Capítulo 35 - Red Carped - AVN
...Uma semana depois...
Point Of View Brunna Gonçalves
Sabe a felicidade? Aquela coisa bonita, florida, cheirosa, que todos dizem, mas que quase ninguém já sentiu plenamente?
Eu estou sentindo.
As últimas semanas foram de plenas emoções. Larguei Ludmilla, decidi me casar. Desisti do meu casamento, quis voltar para Ludmilla, ela não me quis. Meus tios me chutaram da família, a faculdade me expulsou. Ludmilla me expulsou da vida dela também, mas, agora... Agora tudo isso é passado.
Porque Ludmilla e eu estamos juntas. E eu percebi que eu não precisava de nada mais do que ela, para ser feliz de verdade. Quando finalmente saí do hospital, depois de três dias de internação – que pareceram mais de um milhão de anos –, Ludmilla me levou para sua casa e me tratou como uma princesa, pois, segundo ela, o médico disse que eu deveria ficar de repouso para me recuperar cem por cento.
Mas, a única coisa que eu queria, era que ela me fodesse. Isso mesmo, me fodesse. Pois, já havia se passado uma semana e ela mal me tocava direito. Ela estava tendo um cuidado extremo comigo, como se fosse quebrar a qualquer momento.
A saudade que eu sentia daquela mulher era algo que não cabia nem nos livros dos recordes. Ou talvez coubesse, porque ninguém a queria mais do que eu. Mas mesmo assim, Ludmilla não me tocava, quer dizer, ela me fazia carinho, cafuné, me beijava durante o dia todo, dormia de conchinha comigo, mas não fez nada a mais.
Mesmo que eu me insinuasse – sim, eu fiz isso! –, andando pelada pelo quarto, me vestindo lentamente na frente dela, ela não vinha até mim, como faria antigamente. Será que o problema era comigo? Ou ela ainda achava que eu estava doente?
Eu não sabia dizer. Apenas sabia que ela estava me enlouquecendo, me deixando naquela seca maldita.
— Você está deslumbrante, Bru! — Patrícia exultou, batendo palminhas.
Sorri para ela e me olhei no espelho. Sim, acho que eu estava apresentável com aquela roupa.
Hoje seria uma grande noite e Ludmilla fez questão de escolher o meu vestido, até porque, não era todo dia que um filme pornô no qual eu estava atuando, era indicado como o melhor filme no AVN Awards – Adult Videos News – que é uma premiação considerada como o Oscar pornográfico.
Quando Ludmilla me disse que teríamos que viajar até Las Vegas por conta de um evento que ela tinha que participar, eu pensei em tudo, menos nisso. Ela simplesmente me jogou essa notícia, assim que pisamos no hotel. Acho que fiquei em choque por alguns segundos, tentando acreditar em tudo aquilo. Eu poderia receber um... Oscar pornográfico naquela viagem. Nunca pensei que isso poderia acontecer.
A velha Brunna estaria horrorizada. Ela, provavelmente, brigaria com Ludmilla, pegaria suas malas e iria embora, com vergonha de tudo aquilo. Entretanto, a nova Brunna – uma mulher que estava pouco se fodendo a opinião alheia, até porque, foram às opiniões alheias que foderam com a sua vida –, estava adorando tudo aquilo. Eu estava amando tudo aquilo, principalmente por estar dentro de um vestido como aquele e ter que atravessar o tapete vermelho com a atriz mais famosa do mundo pornográfico.
— Muito obrigada, Paty. Você acha que Ludmilla vai gostar? — perguntei, me sentindo insegura de repente.
Se ela não estivesse uma ereção a me ver com aquele vestido, eu juro que a mataria. E me mataria logo depois.
— Você está brincando? É claro que ela via gostar, aliás, gostar não, ela vai querer arrancar tudo isso de você e vai querer te foder por um mês inteiro. — riu, me levando a rir também. — Você está muito gostosa!
— E você também está, Larissa que se cuide, hein. — falei, vendo como ela estava elegante e sexy naquele vestido preto, que contrastava com seus cabelos loiros. — Por falar nisso, estou tão feliz que vocês duas estejam bem e felizes. Vocês foram feitas uma para a outra.
— Eu sei, amiga. Quem poderia imaginar, não é? Eu virando homossexual e você namorando uma atriz pornô, indo receber um prêmio importantíssimo pela sua atuação em um filme. Se alguém me falasse isso no inicio desse ano, juro que riria na cara do infeliz.
— Eu também, Paty. Mas isso só prova que não podemos prever o que acontecerá em nossas vidas. — falei. — E posso dizer, com todas as letras, que nunca estive tão feliz.
Ela riu e me abraçou de leve.
— Eu também, amiga. Eu também.
Ouvimos duas batidinhas na porta e nos afastamos, mandando a pessoa entrar. A porta se abriu e Ludmilla apareceu... Oh, shit! Ela estava... Incrivelmente deliciosa em um vestido preto, o mesmo era um pouco folgado, mas abraçava perfeitamente suas curvas, principalmente a de trás. E para finalizar, usava um salto alto fino. Puta que pariu, me fode!
