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Capítulo 42 - Bônus 2

Point Of View Brunna Gonçalves Oliveira

Nove meses de gravidez. O que eu poderia resumir sobre isso tudo? Acho que tenho algumas palavras...

Fome. Choro. Raiva. Compulsão por sexo – sim, virei uma ninfomaníaca. E, acima de tudo e todas as coisas, amor.

Amor por esse serzinho que chegou de surpresa, me deixou assustada no início, mas que conquistou meu coração em um piscar de olhos. É inacreditável a forma como um bebê, que foi gerado de maneira inusitada, conseguiu me deixar com o coração mole.

Se ele me dava enjoo, eu sorria. Se me causava tontura, eu sorria, se ele mexia, eu sorria. Incrível, não?

E o que falar de Ludmilla? Ela era a mãe mais babona da face da Terra. Cada dia ela chegava com um presente novo, no início da gravidez, quando nem sabíamos o sexo ainda, ela trazia peças de duas cores – rosa e azul –, pois dizia que não queria desapontar o bebê.

Mas aí, chegou a hora de saber o sexo e nosso bebê fez questão de mostrar para o que estava vindo – palavras de Ludmilla, não minhas, estou apenas repetindo. Herry se exibiu todo na tela do ultrassom, com as pernas abertas e o pênis em pé. Isso mesmo, em pé, deixando a mãe cheia de orgulho.

Foi um dia emocionante. Ludmilla chorou, eu chorei e até o médico fez festa junto conosco. Patrícia e Larissai então, nem se falava, viajaram até NY apenas para comemorar conosco. Adoraram saber que teriam um afilhado.

E agora, sabendo que faltava pouco para Harry vim ao mundo, eu sabia que estava realizada. E sabia também, que passaria por tudo aquilo de novo, apenas para contemplar tudo isso que está acontecendo em minha vida neste momento.

— Hey, no que esta pensando? — Ludmilla perguntou, acariciando meus cabelos.

Senti o vento soprar em meu rosto, enquanto a lua brilhava no céu. Ainda não estava acostumada com a imensidão verde a minha frente, que era o jardim da nossa nova casa, mas posso dizer que me acostumar não seria difícil.

Aprendemos a gostar rapidamente de coisas belas. Assim como eu aprendi a gostar tão rapidamente de Ludmilla e de meu filho.

— Estou pensando que sou muito grata por tudo o que aconteceu e está acontecendo na nossa vida. — respondi, olhando para ela. — Nunca imaginei que estaríamos aqui.

Ela sorriu e desceu a mão até minha barriga. Harry estava inquieto e o incômodo que havia sentindo durante todo o dia, tinha praticamente sumido.

— Sinceramente? Nem eu havia imaginado isso... Mas estamos aqui para ser surpreendidas, não é? Me lembro que quando Larissa me disse que tinha fechado contrato com você, eu briguei com ela, falei que ela estava cometendo um erro de novo. Nunca pensei que ela tinha tomado a decisão mais certa das nossas vidas, ao fazer você assinar aquele contrato. — beijou meu rosto. — Foi por causa de toda essa loucura que estamos aqui agora, casadas, com nosso filho a caminho.

— Então você está feliz? Como nunca estive antes. — disse, com um sorriso aberto de orelha a orelha.

— Então eu acho que ficará ainda mais feliz agora.

Ludmilla franziu o cenho, como se estivesse tentando decifrar o que eu estava dizendo.

— Por quê?

— Porque o nosso filho está querendo vir ao mundo. — murmurei, em meio à outra contração. — Acho melhor irmos para o hospital, porque Harry resolveu antecipar sua vinda.

Primeiramente, senti Ludmilla ficar tensa atrás de mim. Segundos depois, seus olhos se arregalaram e ficaram se revezando entre olhar para mim e olhar para minha barriga, como se Harry pudesse pular dali a qualquer momento. E então, longos minutos se arrastaram, e eu só percebi que ela estava em estado de choque, quando uma contração mais forte me tomou, fazendo-me parar de observa-la.

— Ludmilla? Ludmilla, por favor, não surta agora... Nosso filho vai nascer!

— Você... Está querendo dizer que Harry quer... Nascer? — ela perguntou em um sussurro. — Tipo, nascer mesmo? Agora?

— Sim, Ludmilla! — respondi pegando seu rosto em minhas mãos. — Nosso filho quer vir ao mundo.

