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Porque a chuva é o clima ideal para primeiros beijos

PORQUE A CHUVA É O CLIMA IDEAL PARA PRIMEIROS BEIJOS

          Já é hora da saída da escola, mas boa parte dos alunos ainda está dentro da grande construção por causa da forte tempestade que está caindo lá fora. Está chovendo desde o início da manhã, e desde então Donghyuck está enchendo os ouvidos de Jeno com baboseiras sobre querer beijar na chuva alguma vez na vida e que hoje seria o dia perfeito para tal coisa incrível, que ele queria falar com Mark e beijá-lo na chuva, que o clima romântico da chuva está ótimo e blá blá blá.

          Donghyuck cultiva um crush por Mark Lee, o aluno do último ano que faz parte do time de basquete da escola e que sempre está ocupado demais para lidar com Hyuck, mas Jeno sabe que o mais velho o está apenas evitando, por achá-lo estranho. Jeno bem sabe como o amigo encara o canadense pelos corredores da escola e até se diverte um pouco assistindo à cômica cena de Mark esquivando de Donghyuck todos os dias após o treino de basquete, com uma desculpa qualquer sobre um compromisso inventado. Jeno sabe também que Donghyuck não gosta assim, de verdade, de Mark. Ele só acha o canadense bonito e resolveu ser obcecado por ele como hobby, porque Donghyuck é perturbado.

          O crush unilateral do amigo nunca incomodou Jeno, que sempre teve a maior paciência do mundo, mas hoje Donghyuck está passando dos limites do suportável. Já são horas ouvindo a mesma ladainha e nem mesmo caminhando sob a chuva até o ponto de ônibus o Lee mais novo cala a boca. Jeno já está de saco cheio de toda a falação do garoto, e ele não parece que vai parar tão cedo.

— Se ele estivesse aqui, eu teria fingido que esqueci o guarda-chuva em casa — ele dá um suspiro profundo, fantasiando. — Eu pediria pra ele dividir o dele comigo e a gente ia ficar grudado um no outro...

          Jeno deixa as palavras do garoto entrarem por um ouvido e saírem pelo outro, enquanto desvia de uma poça enorme e tenta manter o guarda-chuva no lugar, este que está a ponto de entortar por causa da ventania.

— Não dá pra contar com um vento forte tirando o guarda-chuva da mão dele porque ele é forte — Jeno franze o cenho e quer até rir, mas qualquer barulho emitido por ele é abafado pelo som da chuva forte caindo no asfalto e das palavras sem noção de Donghyuck. — Acho que eu pediria pra segurar o guarda-chuva, ele tentaria negar e eu ainda assim tentaria pegar. O guarda-chuva acabaria caindo no chão e estaríamos molhados sob a chuva, o clima rolaria e...

          E ele descreve como imagina a sensação dos lábios molhados se tocando e como as gotas de chuva cairiam nos lábios deles, e Jeno sente a cabeça latejando por excesso de bobagem. Como ele pode falar tanta baboseira em tão pouco tempo?

          O garoto continua a falar e falar, até que Jeno se cansa. Eles estão próximos do ponto de ônibus quando ele para de andar e toma o guarda-chuva de Donghyuck e abaixa o próprio. Sem dar tempo para Donghyuck reagir, Jeno o puxa pelo pescoço sem delicadeza alguma e sela forte os lábios nos do outro, a chuva caindo forte sobre eles.

          O selar dura curtos segundos, mas são suficientes para ambos ficarem encharcados. As gotas pesadas caem sobre os lábios deles exatamente como Donghyuck disse que aconteceria, mas Jeno não deixa muito espaço para pensamentos quando se afasta, com a mesma rapidez que usou para se aproximar.

          Quando solta Donghyuck, o garoto parece perdido, quase a ponto de cair no chão. Jeno devolve o guarda-chuva dele enquanto ajeita os cabelos encharcados, os tirando do rosto para enxergar melhor a expressão abobada do mais baixo.

— Pronto, agora que sabe como é beijar na chuva já pode mudar de assunto — Jeno diz, simplesmente, e segue caminhando como se tudo permanecesse normal.

