? Eu fumo, mas eu nunca pedi um cigarro pro meu pai! — falou embriagado de álcool e raiva.
— E o vô Zezão fumava? — perguntei amigável por fora, mas puto por dentro.
— Não.
— Então, pronto! Vai me dá ou não?
— Isso é muito errado! — Ele puxou um cigarro e me deu. — Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço!
Vai te foder, seu hipócrita de merda, pensei. Até parecia que eu bebia e fumava por causa dele. E como sabemos até aqui, quando comecei a fazer tudo isso, a última coisa que eu pensava era na minha família.
Acendi com meu isqueiro. Soltei fumaça. Senti o peso de alguns olhares. Peidei pra eles. A Letícia começou a tocar uma música da Adele — não me lembro o nome. Bebi e fumei com amargura, olhando pra ela. Depois me senti muito foda quando olhei em volta. Nenhum parente menor de idade bebia e fumava junto com a família. Provavelmente eles jugavam o Eli, minha mãe e eu. A questão era que meus primos faziam o mesmo, só que escondidos.
Caio Bastos, um filho da puta de 17 anos que teve que enfrentar a falsa moralidade da instituição sagrada, Família. "Tu é tão lindo, porque fuma?", "Apaga esse cigarro, menino!", "Ninguém vai querer ficar contigo desse jeito." A minha resposta era cinza e gasosa.
Depois disso, meu pai me pedia cigarro, minha vó Lucia me dava dinheiro e perguntava:
— Vai comprar o quê?
— Cigarro — respondia na cara dura.
Minhas tias escutavam e reclamavam.
— Mamãe! E a senhora ainda dá dinheiro para ele?
— Eu não minto pra minha velha — era eu que respondia, com cinismo.
Os dias passaram, e eu voltei pra Fortaleza. As férias acabaram, e eu voltei pra sala de aula. Falei da minha trepa com a mulher de 32 anos para Alana. Quando falei da boceta fedorenta, ela riu. Alana disse que eu tinha coragem, e eu disse que estava bêbado e me senti estuprado.
O Rodrigo era o novo novato da minha turma, assim como o Rafael que pediu transferência do turno da manhã para tarde. Nós três naquela mesma sala era um inferno. Vivíamos trocando palavrões entre nós. Às vezes, falávamos que queríamos foder a mesma garota. Tínhamos uma amizade cheia de rivalidade. Eu e o Rafa nos dávamos melhor, porque nós dois falávamos sujeira sem um pingo de consciência. Já o Rodrigo mantinha algumas teorias cheias de ética e moral. Mas ele era outro sujo, que jogava purpurina na bosta fresca. Palavras bonitas com ações podres.
Já o Rafael, tinha tudo de podre. Ele começou a se envolver com uma menina lésbica da nossa sala. No início, eu e ele tramávamos para comer ela, nós dois juntos. Ele enfiaria no cu e eu na xana. Mas depois ele disse que estava sentindo algo muito forte por ela.
— Então, agora a coisa muda de figura. Tranquilo, não precisa mais convencê-la a me deixar entrar na relação de vocês — falei, compreensivo.
— Não cara, se tu quiser, a gente ainda pode transar com ela.
Ele falou transar? Não foi comer, trepar ou foder? Me questionei e concluí: "ele ama ela."
— Não, relaxa! Não quero mais. Fica de boa com ela, só vocês dois.
— Tá certo. Mas não me manda relaxar, porra!
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