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Capítulo 34 - Enough!

Se eu não tive a chance de gravar cada detalhe das feições de Brunna durante o tempo que ficamos juntas, agora, no momento, eu tive tempo de sobra. O relógio marcava oito e meia da noite, e me dizia o tempo exato desde que entrei nesse quarto horroroso de hospital. Dez horas. Brunna estava dormindo já havia dez horas e eu estava realmente contando os minutos para que ela acordasse.

Já tinha chamado o médico e ele havia me dito que era normal que ela ainda estivesse dormindo. Porra, ele disse que ela acordaria em 7 horas; já haviam se passado dez e eu já disse que a paciência e eu não somos muito amigas.

Soltei um longo suspiro e fechei os olhos, me sentindo cansada. Para falar a verdade, acho que nunca me senti tão cansada em toda a minha vida e não era apenas fisicamente. Meu estado emocional estava arraso por conta de todas as minhas oscilações de humor e sentimentos. Sempre fui uma mulher muito decidida sobre minha vida sentimental, nunca me apaixonei e, porra, se apaixonar era algo fodido.

Não se apaixone, nunca. A não ser que seja por uma mulher como Brunna. Por ela, tudo vale a pena.

— Ludmilla?

Ouvi um sussurro. Aquela voz, por Deus, eu reconheceria aquela voz a milhas de distância. Abri meus olhos e dei um pulo da poltrona, ficando de pé ao seu lado. Dei de cara com os seus olhos avelã.

Puta que pariu. Meu coração bateu forte, minhas mãos suaram, porra – me desculpem pela enxurrada de palavrões, mas eu não sei me expressar muito bem e essas palavras me definem totalmente –, ela estava linda! Mesmo com os cabelos desgrenhados, os lábios ressecados e os olhos ainda um pouco inchados, ela esta maravilhosa.

E ela era minha, porra!

— Ludmilla... — ela tentou se sentar, mas não conseguiu. Uma careta surgiu no seu rosto bonito. — Fale alguma coisa.

— Não se levante, não faça esforço. — murmurei, tocando nas mãos dela. — Eu vou chamar o médico.

Ela assentiu de leve e eu apertei a campainha que ficava ao lado de sua cama. Rapidamente uma enfermeira bateu na porta do quarto e entrou.

— Olá, querida. — ela sorriu, aproximando-se. Começou a examinar Brunna, colocando uma luz em seus olhos. — Pode me chamar de enfermeira, Christine, você sabe onde está?

— No hospital... Só não sei o porquê. O que aconteceu?

— Abra a boca para mim, por favor. — Brunna obedeceu e a enfermeira continuou: — A senhorita andou abusando e muito de certos remédios e sua namorada correu com você para o hospital. Esses tipos de remédios não devem ser usados assim, meu bem, eles trazem sérios perigos e causam diversos danos.

Ela terminou o que fazia e colocou o aparelho de pressão em seu braço. Brunna me olhou e eu sorri de leve para ela, querendo mostrar que eu estava ali e que sempre estaria. Mas era óbvio que um meio sorriso não iria demonstrar nada daquilo.

— Sua pressão e sinais vitais estão ótimos, repetiremos o seu exame de sangue daqui a algumas horas e, dependendo dos resultados, daremos início ao tratamento da leve pneumonia que você tem. Não há com o que se preocupar. — ela deu um sorriso simpático. — Há algo que eu posso fazer por vocês?

— Eu daria tudo por um copo d'água. — Brunna pediu, baixinho.

— Eu pego. — falei, querendo sair dali por alguns instantes.

Pude ouvir a enfermeira falar algo sobre eu ser gentil, mas, mesmo se eu quisesse, não conseguiria agradecer. Merda, agora que Brunna finalmente acordou, eu não sei por onde devo começar com nossa conversa. Deveria começar pedindo desculpas?

Não mesmo! Desculpas é muito pouco, tenho que começar pedindo perdão. Mas talvez, isso possa soar apelativo demais. Eu poderia começar repreendendo-a por ter usado aqueles remédios. Mas eu não era nada para repreendê-la de algo, ainda mais quando a culpa de tudo aquilo tinha sido minha.

Porra, eu não sabia o que fazer.

Demorei mais do que o normal para pegar um simples copo d'água, mas quis gastar alguns minutos – sendo que eu tive horas para pensar e repensar sobre aquilo. Cheguei a uma simples conclusão: nada do que eu pensava estava sendo bom o bastante. Então, resolvi deixar tudo nas mãos do destino.

Quando voltei, Christine estava dizendo que, se Brunna sentisse qualquer coisa, era para chama-la imediatamente. Ela se despediu e então, saiu do quarto, nos deixando sozinhas.

Observei Brunna beber a água rapidamente, como se estivesse sem ingerir algum líquido durante dias. O que, talvez, fosse um tanto provável.

— Como você está se sentindo? — perguntei, me sentando na poltrona ao lado da cama.

— Bem. — ela tossiu um pouco e sorriu, sem graça. — Tirando o fato de eu estar tossindo a cada cinco segundos. Por que você está aqui?

Certo... Acho que nossa conversar havia acabado de começa e não tinha sido eu que a iniciara. Não sabia se isso era bom ou ruim.

— Não queria que eu tivesse aqui?

Ela terminou a água e eu peguei o copo de suas mãos, colocando-o na mesinha ao lado da cama.