— Oh meu Deus... — ela murmurou, saindo de trás de mim em uma rapidez impressionante. Segundos depois, ela estava andando de um lado para o outro. — Mas isso não está certo, o médico disse que ele só nasceria na semana que vem, meu Deus, eu tinha me preparado psicologicamente para tê-lo em meus braços daqui a quatro dias e não agora, porra, Brunna, meu Deus, meu Deus...

— Ludmilla, por favor! — falei mais alto, me levantando. Certo, eu estava sentindo uma dor infeliz de três em três minutos, mas pelo visto, eu teria de controlar aquela situação. — Eu estou tendo contrações, então, por favor, pegue as malas no nosso quarto e vamos para o hospital! — ela me olhou surpresa, me vendo colocar as mãos na cintura. — Ou quer que eu faça isso por você? Não é você que está prestes a dar à luz, amor. — falei, em um tom mais ameno.

Ela mordeu o lábio e vi um vestígio de sorriso aparecer em seus lábios. Ela estava voltando ao normal, graças a Deus.

— Santo Cristo, amor! — ela gritou, num estalo e veio até mim. — Não é para você estar em pé, sente-se, por favor. Eu vou lá em cima pegar tudo e... Não fica estressada, ok? Faz aquela respiração de cachorrinho que a gente sempre vê na TV...

Ela saiu falando mais alguma coisa e eu não pude deixar de rir. Nunca vi Ludmilla tão nervosa daquele jeito e, mesmo com dor, não pude deixar de rir da situação. Uma contração pulsou no meu baixo ventre, e eu desfiz o sorriso na mesma hora. Aquilo doía muito, bem mais do que eu tinha lido nos livros sobre maternidade que Ludmilla comprou.

Minutos depois, ela reapareceu com as alças da mala pendura nos ombros. Observei-a ir até o carro e abrir o porta-malas, colocando tudo dentro. Levantei-me e comecei a andar lentamente até o carro, temendo que uma contração me fizesse cair sentada no chão, mas parei quando vi uma cena que sempre estará guardada em minha memória.

Lauren fechou a porta do porta-malas, com um estrondo, andou ao redor do carro falando mais alguma coisa e então, entrou no carro, dando partida e saindo de casa.

Ela me deixou.

Ela levou a minha mala, a mala do bebê, entrou no carro e foi embora. Simplesmente esqueceu-se de mim.

Agora sim eu posso falar que seria cômico, se não fosse trágico.

Respirei fundo, encostando-me próxima a poltrona onde estava sentada com ela. As contrações estavam vindo de dois em dois minutos agora e eu já podia sentir as lágrimas perto de estourar, mas a minha raiva por Ludmilla não ter percebido que eu, a grávida, a mulher que estava preste a dar à luz não estava no carro, me impedia de chorar.

Mas ela ia perceber, com toda a certeza do mundo, ela iria perceber que eu não estava na porra do carro!

Não sei ao certo quantos minutos passaram, a única coisa que sei é que, quando a dor estava chegando a um nível insuportável, eu ouvi um carro cantar pneus próximo a mim. Não precisei nem abrir os olhos para saber que ela havia voltado.

— Oh meu Deus, amor, me perdoe, eu... Droga, estou tão nervosa, eu saí sem você, como sou idiota! — a ouvi dizer.

Senti seu toque em meu braço e eu poucos segundos, ela estava me erguendo. O caminho até o carro foi rápido, Ludmilla ajudou-me a me acomodar no banco do carona e quando me ajudou a me acomodar no banco do carona e quando finalmente ousei olhar para ela, senti uma grande necessidade de mata-la. De bater nela!

— Qual é o seu problema? Como você pode me deixar para trás? Você sabe o quanto isso está doendo? Não é claro que não sabe, porque na hora de enfiar esse seu pau gigante em mim, não pensou que poderia me engravidar, muito menos que isso doeria como o inferno, parece que estão me dividindo em duas partes e oque você faz? Você pega o carro e me deixa aqui sozinha, com dor e PRESTES A DAR A LUZ AO SEU FILHO! — gritei em um fôlego só, vendo-a me olhar assustada.

— Amor, eu...

— Cala a boca, Ludmilla! Cala a boca e me leva para merda de um hospital, ates que eu mate você! — falei, apertando a poltrona do carro. — Cristo, isso dói muito, muito...

