Capítulo 8 - Ond Week
Acho que deu apenas tempo de piscar e olhar ao redor do quarto, para perceber que Ludimilla havia sumido.
Mas, também, o que eu estava esperando? Carinho? Sorrisos? Afagos? Por Deus, ela era uma atriz pornô, havia feito o seu trabalho e, bem... Eu havia feito o meu. Não tinha mais nada para fazer ali.
— Brunna, meu bem. Você superou todas as minhas expectativas! — Larissa disse, chegando perto de mim e me estendendo um roupão branco.
Apenas naquele momento eu percebi que estava nua na frente de vários homens. Me senti absurdamente envergonhada e meu rosto esquentou tão rapidamente que pensei que iria explodir.
— Não fique assim... — o sorriso de Larissa aumento mais, quando me viu dar um laço rápido no roupão. — Eles já estão mais do que acostumadas a ver lindas mulheres nuas. E são profissionais o bastante para não olhar diretamente. Como se sente?
— Como deveria me sentir? Apenas cumprir o seu contrato ridículo, e agora voltarei para minha casa. Nossos laços terminam aqui. — falei, me levantando e disfarçando minhas pernas bambas.
Todos aqueles orgasmos tinham suas consequências.
— Não fale como se tivesse sido um grande tormento para você, Brunna. Nós duas sabemos que você curtiu o momento... Adoraria fechar mais contratos com você.
— Isso não vai acontecer, Larissa. — falei, lhe dando um sorriso irônico. — Se era apenas isso que tinha para me falar...
Tentei dar um passo, mas ela segurou meu braço. Seus olhos penetraram os meus e um sorriso safado nasceu em seus lábios.
— Brunna... Esse seu jeito rebelde me dá tanto tesão.
O que?!
Que porra aquela maluca estava falando? Acho que minha expressão refletiu toda minha indignação, porque ela se afastou e riu para mim.
— Ok, já percebi que seu lance é um pau bem grande como o da Ludimilla, mas, se por um acaso, você mudar de ideia ou quiser experimentar algo novo... Você conhece o meu número, é só me ligar, querida... — se aproximou para dar um beijo em meu rosto e se afastou novamente. — Confesso que esperarei por essa ligação com ansiedade, mesmo sem saber se, um dia, você aceitará essa minha proposta.
Piscando um olho para mim, ela jogou seus cabelos Loiros para trás e saiu do set de filmagem rebolando, me deixando totalmente embasbacada. Ela havia acabado de me passar uma cantada com a maior cara de pau!
Esse mundo pornográfico, safado e obsceno... Mesmo fazendo mil e um filmes, eu jamais me acostumaria com isso.
Jamais.
******
Point Of View Ludimilla Oliveira
Uma semana depois...
"Ludimilla, por favor, por favor!".
Os gemidos de Brunna ecoavam pelo escritório, enquanto Larissa tinha um sorriso satisfeito no rosto. Eu queria estar com esse mesmo sorriso, mas simplesmente não conseguia. Algo muito, muito estranho estava acontecendo comigo.
Uma semana havia se passado desde a gravação. Uma semana em que a porra do meu pau não levantava nem a caralho. Só levantava se eu pensasse nela. Brunna.
Eu já tinha recusado três cenas alegando que estava passando mal, e Larissa havia relevado porque sabia que eu tinha estômago sensível, mas eu sabia que era mentira. Eu pensava nela e meu grande companheiro subia. Pensava em outra, ele descia com a mesma facilidade. Que porra é essa? Eu também queria saber, mas não tinha resposta.
Como agora. Brunna estava gemendo enquanto era fodida por mim na tela do computador da Larissa, e meu pau estava tão rígido que chegava a doer no meu short de compressão. Mas, se eu fosse transar com qualquer outra, eu sabia que ele não iria me ajudar.
— Ludimilla? Ludimilla, acorde! — Larissa bateu na mesa, me fazendo olhar para ela. — Onde você estava com a cabeça?
Depende de qual cabeça você está falando, Larissa... Apesar das duas estarem no mesmo lugar: Brunna.
Maldita Brunna.
— Por quê?
— Estou te chamando há uma hora e você aí, com essa cara de idiota, olhando para tela do computador... — ela revirou os olhos. — Eu sei que Brunna é linda e tudo mais, mas parece que você está enfeitiçada. Aliás, mocinha, nós temos que conversar.
Ela sorriu sem humor e eu engoli em seco, sabendo exatamente sobre o que se tratava.
Maldita Brunna!
— Por que você gozou dentro da Brunna?
Não disse? Tudo se resume a essa mulher.
Olhei para Larissa e respirei fundo, sabendo que poderia falar qualquer coisa para ela, mesmo não querendo, como naquele momento. Admitir certas coisas nem sempre é fácil.