— Não é isso, é que... Depois de tudo o que aconteceu, pensei que nunca mais iria querer me ver. Quer dizer, você deixou isso bem claro para mim, naquela noite. — ela murmurou, olhando para suas mãos entrelaçadas em seu colo.

Soltei um suspiro alto e me levantei, me sentando em sua cama. Toquei de leve em seu queixo e levantei sua cabeça, fazendo-a olhar para mim. Eu precisava observá-la de perto; ver cada detalhe de seu rosto pela milésima vez naquela noite, olhar para cada canto de seus olhos, para ter a certeza de que ela estava me ouvindo e me compreendendo.

— Eu fui uma completa idiota naquela noite. Eu estava bêbada, com raiva de tudo e ainda estava com meu orgulho ferido, por isso eu disse todas aquelas coisas. Pode ter certeza que eu me arrependo de tudo o que fiz naquele dia e nos dias anteriores a ele também.

— A culpa não foi sua, Ludmilla. Eu sou a culpada de toda essa história. Se eu não tivesse te deixado para ficar com Caio, nada disse teria acontecido e...

— Não. — a interrompi, tocando seus lábios. — A sua culpa acabou no momento em que você disse não naquela igreja e a minha começou no momento em que eu te desprezei. Por mais que eu estivesse magoada, nada justifica as minhas atitudes. Eu vim errando desde aquele dia na praia e a noite da minha festa foi o maior de todos eles. Eu não levei nada em consideração, nem as suas tentativas de reaproximação, nem os conselhos de Larissa e Patrícia, nem suas palavras... Se eu tivesse apenas te escutado com clareza, não estaríamos aqui agora.

Toquei em suas mãos e ela entrelaçou seus dedos nos meus, me observando com atenção, enquanto eu voltava a falar:

— Se você soubesse o quanto eu me arrependo... Se soubesse o tamanho do medo que senti hoje, quando te vi desmaiada no seu quarto, eu pensei que tinha te perdido para sempre. — falei, sentindo minha garganta se fechar aos poucos. — Me xinguei de diversos nomes diferentes porque eu sabia que, se eu não fosse tão egoísta e orgulhosa, você não se refugiaria naqueles remédios, você não estaria passando por todas aquelas coisas sozinhas. Eu já sei de tudo sobre os seus tios, sobre a sua faculdade e sei que foi por causa do filme. Eu estaria do seu lado nessa hora e mandaria o mundo se foder, porque eu tenho muito orgulho daquelas cenas. Foram por causa dela que eu conheci a mulher maravilhosa que você é.

— Ludmilla...

— Não, me deixa terminar. — murmurei, vendo-a assentir. — Hoje eu entendo o porquê de você ter fugido de mim. Se sem eles saberem que você se envolveu comigo, você já passou por tudo isso, imagina sendo minha namorada? Seria mil vezes pior. Minha profissão acabaria com a sua vida. Na verdade, já acabou. — ri, sem humor. Aquela era a porra da verdade. — Entretanto, assim como antigamente, eu estou disposta a mudar tudo isso por causa de você. Quer dizer, não tudo, mas a parte pior... Antes de conhecer você, Larissa havia me proposto a seguinte situação; ser sócia com ela na Porn Hot, porque ela quer abrir uma filial em NY e queria alguém da confiança para tomar conta do negócio. Eu não aceitei. Nunca gostei muito de burocracia, por isso neguei imediatamente, mas, quando me apaixonei por você e você disse, que não ficaria comigo por causa de minha profissão, eu soube que era porque você não iria aceitar que eu continuasse a contracenar. Por isso, eu decidi que iria aceitar a proposta de Larissa. E irei aceitar, se você ainda quiser ficar comigo. Eu te amo tanto, Brunna, tanto, você não tem ideia. Eu faria qualquer coisa por você estou disposta a mudar tudo por você. Por favor, me perdoa e volta para mim?

Quando terminei, pude sentir meus olhos marejados e me vi um pouco sem folego. Ela apenas continuava me olhar sem falar nada, as mãos ainda entrelaçadas às minhas. Cada segundo parecia se arrastar, enquanto ela permanecia em silêncio. Já estava quase mandando ela falar algo, mesmo que fosse um não, quando ela começou.

— Primeiramente, quero que saiba que eu também não me arrependo do filme que fizemos. Eu poso me arrepender de tudo nessa vida, menos de ter contracenado com você. Eu faria aquilo mais mil vezes, se fosse preciso. — ela disse, apertando minhas mãos. — O nosso relacionamento, desde o começo, vem sendo narrado por erros. Sempre foi uma sucessão de erros, um atrás do outro, mas amar não é um erro. Meu amor por você nunca será um erro. Eu também te amo mais do que tudo e te ter ao meu lado é o que eu mais preciso agora. Eu errei, você errou, mas acho que agora nós entendemos o que realmente queremos, que é ficarmos juntas. Então, é óbvio que eu perdoo você. Não passamos por tudo aquilo para chegarmos no final e eu falar "não", não é mesmo? — ela sorriu.

Porra, ela sorriu! E é claro que eu sorri também! Porque a felicidade, finalmente, estava ali, batendo a nossa porta, obrigando-nos a deixa-la entrar.

Eu não sabia o que falar, mas percebi que palavras não são porra nenhuma, perto de atitudes, por isso mesmo, peguei seu rosto em minhas mãos e puxei para mim, capturando sua boca na minha, beijando-a com leveza.

Chega de sofrimento, chega de brigas, de erros... Chega de saudades! Ela era minha de novo, porra!

Minha, leu bem? MINHA!

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