          Donghyuck o segue, estranhamente calado e parecendo um pouco envergonhado quando param lado a lado na fila para entrar no ônibus deles que acaba de chegar. Eles entram juntos no ônibus abafado e úmido e encontram um espaço para ficarem de pé, próximos à saída e em frente à uma janela com defeito que não fecha e, consequentemente, deixa a chuva entrar e atingi-los, mas a mente de Lee Donghyuck está perdida demais agora para sequer fazer uma reclamação sobre isso.

          Ele observa Jeno, que segue tranquilo olhando a movimentação ao redor e não consegue deixar de pensar: que caralhos acabou de acontecer?!, porque o melhor amigo o beijou de repente e simplesmente saiu andando como se eles fizessem esse tipo de coisa todos os dias e, não, Donghyuck definitivamente não tem o costume de beijar Lee Jeno todos os dias, eles estão bem longe desse tipo de relação de melhores amigos coloridos, porque Donghyuck não vê graça nessas coisas. Por isso, ele nunca tinha parado para pensar em como os lábios de Jeno são finos como os de Mark e como ele tem mãos grandes e fortes, porque ele puxou Donghyuck com tanta força que o mais novo chegou a pensar por um fração de segundo que... Meu Deus, no que eu tô pensando? Por que ele está pensando essas coisas sobre Jeno? Os pensamentos intrusivos começam a deixá-lo assustado e sem saber o que fazer, e em questão de minutos ele sente que pode ter uma crise de claustrofobia, mesmo sem ser claustrofóbico.

— Por que tá com essa cara de idiota? — Jeno pergunta, depois de analisar a expressão do amigo mudando a cada dois segundos, como um personagem de cartoon.

— A culpa é sua! — O garoto se exalta, um dedo acusador apontado para o rosto comumente pálido do mais alto. — Quem te mandou me beijar do nada? — A pergunta sai alta e sem se importar com as pessoas ao redor, que nem estão se importando com eles dois.

— Não pensa demais, só fiz aquilo pra você calar a boca.

          É claro, porque Jeno gosta de falar mal de Donghyuck, mas vive para implicar com o pobre geminiano. Exasperado, Donghyuck manda o garoto para alguns lugares e até chega a pisar com força sobre os tênis de Jeno, que acha graça dos esforços do menor em ter algum tipo de vingança. O assunto se encerra e o trajeto de volta para casa segue normalmente, com resmungos da parte de Donghyuck sobre Jeno nunca ser tão incrível como Mark Lee e para que ele, por favor, não faça mais idiotices como aquela.



          Donghyuck nunca foi a pessoa mais normal do mundo, sabe bem disso, então não é surpresa quando nem uma amizade ele consegue manter no ritmo da normalidade. Porque, depois da palhaçada de Jeno, ele não consegue tirar o idiota da cabeça — nem o beijo na chuva. Parece que durante todos esses anos de amizade ele esteve cego e só agora acordou para a beleza do amigo. Desde quando Lee Jeno tem o maxilar bem marcado e cabelos tão sedosos que Donghyuck sente vontade de passar a mão a cada minuto? Até o narigão dele — que Donghyuck sempre usou para implicar com o mais alto — parece se encaixar perfeitamente no rosto dele, o deixando ainda mais bonito. Lembranças da força que ele usou ao beijá-lo de forma bruta têm preenchido a mente dele e, aos poucos, Mark Lee foi sumindo, se esvaindo de seus pensamentos sem que ao menos notasse. Andar atrás de Mark pelos corredores agora não tem mais a menor graça, e Donghyuck até acha que o garoto é meio prepotente demais, se achando bom demais para andar junto a si, sempre parecendo evitá-lo.

          O problema é: Hyuck não sabe o que fazer. Jeno não parece ter mudado em nada desde aquele dia, mas agora tudo o que Donghyuck mais quer é beijar os lábios do amigo de novo — toda bendita vez em que estão juntos. Todas as vezes em que estão conversando os olhos de Donghyuck fazem o favor de descer até os lábios finos e bem desenhados de Jeno, e ele precisa de muito esforço para fingir que não está pensando em como seria a sensação de ter os lábios do amigo colados aos dele de novo, porque ele tem a impressão de que Jeno irá rir se contar o que tanto anda pensando.