— Perdi o controle... — murmurei.
— Você nunca perde o controle.
— Eu sei, Lari, eu sei! Mas... Eu fiquei olhando para ela, entende? Olhei direto para os olhos dela, enquanto minha mente só sabia mandar dois recados: Olhe para ela e meta até gozar, olhe para ela e meta até gozar, olhe para ela e...
— Entendi, Ludimilla, entendi. — ela me interrompeu, encostando-se a sua cadeira e me analisando. — Quer saber... Eu sei muito bem do que você precisa.
— E do que eu preciso?
— Você vai pegar isso aqui. — ela pegou o DVD com as cenas editadas do meu filme com Brunna e colocou a minha frente. — Vai até a casa da Brunna com desculpa de que foi até lá apenas para mostrar o filme editado, vai seduzi-la e transará com ela. Fui clara? Ela é gostosa pra caramba, Ludimilla e acho que havia muito tempo desde que você contracenou com uma mulher tão... Normal. Você só precisa de mais uma foda para esquecê-la de vez.
Mais uma foda... Para, esquecê-la? Não que eu ache isso provável – uma mulher que é mulher de verdade, não se esquece de uma mulher como Brunna – mas, se essa era uma desculpa para tê-la em minha cama – ou na cama dela, não que eu realmente me importasse em que superfície poderia tê-la – novamente... Eu só deveria aceitar, não é?
Bem, minha cabeça debaixo quase gritou que sim e me cérebro também. Quem seria eu para negar isso?
— Você está certa... — falei, pegando o DVD e me levantando. — Vou fazer isso por nós duas, porque sei que, se ela te desse um pouquinho de chance, você já a teria levado para cama.2
Larissa olhou para mim e riu, torcendo seus cabelos longos em um coque no alto da cabeça.
— Verdade, baby. Mas eu estou em outra agora... Logo você saberá quem é.
— Espero que esse mistério todo dê algum resultado. — falei, rindo em direção à porta. — Me deseje sorte.
— Ah, como se você precisasse! — ela revirou os olhos e eu pude ouvir sua risada enquanto saia de seu escritório.31
******
O apartamento de Brunna ficava em um prédio de classe média, nos arredores do centro de Los Angeles. Chegar lá foi fácil e rápido, visto que o finalzinho da tarde estava tranquilo e o horário de pico já havia acabado. O porteiro, um homem com um pouco mais de cinquenta anos, a chamou pelo interfone e confesso que a primeira coisa que esperava era um não.
Mas ele sorriu e disse que Brunna estava me esperando em seu apartamento. Meu amigo de baixo e eu, sorrimos para ele, não que ele precisasse saber que meu carinha de baixo estava tão animado.
Saudades dela, não é, amigão? Vamos resolver isso já, já.
Uma mulher na seca também fica maluca, ainda mais quando ela tem um pênis e eu tinha acabado de comprovar, porque... Porra! Eu estava conversando com meu pau! Que ridículo!
Homens também fazem isso? Eu realmente espero que não.
Chamei o elevador e depois de alguns minutos a porta de metal se abriu. Uma senhora saiu e logo uma morena, que eu identifiquei automaticamente.
— Patrícia Crisal... Bom te ver. — sorri, trocando beijos na bochecha.
— Bom te ver também, Ludimilla. brunna está te esperando lá em cima. — riu e se afastou. — Aliás, diga à sua patroa que, apesar de ser simpática e de ser uma mulher bonita, eu gosto de homens... Não estou disposta a mudar isso.
Não deu tempo de falar alguma coisa. Antes mesmo que eu pudesse abrir a boca, Patrícia se virou e foi embora, me deixando um tanto assustada, mas já era para estar acostumada. Normani sempre tinha a péssima ideia de se aproximar de mulheres heterossexuais, assim como tinha a péssima ideia de sempre escolher uma mulher bêbada para fechar contrato em sua produtora.
Apesar de nem ser uma ideia tão mal assim. Quer dizer, se ela não fosse tão burra, eu jamais conheceria Brunna.
A deliciosa Brunna.
Meu pau pulsou, me lembrando da missão que tínhamos pela frente. Chamei o elevador novamente e fui até o décimo andar. Apertei a campainha do apartamento 1005 e logo escutei a voz de brunna, pedindo um momento. Escutei passos, um móvel sendo arrastado, seguido por um "porra" alto o suficiente para ser ouvido pelo corredor inteiro e logo em seguida, a porta se abriu, revelando uma Brunna vestida com uma blusa cinza e calcinha preta, fazendo meu pau estremecer pela milésima vez naquela manhã.
Ah... Maldita – e gostosa – brunna!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro