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15 . A Santa do Banheiro Químico

O grupo chegou às 18:30 no Centro Cultural. Muitas fãs da Calibre 38 vieram com o convite do Felipe, assim como todos os membros da Mesa, exceto o Rafael. Ali, estava completamente lotado. Blusas pretas por toda parte, gente gritando, jovens enchendo a cara e se drogando. Casais se pegando com fúria e sem pudor nenhum. A putaria estava feita.

Se estava tendo festa? Não. Era só mais um sábado no Dragão do Mar. Os fãs de rock da cena underground vinham de todas as regionais de Fortaleza para se encontrarem na Praça Verde. Era um gramado ao céu aberto com arquibancadas de concreto em volta. O Cento Cultural era tão grande que atravessava três ruas paralelas, com ligações feitas por passarelas de ferro tingidas de vermelho, suspendidas por colunas com escadas.

A juventude fedia a droga, sexo e rock. Desconhecidos se conheciam em segundos e trepavam em minutos. O Rodrigo conheceu uma fã da Calibre 38 e amiga de longa data do Felipe, a Evelyn Bastos. Baixa, rosto azedo e cheio de espinhas, pele branca e óculos. O Rodrigo furou a antipatia dela, em segundos. O William conheceu a Luana, outra amiga do Felipe e com um termino recente de namoro no histórico.

A Cátia, amiga da Luana, caiu matando em cima do Leo, o tímido, esbelto e bonito. Ele resistiu as investidas. Era gay? Não. Ele era exigente, cruelmente seletivo. Mas Cátia era insistente. O cara mais sociável do lugar, o nosso Felipe, já estava se pegando com uma garota peituda e branquinha.

E eu?

Os vendedores ambulantes me amavam, depois de juntar a grana com todo mundo, eu saia para comprar o vinho. Não ajudava muito com o dinheiro, mas secar as garrafas era comigo mesmo. Enquanto todos conversavam entre si e bebiam aos beliscões, eu pensava na Letícia e bebia para me afogar. Que delícia! Empurrei vinho para dentro, foi uma, duas, três, dez garrafas para todos — acho que consumi metade de cada uma.

O grupo estava animado falando, falando e se conhecendo. A Cátia puxava o Leo.

— Vai, bebe mais! — ela disse.

— Estou bebendo — O Leo se inclinava para trás.

— Tá fugindo de mim?

— Não é isso.

— É sim, SEU MOLINHO!

Pronto, ela disse alto o suficiente para chamar atenção de todos, um coro começou a castigar o Leo: Molinho?! Égua, te chamou de Molinho! Seu Molinho!

Fiquei sem entender. A Cátia era atraente e dava em cima do Leo, descaradamente. Por que ele não queria? Quando dei por mim, ele puxou uma badana com a estampa da banda Slipknot, amarrou na cabeça, segurou a Cátia e meteu um beijo.

— Isso! Deixou de ser Molinho! — alguém do grupo falou.

Ali tinha muitos desconhecidos, todos do bairro Conjunto Esperança. Eram os novos amigos do William, e esse deveria estar na igreja. Mas se dizia "afastado".

A bebida acabou. Me levantei e juntei mais grana com a galera. A menina que estava abraçada com o Felipe me chamou. Fui até o casal.

— Ei, vai comprar mais vinho, né?

— Vou.

— Compra um cigarro pra mim? — ela pediu.

— Compro. — Estendi a mão. Ela colocou 50 centavos.

Fui até as barraquinhas, comprei o vinho e pedi um cigarro. E se você ainda está em dúvida: SIM! Menores de idade compravam bebidas alcoólicas, e sem nenhuma dificuldade. Peguei um cigarro preto, achei estranho, nunca tinha visto um daquela cor. Dei de ombros e voltei até o grupo. Bebi mais vinho, direto do gargalo. Deixei a garrafa com a galera.

Fui até o casal para entregar o cigarro da garota.

— Pega. — Cutuquei a menina e atrapalhei o amasso do Felipe.

— Tu comprou Black? Eu queria Derby azul!

— Tu não disse qual era... porra... e agora?

— Eu não quero.

— foda-se... então... eu vou... fumar essa... merda.

Saí cambaleando, peguei outro copo de vinho e matei com um gole. Consegui um isqueiro com alguma alma vagante. Ascendi meu primeiro cigarro. Olhei para atrás, o Felipe estava quase subindo na parede com a fresquinha. Qual era a diferença na marca de um cigarro? Que frescura!

Dei uma tragada longa. Senti o sabor de menta e agulhas costurando o meu cérebro. Fiquei relaxado. Relaxado demais. O gosto doce e a fumaça dançando ao meu redor. Fiquei tonto. Continuei fumando até queimar meus dedos.