          Sem saber como agir, Donghyuck prefere não tocar no assunto do beijo e fazer o mesmo que Jeno: agir como se nada tivesse acontecido. Não que seja muito difícil ocupar o tempo que eles passam juntos com outros assuntos, porque Donghyuck sempre tem uma coisa nova para falar. É só esperar e torcer para que Jeno não perceba como Donghyuck fica amolecido toda vez que ele chega perto demais, ou como as implicâncias dele, que antes deixavam o Lee furioso e querendo chutá-lo, agora o deixam de bochechas coradas e sem saber direito o que responder.

          Eles não precisam de desculpas de trabalhos ou deveres de casa para dormirem um na casa do outro, mas dessa vez foi mesmo o que aconteceu. Um trabalho em grupo, na casa de Donghyuck, que terminou com apenas ele e Jeno sozinhos, porque Jaemin e Shotaro magicamente tinham algum compromisso, e Renjun e Yangyang simplesmente desapareceram sem dar mais satisfações — o que é um caos, porque Renjun é a única esperança do grupo de tirar pelo menos a média no trabalho. Mas, mesmo com a pressão de fazer o trabalho sem ⅔ do grupo, a mente de Donghyuck está ocupada surtando por outra coisa.

— Eu acho que o professor não vai olhar todos os links de fontes, então a gente pode só inventar um e colocar aqui — ele tenta focar em criar um link que pareça um link, começando com o http e terminando com letras aleatórias.

— Mas e se ele entrar no link? — Jeno pergunta, preocupado. Os olhinhos assustados dele o deixam parecendo uma criancinha inocente e não condizem com o abdômen definido que ele exibe, sentado de qualquer jeito na cadeira do computador de Donghyuck. Ele poderia vestir uma camisa e tal, mas não vai ser Donghyuck a reclamar dos hábitos nudistas dele agora. — Por que a gente não coloca uma fonte de verdade?

          Donghyuck inspira fundo e bagunça os cabelos que já estavam bagunçados. Por que Jeno precisa andar por aí, praticamente pelado?? Não apenas ''andar por aí'', mas andar pelo quarto dele!

— Porque a fonte foram as vozes da minha cabeça, Jeno — ele fala o óbvio e Jeno revira os olhos, voltando a olhar para a tela do computador.

— Deixa isso como tá, eles fazem o resto. Bora jogar?

          E é claro que ele aceita jogar, e é mais do que óbvio que eles passam horas em frente à tela da TV até tarde da noite, quando o pai de Donghyuck entra no quarto do filho e manda os dois irem dormir ou vão acordar tarde no dia seguinte. O que Donghyuck quer muito que não seja claro, é o jeito que ele encara o corpo do outro garoto a cada pausa nas partidas, ou o jeito que ele não consegue olhar nos olhos dele quando conversam — e isso não é apenas porque os olhos dele ficam descendo para o peitoral definido de Jeno, não! Também é porque, em alguma parte dentro de Donghyuck, ainda tem um pouco de timidez que ele sente por estar pensando tanto em como seria beijar Jeno, escondidos dentro do quarto dele enquanto os pais e os irmãos pensam que os melhores amigos estão fazendo trabalhos da escola e jogando. Se sentir tímido por ter esse tipo de pensamento é o mínimo que ele pode fazer.

          Dormir ao lado de Jeno é quase uma tortura, e é por isso que Donghyuck expulsa ao garoto da cama e o manda dormir no chão.

— Minha cama é de solteiro — ele argumenta, ocupando todo o espaço com o próprio corpo. Jeno o olha com uma careta.

— Não é como se a gente nunca tivesse dormido na mesma cama — ele cruza os braços, e Donghyuck quer afundar o rosto no travesseiro e morrer sufocado (o que seria melhor do que o sentimento de morrer de vergonha que ele está sentindo agora).

— Que saco, Jeno! Por que você quer tanto dormir comigo?