Ela estava linda, maravilhosa e toda aquela falta que eu sentia do seu corpo junto ao meu, se tornou ainda maior.
— Brunna... — ela murmurou, chegando perto de mim. Eu poderia entrar em combustão ali mesmo, porque seus olhos estavam quentes, praticamente me comendo viva. — Você está linda!
Eu quis perguntar se ela iria falar só aquilo, mas me contive e sorri. Eu esperava por algo como: "Você está deliciosa, Brunna. Quero te comer agora", mas preferi pensar que ela só não me disse aquilo, porque Patrícia estava presente. Mas, ao olhar ao redor, percebi que ela já havia saído, nos deixando sozinhas.
— Obrigada. Você também está deslumbrante.
Ela sorriu de lado e se aproximou ainda mais, pegando minha mão e beijando-a docemente.
— Mal vejo a hora de mostrar para o mundo que você é minha. Eu nunca fui acompanhada a uma premiação, e tenho certeza que, ao vê-la ao meu lado, todos irão especular sobre o que está acontecendo entre nós.
— Sempre desconfiei que você pudesse gostar de uma polêmica, Ludmilla. — falei, rindo.
Ela riu também e colocou a mão aberta nas minhas costas, me guiando para a porta.
— Uma polêmica com uma mulher tão linda como você, é algo que não podemos deixar passar, baby.
******
Acho que fiquei momentaneamente cega com tantos flashes. O tapete vermelho se estendia até a entrada do hotel onde seria feita a premiação, estava repleto de fotógrafos e até fãs. Isso mesmo e todas aquelas mulheres – e até homens – ensandecidas gritavam por Ludmilla, teve uma que levantou um cartaz, escrito: "Lauren, me deixa contracenar com você, por favor". E pior do que ler algo como aquilo, era ouvir o que elas falavam.
Era obsceno, mas divertido. Ludmilla ria e acenava para elas, e às vezes falava ao meu ouvido quando reconhecia uma delas, por ver as mesmas, todos os anos em que participara.
Essa era a pior parte. Quer dizer, que merda era aquela, ela queria me deixar com ciúmes? Quando ela reconheceu a terceira garota, eu parei de sorrir. Ou melhor, parei de fingir que estava sorrindo. Ela me olhou e eu virei à cara, querendo chegar logo ao fim daquele longo tapete. Pude ouvir sua risada e tentei apressar o passo, mas ela me agarrou e me puxou, fazendo com que meu corpo batesse no dela. Meus seios estavam imprensados nos seus, seus olhos dentro do meu. Aquele sorriso safado – sim, esse mesmo que eu não via há tanto tempo – estava estampava seu rosto. E sim, podem acreditar, sua ereção estava totalmente imprensada contra minha barriga.
— Não seja tão rebelde, Brunna. — ela disse apenas para que eu escutasse. Sua mão passeou pelas minhas costas nuas, de cima a baixo, parando em minha bunda, onde ela apertou com força. — Eu só tenho olhos para você. Meu pau só sobe para você, e sei que você consegue senti-lo. Essa e todas as minhas ereções, são para você.
Senti mais flashes em cima de nós e mais gritaria ao nosso redor, porém, mesmo assim, parecia que existia apenas ela e eu no mundo inteiro. Ela passou o polegar pelos meus lábios, abrindo mais um sorriso safado.
— Você está molhada, não é? — perguntou. — Pode falar, meu anjo, só para mim. Sei que sua calcinha está ensopada.
— Ela estaria... Se eu estivesse vestindo uma. — falei, retribuindo seu sorriso.
Sua mão e seu dedo pararam de se movimentar imediatamente. Vi seus olhos escurecerem e se arregalarem, sua ereção pulsou firme contra minha barriga.
— Você está falando sério?
— Nunca falei tão sério em toda a minha vida. Eu estou molhada e sem calcinha.
Ela rugiu, estreitando os olhos e apertando mais a minha bunda. A seda do meu vestido estava quente contra as minhas nádegas.
— Porra, Brunna, você me enlouquece! — murmurou em um tom rouco, capturando minha boca com a sua.
Não foi um simples beijo. Aquele foi um beijo que dizia: você vai se arrepender por me desafia dessa forma.
E eu estava adorando tudo aquilo. Ludmilla me puxou ainda mais para si e enfiou sua língua na minha boca, tirando meu fôlego. Eu já podia sentir minha excitação molhar minhas coxas, quando ela finalmente parou.
— Quando chegarmos lá dentro, vamos direto para o banheiro. Eu vou te foder tanto, mais tanto, que você não vai conseguir andar durante a festa inteira. — ela disse, me tomando pelas mãos e começando a andar comigo pelo resto do tapete, como se nada demais estivesse acontecendo.
Eu estava preste a ser fodida por aquela mulher. Pela minha mulher. Tive vontade de gritar para as fãs algo como: chupa, suas recalcadas!
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