Um embrulho pesado no estômago, calafrios e perca de equilíbrio. Me escorei em um poste de iluminação pública. O vinho voltou, direto nos sapatos, que por sorte eram pretos. O vômito era vermelho com fios pretos. Saiu tanto vinho que me engasguei, eu precisava de três gargantas para ter espaço pro vômito sair com qualidade. Depois, eu cuspi a baba, limpei meu queixo e fiquei ereto. Olhei em volta. A tontura havia sumido. Dei alguns passos e concluí que estava melhor.

Subi um lance de escadas e fui até a Praça Verde. Encontrei o Felipe e a Fresca. Fui até eles.

— Cadê o resto do pessoal? — Até minha fala tinha melhorado. Mas continuava lenta.

— Foram embora. Tu vomitou?

— Sim. Mas já estou melhor.

— Daqui a pouco, eu vou embora. Vou deixá-la na parada de ônibus e depois vou embora.

Olhei para ela. Ela acendeu um cigarro branco com uma listra azul na ponta.

— Isso aí, é um Derby Azul?

— É

— Me deixa experimentar isso aí. — Estiquei os dedos. Ela me passou. Dei um trago e devolvi. Cuspi fumaça.

— Tu tá fumando? — o Felipe parecia incrédulo.

— Tu não viu? Fumei um cigarro preto... antes!

— Foi mesmo, Felipe — ela disse.

— Tá cara, tu vai ficar bem? — Ele colocou a mão no meu ombro.

— Claro! Vai lá... deixa ela na parada. Vou ficar por aqui!

— Sozinho? Vem comigo! Vamos embora.

— É... Não! Vou ficar aqui. Valeu! — Toquei na mão dele e saí sozinho.

Andei, andei e andei. Consegui um copo, fui enchendo ele pelo caminho. Matando a bebida com um gole e conseguindo mais com gente desconhecida. Era como um carro velho parando para abastecer em qualquer posto de gasolina. Comecei a dar prego e cuspir fumaça com outros cigarros oferecidos e pedidos. O primeiro me deu uma sensação que não consegui em nenhum outro. Meus passos vagavam sem rumo. Então, minha consciência apagou.

Quando voltei, eu estava tentando me equilibrar sob minhas pernas, de pé, mas curvado para frente. Mais vômito jorrou. Olhei em volta, gente passando, ainda estava no Dragão do Mar, em uma praça bem ao lado da entrada. Gente passando, borrões negros e sem rosto, barulho e risadas, almas caídas no chão, mais fodidas do que eu. Mais vômito. Limpei o queixo.

Cadê o Felipe? Merda! Ele foi embora... Vou ficar aqui até amanhecer. Será que vou ficar vivo? Não... Eu vou morrer. Essas ideias me faziam sorrir com um misto de desespero e autodestruição. Uma bela piada! Era assim como eu enxergava minha morte. Capuz e foice? Não, isso não. Ver a dona Morte era como se ver no espelho. Dei um passo e minha consciência apagou de novo.

Escuridão.

Fumei, bebi e trepei. Ainda tinha futuro pra mim? Tanto faz. Espera! Eu só trepei uma vez e com a puta mentirosa da Rebeca. Não!

EU QUERIA TREPAR MAIS!

A luz voltou.

— Caio? Caio? Acorda, porra!

Eu estava escorado em alguma parede.

A imagem embaçada foi se ajustando aos meus olhos. Quem era? Onde estou? Vi primeiro o lugar, atrás da silhueta preta, o cinema e a pista de dança com colunas. Ainda estou no Dragão do Mar. A silhueta familiar ganhou cor. Felipe? Ele não foi embora? Estou salvo, pensei. Ele olhou para o lado e me sacudiu. Apaguei outra vez. Tudo escuro como uma TV desligada.

Quando ligaram a tevê, eu perdi algumas cenas desse filme.

Quando meu espírito voltou para o corpo, o meu corpo estava beijando alguém. O Felipe estava do lado, conversando com alguma menina. Continuei beijando de olhos abertos. Senti os cabelos longos e cacheados com as mãos. Como isso aconteceu? Espero que ela seja bonita, pensei.

Parei o beijo. Meu amigo veio até mim.

— Ei, vou ali com aquela guria. — Indicou a menina que ele tinha conversado — Fica aqui com ela. Já volto! — Indicou a menina que beijei.

— Espera, porra! Não me deixa só! Você tem que ficar aqui, vamos virar a noite nessa merda, juntos. Eu estava apagado. O que aconteceu?

— Calma, querido. Vou cuidar de você. — A menina tocou no meu ombro. Nem olhei pra ela.