          Mas nem todos os chiliques com a voz pateticamente fina dão resultado. No fim, Jeno deita na cama dele, virado para o lado oposto ao de Donghyuck, como eles sempre fazem. Donghyuck até quer dar um chute na cabeça enorme dele para ele sair da cama, mas acha melhor não, ou Jeno pode começar a desconfiar que tem algo de errado acontecendo na mente perturbada do mais novo. E é claro que tem algo de errado, várias coisas, e todas elas culpa de Lee Jeno que beija amigos de quase dez anos de amizade apenas para calar a boca deles!



          É em outro dia chuvoso que Donghyuck se vê no limite da vontade de se atirar em cima de Jeno e forçá-lo a beijá-lo de novo, pouco se importando se Jeno quer ou não. Jeno está particularmente lindo hoje, porque eles tiveram que tirar as fotos para o anuário e o garoto resolveu ir mais ''apresentável'' para a escola. Donghyuck não sabe o que ele fez, só sabe que ele está ainda mais lindo que todos os dias e que quer beijá-lo de novo, nem que pra isso tenha que dar uma desculpa idiota — e ele é ótimo dando desculpas idiotas, só precisa pensar em alguma que preste. Se Jeno pode, ele também pode.

          Os alunos foram liberados tarde por causa das fotos e Donghyuck teve que aturar Jaemin e Renjun discutindo por causa de um jogo até a hora de finalmente serem liberados. Está chovendo de novo, como tem acontecido ao longo de toda a semana, e memórias da última vez que caminhou até o ponto de ônibus sob a chuva com Jeno invadem a mente do pobre garoto, que chega a levar um susto quando Renjun coloca uma mão no ombro dele.

— Vou pegar carona com minha prima — avisa, olhando com estranheza para o susto do amigo.

— E eu vou com ele — Jaemin anuncia com o maior dos sorrisos, empolgado por não ter que andar na chuva e nem ter que esperar pelo ônibus.

          Donghyuck é sempre o que mais fala, mas hoje é Jeno quem está animado com um jogo — animado, para não dizer que está perturbando com esse assunto. Donghyuck não gosta e não dá a mínima para as atualizações super necessárias que tiveram ontem, e também não liga se Jeno vai comprar alguma skin ou algum poder de seja lá o que for, e é quando o guarda-chuva dele escorrega por causa de um vento forte e quase voa para longe mas Jeno nem percebe porque está ocupado demais tagarelando sobre elos ou sabe-se lá o quê, que uma ideia pisca na mente de Donghyuck, tão forte que se alguém se esforçar é capaz de conseguir enxergar a luzinha acendendo bem sobre a cabeça dele.

          Essa é a oportunidade perfeita, é a melhor desculpa idiota de todos os tempos e ele não pode deixar passar, mesmo que esteja com as mãos tremendo e os dedos dos pés se contorcendo só com o pensamento do que está prestes a fazer.

          Sem nem perceber que está segurando o guarda-chuva com toda a força que tem, ele se aproxima mais de Jeno, que se assusta com o ato repentino, e o puxa pelo colarinho do uniforme com rapidez. Antes que possa processar a expressão de surpresa do mais alto, Donghyuck está lhe dando um beijo rápido, os olhos espremidos em vergonha e a sensibilidade dos lábios mais apurada do que nunca, pois consegue sentir cada curvinha dos lábios de Jeno contra os dele.

          O menor se afasta rapidamente, as bochechas quentes e parado em frente ao amigo, que o olha com os olhos abertos em surpresa, mas tem um sorriso confuso nos lábios.

— O que foi isso? — O sorriso de Jeno aumenta, ele está achando graça da situação.

— Pensei que esse fosse seu jeito de calar a boca das pessoas — ele ainda consegue dizer com um tom de voz normal, sem passar vergonha com uma súbita gagueira, mas tudo o que Jeno faz é rir.

— E eu pensei que você gostasse de beijar na chuva.

          Donghyuck não entende, não faz a menor ideia do que Jeno está falando, e talvez seja porque ele não está conseguindo pensar direito, tamanha a vergonha que está sentindo, até que Jeno se aproxima ainda mais dele e puxa os guarda-chuvas para baixo, os deixando descobertos. O coração do mais novo já está acelerado, e quando Jeno o puxa pela cintura ele sente os batimentos no pescoço, tamanha a intensidade.