Senti a porta do meu lado ser fechada e logo Ludmilla se acomodou no lugar do motorista, dando a partida. Mesmo com dor, percebi o quão nervosa ela estava, os nós de seus dedos estavam brancos ao apertar o volante, e seu olhar fixo na estrada. Mesmo assim, eu ainda estava com raiva dela. Ela me deixou para trás, Deus! E com toda aquela dor... Muita dor, uma dor imensa!

— Já estamos chegando, amor... Já estamos chegando... — ela murmurou, desviando o olhar para mim rapidamente.

Voltei a olhar para frente, tentando controlar a minha respiração e minha reação entra uma contração e outra. Quando ela vinha, eu gritava, apertava a coxa de Ludmilla e percebia que o caminho até o hospital nunca foi tão longo.

Quando finalmente chegamos ao hospital, tudo começou a acontecer rápido demais na minha cabeça. Em um momento eu estava passando pelos corredores em uma maca, com Ludmilla segurando em minha mão; um pouco mais tarde, eu estava em uma sala, com meu obstetra falando que minha bolsa havia estourado.

Confesso que quando ele disse, a primeira coisa que veio à minha mente foi a bolsa de Harry e eu até pensei em brigar com Ludmilla – de novo –, por ela ter estourando a mala do bebê, mas meu raciocínio lento me lembrou que, na verdade, havia sido outro tipo de bolsa que havia estourado.

E então em um piscar de olhos, eu estava na sala de cirurgia, com Ludmilla ao meu lado. Ela usava uma máscara azul e murmurava palavras doces no meu ouvido, enquanto eu tinha que fazer força para Harry vir ao mundo.

Era uma loucura. Sabe a dor que eu disse? Ela se multiplicou por mil e, por um momento eu pensei que não conseguiria. Sentia-me fraca, zonza, cansada, mas a voz de Ludmilla me incitando a continuar, foi o que me motivou a fazer mais força.

— É isso, Brunna, só mais um pouco, seu garotão está aqui... — ouvi o médico dizer ao longe.

Olhei para Ludmilla e ela me olhou de volta, com um brilho inesquecível nos olhos. Dessa vez, eu quis ter a força, simplesmente porque queria meu menino nos meus braços. Quando a próxima contração veio, eu empurrei forte e então, ouvi.

Foi um grunhido rouco, que logo se tornou um choro alto, que invadiu meus ouvidos me fazendo chorar também. Era meu filho, era seu choro, e de repente, tudo o que aconteceu nos últimos minutos, a dor, a raiva por Ludmilla ter me esquecido, a vontade de bater nela, fora esquecido.

Simplesmente porque meu filho tinha vindo ao mundo. E ver Ludmilla com aquele embrulho nos braços, caminhando até mim, sempre estará guardado na minha memória.

— Olá, mamãe. — Ludmilla murmurou, colocando-a em meus braços.

Ele era... Lindo. Tinha os cabelos ralos, a pele morena e os olhos castanhos como os da mãe. Seu choro havia cessado e agora olhava ao redor, sem fixar nada em especifico, mas olhar para ele, para seu rostinho, segurar sua mãozinha, enchia meu coração de amor.

— Ludmilla, ele é lindo. — falei, sentindo as lágrimas quentes molharem meu rosto. — Ele é tão lindo...

— Sim meu amor, ele é lindo. — Ludmilla disse e ao olhar para ele, percebi que também chorava de emoção. — Vocês dois são a razão da minha vida. Muito obrigada por me fazer tão feliz, Brunna. — seu sorriso tremeu com a voz embargada. — Eu os amo muito. E me desculpe por ter feito tanta besteira hoje, eu fiquei simplesmente... Louca, porque meu filho queria nascer, você estava com dor e eu não podia fazer nada para ajudar, eu só...

— Eu sei, amor, eu sei. — a interrompi, tocando de leve em seus lábios com meus dedos. — Eu que tenho que pedir desculpas, não me lembro exatamente do que disse, mas sei que não fui nada gentil... — sorri, me desculpando. — O que importa é que nosso filho está aqui agora, ele está bem. E eu também amo muito vocês dois, vocês são tudo na minha vida, tudo.

Ludmilla sorriu e passou a mão de leve pela cabecinha de Harry, que dormia em meus braços. Senti seus lábios pousarem em minha testa e logo depois em minha boca, me dando um beijo amoroso.

— Eu amo você. — murmurou em meio ao beijo.

— Eu te amo muito mais. 

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