— Eu já volto. Vou virar contigo, agora não tem mais jeito. — E assim, ele saiu com a outra garota. As duas acenaram entre si, então supus que elas se conheciam.

— Tá tudo bem contigo?

Olhei ela. Rosto redondo com um sorriso travesso, pernas grossas, um belo decote e olhos grandes. E tinha uma cabeleira castanha.

— Quantos anos você tem? — eu perguntei, ignorando completamente a pergunta anterior.

— dezesseis.

— Ainda bem.

Ela sorriu. Me abraçou. Depois nos beijamos mais. Com toda aquela dormência do álcool, não senti quase nada. Mas conseguir ficar à vontade com ela.

— Preciso me sentar. Estou muito bêbado, sabe?

— Tudo bem. Vem comigo! — Ela tinha uma sorriso infantil. Encantador e despreocupado.

Ela se abaixou e pegou uma garrafa de vinho que estava aos nossos pés. E que só notei nesse momento. Segurou minha mão e andamos um pouco. Paramos em um lugar escuro, perto de um lance de escadas que dava para o Planetário do Centro Cultural e próximo ao banheiro masculino.

A garota se escorou numa parede grafitada com desenhos que se mexiam, pelo menos pra mim, eles mexiam. Escorregou até se sentar. Me deitei no chão, usando aquelas pernas macias como travesseiro. Ela alisava meus cabelos e bebia vinho. Olhei aqueles peitos de perto. Apertei. Nossa! Quanto peito! Senti a textura de lã da blusa. Quis meter a mão por baixo, mas naquele momento, não fiz isso. Ela continuava alisando meu cabelo. Aquele sorriso me trazia paz.

Ela veio até meus lábios. Beijei. Depois me ergui, sentei do lado. Peguei a garrafa e dei um gole.

— Nossa! — Coloquei a mão na boca. — Preciso vomitar!

Ela me ajudou a se levantar. Fomos até o banheiro masculino, ela entrou comigo. Tentei vomitar de toda forma, enfiei o dedo na goela e não saiu nada.

— Desculpa. Deve ter sido alarme falso. — Olhei ela de lado.

— Não tem problema, querido. Vamos?

Ela me levou de volta para o mesmo lugar onde estávamos. No caminho, peguei a garrafa da mão dela e dei outro gole. Devolvi. Senti algo vindo de dentro. Me soltei dela, dei dois passos para frente, me curvei e acertei a rajada de vômito dentro de uma lixeira escorada em uma coluna. Apoiei minhas mãos na borda. Senti a mão dela nas minhas costas, olhei por cima do ombro. Ela mantinha o mesmo sorriso desgraçado.

— Por que tá rindo?

O sorriso sumiu.

— Desculpa. Mas isso já aconteceu comigo. Só estava lembrando. Eu sei que tu não tá bem. Mas vou ficar com você até de manhã.

Voltamos para parede grafitada. Ela me beijou. Ela não me viu vomitando? Que menina era essa? Ela era real? Beijamos de língua. Muita língua. Se aquilo era nojento, ela parecia não dar a mínima. Quando ela se sentou, eu me deitei outra vez, com a cabeça apoiada nas pernas grossas, eu me sentia seguro enquanto ela afagava meus cabelos.

Senti algo vindo de dentro. De novo? Dessa vez, mal tinha avisado que queria sair e saiu. Tentei me afastar dela. Fiquei com o rosto virado para o chão e apoiando minhas mãos nas pernas dela. O suco preto avermelhado era despejado no chão, e bem ao lado dela.

Agora, ela vai me jogar no meu próprio vômito, me chutar e me mandar tomar no meio do cu, pensei. Mas isso não aconteceu. A garota simplesmente segurava minha cabeça para eu não bater de cara no chão.

Quando terminei, não senti um pingo de vergonha, a bebida destrói a vergonha com facilidade. Mas fiquei incrédulo. Como aquela garota permanecia ali, comigo? Qual era o problema dela?

— Eu te sujei?

— Não muito, fica tranquilo.

Limpei meu queixo. Nos levantamos. Olhei em volta. Poucas pessoas circulavam por aquela parte.

— Que horas são, querida?

Ela puxou o celular. Viu e guardou.

— Meia-noite e meia.

— Caralho! Eu achava que era oito horas.

— O quanto você bebeu? — Ela empurrou meu ombro, rindo.

— Muito. E para você ter continuado aqui comigo, o quanto você bebeu?

— Muito menos que você.

Nos beijamos, peguei naquela bunda grande e apertei gostoso. Saímos à procura do Felipe e a amiga dela. Aquela noite estava longe de acabar e havia um banheiro químico nos esperando.

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