          Jeno o dá um beijo forte, os lábios pressionados com mais força do que o beijo que Donghyuck acabou de dar e com a mesma intensidade do primeiro beijo deles. Diferente de qualquer selar apressado de antes, agora Jeno o segura firme pela cintura por tempo o suficiente para Donghyuck sentir as gotinhas de chuva caindo pelo rosto e escorrendo para onde os lábios se unem.

          Quando o maior movimenta os lábios, Donghyuck sente todo o corpo travar no lugar, incapaz de fazer um movimento sequer. Os lábios do mais alto se movem com suavidade, trocando de posição lentamente, o suficiente para encher a barriga de Donghyuck de borboletas com a sensação dos lábios macios e molhados contra os dele. Quase sem equilíbrio e com medo de que acabe caindo no asfalto molhado por falta de força nas pernas, ele se apoia nos ombros largos de Jeno, apertando a camisa do uniforme dele que está quase totalmente encharcada. Jeno, por sua vez, puxa Donghyuck para ainda mais perto com o aperto na cintura, e o garoto mais novo sente que vai se desmanchar e ser carregado pela chuva.

         A mente de Donghyuck dá voltas e voltas, completamente perdido e sem saber o que fazer. Ele está beijando o melhor amigo de anos, está beijando Lee Jeno, e o pior: está gostando. Gostando não, ele está adorando, adorando o toque dos lábios e o jeito que as mãos fortes do garoto o seguram no lugar, as palavras dele ecoando na mente de Donghyuck como uma playlist em replay.

          Quando se soltam (lê-se: quando Jeno solta Donghyuck), Jeno devolve o guarda-chuva de Donghyuck, que segura o objeto ainda meio abobado e meio mole, sem saber se olha para os pés ou se olha para o sorrisinho fofo que Jeno o oferece. O maior ajeita os cabelos molhados do moreninho, que estavam tapando o rosto dele, e deposita um beijinho na bochecha do amigo, pegando a mão livre dele e seguindo pelo caminho até o ponto de ônibus, tudo sem tirar o sorrisinho fofo do rosto.

          Donghyuck se deixa ser guiado pelo maior, completamente perdido. Ele não esperava que Jeno fosse rir depois do beijo, muito menos que fosse puxá-lo para um outro muito mais... de verdade. Na imaginação dele, ele apenas daria um selinho bobo no amigo com a desculpa de fazê-lo calar a boca, e agora que Jeno mudou por completo o roteiro que ele já tinha criado, não sabe como agir. Não sabe como reagir às mãos grandes segurando as dele com delicadeza, os dedos finos de Jeno deixando um carinho quase imperceptível na mão trêmula e molhada dele.

          Eles não trocam uma palavra depois do beijo, mas Jeno não desmancha o sorriso, e eles também não soltam as mãos, parados sob a área coberta do ponto de ônibus. Os minutos passam, mas a mente do garoto mais novo está inquieta. Como ele pode apenas ficar quieto depois de dar um beijo no amigo? Um beijo na chuva!

— O que foi aquilo? — A língua dele fala antes que ele possa pensar melhor, mas o risinho de Jeno mostra que ele entende do que o menor está falando.

— Eu sei que sou irresistível, seria quase impossível meu amigo tão próximo não passar a se interessar por mim.

          Ele fala uma coisa dessa com tanta naturalidade que Donghyuck se exaspera com a cara de pau dele. Enquanto ele está ali, todo bochechas quentes e mente confusa, Jeno está se exibindo e sendo convencido. Com um bufar e um olhar embasbacado ele tenta puxar a mão, mas Jeno a segura mais forte ainda e se aproxima mais, encostando os ombros.

— Eu não disse que não estou interessado nele também.

          Jeno não está olhando para ele quando diz isso, então Donghyuck se sente à vontade para ficar extremamente envergonhado e sorrir bobo, tentando esconder virando o rosto para o lado.

PORQUE A CHUVA É O CLIMA IDEAL PARA PRIMEIROS BEIJOS

sempre escrevi muito com o nct, mas essa é a primeira vez que posto algo com eles <3 e pretendo postar ainda mais

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